Desastre Destinado
┩┎Desastre Destinado┚┡ 01
Ação ou sentimento – –
Sussurro ° °
Gemendo ~~
Troca de cenários (...)
GRITANDO
Muda a própria fal_ oi. ou se auto Interrompe
Interromp|
Pensando [ ]
Ligação 📞—
Raiva 💢
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
– me revirando na cama me recusando a abrir os olhos –
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–desligo o despertador me sentando na cama–
Inferno de vida –bocejo–
Oie! eu me chamo Caíque Moon, tenho vinte anos e estou no último ano da faculdade de Medicina
Eu morro sozinho e sou totalmente independente, mas calma, meus pais não me abandonaram ou me venderam e tals. Eu amo meus pais e meus pais me amam, eles moram na capital dos Estados Unidos e eu estou em um intercâmbio no Canadá
Não pretendo ir embora tão cedo, por mais que eu esteja morrendo de saudades dos meus pais... eu criei raízes aqui, adotei um gato, tenho um grupo de amigos maravilhosos que sempre me colocam pra cima
Ou seja, minha vida está ótima, e nada, absolutamente nada vai mudar isso
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–levanto abrindo as janelas vendo o sol– Bom dia dia!
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
– se afastando da janela indo em direção ao banheiro. entro no banheiro–
No começo de cada manhã Caíque se levanta resmungando e se lamentando arrependido de não ter ido dormir cedo.
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–desligo o chuveiro. estico meu braço para pegar a toalha e a amarro na minha cintura saindo do Box–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Não existe outra forme de começar um bom dia sem um bom banho
–olho pro espelho mandando beijo–
O celular do mesmo que estava em cima da pia começar a vibrar, dando um pequeno susto em Caíque
O mesmo pega o celular que estava na ponta da pia e vê que seu bom amigo, Leandro, estava ligando pela décima quinta vez
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–vejo quem está ligando– Olha só, se não é o viadinho do Leandro
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–sorrio sem mostrar os dentes levando o celular até o ouvido esquerdo–
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
📞— Atende essa porra carai ou eu te mato!
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
📞— Caíque Moon não se encontra no momento ☺️
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
📞— Vai se fuder Caíque
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
📞— O que aconteceu que você já tá embucetado às sete e quarenta da manhã em plena sexta feira?
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
📞— Não te interessa. Você vai querer carona hoje?
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
📞– Jegue ignorando, só pra ir, na volta eu volto sozinho
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
📞— Quero passear pela pracinha
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
📞— Depois que é morto reclama
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
📞— Que amor T3T
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Enfia essa ignorância no rabo também 💢
Caíque saio do banheiro e voltou para seu quarto, jogou o celular na cama e foi direto para seu guarda roupa
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–pega uma camiseta– Regata branca fodida? O clássico
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–joga na cama–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Q.D.T
| Quebra De Tempo |
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–coloco o óculos–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–termino se me vestir olhando no espelho– Até que dá pro gasto.
Terminando de arrumar seus matérias na sala, Caíque vai pata cozinha fazer seu... Café da manhã
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–saio do meu quarto, desço as escadas indo para cozinha–
Caíque gostava de cozinhar tanto quanto gostava de Medicina, suas refeições eram simples, mas nada sem gosto
E sabem o que era maior do que sua vontade de cuidar dos doentes? Seu apetite
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–comendo assistindo TV–
Esses jornais estúpidos, tem que ser muito azarado pra dar de cara com um assassino
Ele acaba de comer de levantando indo para a pia lavar seu prato. Distraído com a louça, ele ouve um miado e olha pra trás secando as mãos.
