Em uma área nobre da capital do estado, a cidade de maior poder aquisitivo do país, a mansão da família Nóbrega estava toda iluminada. Um baile de comemoração estava sendo realizado.
Cássia, com 18 anos, observava o salão ricamente ornamentado, oculta atrás de uma cortina no mezanino. Não tinha autorização para participar, era tratada como a filha bastarda do Alfa, sendo que todos sabiam que sua espécie só podia procriar com o companheiro destinado.
A orquestra se preparava para tocar em um palco no fundo do salão e à volta dele, estavam arrumadas mesas com cadeiras para os convidados que começavam a chegar.
Na mesa principal estavam sentados o Alfa, com sua Luna escolhida a sua direita e distante duas cadeiras, estava sua companheira destinada, a mãe de Cássia, que era mantida como concubina só para procriação.
Depois que os humanos invadiram as florestas, desbastando-a, tirando as terras e a liberdade dos lobisomens, eles fizeram o inverso e se misturaram com os humanos em suas cidades, adotando vários hábitos nocivos, como o desprezo pelas tradições e o desrespeito por suas legítimas companheiras, o que valia só para os machos.
Sendo assim, o Alfa Lucius Nóbrega, rejeitou sua companheira para assumir a fêmea que julgava amar, mas manteve a rejeitada próxima a si. Foi quando Cássia nasceu, gêmea com seu irmão, o primogênito do Alfa, Gaio e por ser fêmea, foi desprezada pelo pai.
Olhando as fêmeas bem vestidas e brilhando com tantas jóias, invejou, pois não tinha sequer roupas decentes para o dia a dia, muito menos para um vestido de gala. Ficou horas entretida e não percebeu que era observada e quando deixou o lugar e se refugiou em seu quarto no porão, foi atacada, abusada e marcada.
Deixada desacordada, quando despertou e tomou consciência do que aconteceu, não sabia o que fazer, não tinha como acusar o agressor sem saber quem era, pois foi pega totalmente desprevenida e por trás.
Lavou-se e engoliu sua humilhação, mantendo sua rotina de trabalho na casa, até descobrir que estava grávida e não conseguiu esconder, porque todos podiam sentir seu cheiro misturado com o do bebê.
— Como você ousou ficar grávida? — rosnou, a Luna, dando-lhe um tapa na cara.
— Eu fui abusa…— tentou falar, mas foi interrompida por outro tapa.
Sua mãe tentou defendê-la, mas apanhou também e no final, Cássia foi expulsa da casa.
— Saia desta casa e só volte quando se livrar dessa coisa ou pedirei ao Alfa que acabe com as duas. — ordenou a Luna, com inveja da enteada que engravidou sem ter um companheiro, enquanto ela, não podia conceber de seu Alfa.
Não falou nada, mas percebeu nela o cheiro do macho que gerou o filhote, era sútil, mas conhecia bem aquele odor, pois esteve bem próxima a ele, mas devido a importância do macho, achou melhor guardar a informação para si.
Se contasse, daria um escape a Cássia e podia prejudicar a si e ao Alfa e não queria perder sua posição de Luna e nem deixar de humilhar a verdadeira companheira com sua filha bastarda. Ainda tinha Gaio, que a tratava como mãe, sem saber que a concubina lhe deu à luz e tinha uma irmã gêmea.
A mãe de Cássia arrumou uma bolsa com roupas, algum alimento e dinheiro e disse à filha onde poderia encontrar abrigo.
Cássia encontrou a cabana abandonada na floresta e foi lá que permaneceu até a filhota nascer. Sua mãe a visitava quando podia, suprindo-a com alimentos e gêneros de primeira necessidade.
Quando a hora do parto chegou, ela tentou não gritar, mas seus gemidos agitaram os animais da floresta, que se alvoroçaram em uma algazarra. Ela xingava e prometia voltar e se vingar, pois todo seu sofrimento não era justo, sendo ela a filha do Alfa.
