Depois de passar o resto da tarde estudando e terminando um trabalho, resolvi ir ver o Paulo. Toquei a campainha e quem abriu a porta foi o Caique.
- Oi, Caíque. - Sorri pra ele.
- E ai Fê.
- O Paulo ta ai?
- Não sei, acabei de chegar e já to saindo de novo. Vou pegar a Bia para irmos jantar. - Ele explicou. - Tchau. - me da um beijo na bochecha e sai apressadamente com seu celular e chave em mãos.
- Tchau. - Disse e fechei a porta, que ele havia deixado aberta.
Fui andando em direção ao quarto de Paulo, já que não o tinha visto na sala imaginei que ele estivesse lá. Chegando em frente a porta, à abri e me deparei com um beijo, entre Gabriela que estava deitada na cama e Paulo que estava por cima dela. Eu não podia acreditar.
- Eu não acredito. - disse com a voz embargada e com os olhos marejados. Paulo me olhou assustado e se levantou.
- Fê, calma, não é nada disso que você ta pensando. - Neguei com a cabeça e sai correndo daquele apartamento, com as lágrimas caindo uma atrás da outra sem parar.
Entrei no meu apartamento e tranquei a porta, fazendo Paulo, que vinha logo atrás de mim começar a tocar a campainha e bater na porta constantemente.
Fui para o meu quarto e me joguei na cama, onde comecei a chorar mais ainda. Como ele pôde? Eu não acredito que ele me traiu justo com aquela amiguinha dele. Agora eu entendi o porque dele tanto defender ela. E eu achava que ele era diferente e que realmente gostava de mim.
... • • •...
No dia seguinte, Paulo veio ao meu apartamento para falar comigo e eu devolvi o anel de namoro que ele tinha me dado, terminando tudo que tínhamos.
E duas semanas depois eu havia resolvido aceitar o convite dos meus irmãos para ir morar na Califórnia com eles. Afinal, eram a única família que eu tinha agora, eu deveria ficar perto deles. Achava também que passar um tempo longe ia me fazer bem, quem sabe diminuiria a dor que eu ainda sentia.
Eu sabia que ia sentir falta dos meus amigos, mas talvez eu ficasse lá só por um tempo, se eu não me adaptasse poderia voltar, já que faltava poucos meses para que eu completasse 18 anos.
...• • •...
Alguns dias seguintes eu já estava com as malas prontas e quase a caminho do aeroporto. Bia, Mari, Nathan e Caíque estavam aqui comigo esperando que meus irmãos chegassem para que eu finalmente fosse. Me despedi de Max, que estava partindo meu coração com o jeito tristinho que ele me olhava deitado sobre as patas. Eu queria lêva-lo comigo, mas ele não era só meu, apesar dele morar comigo, Paulo e eu havíamos o adotado juntos, então achei que seria egoísmo da minha parte lêva-lo.
Ouvi a campainha tocar, indicando que Débora e Matheus, haviam chegado. Olhei para o meu apartamento pela última vez e sequei uma lágrima que caiu ao lembrar de momentos ali.
Os meninos me ajudaram com as malas e eu segui para fora do lugar que durante alguns meses foi meu lar. Observei o apartamento ao lado com a porta fechada. Eu queria me despedir dele, ou pelo menos vê-lo, mas talvez fosse melhor assim.
Já no aeroporto estava aguardando o horário do meu vôo. Via Caíque olhar o celular e digitar algo várias vezes, pensei que ele poderia estar mandando mensagens para o Paulo, mas isso não me importava. Anunciaram meu vôo e olhei para os meus amigos com os olhos marejados e eles vieram me abraçar.
- Eu vou sentir muita saudade de vocês.
- A gente também.
- Cuidem bem das minhas meninas, viu? - Disse para os meninos. Secando algumas lágrimas. - E...Cuidem dele por mim. - me referi ao Paulo e eles assentiram.
O som de uma voz anunciando a última chamada para o meu vôo foi ouvida.
- Temos que ir, Fê. - Matheus avisou. Assenti e tirei um envelope da bolsa e entregando para Bia.
- Entrega pro Paulo, pede pra ele te devolver a chave depois, ok? - ela concordou sem questionar. - Prometo vir visitar vocês.
