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Entre o Coração e o Destino (BakuDeku)

Capítulo 1: O Encontro Inesperado

Izuku Midoriya nunca havia se imaginado naquela situação. Aos 16 anos, com apenas 1,60m de altura e uma vida que parecia estar apenas começando, já carregava dentro de si uma responsabilidade imensa: uma vida nova, um bebê que crescia a cada dia em seu ventre.
A gravidez havia sido resultado de um relacionamento impulsivo, de uma confiança que ele depositou em um alfa mais velho que, assim que soube, o abandonou sem pensar duas vezes. Negou ser o pai, negou até mesmo a lembrança de Izuku.
Agora, o garoto vivia em meio às dificuldades. Tinha uma mãe amorosa, que o apoiava dentro do possível, mas ele ainda sentia o peso da solidão. Os olhares de julgamento da sociedade, as sussurradas pelas costas, a incerteza do futuro. Mesmo assim, Izuku tentava ser forte. Tentava se manter de pé por si mesmo e pela vida que estava prestes a trazer ao mundo.
Do outro lado daquela cidade movimentada, Katsuki Bakugou vivia uma realidade completamente diferente. Aos 23 anos, já era um homem de grande influência. Alfa alto, imponente, dono de uma postura que transmitia poder e confiança, Katsuki comandava uma das maiores empresas de automóveis do país. Seu nome era sinônimo de respeito no mercado e de inveja entre os concorrentes.
Apesar do sucesso, sua vida pessoal era um vazio. Cercado por pessoas interesseiras, bajuladores e alfas e ômegas que viam nele apenas uma oportunidade, Katsuki já estava cansado de relacionamentos superficiais. Não acreditava em vínculos verdadeiros, não confiava em ninguém a não ser em si mesmo.
O destino, no entanto, preparava algo para os dois.
Naquela manhã fria, Izuku caminhava devagar pelas ruas próximas ao centro da cidade. Usava um moletom largo para esconder a barriga que já denunciava os cinco meses de gravidez. Seus passos eram lentos, e seu corpo parecia cansado. O enjoo havia começado cedo, e ele sentia o estômago revirando.
Enquanto caminhava, seus olhos verdes — cheios de uma tristeza escondida — observavam as pessoas apressadas ao seu redor. Ninguém parava para notar o quanto ele se sentia frágil naquele momento.
Do outro lado da calçada, a fachada de vidro de uma empresa reluzia sob o sol. O nome em letras de metal dourado chamava atenção: Bakugou Motors.
E foi justamente ali que Katsuki apareceu, caminhando decidido até o carro preto luxuoso estacionado próximo à entrada. Trajava um terno impecável, os cabelos loiros desgrenhados contrastando com a seriedade da sua postura. A aura de um alfa poderoso.
Izuku, ao passar em frente, sentiu um forte mal-estar. Suas pernas fraquejaram. Tentou apoiar-se no muro, mas a visão escureceu. Seu corpo cedeu, e o chão parecia inevitável.
Mas antes que caísse, braços firmes e fortes o seguraram.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Ei! Droga, garoto! (a voz dele soou firme, mas havia um certo espanto)
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(ofegante, tentando falar) E-eu... d-desculpa... eu não...
Izuku apagou por alguns segundos, desmaiando ali mesmo nos braços do alfa. Katsuki o ergueu com facilidade, sentindo o quanto o corpo dele era pequeno e leve em seus braços largos.
O empresário olhou ao redor, algumas pessoas pararam para olhar, mas ninguém se aproximou. Ele franziu o cenho, irritado com a indiferença.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Bando de inúteis... (murmurou, já abrindo a porta do carro. Colocou Izuku no banco traseiro com cuidado)
Minutos depois, dentro do carro, Izuku recobrava a consciência. Abriu os olhos devagar, a respiração ainda instável. Katsuki, sentado ao lado, observava-o com os braços cruzados, a expressão dura, mas os olhos atentos.
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(assustado) O-o que...? Onde eu...?
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Calma, moleque. Você desmaiou bem na frente da minha empresa. Se eu não tivesse segurado, estaria com a cara no chão agora.
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(corado, envergonhado) M-me desculpa... eu... eu não queria causar problemas...
Katsuki ergueu uma sobrancelha, estudando melhor aquele garoto. Os cabelos verdes bagunçados, os olhos brilhantes mesmo cansados, a pele pálida. E então notou o detalhe que o deixou em silêncio por alguns segundos: a barriga levemente saliente.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(direto) Você tá grávido.