A filhote nasceu com um choro fraco, cansada do parto. Cássia a levou até o rio, lavou a si e a filhota, vestiu seu vestido sujo e esfarrapado, enrolou a bebê em um trapo e depois de percorrer uma grande distância, largou-a e voltou para a casa do Alfa.
Não entrou pela porta principal, mas por um alçapão que levava ao porão, onde era o seu quarto. Encontrou-o muito diferente, com caixas e malas, fizeram-no de depósito. O bom disso era que continham as roupas dispensadas pela Luna.
— Finalmente vou vestir uma roupa decente.
Apesar disso, não vestiu roupas extravagantes, mas a mais discreta que encontrou para se manter oculta e fazer o que veio fazer, cumprir sua promessa de vingança. Aproveitou que o dia estava amanhecendo, deitou e dormiu o dia inteiro, deixando o poder da loba, curá-la do parto.
Quando acordou no meio da noite, percebeu que a casa estava em silêncio e foi até a despensa da cozinha, pegou o que precisava para executar seu plano, foi à cozinha e preparou tudo, deixando encaminhado para o dia seguinte. Arrumou tudo o que usou, fez um farnel com alimentação para si, voltou ao porão, fez uma trouxa com as roupas e voltou à cabana.
No dia seguinte, após o café da manhã, ouviu-se os gritos e uivos.
— O Alfa e a Luna estão mortos! — avisou a governanta, ao Beta.
— Como?
— Parece veneno…
— Chamou o médico?
— Sim, foi ele que atestou a morte dos dois. — A serva não era outra se não a mãe de Cássia e torcia uma mão na outra, com medo de que a acusassem.
— Gaio está bem?
— Tomou o café e saiu para o treino.
Neste instante, o Beta recebeu a informação, pelo canal da Alcateia, de que Gaio foi encontrado morto entre a mansão e a academia de treino.
— Parece que o veneno estava na comida de Gaio, também. Ele foi encontrado morto.
A verdadeira companheira do Alfa e mãe do herdeiro, caiu de joelhos soltando um uivo de dor, não aguentando a perda que representava o cúmulo de seu sofrimento, depois de ser roubada de todos os seus direitos.
— Acalme-se, temos muito o que fazer, vou comunicar ao Supremo. Vamos investigar, fique atenta e não se mostre muito, mesmo não sendo a Luna, você é a companheira legítima, surgirão muitas conjecturas, é melhor você não estar à vista.
— Então , o senhor sabia…
— Não havia segredos entre nós, mas agora não importa, é melhor você se recompor.
— Obrigada, Beta.
Assim começou a queda da Alcateia dos Nóbrega e Cássia fugiu, percorrendo um grande percurso, afastando-se o máximo possível daquela Alcateia que nunca a recebeu com dignidade.
O Beta do Supremo Alfa, Norman Weidman que, também era um Alfa poderoso e sempre representava o Supremo nos eventos, foi averiguar o ocorrido com o casal Nóbrega e ao chegar, pediu para falar com a governanta e a mãe de Cássia foi chamada.
A surpresa dela foi ao ser questionada sobre a jovem que dormia no porão.
— Por que o senhor quer saber dela?
— Por que ela é minha companheira. Estive com ela, a fiz minha, mas precisei sair com urgência e deixei meu lenço com o brasão para que soubesse de onde eu sou.
Os olhos da mãe ficaram vermelhos e cobriu a boca com a mão, tentando conter os soluços de lamento. Sua pobre filha foi humilhada e expulsa, quando tinha alguém tão importante que a podia proteger.
— Senhor, que pena que só chegou agora… — contou a ele o que aconteceu e como eram tratadas pelo Alfa e sua Luna.
Após ouvir com atenção, ele ficou furioso e se o casal de Alfas não estivesse morto, teria os matado. Começou naquele momento, a maior caçada de sua vida, na tentativa de encontrar sua companheira e sua filhota.
A filhota, no caso, foi encontrada, graças ao seu choro contínuo e estridente, por um casal que estava de férias em um camping próximo. Causou um burburinho no local, a polícia foi chamada e a bebê levada ao hospital da cidade mais próxima.