- Acho bom. - Mari disse chorando abraçada a Nathan.
- Tchau... - Senti um nó na garganta. - Eu amo vocês.
... 1 Ano e Meio Depois...
- Fê, o Pê acordou. - Débora disse, aparecendo na cozinha com Pedro nos braços.
- Mas já? - Peguei Pedro no colo.
- É, crianças nessa idade são assim: dormem e acordam rápido. - explicou - Bom, tenho que ir, o trabalho me espera.
- Tudo bem, bom trabalho.
- Para você também. - Ela disse se referindo ao trabalho que Pedro iria dar. Caminhou até mim e me deu um beijo na bochecha e outro beijo na bochecha do Pê. - tchau, se cuidem.
- Tchau. - Eu disse e ela saiu com sua bolsa e chaves do carro na mão. - Então, vamos comer né, garotão? - Pê sorriu.
Apenas uma semana depois que cheguei na Califórnia comecei a sentir tonturas, enjoos e todos os outros sintomas possíveis da gravidez. Fui ao médico, somente para confirmar minha suspeita e para surtar com a confirmação de que eu estava grávida aos 17 anos, de uma cara que estava a quilômetros e quilômetros de mim.
A gravidez tinha umas 3 semanas, eu segui com ela adiante mesmo ainda estando meio assustada. Matheus e Débora enlouqueceram com a notícia, porém me apoiaram. Só quando eu havia dito que não queria contar para o Paulo naquele momento, que eles foram contra. Mas eu só não estava preparada para contar. Ensaiei durante várias vezes, cheguei a escrever mensagens, mas nunca mandei. Eu me sentia mal por não contar a ele, mas também pensei que poderia ser bom ele não saber. Paulo estava no começo da carreira de cantor, um filho podia atrapalhar ele a ir em busca do seu sonho.
Os meses se passaram e eu não contei nada pra ele. Somente para as meninas, pois não conseguia esconder nada das duas, mas fiz elas prometerem que não contariam nada para os meninos e nem para o Paulo, no dia que ele soubesse que é pai, ele saberia por mim.
...[•••]...
Deixei Pedro brincando com seus brinquedos no tapete da sala e peguei meu Notebook, entrando no skype. Mari estava online e logo me mandou uma solicitação de chamada por vídeo.
- Aaaaah sua vaca! - Mari gritou.
- Oi, pra você também, Mariana. - fui irônica.
- Cadê meu afilhado?
- Seu afilhado o caramba! - Bia disse aparecendo na tela do meu notebook e eu acenei.
- Ele ta brincando no ali. - movi o computador para que elas pudessem o ver.
- To louca pra conhecer ele. - Mari.
- Eu também, quando você irá trazê-lo? - Bia.
- Por que vocês não vem passar um tempo aqui?
- Estamos no final de agosto, Fernanda, não podemos. - Bia.
- Exatamente, temos a faculdade. - Mari. - Você podia vir, já que você prometeu que viria nos visitar, lembra? - assenti.
- Ai você já aproveita e conversa com o Paulo... - Bia.
- Meninas... - ia começar a argumentar como nas outras vezes que elas tocaram no assunto, mas desisti. - Não quero falar com ele.
- Não é questão de querer ou não. - Mari disse séria. - Fê, eu sei que isso é um assunto de vocês, mas eu acho que já tá mais do que na hora do Paulo saber sobre o Pê.
- A Mari tá certa, ele também tem todo direito de saber...Você tinha que ver outro dia ele conversando com os meninos sobre ter filhos e tal.
- Eu não quero atrapalhar ele com a banda.
- Você vai esperar a banda acabar pra contar? Daqui a alguns meses o Pedro ta fazendo um ano, você não vai poder esconder essa verdade dele pra sempre. - Bia.
- Vocês estão certas. - suspirei. - Eu...eu vou contar pra ele. - vi minhas amigas sorrirem felizes na tela do notebook.
- Isso quer dizer que você vai vir pro Brasil?! - Bia perguntou empolgada.
- Sim. - Sorri com a felicidade delas.
- E quando você pretende vir? - Mari.
- An...pode ser essa semana ainda, se eu conseguir passagem. Tenho que falar com a Débora e com o Matheus. Vocês abriram meus olhos, agora quero resolver logo esse assunto.