Caíque por mais que morasse sozinho tinha um companhia bem pequena e peluda que o acompanhava em quase tudo
𝙲𝚊𝚍𝚢
Meow~~
–entra na cozinha cambaleando–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Enfim acordou né seu malandrinho –seco as mãos me ajoelhando no chão para acaricio Cady–
𝙲𝚊𝚍𝚢
–alisando a cabeça nas mãos do mesmo– Meow.. meeow
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Calma bixo esfomeado
–termino de acariciar Cady e vou até o armário do lado da pia pegando a ração–
Caíque pegou a ração e foi direto para onde cady comia. Cady era arrastado por estar mordendo a barra da calça do mesmo
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Que deus nos salve dessa sua fome
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Mochila, chaves, celular e Cady já esta comendo... Acho que é só
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Tchau Cady papai ja volta –ando para fora da cozinha–
Caíque saio de cada trancou a porta e segui por uma trilha de pedras que levavam até a calçada. Não demorou muito para um carro aparecer
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
–abaixo o vidro do carro– Bora princeso?
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Princeso minha bola –entro no banco de trás batendo a porta–
𝚁𝚊𝚙𝚑𝚊𝚎𝚕 𝚅𝚊𝚕𝚎𝚗𝚝𝚒𝚠
Tem geladeira em casa não? 💢
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Tenho, mas prefiro bater na sua cara –sorriso cínico–
𝚁𝚊𝚙𝚑𝚊𝚎𝚕 𝚅𝚊𝚕𝚎𝚗𝚝𝚒𝚠
Vem que eu te quebro
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–num jesto rápido eu puxo os cabelos de Raphael para trás–
𝚁𝚊𝚙𝚑𝚊𝚎𝚕 𝚅𝚊𝚕𝚎𝚗𝚝𝚒𝚠
AI CACETE 💢💢
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
Podem parando com isso seus animais –liga o carro–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–o ignoro soltando os cabelos do homem que resmungava–
Os outro não quiseram vim?
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
Pra minha sorte não, esse silêncio são músicas para meus ouvidos
𝚁𝚊𝚙𝚑𝚊𝚎𝚕 𝚅𝚊𝚕𝚎𝚗𝚝𝚒𝚠
E você é uma rosa de tão agradável né, Leandro?
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
Sempre baby –acelera–
┩┎Desastre Destinado┚┡ 02
Ação ou sentimento – –
Sussurro ° °
Gemendo ~~
Troca de cenários (...)
GRITANDO
Muda a própria fal_ oi. ou se auto Interrompe
Interromp|
Pensando [ ]
Ligação 📞—
Raiva 💢
O som suave do motor do carro preenchia o silêncio confortável da manhã.
Leonardo mantia as mãos no volante, os olhos atentos à estrada, Enquanto Miguel, no banco do passageiro, mexia distraidamente no celular.
No banco de trás, Caíque observava a paisagem passar pela janela. Árvores vestidas com as cores do outono canadense. Tons de cobre, dourado e vermelho queimado balançavam suavemente com o vento
Caíque gostava dessas manhãs frias. Era como se o mundo falasse baixo; Um contraste bem-vindo com a confusão dentro da sua cabeça
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
Você vai direto pra sua sala hoje ou vai passar na biblioteca? –pergunto para caíque quebrando o silêncio–
Caíque demorou alguns segundos para responder, ainda imerso em pensamentos.
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Aula mesmo
–respondeu sem virar o rosto–
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
–olha Caíque pelo retrovisor chamando a atenção de Raphael com meu joelho–
Leonardo olhou brevemente pelo retrovisor, notando o olhar distante do amigo. Ele sempre percebia quando Caíque estava mais fechado.
E ultimamente... isso vinha acontecendo com frequência.
𝚁𝚊𝚙𝚑𝚊𝚎𝚕 𝚅𝚊𝚕𝚎𝚗𝚝𝚒𝚠
Tá tudo certo, irmão?
–perguntou, agora virando-se parcialmente no banco olhando caíque–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Sim, apenas estou com a cabeça nas nuvens. Na verdade só... ah deixa isso quieto
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Não precisam se preocupar eu estou bem
–solta um breve e pequeno sorrindo sem mostrar os dentes–
Leonardo trocou um olhar rápido com Raphael. Eles sabiam que Caíque raramente falava de si.
