L'm Not Well
um instante de paz
Eu queria começar essa história falando o tanto que eu amo minha vida...
... Mais não, eu não amo. Isso não é culpa minha, mas eu não consigo não me culpar
Meu pai é arquiteto, minha mãe modelo, e eu? Eu sou um parasita no meio deles
Na escola eu não tenho amigos, ninguém mexe comigo, acho que nunca falei com ninguém daquele lugar miserável
O sol ainda se escondia atrás das nuvens, a amanhã era fria como de costume.
e dentro do quarto o único barulho era da respiração de Leo. O alarme tocou, aquele barulho insistente que dava início a rotina.
Leo escorregou a mão até o alarme para desligá-lo , seus olhos se abriram lentamente ainda sonolento, sem emoção apenas cansaço que mesmo depois de dormir ainda continuava.
Levanto-se o corpo pesado parecia que tinha lutado a noite toda.
Foi em direção au banheiro e fez suas higienes. Quando saiu do banheiro viu pela pequena abertura da janela o sol que começava a invadir o quarto.
vestiu suas roupas e desceu pra cozinha, o cabelo ainda molhado e levemente bagunçado. Quando entrou na cozinha viu seu pai preparando o café.
Erick (pai)
Bom dia meu filho. *disse o pai de Leo dando um pequeno sorri*
Leo
Bom dia *respondeu,a voz baixa que revelava sua desanimação*
no café da manhã o silêncio reinava, nenhum dos dois falava apenas comiam.
Leo foi o primeiro a levantar, pegou a mochila do chão e a jogou de qualquer jeito no ombro.
Leo
Tchau pai. *saiu sem olhar pra trás*
Leo andava de cabeça baixa , fones de ouvido desligado apenas pra ninguém falar com ele. andou até escuta os passos , risadas que sempre ouvia quando chegava na entrada da escola.
Levanto a cabeça levemente e ali estava Mateo, um dos idiotas que faziam bullying com Leo.
Olhava pra Leo passar pelos portões com um sorriso malicioso o mesmo que sempre fazia quando seu "brinquedo" chegava.
Leo passou, a cabeça ainda baixa foi direito pra sala e por lá ficou estudando. Ele sabia que o resto do dia não seria fácil, mas pelo menos naquele instante ele tinha paz.
autora 🥇
Bom, esse capítulo tá curto mas como ele é o primeiro eu quis deixar.
autora 🥇
Tenham uma boa leitura
desabafo no silêncio
O fim da aula chegou, Leo sempre esperava todos irem embora pra poder ir também. Quando a sala estava quase vazia ele saiu
ao passar pelo portão da escola deu de cara com Mateo que estava junto com um outro cara. Leo já sabia o que ia acontecer.
Leo levantou a cabeça olhando diretamente nos olhos de Mateo. Seus olhos não eram de raiva mas sim de exaustão.
Mateo
Achei que você nunca ia sair de dentro da escola. *Mateo sorria com aquele sorriso malicioso,já querendo brigar*
Leo apenas o encarou, sua expressão séria e cansada daquele teatrinho.
Leo
Sério? De novo isso? *perguntou sua voz baixa quase um sussurro*
Mateo
Achei que já tivesse se acostumado.
Mateo não deu tempo de Leo retruca e já o puxou, o levando pra um lugar mais afastado da escola.
o sol já começava a se esconder, deixando a escuridão tomar conta daquela cidade onde o certo era errado e o errado era certo
E em um beco estava Leo, Mateo e seu amigo. Leo estava no cão as mão cobriam a cabeça tentando proteger a cabeça, seu corpo dobrado enquanto Mateo e seu amigo o espancavam sem piedade.
Mateo
Seu merdinha, vai pra porra!. *o mesmo dizia ofegante enquanto dava diversos chutes e socos em Leo*
Os dois só pararam quando perceberam que Leo não ia chorar muito menos implorar para eles pararem.
