NovelToon NovelToon

Vendida para um Mafioso

Traição à Luz do Dia: A Revelação Inesperada de Aylla Yandra

Estava dirigindo pela cidade á procura de uma lanchonete, tinha acordado e ainda não tinha comido nada....

MOMENTOS ANTES...

Acordo e olho para o relógio,, já são quase 10hrs, droga estou atrasada para a reunião; eu trabalhava no escritório do meu pai, fazia Marketing digital e por mais que seja meu pai ele era muito severo como chefe, levantei correndo e fui direto ao banheiro para pentear o cabelo e escovar os dentes, vesti minha roupa e peguei a chave do carro, calcei o tênis sai e tranquei a porta da casa. Assim que destravei o carro vi que não tinha tirado a chave da porta, dei a volta e a peguei.

AGORA...

Estou dirigindo a uns quinze minutos e estaciono em um café próximo ao trabalho, peço o café de sempre e demora um minuto para eles me entregarem, olho para o prédio onde está escrito Designer de Construção.Assim que entro o atendente Lee me recebe com um sorriso e aponta para o relógio lembrando-me que estou atrasada, sorrio com ironia para ele.

- Tenha um ótimo dia Aylla - ele diz e eu aceno com a cabeça afirmando.

Entro na sala de reuniões e logo vejo um homem diferente na cadeira do meu pai, fecho a porta e olho para os rapazes.

- Desculpe, mas... - faço uma pausa colocando inha bolsa em uma das cadeiras. - o que está acontecendo?

- Você deve ser Aylla Yandra, prazer em conhecê-la. - um rapaz estende a mão sorrindo, eu o cumprimento e olho para seu rosto amigável. - sou Tommy.

- Alguém pode me explicar? - pergunto arqueando uma sobrancelha. - porque ele está na cadeira do meu pai? e quem são vocês?

O homem misterioso que está na cadeira do meu pai se levanta, e Tommy fica sério e recua para seu lugar; os demais rapazes dão espaço para o homem passar e ele aponta para as cadeiras vazias.

- Por favor, setem-se - ele pede, eu o encaro e hesito, um dos meninos me olha de forma séria e sem interesse, seu cabelo liso caindo nos olhos e suas roupas descoladas o fazem parecer apenas um playboy folgado, ele tenta tirar o cabelo dos olhos e se volta a atenção para seu joguinho no celular. Notando que eu estava olhando para o rapaz o homem sorrir. - Vejo que se interessou no Jhon, ele não é muito de falar, mas sabe, ele é muito bom na mira. - o homem diz sorrindo.

- Não estou interessada em ninguém, apenas quero entender o que está acontecendo, até agora ninguém disse nada. - falo irritada.

- A situação é a seguinte, querida: - ele diz fazendo uma pausa dramática enquanto os outros esperam pacientes. - seu pai, Sr. Sam, fez um acordo comigo bem antes de você nascer. - ele diz parando um pouco para tossir.- E que acordo é esse? - pergunto.

- Melhor que se sente, pois a história vai ser dificil para você, - o homem aponta novamente para a cadeira e e sento cautelosamente. - Antes deixe apresentear meus garotos. Um deles já fez o favor de se apresentar, Tommy, ele é o hacker da nossa operação; inteligente e carismático. John... - O homem aponta para o garoto que jogava em seu celular e quando o homem percebe que ele está distraído dá uma leve batida na cabeça do garoto chamando sua atenção. - John, que tal se apresentar melhor?

- Que saco, precisa mesmo? - John diz irritado, percebendo que o homem está sério ele se ajeita na cadeira - tá, meu nome é Johnny e sou atirador, mais precisamente um atirador de elite - ele me olha direto pela primeira vez e trocamos olhares por um momento antes de ele mostrar relutância ao voltar para o celular.

- Desculpa, ele é muito introvertido e não confia muito em ninguém, nem mesmo em seus companheiros. - o homem diz. - vamos para os três próximos, - ele diz caminhando até a cadeira do meu pai e se senta apontando para outro rapaz, que por sua vez tem cicatrizes nos braços, na perna esquerda e uma perto da sobrancelha direita.

- Meu nome é Josh, sou o estrategista do grupo, o que planeja como vai acontecer de forma segura para todos saírem vivos . - ele diz. - bom, não tenho muita coisa a falar.

- Como sempre direto - diz o homem - mas vale lembrar que mesmo que o josh sendo responsável pela nossa segurança, possa haver imprevistos e ainda assim podemos correr perigo obviamente.

- Ainda não entendo como eu posso estar envolvida com vocês - falo cada vez mais impaciente - não quero saber o nome de ninguém, muito menos o que fazem e....

- Calma gatinha, está ansiosa demais - o garoto que parece ser o mais novo do grupo diz sorrindo. - prazer em conhecê-la, sou Ravy, braço direito desse nobre senhor - ele aponta para o homem com uma faca e o homem apenas sorrir. - Eu sou o advogado, mas sou especialista em venenos, todas as armas que uso contém um veneno diferente, alguns matam lentamente, outros bem rápido e dolorosamente. - ele dá um sorriso maníaco que me faz arrepiar.