Depois de tratada, a bebê foi enviada para um abrigo e registrada com o nome de Catarina Duprée. O abrigo era uma casa cuidada por um casal e haviam outras 12 crianças vivendo lá.
Como bebê, recebeu os cuidados necessários, mas não o carinho de uma mãe. A medida que crescia, era judiada pelas crianças mais velhas que eram obrigadas a cuidar dela e a beliscavam, fazendo-a chorar.
Aos três anos, aprendeu a se esconder, mas a suposta mãe substituta a ensinou a lavar a louça e conforme crescia, foi assumindo tarefas como varrer a casa e tirar o pó.
Devido a fiscalização do governo, todas as crianças frequentavam a escola e o buling que sofria em casa, passou a sofrer também na escola. Chegou a ser trancada dentro do armário e quando não chegou em casa com os irmãos, as consequências foram piores.
Catarina levou a pior surra de sua vida e teve o braço quebrado, enquanto seus irmãos foram obrigados a vigiá-la e protegê-la na escola, mas torturavam-na em casa. A maioria do trabalho que tinham como obrigação para fazer, passavam para ela e se ela reclamasse, apanhava com um cabo de vassoura.
Estava sempre com manchas roxas pelo corpo, mas sua parte lupina a curava rapidamente e sua resiliência chamou a atenção da mãe, que começou a explorar seu potencial.
A partir dos oito anos, dividia seu dia entre a escola e a faxina em casas de madames. Todo dinheiro que ganhava ia para a mãe, que não vigiava como ela era tratada e por isso, acabava passando fome e apanhando indevidamente.
— Garota estúpida, não viu que este piso arranha? Precisa andar descalça e usar a flanela especial para limpar.
— Desculpa, senhora, eu não sabia.
Shulep
A bofetada foi tão forte que virou o rosto dela e a derrubou. Seu quadril bateu forte no chão e a dor a fez urrar. O som estranho que emitiu, fez a madame arregalar os olhos e temer a criatura que ela não sabia existir dentro de Catarina.
— Quem é você? Acaso é um monstro? Vá embora agora mesmo e não volte mais a esta casa.
— Não sou um monstro, senhora. Por favor, não me mande embora, minha mãe não vai gostar.
O que Catarina queria dizer é que levaria uma surra, pois toda vez que sua mãe não gostava de algo, ela sofria com pancadas terríveis. Mas não adiantou, a madame a mandou embora e quando ela chegou em casa, não só levou uma surra por não levar o pagamento, como foi trancada no quartinho de dispensa.
Catarina passou a ter medo do escuro, pois um dos seus irmãos mais velhos, cada vez que ela tomava uma surra, ele corria a se esconder no quarto de despensa para esperar ela chegar e quando ela entrava ele a maltratava com implicâncias, beliscões e puxões de cabelo.
Aos 12 anos, esse mesmo irmão, tentou a violentar, mas algo estranho aconteceu com ela, uma força desconhecida surgiu e ela nocauteou o garoto, que só acordou quando a porta abriu e a mãe o viu jogado no chão.
— O que houve aqui?
— Não sei, mãe. Ele já estava aqui, quando entrei.
— Que estranho, por que ele estaria aqui? — sacudiu o menino — Acorda Nick!
O tal Nick acordou e olhou espantado para a mãe, depois encarou, com medo, a garota a quem gostava de atormentar.
— Me salva, mãe, me salva, ela é um monstro!
Para sorte de Catarina, a mãe não acreditou. Olhando para a menina franzida, jamais acreditaria que ela nocauteou Nike, que era um adolescente alto e forte.
— Vá se lavar para o jantar e não se iluda, sei porquê você estava aqui e vou ficar de olho em você. Se aprontar mais alguma coisa, te mando embora.
— Não, mãe, a culpa é dela, ela me bateu!
— Mesmo que ela tivesse forças para te bater, você não devia estar aqui. O que você queria fazer com ela, heim?
— Ele queria me fazer mal…— Ousou dizer, Catarina.
A mãe sabia bem as intenções do adolescente. Já tinha notado os olhares de cobiça que lançava nas meninas, mas não podia perder o auxílio financeiro que recebia do governo por cada criança.