Mateo
Inútil bater em você. Amanhã agente se vê de novo. *disse com um sorriso sarcástico cuspindo em leo*
Quando finalmente os dois saíram Leo não levantou, fico ali parado, apenas esperando.
Ao abrir a porta de casa sentiu o cheiro de marmita que avisava que sua mãe estava em casa
Decidiu subir sem dizer "oi" mas seu pai o viu .
Erick (pai)
já chego? Achei que fosse demorar.
Erick (pai)
Ah *o pai deu um sorriso falso* tá falando isso por causa do cheiro de marmita?
Leo apenas olho no fundo dos olhos de seu pai como se tentasse entender algo
Erick (pai)
é...ela tá sim. Vai, sobe toma banho e depois volta
Leo subiu as escadas o corpo dolorido. Se perguntando se seu pai sabia o que acontecia ou se ele só ignorava
entrou no quarto trancou a porta e se jogou na cama. Os olhos começando a arder
Não era um ardido de cansaço era outro sentimento que Leo não se dava o luxo de sentir
Na mesa de jantar estava sua mãe, uma mulher bonita de beleza marcante com seu jeito educado e chamativo
E seu pai ao lado, um homem sério parecia ter alguma coisa a dizer
Leo se senta na cadeira de frente pra seus pais
Elena (mãe)
Meu filho, o que aconteceu? Seu olhar tá meio roxo
Leo
Foi só uma brincadeira com... amigos
A palavra saiu arrastada como se dizer aquilo era como passa pregos na garganta
Elena (mãe)
Tá bem se você diz.
Erick (pai)
bom, eu é sua mãe temos que falar com você.
O pai de Leo colocou as mãos na mesa entrelaçando seus dedos
Leo olhava pra eles um pouco confuso
Erick (pai)
eu vou ser diretor sem enrolamento
Erick (pai)
Eu e sua mãe vamos trazer alguns amigos aqui pra casa e... queríamos que você ficasse com sua tia
A notícia foi como um soco em Leo , seus pais estavam com vergonha dele? Mas por que?
sentiu sua barriga embrulha mas manteve a expressão vazia.
Elena (mãe)
Querido não faça perguntas pro seu pai, e isso é apenas coisa de trabalho
Leo ficou calado, pensando em como sua vida ia de mal a pior. Ele levantou da mesa a expressão mas vazia do que nunca.
Leo
Se é de trabalho, eu fico com minha tia. *fingiu ter acreditado,subiu pro quarto*
o sol ainda despertava, mais Leo e seus pais já estavam indo para casa da tia do menor
Elena (mãe)
Filho não fica chateada vai se só um final de semana
Leo mal ouvia sua mãe, estava pensando mais em os pesadelos que ele vivia tendo
os pesadelos eram sempre perturbadores, coisas que faziam Leo ter medo de ficar sozinho
Chegaram em uma pequena casa no campo, era a casa da tia de Leo. Lena.
A tia era a preferida de Leo, ela o tratava melhor que sua própria mãe. A família achava ela um pouco doida mas Leo não se importava com isso
Desceu do carro e foi recebido com um forte abraço de sua tia
Lena
Nossa como você tá magro, e essas orelhas nos seus olhos, não tem dormido direito?
Em resposta Leo apenas deu um leve sorriso
Erick (pai)
Obrigada Lena por ficar com ele
Lena
Claro, tenham um bom final de semana
Elena (mãe)
obrigada, tchau querido
Os pais de Leo foram embora, deixando Leo com a tia Lena que o puxou pra dentro da pequena casa.
Lena
Me diz, seus pais te deixaram aqui por que?