- Ravy, menos - Johnny diz sem tirar sua atenção do celular, Ravy encara seu companheiro e sem pensar duas vezes joga a faca em direção do johnny, Josh segura a faca com uma das mãos e em mínima distância da cabeça de Johnny.

- Vamos garotos, adiantem. - o homem diz.

- Meu nome é Edie, sou responsável pela infiltração, como já deve entender, me arrisco me infiltrando nos grupos inimigos. - ele diz sem rodeios.

Olho para todos e analiso as habilidades deles, um atirador de elite, um hacker, um espião, um advogado que é especialista em venenos, e um estrategista; fico me perguntando qual será o acordo que meu pai fez com esses caras. O homem sorri e volta a sua atenção para mim.

- Muito bem senhorita Yandra, vou lhe contar sem rodeios o que está havendo, o seu pai bastardo fez um acordo comigo, ele estava quase falindo a muito tempo atrás, devia muito dinheiro para mafiosos e nos contratou para dar proteção a sua família - ele diz e arqueio uma sobrancelha sem conseguir acreditar em uma palavra do que aquele homem dizia. - como pode imaginar, demos um jeito nos capangas e até então sua família está segura, porém, o seu pai já não tinha dinheiro suficiente para nos pagar....

- Não acredito no que está falando, meu pai nunca se envolveria com pessoas assim. - falo tentando não demonstrar minha irritação - você está mentindo.

- Garota olha para mim, acha mesmo que eu iria estar perdendo meu tempo aqui se ele não estivesse falando a verdade? - Johnny diz focando sua atenção em mim.

- Não me interessa com o que você faz no seu tempo, isso tudo é um absurdo. - falo - não me importa se você estaria aqui ou não, quero apenas a verdade.

- Então que tal calar a boca e escutar? - Johnny diz com irritação na voz. Pra quem não fala muito ele tem um temperamento muito forte, ele me irrita.

- Como eu estava dizendo, - o homem continua - concluímos nossa missão obviamente com sucesso, o seu pai não tinha dinheiro o suficiente e então, ele nos deu você como parte da recompensa - ele acaba de fala, faz soar como se fosse comum, mas sou pega de surpresa e começo a ficar um pouco tonta com toda aquela informação, meu pai seria mesmo capaz de me vender? apenas para pagar uma dívida?!

- Não...- eu começo a falar mais para mim que para eles. - ele .... elenão faria....

- Aylla... - Tommy começa a falar, mas parece não achar as palavras certas para me consolar, e deixa meu nome no ar, ele parece preocupado com minha reação e se levanta da cadeira indo até mim.

Fico completamente sem chão, sinto falta de ar e não consigo controlar as lágrimas que teimam a cair; meu pai não tinha o direito de me vender, e por que ele não estava aqui? por que deixar esses caras me dizerem tudo isso sem olhar nos meus olhos? Fico confusa e sinto minhas mãos trémulas.

- Sinto muito senhorita Yandra, sei que é uma verdade dolorosa, seu pai não pôde estar presente pois teve que fazer um favor para mim, mas garanto que terão tempo para conversarem. - o homem diz com um sorriso reconfortante. - Bom, agora que está tudo claro precisamos ir.

Os garotos se levantam e dois deles param cada um de um lado da minha cadeira,  homem e os outros saem da sala deixando nós três um pouco mais na sala até que eu pudesse me recuperar e conseguir andar.

- Não ligue para o que o Johnny disse, ele não demonstra, mas foi relutante a aceitar esse acordo - Josh diz tentando me acalmar, mas ele não olhava diretamente para mim. - Ele não confia em ninguém, não, ele não confia nos outros o único que ele respeita é o Chefe.

- Vamos Aylla, o chefe não gosta  de ficar esperando por muito tempo, tenho certeza de que você vai poder refletir sobre tudo isso na mansão. - Tommy diz com um sorriso amigável, aceno que sim com a cabeça e me levanto. - pode usar isso se quiser - ele me entrega um óculos escuro e eu o pego.

Sigo eles até meu carro, como esperado os demais foram na frente e os que ficaram estavam seguindo eles no meu carro, Josh dirigia e o Tommy estava no banco do passageiro atrás comigo, depois que o Josh vira a esquina Tommy pega o que parecia ser uma venda.

- Desculpa ,mais até confiarmos em você, não poderá saber onde é a localização da mansão. - Tommy explica, colocando a venda em mim.

ASSIM QUE CHEGAMOS NA MANSÃO...

O carro para e Tommy tira a venda dos meus olhos, Josh estaciona o carro e escuto a porta do motorista bater, assim que saimos do carro meus olhos deora um pouco a se acostumar com a claridade, depois de finalmente se adaptar consigo vizualizar melhor o local, gramas bem cuidadas e podadas, uma mansão enorme mas com caracteristicas que dá arrepios a qualquer criança, sinto meu estômago revirar, olho ao redor, mas é deserto, com vários seguranças ao redor, Tommy vai até um deles e mostra seu crachá que eu ainda não tinha notado, pendurado em seu seu pescoço e foorma de uma correntinha comum. Entrando na mansão o portão se fecha automaticamente, tem um jardim do lado esquerdo e o que parecia ser uma cabana do lado direito, apenas com uma janela no alto; continuamos a caminhar e subimos a escada até o saguão, onde encontramos os outros sentados, olho ao redor e o único que não está presente é o Johnny.