— Vão se lavar, os dois, e desçam para jantar.
Catarina não esperou, correu para tomar banho, fugindo da fúria do Niki que, com certeza, retaliaria. Depois desse dia, ele manteve distância dela, quando estavam na presença dos outros e ela fugia, sempre que ficavam a sós.
A mãe percebeu que as notas de Catarina, na escola, eram muito boas, principalmente matemática e cálculos, então deu uma nova função a ela, cuidar das contas. Aos poucos, toda a organização do escritório ficou por conta dela e a mãe nem desconfiava de que Catarina foi descobrindo todas as irregularidades do casal.
Quando estava para fazer 18 anos, uma nova criança chegou a casa. Tinha dois anos e era muito tímida, sendo judiada pelas outras crianças, como ela foi. Porém, a pequena confiava e gostava de Catarina e passava o tempo todo atrás dela.
Foi quando a mãe chamou-a ao escritório para fazer-lhe uma proposta.
— Sente-se Cat.
— Quer que eu faça algum serviço específico, mãe?
— Não, quero falar de sua saída. Você já percebeu que Táli veio para ocupar o seu lugar, mas o serviço que você faz aqui é muito bem feito e me economiza um tempo valioso.
Catarina sabia ao que a mãe se referia: sabia guardar segredo e poupava o trabalho que a mãe não gostava de fazer.
— Quer que eu fique?
— Sim. Você terá casa e comida e um valor semanal para cobrir suas necessidades pessoais.
Catarina sempre se manteve humilde, obedecendo todas as ordens que lhe davam, mas não era boba e nem tão subserviente para continuar trabalhando sem registro e salário correspondente.
— Pensei que era obrigatória a saída. Posso pensar?
— Desde que decida antes de seu aniversário para que eu possa regularizar tudo.
— Está bem, obrigada.
Viu a mãe sorrir para ela pela primeira vez e aquilo era muito estranho. Faltavam duas semanas para seu aniversário e começou a preparar sua saída, mas a garotinha, Táli , não a largava e quando presenciou os outros a maltratando, decidiu levá-la.
Esperou o momento em que estava sozinha na casa e foi até o arquivo de pastas, que ficava trancado, mas ela sabia onde estava e pegou os documentos da menina, deixando os seus para que a mãe não desconfiasse.
Porém, na véspera de sua partida, o pai entrou em seu quarto e tentou estuprá-la, mas assim como ela havia reagido com o nick, reagiu com seu pai, só que dessa vez, ela cortou-lhe a jugular.
— Oh, meu deus, o que foi que eu fiz?
Olhou para as mãos ensanguentadas e viu garras no lugar de suas unhas, ficou apavorada, pois não fazia ideia do que estava acontecendo. Com medo, correu para o banheiro e lavou as mãos que voltaram ao normal. Foi pegar seus documentos no escritório, depois, pegou suas coisas que separou em uma sacola plástica e foi ao quarto da Táli, onde não a acordou, pegou-a no colo ainda dormindo e fugiu pela janela.
Quando descobriram o que aconteceu, ela já estava bem longe, chegou à estrada, pegou um ônibus e foi viajando durante toda a noite até chegar a uma cidadezinha bem distante. Conseguiu se hospedar em uma pensão com o pouco dinheiro que tinha e dormiu durante o dia, com Táli que acordou durante a fuga.
A polícia foi acionada e considerou que a morte foi causada por um animal selvagem e não deu prosseguimento a uma investigação e sem a documentação da criança, não conseguiu registrar o sumiço. Como Catarina fazia 18 anos naquele dia, não era mais de sua responsabilidade.
Infelizmente, Catarina não sabia disso.
18 anos antes
Na Alcateia dos Nobregas, o Beta do Supremo, Norman Weidman, comunicou ao Supremo a necessidade de enviar um Alfa para liderar a Alcateia e iniciou sua busca por sua filha. Pelo cheiro que sentiu na casa, percebeu que, provavelmente, era ela a responsável pelas mortes.
— Chamem a governanta. — ordenou aos servos.