E mesmo quando falava, era pela metade.
Logo chegaram no campus. Estacionaram perto do edifício principal. Vários alunos já caminhavam em direção às salas de aula, com mochilas nas costas, copos de café nas mãos e semblantes que oscilaram entre ansiedade e tédio.
𝚁𝚊𝚙𝚑𝚊𝚎𝚕 𝚅𝚊𝚕𝚎𝚗𝚝𝚒𝚠
–guarda o celular na mochila– Partiu inferno
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
Tem certeza que não vai querer que eu te leve de volta?
–sai do carro junto com todos–
𝚁𝚊𝚙𝚑𝚊𝚎𝚕 𝚅𝚊𝚕𝚎𝚗𝚝𝚒𝚠
–hesito por um estante–
O convite era gentil, como sempre. Mas hoje... ele precisa tomar um ar, pensar sobre o que fazer sem precisar se explicar.
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Tenho sim
–toco no ombro dele– Vou andar um pouco depois da aula
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
–não contente com a resposta mas não insisto–
Se é o que você quer, só tome cuidado
𝚁𝚊𝚙𝚑𝚊𝚎𝚕 𝚅𝚊𝚕𝚎𝚗𝚝𝚒𝚠
–olhando as meninas de mini-saia– Qualquer coisa manda mensagem pra gente. Tô falando sério
–desvio o olhar para caíque–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Valeu meninos
–me aproximo abraço os dois–
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
–faz carinho na cabeça do mesmo–
𝚁𝚊𝚙𝚑𝚊𝚎𝚕 𝚅𝚊𝚕𝚎𝚗𝚝𝚒𝚠
–sorrio pegando caíque no colo– Peguei!
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Eí! 💢
Sua praga do Egito, ME COLOCA NO CHÃO!
𝚁𝚊𝚙𝚑𝚊𝚎𝚕 𝚅𝚊𝚕𝚎𝚗𝚝𝚒𝚠
Aaiii tá! Bixo ruim –o coloco no chão novamente–
Eles se despediram com acenos discretos e foram cada um para sua sala.
Caíque seguiu pelos corredores da universidade, o som dos seus passos abafado pelos tapetes. A universidade de Toronto era bonita, moderna, mas havia algo nela que sempre o fazia se sentir como se estivesse num lugar temporário.
Como se sua vida real estivesse esperando em outro país, com pessoas que ele ainda não sabia se queria reencontrar.
Ele cumprimentou Miranda e Atlas com um aceno rápido. Luana o chamou para sentar perto dela, e ele aceitou, mas mesmo ali, rodeado por pessoas queridas, sentia-se... longe.
𝙻𝚞𝚊𝚗𝚊 𝙼𝚒𝚕𝚕𝚎𝚛
Está tudo bem bebê? Está com um carinha triste
–coloco minha mão sobre as costas do mesmo–
𝙼𝚒𝚛𝚊𝚗𝚍𝚊 𝚊𝚍𝚍𝚕𝚎𝚜
Ta mais pra cara de bunda
𝙻𝚞𝚊𝚗𝚊 𝙼𝚒𝚕𝚕𝚎𝚛
Vai mamar Miranda –reviro os olhos–
𝙼𝚒𝚛𝚊𝚗𝚍𝚊 𝚊𝚍𝚍𝚕𝚎𝚜
Aii desculpa baby –chego perto– Desenbucha Caíque
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Eh... [ pensa caíque! pensa... ]
𝙼𝚒𝚛𝚊𝚗𝚍𝚊 𝚊𝚍𝚍𝚕𝚎𝚜
–olha– Só um minuto –saio–
𝙻𝚞𝚊𝚗𝚊 𝙼𝚒𝚕𝚕𝚎𝚛
Caí...