- Espero que os garotos tenham sido cuidadosos com você no caminho para cá. - o homem que se diz chefe diz.

- Eles foram! - respondo.

- Ótimo, você deve estar cansada, josh leve ela para o quarto e certifique-se que ela estará em segurança - o chefe ordena.

- Por qui... - Josh mostra o caminho e sigo ele, ele passa por um corredor onde está pendurado algumas fotos dele, Josh nota para onde olho e da um leve sorriso de canto, olho para cada um deles e então ele começa a falar. - logo sua foto será pendurada aí - ele diz - acredite você ou não, mas cada um de nós teve várias batalhas internas, não éramos assassinos, fomos obrigados a isso para sobrevivermos.

Olho para ele que parece um pouco cansado, imagino o quanto ele deve se dedicar ao seu trabalho. Por um momento me pergunto onde eu poderia estar me encaixando nesse grupo, sendo a única garota aqui.

- Não se preocupe, ninguém aqui está querendo machucar você, além disso, temos ordens para que não fizéssemos nem sequer um arranhão em você.

- Que reconfortante - falo com irônia e ele me olha sorrindo - acho que você não sabe lidar com esse lance de acalmar as pessoas, não é?

Por um momento penso ter visto ele corar, ele desvia o olhar e seu semblante logo se fecha, e ele fica sério novamente.

- Não temos o porque demonstrar qualquer tipo de emoção! Somos assassinos, não se pode colocar sentimentos acima do dever. - ele diz e continua a andar enquanto sigo ele. chegamos em uma porta que parece estar trancada, ele pega a chave e a destranca. - aqui está, qualquer coisa que precisar pode chamar Tommy ou qualquer um dos meninos, preciso ir. - aceno com a cabeça mostrando a ele que entendi o que ele explicou.

- Obrigada, você e o Tommy foram legais comigo até agora. - eu falo, e ele bagunça meu cabelo brincando.

- Pode me chamar se não quiser conversar com os outros, se isso fizer com que se sinta melhor. - ele diz e sai andando acenando com a mão, fecho a porta e a tranco.

Depois de finalmente estar sozinha, vou até a cama e me jogo nela olhando para o teto, penso em tudo que aconteceu e não consigo controlar as lágrimas que vem, deixo que elas caem até que caio no sono.

O Jogo do Silêncio

QUANDO A NOITE CAI...

Acordo e percebo que estou em um lugar diferente, de acordo as lembranças vêm vou me lembrando do que aconteceu e de como minha vida virou de cabeça para baixo, me levanto e começo a olhar o quarto, tem um banheiro e uma varanda, abro as cortinas e vejo a lua e sua beleza.

- Daria de tudo para ser como a lua, mesmo com suas fases ela ainda consegue ser forte. - falo comigo mesma. Olho no guarda roupa e vejo que já havia bastante roupa feminina nele. Pego uma toalha e vou para o banheiro fazendo um coque no cabelo.

Assim que saio visto uma camiseta preta, uma calça jeans e uma jaqueta, calço meu tênis e destranco a porta devagar. Assim que passo pelo corredor vou andando e saio pela porta da frente, sentindo a brisa do vento em meu rosto, solto meu cabelo e respiro fundo.

Ainda com os olhos fechados, escuto barulho de passos vindo em minha direção.

- Desculpa, não sabia que tinha gente aqui. - abro os olhos e vejo Johnny dando meia volta e parando uns segundos depois. - An... A propósito... - ele diz meio sem jeito. - Eu... Bom... - ele faz mais uma pausa e eu sorrio caminhando até ele. Assim que me aproximo ele instintivamente pega uma adaga e aponta em meu pescoço.

Fico surpresa por um momento, trocamos olhares e mesmo que lá no fundo, ainda vejo bondade nele; ele ainda estava atento a qualquer movimento meu.

- Está tudo bem, calma. - tento tranquiliza-lo.

- Ainda não confio em você, não se aproxime! - ele avisa com a voz firme. - Bom, esquece. Boa noite!

Ele vai se afastando devagar e logo se vira para a mansão indo em direção a porta e entrando. Não consigo conter o sorriso e volto a olhar para o céu. Olho ao redor e ando até o jardim que está iluminado com algumas luzes de chão.

- Ah - falo notando que já havia alguém ali, ele me olha, mas então volta sua atenção para o luar.

- A lua está linda, não é? - ele diz sem muita emoção na voz antes de eu dar meia volta para a mansão, dou um fraco sorriso e concordo. - está precisando de alguma coisa?

Olho para ele por um tempo, balançando a cabeça negando e ele dá um leve sorriso.