Quando ela chegou, parecia bem mais velha de quando a viu pela primeira vez, franziu a sobrancelha e concluiu que devia ser o sofrimento pela perda do companheiro.
— Pois não, senhor, em que posso lhe servir.
— Você sabia que foi a sua filha que envenenou os Alfas, não sabia?
Ela caiu de joelhos, chorando, como vinha fazendo desde que as mortes aconteceram.
— Me perdoe, Beta. Eu desconfiei, pelo cheiro que senti na dispensa e na cozinha, mas não a encontrei e tive medo de procurá-la e também de a delatar, depois de tudo o que passou.
— Fique em seu quarto, vou seguir o cheiro e tentar encontrá-la. É provável que ela já tenha tido o bebê e talvez eu consiga encontrar os dois.
— Não faça nada de mal com a minha filhota, por favor, ela não tem culpa de tudo que sofreu.
— Fique tranquila, se eu as encontrar, trarei-as de volta e assumirei as duas.
— Obrigada, Beta Norman.
— Não me agradeça, ainda, mesmo porque, também sou um dos responsáveis pelo que ela passou. Se eu estivesse aqui, ela não teria passado por tanta humilhação.
Ela abaixou a cabeça, pensando que ele tinha razão, se tivesse feito a coisa certa, sua filha não tinha sido expulsa e nem tido filhote sozinha na cabana. Foi tão desafortunada, mas lembrou-se que a antiga luna, mãe do Alfa morto, passou pela mesma coisa.
— Isso é uma maldição, minha sogra passou a mesma coisa com o companheiro dela, foi desprezada, rejeitada, mas mantida cativa para ter filhos e no final só teve um que agora está morto e eu também, só me resta minha filha Cássia, por favor, encontre-a.
Norman consentiu com um aceno de cabeça e saiu, chegou à floresta, tirou a roupa e transformou-se em seu imenso lobo que imediatamente, captou o cheiro de sua companheira e o seguiu, chegando à cabana.
Voltando à forma humana, vasculhou tudo e não encontrou nada, além dos trapos velhos que ela devia usar. Também não sentiu o cheiro de sua filhota, mas sentiu o cheiro de sua fêmea, diferenciado pela gravidez e seguiu até chegar ao rio.
Foi lá que ele identificou o cheiro de sua filhota, caiu de joelhos chorando, muito emocionado.
— Eu sou pai… tenho uma herdeira… mas a perdi. — agarrou a gramínea crescida na beira do rio.
Quando se acalmou, sentiu que o cheiro continuava e teve uma esperança levantou-se e seguiu, percebendo que em certo momento, o cheiro se bifurcava, o da loba seguindo para a esquerda e o da filhote para a direita.
Ali começou a sua busca pela companheira e pela filha. Não as achou naquele dia, mas encontrou indícios que o levou a outras pistas, mas não conseguiu prosseguir, tinha coisas a resolver na alcateia dos Nóbrega.
O novo Alfa foi designado pelo Supremo e chegou a Alcateia acompanhado de sua Luna e seus filhos de cinco e três anos. Foi recepcionado pelo Beta, que embora lamentasse a morte do antigo Alfa, sentia-se aliviado por não conviver mais com seu despotismo.
Uma cerimônia de posse foi feita e depois de organizar tudo e apresentar a companheira do falecido Alfa para o novo Alfa, Norman foi embora, queria prosseguir na sua busca o mais rapidamente possível.
Dias atuais
A antiga Alcateia Nóbrega, passou a se chamar Alcateia Lua Nova, a governanta não aguentou a falta do companheiro e faleceu. Os jovens filhos do Alfa, tornaram-se guerreiros fortes. O mais velho foi treinado e substituiria o pai.
Começou a ser cobrado para que escolhesse uma das fêmeas para ser sua Luna, pois não convinha que assumisse o cargo sem estar casado. Mesmo com o Alfa escolhido pelo Supremo, os machos mais velhos insistiam nas práticas humanas e escolheram uma fêmea com aparência chamativa, que sabia se portar e ofereceram ao Alfa.
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