- Que bom! - Bia disse e ouvi a voz dos meninos.
- Ele ta ai? - Perguntei me referindo ao Paulo. Eu sempre perguntava dele para as meninas. Apesar de tudo e do tempo que passou eu ainda continuo gostando dele.
- Sim, acabou de chegar junto com o Nathan e o Caíque.
- Quer falar com eles? - Bia perguntou, já sabendo que eu iria recusar.
- Não, eu tenho que ir cuidar do Pê.
- Ok, então fica para a próxima. - Bia.
- Tenho que desligar. - Elas fizeram uma cara triste. - Relaxem, que ainda essa semana eu to ai!
- Tchau, beijos.
- Beijos. - fechei meu notebook e caminhei até Pedro me sentando ao seu lado, Ainda pensando no que as meninas me falaram e como seria reencontrar Paulo depois de tanto tempo e contar que ele tinha um filho de 9 meses.
... • • •...
- Finalmente! - Débora e Matheus disseram assim que eu contei pra eles sobre ir para o Brasil contar pro Paulo sobre o Pedro.
- Quando você vai? - Matheus perguntou enquanto brincava com Pedro.
- Eu tava olhando umas passagens e pensei em comprar para depois de amanhã.
- Mas já? Tão rápido assim?
- É, agora eu quero resolver logo esse assunto.
- Fico feliz que enfim tenha entrado juizo nessa sua cabeça.
- Bom, vou botar o Pedro pra dormir, depois vou comprar minha passagem. - eles assentiram. - Boa noite.
- Boa noite!
Me levantei e peguei Pedro que já estava meio sonolento. Subi as escadas, fui para o meu quarto, dei banho no Pedro, vesti uma roupa limpinha nele e depois fui colocar ele pra dormir, coisa que não demorou mais de cinco minutos, pois ele dormiu muito rápido, devia estar cansado.
Abri meu computador em um site de passagens, olhei algumas e logo encontrei uma com um preço e horário bom e resolvi comprar. O vôo seria depois de amanhã. Finalizei a compra e desliguei meu Notebook.
Peguei meu celular e mandei uma mensagem no grupo do Whatsapp.
- To Chegandoooo! Me aguardem!
Mari - Que!? - ela mandou junto com um emoji surpreso. - Onde você tá?
- Na Califórnia. Ainda.
Nathan - você vai voltar!?
- Sim, acabei de comprar a passagem. - respondi.
Bia - Ai meu deus! Agora é oficial.
Caique - Quando que você vem!?
- Surpresa hahaha
Mari - AAAAAH
Bia - Fala que dia você vem!
- Não
Mari - Chata...o Pedro vem junto né?
- Siim!
Caique - Pedro???
Nathan - Quem é Pedro? - merda, esqueci que eles não sabiam do Pê.
- Vocês vão saber quando conhecê-lo. Meninas, não falem nada.
Guardei meu celular em baixo do travesseiro e fui dormir. Essa semana seria agitada.
...POV Paulo...
mOs últimos meses desde que ela foi para Califórnia só tem sido bons graças a minha banda com os meninos. Os shows e entrevistas têm sido uma boa ocupação pra mim. Eu só penso nela quando eu estou sozinho no apartamento sem nada pra fazer, ainda mais a noite.
Depois do dia que eu fui até o Aeroporto para pelo menos tentar me despedir, - O que não foi possível, pois quando cheguei ela já tinha embarcado -, eu não tentei contato com ela, sabia que ela estava magoada com a suposta traição vindo da minha parte, apesar de eu não tê-la traído e tudo ter sido uma armação de Gabriela, com que eu nem mantia mais contato. Eu só sabia que ela estava bem pois algumas vezes perguntava para os meninos, que também não sabiam de muita coisa ou então não queriam me contar. Mas eu estava tentando seguir minha vida.
A campainha tocou e Max seguiu até a porta animado, sabia que deveria ser os meninos, porque havíamos marcado uma 'reunião' para escolher o repertório do show do dia seguinte. E Caíque sempre esquecia de levar a chave quando dormia fora.
- Eae cara. - eles me cumprimentaram e eu fiz o mesmo.
- Como passou a noite? - Caíque.