Perguntou olhando com carinho pra Leo
Leo
Eles vão convidar alguns amigos e pediram pra mim ficar com você
Lena
Essa vagabunda da sua mãe, nunca se importa com você
Lena
seu quarto já está preparado, pode deixar suas coisas lá e depois vem tomar café da manhã, eu fiz muitas coisas pra você
Leo
Não precisava, mas obrigada
Leo foi para o quarto que a tia dele avia preparado, deixo suas coisas e antes de sair sentiu uma presença mais decidiu ignorar
Sento-se na mesa que estava cheia de várias coisas que ele gostava
Lena
Espero que você goste
Lena
Me diz como anda as coisas na escola
Leo por um momento parou de comer, mais forçou um sorriso e disse:
Lena
Leo não menti pra mim, eu sei que não tá nada bem
Leo ficou parado. Ele sabia que sua tia era a única que conseguia ver o que ele guardava em sete chaves... Sua tristeza
Lena
Eu tô aq, pode falar o que quiser
o silêncio caiu, não era desconfortável. Parecia que Leo falava tudo, sem dizer uma palavra
já nos conhecemos antes?
Já era domingo anoite quando Leo aguardava seus pais chegarem.
Lena
Querido eu tenho algo pra te dar *ela subiu pro quarto e voltou com uma pulseira*
Lena
Isso aq é mais do que uma simples pulseira.
Leo olhava pra pulseira e pra sua tia, como se já recusasse o presente
Leo
Tia eu- *foi interrompido*
Lena
eu insisto, você vai gostar
As histórias que viam de família era que a tia de Leo mexia com bruxaria, ele não se importava mas não queria fazer parte
Leo
tá bem *respondeu, aceitando só pra não deixar sua tia triste*
Ela entrega pra ele com um leve sorriso, sabia que ele ia precisar
Lena
Escuta você vai ter que fazer umas coisas antes de usar
Lena
Vai ter que fazer um ritual. Primeiro você precisa ficar sozinho em casa, segunda desligar as luzes e terceiro repetir três vezes ...
Antes que leu pudesse se recusar fazer isso seu pai chegou de carro
Lena
Vai e faça o que eu pedi
Leo acenou e entrou no carro voltando para casa, pra rotina que ele não suportava
Erick (pai)
E então, como foi seu final de semana? *o pai perguntou sem interesse real em saber*
Leo sabia que seu pai não estava interessado , mas para não deixar o clima uma merda respondeu
Leo
Foi legal, ela não finge gostar de mim
Depois disso os dois ficaram calados sem dizer nada, o desconforto era grande mas nenhum dos dois arriscava fala alguma coisa
a noite era fria, as janelas tremiam com o vento forte. Leo estava dormindo, mesmo frio soava. Estava tendo pesadelos.
Esses pesadelos eram sempre os mesmos. Uma criança ou um homem tirando suas vidas
mais avia um pesadelo que se repetia com frequência. Um homem sentado na beira de um penhasco, o vento forte fazia seus cabelos se bagunçarem levemente. E quando estava prestes a se jogar o alarme toca.
Leo abriu seus olhos rápido o peito subia e descia rapidamente, Leo estava ofegante. Desligou o alarme e se levantou, fez suas higienes e foi pra cozinha.
ao chegar na cozinha percebeu que seus pais já aviam saído, isso não era surpresa. Leo sentou na cadeira e colocou seu café, mas um pequeno papel amarelo chamou sua atenção
Era um bilhete da sua mãe, que dizia: "Leo, eu e seu pai já saímos, não voltaremos hoje"
Leo jogou o papel fora sem dar muita importância . Pegou a mochila e saiu, indo pro mesmo inferno de sempre
Eu parei de me importar se meus pais iam tomar café da manhã comigo ou não.
A verdade é que eu luto todo dia, entre suportar esse inferno ou tirar minha vida
Mais é melhor fingir estar bem do que tentar fala com meus próprios pais
O resto da manhã foi a mesma de sempre Mateo batendo em Leo o que pra Leo já não era mais novidade
A vontade era de dar um fim pra todo aquele pesadelo mais avia uma coisa que não deixava Leo se mata ...