- Seu dia foi agitado, você precisa descansar. - ele me diz se levantando. - Vamos ter esses dois dias de folga, por que não pede um dos garotos para te mostrar a mansão? Só... - ele pausa me olhando, sinto um frio na barriga quando ele vem correndo em minha direção e me joga no chão. - cuidado!

Ele nos joga no chão antes que uma flecha nos acerta, ele destrava a arma que estava em sua cintura e aponta para a silhueta que está atrás de uma das árvores dando alguns disparos, fecho meus olhos quando escuto um gemido baixo de dor vindo daquela direção. Edie olha para mim e nota meu espanto.

- quando eu disser vamos nos agachar e sair correndo daqui, eu te dou cobertura. - ele diz e eu apenas confirmo. - Vamos lá... No três... - ele dispara mais algumas vezes... - Um... - ele rola a gente para a direita e uma flecha acerta ele de raspão no braço.

- Edie... - eu digo e ele apenas nega com a cabeça.

- Dois... E... - ele faz uma pausa acertando novamente a pessoa. - Três, vamos. - Ele segura minha mão e corremos do Jardim, nesse meio tempo há vários disparos, mas Edie faz com que eu não seja afetada por nenhum, quando chegamos a porta tento abri-las está trancada. - Merda! - ele exclama. - Vamos pelos fundos.

Sem baixar a guarda ele segura minha mão e corremos novamente com disparos em nossa direção, meu coração acelera mas por algum motivo me sinto segura segurando sua mão. Uma flecha acerta meu braço de raspão mas não paro de correr, não posso parar. Edie nos puxa para trás de uma árvore próxima, me encostando nela e protegendo minha frente.

- O que está havendo? - pergunto enquanto ele carrega a arma.

- Está tudo bem, preciso que foque em se manter segura agora, não vou deixar te acertar. - ele diz tentando me tranquilizar. - fique pronta para correr a qualquer minuto.- Afirmo olhando para ele que mantém a atenção para todos os lados e por apenas um segundo vejo algo pontudo vindo em nossa direção pelas costas do Edie, o jogo para o lado e a faca acerta a árvore cortando uma mecha do meu cabelo. Edie me olha surpreso e olhando para frente agora segura minha mão novamente.

- Você está bem? - pergunto e ele sorrir.

- Graças a você estou vivo, vamos. - ele diz e novamente voltamos a correr chegando à porta dos fundos, abro ela e ele entra logo depois de mim.

Vejo o homem que se nomeia chefe aos sorrisos com dois dos garotos ao seu lado, Tommy me olha espantado se segurando para não vir em minha direção; Ravy entra com alguns ferimentos de raspão e um sorriso sinistro em seu rosto, depois Johnny aparece.

- Aah foi tão perto de acertar ele, se ela não tivesse atrapalhado, teria acertado sua cabeça. - Ravy fala e fico confusa, com o coração ainda acelerado pela adrenalina anterior. - O que acha Johnny?

- Eles apenas deram sorte. - Johnny diz indo em direção ao chefe e ficando ao lado do Josh.

- Parabéns senhorita Yandra, você é muito flexível e consegue correr muito bem, aliás, fico surpresa com sua habilidade de ver pequenos disparos a distância; sua visão é muito boa. Parece que você também é atenta a qualquer tipo de perigo e consegue analisar as coisas com rapidez...

- O que está havendo? - pergunto confusa.

- Aylla, isso foi apenas um treinamento, queríamos ver quais eram suas habilidades e onde encaixar você de acordo com isso, talvez ache que não precisa de treinos mas por mais que seja rápida em raciocínio e flexível...

- Eu poderia ter morrido, e isso foi apenas um treino? - falo frustrada.

- enquanto não tiver trabalho vamos estar testando você a todo momento. - o Chefe avisa.

Saio pisando forte em direção ao corredor que vai direto ao meu quarto, o chefe gesticula para que o Tommy vá até mim para tentar me acalmar e ele me segue.

- Aylla espera... - Tommy chama me alcançando - como você está?

- Como acha? Acabo de chegar em um dia e no outro quase sou morta, se não fosse o Edie eu já estaria mortinha naquele jardim. - falo irritada e o Tommy tenta esconder uma risada com a mão. - Do que você está rindo?

- Você fica fofa quando está nervosa. - surpresa com seu comentário, sinto minhas bochechas corarem. - Não tínhamos intenção de matar você, mas precisávamos te treinar, não é sempre que vamos estar por perto e você tem que saber se cuidar.

Olho para ele com o olhar afiado e ele engole seco fazendo uma careta, chegando na porta do quarto ele sorrir.

- Tenha uma boa noite senhorita Yandra, - ele diz e nego com a cabeça.

- Me chame apenas de Aylla, sem muita formalidade. - sorrio acenando e ele concorda, logo fecho a porta e vou para o banheiro tomar um banho. Depois me deito e pego rápido no sono.