- Bem, com capítulos de séries e a companhia do Max. Mas imagino que você tenha passado uma noite bem melhor que a minha. - Disse, pois ele havia dormido na casa de Bia.
- Mas você poderia ter tido uma noite melhor.
- Caíque tem razão, ontem era sexta, você podia ter ido para uma balada, ter conhecido novas garotas...
- Balada nunca foi minha praia, vocês já deveriam saber.
- Ok, mas você deveria conhecer novas garotas. Você sabe desde que a ela foi embora eu nunca vi você com mais ninguém. - Suspirei. Eu não tinha ficado com ninguém mesmo, e olha que eu tentei, mas eu não tinha vontade de ficar com outras garotas, eu só queria ficar com ela, mesmo sabendo que no momento era quase impossível.
- Eu prefiro ficar em casa mesmo. - Desconversei e o celular dos dois apitaram ao mesmo tempo. E ambos pegaram para ver, sorrindo logo em seguida. - Posso saber o motivo de sorrisos?
- Ahn... É...Nada demais. - Nathan olhou para Caíque. E eu senti que ele estava escondendo algo.
- Acho melhor contar logo.
- Contar o que? - Eles suspiraram.
- A Fê, ela tá vindo pro Brasil. - Meu coração disparou.
- Ah...E quando ela chega? - Tentei parecer normal com a notícia.
- Ela não quis falar, disse que era surpresa. - Nathan.
- Ela tá vindo sozinha?
- As meninas perguntaram se um tal de Pedro ia vir com ela e a Fê afirmou.
- Hum.
Pedro. É claro que deveria ser namorado dela. Ingênuo fui eu de achar que ela ainda estaria sozinha.
- Então, vamos escolher as músicas, né? - Caíque falou talvez notando o quão afetado eu fiquei com as notícias, ainda mais com a do tal Pedro.
- Vamos.
...Dia Seguinte...
...POV Fernanda...
Depois 12 longas horas dentro de um avião, eu finalmente havia chegado em solo brasileiro, mas não especificamente em São Paulo. Pois por conta de alguns problemas o avião teve que pousar no Rio de Janeiro, então eu teria que pegar outro vôo para que enfim estivesse na minha cidade natal.
Estava extremamente cansada e o Pedro estava um pouco enjoadinho por passar tantas horas dentro do avião. Eu ainda teria que esperar duas horas até meu vôo, que seria as 7 da manhã, ainda eram 5.
Suspirei cansada e resolvi dar uma volta pelo aeroporto para esticar um pouco as pernas e ver se Pê se distraia. Passei em uma lojinha que tinha alguns brinquedos e comprei um para ele se entreter, depois fui até uma lanchonete para comprar algo para comermos.
Senti meu celular vibrar e vi que era uma mensagem de Débora perguntando se eu já havia chegado. Respondi explicando toda situação e disse para que ela não se preocupasse comigo e para ir dormir, pois na Califórnia era 1 da manhã.
Abri no grupo com as meninas e mandei uma mensagem, mesmo sabendo que provavelmente elas não estariam acordadas.
- Bom dia, meninas! - alguns minutos passaram e o celular vibrou.
Bia - Você me acordou. Tem noção que aqui no Brasil são 5 da manhã? E pelas minhas contas ai é 1, vai dormir.
- Aqui também são 5 da manhã. - mandei uma foto do aeroporto.
Mari - Mentira! Você já tá em São Paulo?!
- Era para eu estar, mas houve uns problemas e estou no Rio.
Bia - Que horas você chega?
- Por volta das 7 da manhã.
Mari - Vou te buscar no Aeroporto.
Bia - Vamos, você quis dizer né.
- Agradeço, pois estou morta de cansaço.
Bia - Nos vemos daqui a pouco então. Vou me arrumar, Beijos.
Mari - Eu também.
- Ok, Beijos.
...POV Paulo...
Acordei bem mais cedo do que eu deveria e me surpreendi quando vi que os meninos também já haviam acordado.
- Que milagre é esse? Vocês acordados antes mesmo do horário. - estranhei.
- O milagre se chama Fernanda. - franzi a testa confuso. Como assim? Ela já tinha chegado.
- Ela já chegou?