Izuku arregalou os olhos, levando instintivamente as mãos à barriga, como se quisesse escondê-la.
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(gaguejando) E-eu... s-sim... m-mas não é da sua conta...
Katsuki respirou fundo, inclinando-se um pouco para a frente.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Não é da minha conta? Moleque, você quase caiu duro no meio da rua.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Tá pálido, tremendo, claramente passando mal... e tá carregando um bebê. Você tem ideia do risco?
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(baixando o olhar, voz baixa) Eu... sei. Mas... não tenho escolha.
O silêncio pairou por alguns instantes. Katsuki o olhava, tentando entender o que se passava. Izuku mordia os lábios, claramente constrangido.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Quantos anos você tem?
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
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(hesitante) D-dezesseis...
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
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(incrédulo) Dezesseis?! Caralho...
Katsuki passou a mão pelos cabelos, impaciente.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
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E onde tá o pai dessa criança?
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
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(apertando os olhos, como se doesse lembrar) Ele... ele não quis... não assumiu nada... me deixou sozinho.
As palavras saíram quase num sussurro, mas foram o suficiente para despertar algo em Katsuki. Um aperto estranho no peito, um misto de raiva e indignação.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(cerrando os punhos) Desgraçado covarde...
Izuku ergueu o olhar, surpreso com a reação do alfa. Esperava julgamento, talvez desprezo, mas encontrou fúria contra aquele que o abandonou.
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
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(baixinho) N-não precisa se importar... eu vou cuidar sozinho.
Katsuki bufou, voltando a encará-lo firme.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Sozinho? Você mal consegue ficar em pé sem desmaiar, garoto.
Izuku corou, sem saber o que responder.
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
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(titubeando) E-eu... vou me virar...
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(seco) Cala a boca. Não vou deixar você sair daqui nesse estado.
O tom autoritário de Katsuki fez Izuku se encolher, mas havia algo naquela voz que, estranhamente, transmitia segurança.
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
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(hesitante) P-por quê? Você nem me conhece...
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
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(cruzando os braços) Pois é. Não te conheço. Mas sei reconhecer quando alguém tá prestes a se ferrar. E não vou fingir que não vi nada.
Izuku ficou em silêncio, olhando para aquele alfa tão imponente. Uma parte dele queria protestar, mas outra... sentiu um calor estranho no peito. Pela primeira vez em meses, alguém não o olhava com julgamento, mas com firmeza e preocupação.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Qual é o seu nome, moleque?
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
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(baixinho) I-Izuku... Izuku Midoriya.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(arqueando a sobrancelha) Izuku, huh... Pois bem, Midoriya.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Você vai me dizer onde mora. Vou te levar pra casa e quero ter certeza de que não vai desmaiar de novo no meio do caminho.
Izuku piscou, confuso.
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(/////) V-você não precisa fazer isso...
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(seco, mas firme) Já falei. Cala a boca e entra no carro.
Izuku sentiu o rosto arder. Era estranho... mas aquela presença forte, aquela forma rude e ao mesmo tempo protetora, fez seu coração acelerar de uma maneira inesperada.
Ele não sabia, mas aquele encontro mudaria completamente o rumo de sua vida.
Continua...