Sombras da Lealdade

Acordo já sabendo onde estou, esses dois últimos dias foram muito para mim, tento me acostumar com a ideia de ser a única garota dessa casa, sempre que preciso Tommy e Josh estão disponíveis para me ajudar, Edie tinha viajado para se infiltrar no campo inimigo, e eu estava sempre tentando não ter nenhum tipo de contato com Ravy, ele ainda me parece assustador, Johnny por outro lado, sempre reservado, estava nas montanhas com o chefe treinando a sua pontaria com seus rifles. Naquela manhã imaginei que seria mais tranquila,

Abro a porta e me deparo com Ravy na minha porta, dessa vez mais sério, ele me olha e desvia o olhar para o corredor logo em seguida.

- Vista isso, o chefe quer conversar com todos. - ele diz me entregando uma roupa diferente; Ele se vira para sair quando chamo pelo seu nome. E então ele se vira. - o que é?

- Só iria perguntar se tem alguma ocasião importante para essa roupa. - falo e ele nega com a cabeça.

- Fique pronta logo. - ele ordena. Bato forte a porta do meu quarto."qual o problema desse cara?" Penso comigo mesma olhando para a roupa.

Chego no saguão e vejo os outros quatro, o chefe está andando em círculos visivelmente preocupado com algo.

- Finalmente - diz o chefe - sente-se, precisa saber...

Olho para todos que parecem irritados e preocupados, parece que aconteceu algo com a missão de Edie, só de pensar que ele pode estar correndo perigo por um momento me sinto ansiosa.

- Aposto que já deve ter percebido, mas vou dizer mesmo assim, Edie saiu em uma missão de infiltração e Tommy não conseguiu mais rastrear seu paradeiro depois de quatro horas em que chegou no território inimigo. - ele vai dizendo e vou concordando para o Chefe, cujo nome descobri que era Nathan, falava.

- Eu sinto muito senhor. - Tommy diz sério e com frustração na voz.

- Sabemos que a culpa não é de ninguém aqui Tommy. - Nathan diz tentando tranquiliza-lo. - vamos precisar que saia imediatamente com o Jonathan para ir até o Edie, vocês podem pegar qualquer veículo na garagem.

- Sim senhor! - Johnny diz.

- Aylla preciso que você se infiltra no território, finja ser uma médica, soube antes de perder o contato com Edie que ele tinha sido gravemente ferido, assim que conseguir se aproximar dele coloque esse aparelho no ouvido dele, vocês dois também receberam um. - ele diz fazendo uma pausa - isso é tudo.

- espera, pelo o que sei, Johnny é bom em ataque a distância. - todos me olham surpresos, menos o próprio Johnny. - como eu iria me infiltrar com Johnny?

- Ele vai levar você, eles ainda não conhecem você então será mais fácil para se infiltrar, Johnny vai ficar escondido de longe e matar qualquer um que tente machuca-la. - Nathan explica. - o Ravy vai com vocês. Mas acredito que apenas dois será necessário para salvar o Edie.

Josh sai da sala e vai para fora, todos ficamos olhando enquanto ele sai e fecha a porta atrás dele, o Chefe esfrega a mão no rosto com frustração e os outros continuam com o semblante sério, sem demonstrar qualquer tipo de emoção. Respiro fundo e vou atrás de Josh.

Saio e fecho a porta, olho para todos os lados procurando pelo Josh quando o encontro sentado no chão perto do jardim. Ando até ele e me sento ao seu lado.

- Dia difícil? - pergunto sorrindo e noto que o olhar dele está vago e perdido no nada, seus olhos pareciam cansados e vermelhos como se estivesse chorando. - Josh... Está tudo bem? - ele me olha e logo desvia seu olhar, e quando me olha novamente está sorrindo.

- Claro, está sim. - ele responde mentindo.

- Não precisa mentir para mim.

- A culpa dele ter sido capturado foi minha, planejei tudo como sempre, ele não devia ter sido pego. - ele diz para mim mas mais para ele mesmo. - pego em seu ombro me sentando ao seu lado.

- A culpa não foi sua, não se culpe por isso, como vocês mesmos disseram tudo pode ter um imprevisto. Não devia ficar se cobrando tanto - falo e ele me olha.

- Um companheiro meu pode estar morrendo agora, e o Nathan está querendo que você vá para território inimigo sem nenhum tipo de treino? Isso é demais, ele está indo longe demais com isso.

- Eu vou porque eu quero ir, quero salvar o Edie, e os garotos vão estar me dando cobertura. - falo tentando tranquiliza-lo. - Não precisa se preocupar com tudo, não precisa se sobrecarregar tanto.

Josh suspira, e vejo que começa a chover, olho para o céu e sorrio para ele que se surpreende e suas bochechas ficam rosadas.

- Você é uma pessoa interessante Aylla. - ele sorrir bagunçando meu cabelo.

Depois de tranquilizar, Josh, ele me deu dois aparelhos, eram duas pequenas escutas com microfone, coloco o meu em um lugar escondido na roupa e guardo a do Edie no bolso da roupa que me deram para vestir. Eu iria entrar pelo telhado direto onde Edie se encontrava preso, o Galpão era grande mas ficava atrás de uma casa enorme, Johnny iria me dar cobertura por cima enquanto Ravy iria fazer isso por baixo, e não matariamos ninguém a não ser que precisasse, não queríamos chamar atenção, o foco da missão era o resgate do nosso companheiro. Quando tudo ficou pronto olho para Johnny que já estava me olhando.