Sabe que pode me contar qualquer coisa
𝙰𝚝𝚕𝚊𝚜 𝙰𝚋𝚕𝚘𝚗𝚍𝚒'𝚚
Somos como sua família, os meninos morreriam pela gente e a gente por eles
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–suspiro– Eu não quero voltar pros Estados Unidos
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Mas... Não sei como contar isso para meus pais
–olha para as próprias mãos–
𝙰𝚝𝚕𝚊𝚜 𝙰𝚋𝚕𝚘𝚗𝚍𝚒'𝚚
–deito minha cabeça no ombro de caíque para tentar conforta-lo–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–suspiro– Eu não quero voltar pros Estados Unidos
𝙰𝚝𝚕𝚊𝚜 𝙰𝚋𝚕𝚘𝚗𝚍𝚒'𝚚
A Lu tem razão Caí, seus pais vão entender, além do mais, quando você terminar a faculdade..
𝙰𝚝𝚕𝚊𝚜 𝙰𝚋𝚕𝚘𝚗𝚍𝚒'𝚚
Você vai trabalhar e pode juntar dinheiro para visitá-los
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–com os olhos ja lacrimejando. ouvindo atentamente o que Atlas falou compreendendo aquilo como uma possível solução–
𝙰𝚝𝚕𝚊𝚜 𝙰𝚋𝚕𝚘𝚗𝚍𝚒'𝚚
Haha~ Tão fofinhooooo
𝙻𝚞𝚊𝚗𝚊 𝙼𝚒𝚕𝚕𝚎𝚛
Seus olhos brilhando são a coisa mais linda que eu já vi
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–sinto uma leve ardência em minhas bochechas– N-não é pra tanto...
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Mas porfavor! não contém para eles
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Quando eu resolver isso eu conto...
𝙻𝚞𝚊𝚗𝚊 𝙼𝚒𝚕𝚕𝚎𝚛
–olha pra Atlas–
𝙰𝚝𝚕𝚊𝚜 𝙰𝚋𝚕𝚘𝚗𝚍𝚒'𝚚
–retribuo o olhar–
𝙻𝚞𝚊𝚗𝚊 𝙼𝚒𝚕𝚕𝚎𝚛
Pode contar com a gente!
–sorrio abraçando caíque–
𝙰𝚝𝚕𝚊𝚜 𝙰𝚋𝚕𝚘𝚗𝚍𝚒'𝚚
Pode contar com a gente!
–sorrio abraçando caíque–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Haha! Obrigado mesmo gente
Durante a aula, sua mente vagava. Entre os sons da professora explicando procedimentos cirúrgicos e os cliques dos teclados, Caíque se perguntava:
“E se eu ficasse aqui? E se nunca voltasse?”
┩┎Desastre Destinado┚┡ 03
Ação ou sentimento – –
Sussurro ° °
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Ligação 📞—
Raiva 💢
Já passava das 14h50 quando as portas da sala de aula se abriram e os alunos começaram a sair aos poucos, como folhas levadas pelo vento. O último slide da aula ainda estava projetado na tela, mas ninguém prestava mais atenção
Caíque guardou seu caderno com calma, os movimentos lentos, quase metódicos.
Os olhos, no entanto, estavam distantes. Ele mal ouvira metade da explicação final, sua mente tinha se perdido entre mil pensamentos e nenhuma resposta.
Do lado de fora da sala, Leonardo esperava por ele, encostado na parede, com o casaco pendurado no ombro e o celular na mão.
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
Aí, vambora? O carro tá ali perto
–disse, já caminhando na tentativa de convence-lo–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Você é teimoso, feito uma mula, Leo
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Já disse, amanhã tá bom?
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
Aaah💢
Sabe que eu odeio quando você é assim
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
E eu odeio quando você me força a fazer coisas (-_- )
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
Euu? Quando que eu fiz isso?
–voz cínica–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Você mesmo
–me aproximo do mesmo o abraçando–
Ainda são duas horas, o que pode dar de errado?