Capítulo 2: O Peso das Primeiras Impressões

A estrada até a casa de Izuku parecia mais longa do que realmente era. Katsuki dirigia em silêncio, as mãos firmes no volante, o olhar sério fixo à frente. Izuku, no banco do passageiro, se encolhia no moletom, segurando a barriga com as duas mãos, em silêncio. Seu coração batia acelerado não apenas pela situação, mas também pela presença intensa daquele alfa ao lado.
A tensão era quase palpável. De vez em quando, Katsuki desviava o olhar para o garoto, como se quisesse ter certeza de que ele não apagaria de novo. Izuku percebia, e isso o deixava ainda mais corado.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(finalmente quebrando o silêncio) Qual é o endereço?
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(olhando para baixo, com voz baixa) Rua Aoyama, número 22... é... uma casa simples.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(bufando) Simples não importa. Importa é se você tá em segurança.
Izuku mordeu o lábio, confuso com aquele interesse repentino. Não estava acostumado com alguém se preocupando tanto com ele — além de sua mãe.
Quando chegaram, Katsuki estacionou o carro em frente a uma pequena casa aconchegante. Diferente da imponência das mansões que ele conhecia, ali havia simplicidade, mas também um ar de calor familiar.
Katsuki desligou o motor, saiu do carro e deu a volta até a porta do passageiro. Izuku tentou sair sozinho, mas as pernas ainda estavam fracas. Antes que pudesse se equilibrar, sentiu braços fortes o erguerem novamente.
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(assustado e corado) E-ei! Eu consigo...
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(seco) Cala a boca. Vai cair de novo.
Carregando Izuku no colo com facilidade, Katsuki caminhou até a porta da casa. Bateu com firmeza.
Logo, a porta se abriu. Inko Midoriya surgiu, com o avental ainda amarrado na cintura e os olhos arregalados de espanto.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
(surpresa) I-Izuku?! Meu filho?! O que aconteceu?!
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(sem jeito) M-mãe... eu só passei mal...
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
(olhando para Katsuki, assustada) E você é...?
Katsuki manteve sua postura firme, mas educada.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
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Katsuki Bakugou. Seu filho desmaiou na frente da minha empresa. Segurei ele antes que caísse no chão.
Inko piscou, confusa, observando o jovem alfa alto e imponente que segurava Izuku com tanta naturalidade nos braços. A cena era chocante para ela — acostumada a ver o filho sempre frágil, protegido apenas por si mesma, agora estava diante de um estranho que emanava força e autoridade.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
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(levemente desconfiada) E... você trouxe ele até aqui?
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(curto) Sim. Não ia deixar um moleque grávido e passando mal sozinho.
Izuku, envergonhado, escondeu o rosto contra o peito do alfa, o que deixou Inko ainda mais surpresa.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
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(com um suspiro, abrindo a porta) Entrem, por favor...
Dentro da casa, Katsuki colocou Izuku com cuidado no sofá da sala. Inko correu para trazer um copo de água e ajeitar almofadas para o filho.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
(acariciando o rosto do filho) Izuku, você precisa se cuidar mais... não pode sair sozinho nesse estado.
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♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(voz baixa) Eu sei, mãe... só queria respirar um pouco...
Katsuki observava a cena em silêncio, com os braços cruzados. Apesar de parecer durão, sentiu um nó no estômago. Havia uma vulnerabilidade no garoto e uma preocupação genuína naquela mãe que mexeram com ele de forma estranha.
De repente, Katsuki quebrou o silêncio.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(olhando sério para Izuku) Você sabe o nome do alfa que fez isso com você?
Izuku congelou. A pergunta ecoou como uma lâmina afiada. Seus olhos se encheram de lágrimas contidas, e ele apertou a barra do moletom.
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(hesitante) ...sei.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
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(frio, incisivo) Então fala.
Inko olhou para Katsuki, surpresa com a dureza na voz dele. Mas antes que pudesse intervir, Izuku balançou a cabeça negativamente.
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(quase em sussurro) Não importa... ele não quer saber... nunca quis.
Katsuki franziu o cenho, a raiva queimando em seus olhos vermelhos.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
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(rosnando baixo) Covarde de merda...
Sem esperar, ele tirou o celular do bolso. Com movimentos rápidos, digitou um número e levou o aparelho ao ouvido. Izuku e Inko se entreolharam, confusos.
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(assustado) O-o que você tá fazendo...?
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(curto, sem olhar) Resolvendo um problema.
Ele falou algo baixo do outro lado da linha, em um tom firme e autoritário. Depois de alguns segundos, desligou sem dar explicações.
O silêncio que se seguiu foi denso. Izuku o encarava, o coração acelerado. Inko, embora desconfiada, sentiu uma pontada de alívio — como se aquele alfa, de alguma forma, fosse uma muralha que protegeria seu filho.
Katsuki guardou o celular no bolso, encarando Izuku de cima a baixo.
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(frio, mas com firmeza) Não importa o que você pense, moleque.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Esse filho não vai crescer sem apoio.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
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Nem que eu mesmo tenha que arrebentar quem ousar te abandonar de novo.
Izuku arregalou os olhos, o rosto corando ainda mais. Sentia um turbilhão de emoções dentro de si — surpresa, medo, mas também... uma estranha segurança que não experimentava há muito tempo.
Inko, em silêncio, apenas observava. Dentro de si, uma pergunta ecoava: quem exatamente era esse alfa que surgira tão de repente na vida deles?
Continua...