- Não morra! - Josh diz antes de eu sair, Johnny pega o capacete e me entrega, não tivemos muito tempo para conversar ultimamente, ele está sempre de fone ou focado demais nos treinos. Sorrio para Josh e saio com Johnny até a garagem.

- Eu vou fazer com que você não morra, vou fazer o que posso para manter sua segurança. - Johnny diz.

- Agradeço por isso Johnny. Mas o importante é salvar o Edie, ele é o mais importante e...

- Nunca mais repita isso ! - Johnny diz parecendo irritado. - Você é um membro agora, por mais que eu não goste da ideia o Nathan não vai tolerar se um de nós morrermos. - ele diz chutando um balde perto de uma mesinha de canto. - Vamos logo. - ele pega a moto e saímos.

----------------

*O PASSADO DE JOHNNY....

Abandonado pelos próprios pais, Johnny teve que aprender a lidar com tudo sozinho desde muito cedo, aos 9 anos de idade Johnny descobriu que iria ter uma irmãzinha, ele estava feliz pela bebê e tava animado para saber quando ela iria nascer. Seu pai era muito importante e trabalhava no exército, a mãe de Johnny havia falecido assim que Johnny nasceu e seu pai sempre fez de tudo para criar o filho, era um homem bom mesmo sendo rude e severo com a limpeza e regras da casa, Johnny o amava. Quando seu pai começou a namorar com outra mulher Johnny se sentiu rejeitado e excluído; Johnny tinha acabado de acordar e foi até a cozinha para comer alguma coisa mas se escondeu atrás da parede quando viu sua madrasta beijando outro homem na sua casa. Johnny tentou contar para o pai, que obviamente foi tirar satisfação com a mulher.

- Amor ele está inventando para nos separar, - ela dizia fingindo estar chorando. - Você sabe que ele não gosta de mim.

Johnny ouviu a discussão que durou a noite toda, e no dia seguinte quando seu pai saiu para trabalhar a madrasta chegou com um balde de água e jogou no garoto ainda dormindo que acordou assustado. Ele se levanta e vai ao banheiro se trocar para a escola com um olhar triste, Johnny sentia muito a falta do seu pai; na escola Johnny não tinha ninguém para conversar e sempre se sentava sozinho, até que um garotinho se aproximou dele.

- Posso me sentar com você? - o garotinho perguntou e Johnny fez que sim com a cabeça. - nunca vi você conversar com ninguém, qual seu nome? - o menino pergunta com um sorriso amigável. - Meu nome é Dorian.

- Johnny!

Logo os meninos Dorian e Johnny se tornaram amigos, e Johnny teve com quem conversar, eles sempre estavam juntos e se divertindo bastante até no dia em que Johnny começou a contar sobre o que acontecia em casa, Johnny confiou coisas que não conseguia conversar com ninguém, mas Dorian por mais que parecesse ser seu amigo o traiu, contava tudo aos outros colegas de classe e depois que Johnny percebeu e descobriu nunca mais quis ver o seu amigo. Isso só fez com que Johnny se fechasse mais e que não confiasse em mais ninguém... Aos 12 anos Johnny começou a ter bastante crise de ansiedade graças a tudo que tinha acontecido, ele se calava e não era muito de mostrar sentimentos, muitas garotas queriam se aproximar dele mas o mesmo queria apenas se afastar de todos, com 15 anos Johnny pegou suas coisas e colocou o que mais precisava em uma mochila e foi embora de ônibus deixando seu pai preocupado. Sua irmã tentou insistir para que o Johnny ficasse mas ele apenas a beijou na testa e disse...

- Quando você crescer você vai entender meus motivos. - e então ele partiu para outra cidade.

Aos 18 Johnny começou a trabalhar e se inscreveu no exército, começou a tentar treinar nas montanhas caçando, estava focado em seu objetivo e não poderia existir nada para atrapalhar sua missão, as vezes recebia mensagens de voz do seu pai dizendo que estava arrependido e que Johnny sempre esteve certo sobre sua ex mulher, avisou a Johnny que sua irmã ficou muito doente e veio a falecer e isso o machucou muito, por mais que o Johnny amava o pai ele não conseguiu perdoar pela traição, nunca esqueceu do seu colega que fingiu ser seu amigo e por mais um motivo Johnny já não conseguia se abrir com mais ninguém. Aos 21 depois de sair do exército ele conheceu Nathan, o homem que hoje em dia ele respeita e o chama de chefe, Nathan deu o apoio que Johnny precisava e estava sempre disposto a ajudá-lo, provando sempre sua lealdade a Johnny. Johnny era o terceiro a ser chamado para a equipe, ele não conversava com os outros e seus colegas não se importavam com isso contanto que Johnny não os fizesse morrer em suas missões.

----------------

*CHEGANDO NA BASE INIMIGA...