Leonardo parou por um segundo. Observou o rosto do amigo
Olhos baixos, expressão levemente estressada. E sou que não adiantaria insistir
𝙻𝚎𝚊𝚗𝚍𝚛𝚘 𝙲𝚘𝚕𝚕𝚒𝚗𝚜
Tá certo... Mas se escurecer, me manda mensagem, beleza?
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Pode deixar
–demonstro um sorriso calmo sem mostrar os dentes–
Com um aceno, Caíque se afastou, cruzando o pátio da faculdade. O vento estava mais forte agora, soprando folhas secas que dançavam em redemoinhos tímidos
O sol do outono brilhava, mas o frio seguia presente, como se o dia estivesse preso entre estações
A praça ficava a algumas quadras dali, entre ruas tranquilas e prédios antigos. Era o tipo de lugar onde os pássaros ainda cantavam e as árvores guardavam segredos.
Caíque caminhava sem pressa, mãos nos bolsos, sentindo o cascalho estalar sob seus pés.
Sentou-se num dos bancos, cercado por arbustos altos e folhas caídas. Um silêncio agradável envolvia o espaço, o tipo de silêncio que não pesa.
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Era disso que eu precisava... Paz~
Ele se recostou, fechou os olhos por alguns segundos, e respirou fundo.
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–solto uma suspiro pesado–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Hm? Meu cadarso –me levanto agachado no chão parar arruma-los–
Mas antes que pudesse se perder nesse instante de paz... ouviu passos apressados. Fortes. Pesados. Como se alguém corresse sem rumo certo.
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–abro os olhos curioso– Hum?
Quando abriu os olhos, viu um homem vindo em sua direção, Alto, moreno, corpo musculoso sob um moletom escuro, manchado de terra.
O rosto suado. Olhos arregalados. E algo nos olhos dele, um medo ardente, desespero, fez Caíque se levantar num impulso
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Ei! Você tá bem?
–pergunto confuso–
Eles se encararam por dois segundos que pareceram minutos. E então, de repente...
O corpo dele caiu com peso, os braços abertos, o rosto pálido e ofegante agora colado ao chão coberto de folhas.
O som seco do impacto fez o coração de Caíque acelerar
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
O quê...?
–me ajoelho ao lado do homem, trêmulo. o pulso ainda batia. fraco, rápido percebo que havia uma mancha vermelha em seu moletom–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–viro o homem de barriga para cima levantando a blusa percebendo que é uma bala–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
D-droga.. o que eu faço!?... –aflito tentando manter a respiração controlada–
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
[ Calma Caíque... é pra isso que você vem estudando! ]
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
–olho o ferimento– Recente, mas não profundo
Desconhecido
...–inconsciente–
E então... vieram as vozes
??
Acho que ele foi para a praça!
Passos. Mais de um. Se aproximando
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Esse estranho ta sendo perseguido?
–sussurro para mim–
O instinto falou mais alto. Caíque agarrou o homem pelos ombros e o arrastou com dificuldade para trás de um dos arbustos grandes
O coração martelando no peito. As folhas arranhavam seus braços, e ele sentia a respiração quente do estranho em seu colo.
Do outro lado, duas silhuetas passaram correndo. Um deles parecia ofegante, o outro falava num tom baixo e agressivo. Eles não viram Caíque. Nem o homem caído.
Esperou. Segundos longos. Até que os passos se perderem
Caíque olhou para o estranho, agora inconsciente e vulnerável, e sentiu o peso da decisão que tomaria em seguida. Não era médico ainda. Mas também não era o tipo de pessoa que fingiria que nada aconteceu.
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Meu Deus!! O que eu faço com esse defunto!?
𝙲𝚊𝚒́𝚚𝚞𝚎 𝙼𝚘𝚘𝚗
Não posso deixar ele aqui... mas..
Olhou em volta, se certificou de que ninguém estava por perto, e apoiou o corpo do homem contra o seu.
Levou-o para casa.
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