Capítulo 3: Promessas Não Ditam Palavras

O clima dentro da pequena sala de estar ainda era pesado. Izuku, sentado no sofá, segurava o copo de água que a mãe lhe dera, enquanto Katsuki permanecia em pé, imponente, com as mãos nos bolsos do terno.
O silêncio foi interrompido quando o loiro resolveu falar de novo, a voz grave e firme:
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(encarando Izuku) Já sabe o sexo do bebê?
Izuku piscou, surpreso com a pergunta. Corou levemente e desviou o olhar, acariciando instintivamente a própria barriga.
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(baixinho) ...sim. É um menino.
Katsuki arqueou a sobrancelha, o olhar suavizando apenas por um instante.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(curto) Nome? Já tem algum em mente?
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
♥︎𝙄𝙯𝙪𝙠𝙪
(balançando a cabeça) Ainda não... pensei em alguns, mas... quero escolher algo especial. Algo que combine com ele.
Um silêncio breve se instalou. O coração de Izuku batia rápido. Ele não entendia por que um estranho — ainda mais um alfa poderoso e distante como Katsuki — parecia tão interessado em algo tão íntimo de sua vida.
Inko observava tudo de perto, seus olhos atentos. Ela podia ver a hesitação do filho, mas também notava a seriedade incomum na postura de Katsuki.
Pouco depois, Inko se levantou, colocando uma mão suave no ombro de Izuku.
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♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
(gentil) Filho, descanse um pouco, sim? Vou preparar um chá pra você.
Izuku assentiu, deitando-se mais no sofá. A mulher, no entanto, olhou diretamente para Katsuki antes de se dirigir à cozinha.
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♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
Senhor Bakugou, poderia me acompanhar por um instante?
Katsuki ergueu uma sobrancelha, mas seguiu a mulher até a cozinha sem reclamar.
Lá, Inko se virou para ele, cruzando os braços. Seu olhar, embora gentil, agora era firme, cheio de uma força que vinha do amor materno.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
(direta) Quero entender quais são as suas intenções com meu filho.
Katsuki manteve a expressão séria, cruzando os braços também.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(seco) Já disse. Ele desmaiou na frente da minha empresa. Eu o ajudei, e não vou fingir que nada aconteceu.
Inko estreitou os olhos, dando um passo mais perto.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
(baixa a voz, mas firme) O senhor pode achar que está apenas sendo responsável, mas meu filho já sofreu o bastante nas mãos de alfas que o abandonaram.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
Ele foi enganado, usado e largado. Não vou permitir que passe por isso de novo.
Katsuki sentiu a fala dela como um soco direto. Por um momento, o silêncio reinou. Depois, ele inspirou fundo, a mandíbula tensa.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(mais baixo, mas firme) Eu não sou igual a esses covardes.
Inko o analisou com cautela.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
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(séria) Então me diga... o que exatamente pretende fazer por Izuku?
Katsuki desviou o olhar por um instante, encarando a janela da cozinha, antes de voltar os olhos vermelhos para ela.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(resoluto) Quero ajudar. Quero garantir que essa gravidez seja segura.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Isso inclui exames, pré-natal, consultas... se ele precisar, eu vou estar lá.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Não vou virar as costas como aquele imbecil fez.
Inko arregalou levemente os olhos. Não esperava uma resposta tão clara, tão imediata.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
(ainda desconfiada) Isso é muita responsabilidade, senhor Bakugou.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
Por que faria isso por alguém que acabou de conhecer?
Katsuki ficou em silêncio por alguns segundos, a expressão endurecida, mas sincera.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(olhando nos olhos dela) Porque eu não consigo olhar praquele moleque e fingir que não importa.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
Ele é jovem, frágil, e tá tentando carregar o mundo nas costas sozinho. Não vou deixar.
O coração de Inko balançou. Havia firmeza demais nas palavras dele para serem apenas promessas vazias.
Ela suspirou, relaxando os ombros.
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
♥︎𝙄𝙣𝙠𝙤
(mais suave) Espero que esteja dizendo a verdade. Porque se meu filho criar esperanças e for ferido de novo... isso pode destruí-lo de vez.
Katsuki estreitou os olhos, como se aceitasse o peso daquela advertência.
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
♡︎𝙆𝙖𝙩𝙨𝙪𝙠𝙞
(curto) Eu não vou machucar ele.
No sofá, Izuku observava de longe, tentando ouvir, mas sem coragem de se aproximar. Apenas acariciava sua barriga, o coração cheio de dúvidas e emoções. Não entendia por que aquele alfa desconhecido parecia disposto a carregar um fardo que nem o verdadeiro pai quis assumir.
O que ele não sabia era que, a partir daquele dia, sua vida começava a se entrelaçar com a de Katsuki de uma forma que nem o destino poderia desfazer.
Continua...

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