Desço da moto, está chovendo muito, entrego o capacete para Johnny, o mesmo pega o capacete e antes que eu pudesse me afastar de sua moto ele puxa meu braço, eu o olho e ele respira fundo.

- Não morra! - ele diz e sorrio para ele afirmando que eu não iria morrer.

Me afasto e começo a ir em direção a casa do inimigo me escondendo e sempre me mantendo alerta, sinto os olhos de Johnny ainda em mim

Vejo uma escada que dá direto para o teto da casa, "está fácil demais" penso comigo mesma olhando para todos os lados; Johnny sai dali e vai para um lugar escondido e alto se preparando para me proteger de longe. Não demora muito até que Ravy apareça e se esconde no canto mais sorrateiro e escuro do campo inimigo, subo as escadas e me deparo com um dos seguranças; pego minha adaga e jogo diretamente no coração do homem. Me agacho e fico atrás de alguns ferros que tinha próximo de onde eu estava.

Escuto alguns gemidos vindo de baixo e ossos sendo amassados, presumo que seja Ravy matando os outros guardas que estavam de plantão, vejo uma saída de ar na casa do fundo e analiso a distância para ver se consigo pular, antes que eu pulasse ouço um tiro, olho para trás e vejo um homem caído. Volto a focar no que estava à minha frente, dou um pulo e meu pé escorrega por um segundo e antes que eu pudesse cair me seguro em um ferro, começo a subir devagar e olho para a saída de ar, entro e vou me arrastando até ver uma abertura, vejo alguém com os braços amarrados no teto "só pode ser ele" penso, olho em volta e ele parece estar sozinho. Tiro o vidro devagar e depois de já ter amarrado o aparelho que iria me fazer descer até o chão com segurança eu pulo.

Vejo Edie amarrado e jogo uma adaga em uma das cordas que ele está amarrado, depois jogo na outra e fico abaixo dele para que ele não se machuque; ele me olha com os olhos mortos e cansados.

- Aylla... - ele sussurra meu nome, coloco um dos seus braços em volta do meu pescoço e olho em volta. - o que está fazendo aqui?

- Não é óbvio? Vim salvar meu companheiro! - respondo sorrindo sem tirar minha atenção do local e sempre alerta.

- Você não deveria estar aqui, vai acabar morta, eles são muitos e... - eu o encaro séria.

- Bom, aprendi muita coisa com meu pai e agora entendo o porque, não se preocupe comigo, Ravy e Johnny estão ajudando a resgatar você. - falo e ele parece surpreso. - só peço que confie em mim.

- Tudo bem! - ele diz. Vejo uma silhueta se movendo em nossa direção e Edie e eu nos preparamos. - Está pronta?

Sorrio soltando seu braço e o deixando em pé ao meu lado, pego uma arma que estava em minha cintura e nos escondemos, e então o show começa. De repente há vários seguranças no local e eu e Edie nos dividimos, jogo uma arma para Edie e o mesmo pega no ar e dá disparos contra alguns homens, pego uma arma destravo e começo a atirar também, depois de muitos terem caído a porta se abre com um estrondo.

- Vamos! - Era Ravy, pelo visto já estava tudo limpo lá fora, ajudo Edie e saímos da casa dos fundos, Johnny nos encontra e ajuda a carregar Edie até a moto que Ravy veio, depois do Ravy e o Edie colocarem o capacete eles saem.

Johnny e eu ouvimos palmas e olhamos para trás para poder olhar quem era a pessoa, Johnny está preparado para atirar a qualquer momento e eu também já fico na posição, um homem alto com um sorriso longo nos olha.

- Meus parabéns, vocês acabaram com metade dos meus homens, - ele diz com a voz calma. - e por apenas algumas horas, apenas 3 jovens acabaram com metade dos meus homens.

- Fique em alerta! - Johnny sussurra e eu aceno e confirmo.

- Deixarei que vão embora dessa vez, mas deveriam ficar em alerta com um de seus 'colegas' - ele diz a última frase com uma certa ironia. - Eu odiaria matar todos se um deles estragar meu plano.

Eu e Johnny nos entreolhamos e logo voltamos a atenção para o homem, " o que será que ele quer dizer com isso?" Me pergunto, depois dois capangas se colocam a frente do homem Misterioso para protegê-lo caso precise.

- Vão! Estão liberados. - o homem fala saindo, e os guardas o seguem até que eles saem para fora de nossa vista, quando Johnny percebe que está tudo tranquilo ele guarda a arma mas continua alerta, guardo a minha e pego o capacete subindo na moto, Johnny faz o mesmo e pilota para a mansão da nossa equipe.

Quando Johnny e eu chegamos perto da mansão ele tira o capacete e eu faço o mesmo, ele encosta a moto não muito perto e respira fundo, ainda estávamos pensando na informação que o homem Misterioso tinha nos dado.

- Não fale nada com nenhum dos outros, não sou de confiar em ninguém mas dessa vez não tenho muita escolha, então não faça nada que coloque a gente em perigo. - Johnny diz.

- Acha que aquele cara estava falando a verdade? - pergunto. - quer dizer, por que um deles nos trairia? Todos exceto o Ravy foram legais comigo, e a confiança que vocês mostram em equipe é muito rara.