Lena, sua tia que sempre foi mais que só uma "tia" qualquer, foi uma mãe.
o céu estava nublado o vento era forte, fazendo as janelas tremerem. A porta se abriu quando Leo entrou, a casa estava silenciosa, parada.
Leo jogou sua mochila no chão e deitou no sofá. O dia avia sido difícil hoje pra Leo, além de ter apanhado de Mateo teve que aquentar ser humilhado por um grupo de meninas na escola
Pode até pensar "por que ele não bate em mateo também?" Leo já avia tentado, mas depois de tanto tempo já avia desistido de tentar.
Ao se levantar do sofá a pulseira que sua tia tinha dado a ele caiu no chão com um baque seco
Leo
Droga tinha me esquecido disso *murmurou baixo*
Leo abaixo é pegou a pulseira, lembrando do que sua tia tinha pedido pra ele fazer.
Ele não acredito no que sua tia falou mas decidiu fazer. por ela.
No quarto luzes desligadas apenas uma vela ao lado da pulseira, Leo sentado de joelhos no chão repetia as palavras ditas pela sua tia.
Leo
Apareça para mim, aparece para mim, apareça para mim.
Nada avia acontecido, frustrado Leo apenas ficou em silêncio encarando aquela pulseira.
De repente sentiu um vento forte soprar atrás de si, a vela se apagou deixando o quarto completamente escuro. Leo sentiu um arrepio na espinha.
Levantou e olhou para trás, quando viu...a janela aberta, foi até a janela e a fechou
Leo
Hahaha *deu um sorriso, coisa rara de si ver, zombando de si mesmo por acreditar naquilo*
Leo estava dormindo quando ouviu o barulho da porta do quarto abrir . Seu coração parou, ele sabia que estava sozinho.
Leo abriu seus olhos devagar, olha pra porta aberta e não viu nada. Mais quando seus olhos foram pro canto da porta pode ver...
Leo
AAHAHAHAHA!!!!! *se levantou rapidamente,seu coração acelerado,pegou a primeira coisa que viu e jogou na direção da sombra*
A sombra ou a coisa que se escondia pegou rápido o abajur que Leo avia jogado nela.
Leo caiu da cama e correu em direção a porta
mais pra infelicidade de Leo a por se fechou com força, o trinco quebrou deixando a porta trancada
???
Calma, não precisa gritar tanto
Leo pegou um caco de vidro que tinha do abajur e apontou para se defender
Leo
Não chega perto de mim! *grito sua mão tremia*
???
Foi você que me chamou e agora tá me ameaçando?
Leo
Quem é você!? O que é você!!?
???
ah, desculpa não me apresentei.
Raito
Eu sou o Raito, eu sou um espírito.
Leo
Mais que porra é essa *Leo sussurro pra si mesmo, não entendendo nada*
Leo
Escuta, eu não te chamei
Raito
chamou sim, eu até entrei pela sua janela.
Leo ficou ainda mais confuso, não conseguia acreditar.
Raito
Sim, naquela hora que você disse " apareça para mim" foi aí que eu entrei
Leo
Mais...como isso é possível
Raito
Simples, você me desejou
Leo
Que!? Para de mentir eu nunca desejei um maluco entrando na minha casa
Raito
Eu não tô mentindo, foi a pulseira, sua tia que te deu
Raito
Eu sei , por que foi por isso que eu vim pra cá
Leo
Eu não acredito em nada que você diz
Leo estava começando a perder a paciência com tudo aquilo
Raito
Naquele dia! Que você está na casa da sua tia, no quarto ... você me sentiu, sentiu minha presença
Leo estava abaixando a quarda, começando a acreditar naquilo, mesmo que nada fazia sentido ele conseguia entender alguma coisa.
Leo não estava com medo, estava até mesmo se sentido ... acomodado?, era como se eles já tivessem se conhecido antes.
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