- Não, mas vai chegar daqui a uma hora, daí as meninas querem ir com a gente pro Aeroporto, já que temos vôo as 8h.
- Ah...
- Talvez dê pra gente ver ela.
Eu queria muito que desse, mas se fosse pra ver ela chegando de mão dada com outro cara eu preferia vê-la depois.
Comi em silêncio com meus pensamentos barulhentos. Tomei um banho; me arrumei; peguei minha mala e voltei a sala quando a campainha tocou. Faltavam 20 para as 7, mas daqui para o Aeroporto era rapidinho.
Eu e os meninos descemos e entramos no carro de Mari, onde eles conversavam animados sobre a volta da Fê.
Em 10 minutos estávamos no Aeroporto. Sentamos perto do painel que mostrava os voos e Mari disse que faltavam apenas 10 minutos para que o vôo dela chegasse. Mas minha ansiedade, nervosismo e frio na barriga já haviam chegado a tempos.
O pessoal da nossa equipe tinham chegado e disseram para irmos fazer o chek-in, porém só faltavam 2 minutos para as 7 horas, então os meninos pediram para que esperassem 5 minutos.
Deu 7 horas e nada. 7h05 nada. 7h10 nada também. O Painel mostrou que o vôo estava atrasado e que chegaria as 7h30. Eu e os meninos não podíamos esperar, então fomos para o balcão fazer o chek-in.
...POV Fê...
Hoje não era meu dia. Tive problema com o primeiro vôo e o meu segundo havia atrasado meia hora. Mas o que importava é que eu finalmente havia chegado. Depois de pegar minha mala fui saindo da área de desembarque e vi minhas duas amigas sorrindo. Caminhei até as duas o mais rápido que me era permitido e as abracei.
- Que saudade! - dissemos juntas.
- Nunca mais ouse ficar tanto tempo longe da gente. - Bia.
- Dúvido que eu consiga. - Disse e Pê - que até poucos minutos estava dormindo -, acordou.
- Ele é ainda mais fofo pessoalmente. - Pê sorriu como se entendesse.
- own, vem cá com a dinda. - Mari o pegou no colo.
- Mariana, eu já disse pra você que a Madrinha do Pedro sou eu. - Ah não, já vai começar a disputa.
- Eu acho que... - interrompi.
- Meninas, não é por nada mas eu estou muito cansada, então gostaria de ir pra casa logo.
- Ok, vamos. - Bia pegou minha mala e saiu puxando pra fora do Aeroporto enquanto Mari brincava com Pedro em seu colo.
Depois de colocar minha mala no porta-malas, entrei no banco de trás junto com Pedro e as meninas sentaram na frente.
- Hum, acho que o Nathan esqueceu a blusa aqui. - peguei o moletom preto e cinza que estava no banco.
- Deixa eu ver. - entreguei para Mari. - Não é do Nathan, nem meu. O Caíque ou o Paulo devem ter esquecido hoje.
- É do Paulo, o Caíque já tava de moletom. - Bia.
- E por que os meninos estavam no seu carro hoje?
- Aproveitamos que íamos te buscar pra levar eles pro aeroporto, já que eles tem show no Rio hoje. - Bia.
- É, você ia encontrar com eles, só que aí seu vôo atrasou então eles tiveram que ir fazer o chek-in.
- Foi até bom atrasar...Não queria chegar e dar logo de cara com o Paulo.
- Mas uma hora ou outra vocês vão se encontrar, afinal vocês moram um do lado do outro.
- Eu sei.
- Toma. - Mari falou e jogou o moletom em cima de mim. E eu senti o perfume dele me invadir, ainda era o mesmo. - Entrega pra ele quando ele voltar. Chegamos. - Reconheci sua casa.
- Achei que eu ia pro meu apartamento.
- Você até iria se eu tivesse às chaves pra te dar. Lembra quando você deixou as chaves comigo? - assenti. - Eu entreguei pro Paulo, mas eu esqueci de pedir de volta.
- E a cópia que você tinha?
- Esta perdida em casa, mas eu vou achar ainda hoje, prometo. E além do mais, se você fosse pra casa você ainda teria que ir no mercado para comprar algumas coisas. Enfim. - Assenti concordando.
Descemos do carro e eu subi pra descansar no quarto de Mari.
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