- Eu não confio em nenhum deles a não ser no chefe, espero que coloque isso na cabeça, não quero que se machuque porque sei que o chefe também não iria querer, mas não deixe que ninguém suspeite que há um traidor entre nós, ou isso acaba com a equipe e é isso que aquele homem quer. - Johnny diz descendo da moto, faço o mesmo e ele me olha por um tempo, ele leva um tempo para se ajeitar e tentar se acalmar. - Eu... Hum... - ele começa a falar com certa dificuldade. - Parabéns. Você mandou bem hoje.

Depois que ele guarda a moto nós entramos, Nathan estava nos esperando na sala para saber de mais informações, Josh estava ao seu lado, desconfiado de algo pois quando nos viu entrar ele ficou totalmente sério. Eu e Johnny nos sentamos e Tommy se aproximou trazendo consigo seu computador e um café na mão esquerda.

- Desculpe a demora! - Peço enquanto eu e Johnny nos sentamos.

- Edie nos disse que o plano do inimigo é muito perigosa e que para seu plano dar certo precisaria de você, senhorita Yandra. - O chefe diz. - Qual sua relação com o nosso inimigo?

Surpresa e sem entender faço uma cara de dúvida, Josh olha para mim parecendo desapontado. Olho para Johnny que está tão surpreso quanto eu e Tommy está apenas teclando alguma coisa em seu computador com fones de ouvido, nunca o vi tão sério e focado.

- Eu não tenho nenhuma relação com aquele homem, nunca o vi em toda minha vida! - falo sem tirar o foco dos olhos de Nathan. - Ele deve estar blefando.

- Senhor... - Johnny tenta falar mas Nathan o impede levantando sua mão e isso deixa Johnny ainda mais surpreso.

- Se você não tem nada por quê demorou a voltar? - dessa vez era Ravy que estava descendo as escadas até o saguão segurando uma faca bem afiada. - Vai dizer que os dois depois da missão foram ter um encontro? - ele rir com desdém.

Não suporto ele de maneira alguma.

- Assim que você e o Edie saíram mais capangas chegaram e tivemos que lidar com eles, a propósito, por quê você demorou a estar lá no início da missão? - pergunto e Ravy sorrir.

- Eu estava me certificando de que minhas queridas estivessem prontas! - ele fala se referindo as facas venenosas.

- Consegui! - Tommy diz sem tirar os olhos da tela. - Caramba, senhor você precisa ver isso!

Nathan se levanta e vai até o Tommy.

- São imagens da câmera de segurança deles, consegui entrar no sistema. - Ravy parece incomodado quando Tommy diz. - Eles estavam todos na parte de cima e metade na parte de baixo, não facilitaram o lado da Aylla, mas por outro lado o Ravy mal teve problemas a não ser na hora da fulga.

- O que nos leva a pergunta, por que? - O chefe diz e Ravy continua mantendo o sorriso no rosto.

- Não tem como saber o motivo, mas pelo o que o senhor acabou de falar eles estavam atrás da Sabrynne e não de mim. Além do mais eu sei me esconder melhor do que vocês! - ele diz num tom firme.

- Bom, as imagens não mentem! - afirma Tommy olhando mais uma vez a gravação.

Sem muito o que dizer o chefe começa a ficar irritado, Josh esfrega a mão no rosto e começa a andar de um lado para o outro quando o chefe sai da sala, Johnny tenta entender toda a situação e olha desconfiado para Ravy, Tommy por outro lado continua com os olhos no seu computador, procurando qualquer pista que fosse necessário.

- Quem é você realmente Aylla? - Josh me pergunta tentando manter a calma.

- Acha que se eu soubesse não teria falado? Vocês que apareceram na minha vida sem mais nem menos, dizendo que fui vendida para aquele chefe de vocês como parte de uma recompensa. - Falo encarando ele. A sala fica em silêncio e Tommy fecha seu notebook com um suspiro.

- Gente, não vai adiantar nada ficar discutindo, até tudo ser esclarecido temos que focar apenas na missão.

- Diz o nerd da equipe! - Ravy fala e Tommy da um olhar severo para ele.

Johnny continua quieto e pensativo, Josh anda de um lado para o outro e Ravy não esconde o sorriso sinistro nem sequer um minuto, chateada com toda essa acusação vou para meu quarto.

- "Obrigada Aylla" - repito para mim - "Não ah de quê" - falo imitando a voz do chefe. - "Obrigado Aylla por colaborar mesmo depois de praticamente ser sequestrada".

Entro no quarto e bato a porta com força, fico irritada e vou para a varanda, está chovendo, "típico de momentos como esse" penso irritada. Olho para o céu e lá está ela, linda como sempre; respiro fundo olhando para a luz do luar. Vou para o banho e me troco.

- Acho que ler vai me ajudar a me acalmar - penso comigo mesma.

Já estava a noite e a mansão estava escura, exceto pela Luz da lua que clareava o ambiente. Caminho devagar me esgueirando pelas paredes quando sinto uma mão me puxar.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!