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Como Reconquistar Ela

Cap. 1

Laura girava diante do espelho, segurando um vestido preto simples contra o corpo, enquanto uma pilha de roupas que ela já havia experimentado crescia sobre a cama. A luz suave da luminária iluminava o quarto, destacando o brilho ansioso em seus olhos. Era a quinta troca de roupa em menos de meia hora, e o relógio sobre penteadeira parecia zombar dela, indicando que faltava pouco tempo para a festa de comemoração do fim de semestre.

_Qual vestido eu devo usar? Perguntou para o seu reflexo  franzindo a testa enquanto se analisava. O vestido preto era elegante, e discreto, mas Laura queria ser notada, sem parecer que estava tentando chamar a atenção. Afinal, era só “mais uma festa”, como repetia para si mesma, tentando acalmar o coração que batia descompassado no peito.

No fundo, Laura sabia a razão daquela inquietação. Não era pela festa, ou pela promessa de uma noite divertida que a deixava com aquele friozinho na barriga. Era a presença de Rafael, o melhor amigo do seu irmão, Bruno. O garoto que ela conhecia desde criança, que sempre chegava na casa dos Salvatore com um skate em baixo do braço e com um sorriso no rosto, sorriso que ela sempre achou bonito. Agora, aos 22 anos, Rafael estava a um passo de se formar em Arquitetura e Urbanismo, e aquele charme despretensioso de menino havia se transformado em algo mais magnético, mais perigoso.

Laura jogou o vestido preto sobre a pilha de roupas,e pegou outro, um verde com um decote sutil que destacava seu colo. Ela o segurou contra o corpo, hesitando lembrando de Rafael, e do seu jeito confiante que atraía todos ao redor, como se o mundo girasse em torno dele sem que precisasse fazer esforço.

Rafael era alto, com ombros largos e cabelos escuros que caíam levemente sobre a testa, sempre bagunçados de um jeito que parecia cuidadosamente planejado. O sorriso fácil, com dentes alinhados e uma covinha discreta no canto esquerdo, era capaz de iluminar qualquer ambiente. Para outras mulheres, ele tinha um charme irresistível. Para Laura, agora aos 19 anos, ele era um universo inteiro, um que ela orbitava em segredo desde os 16 quando se sentiu atraída por ele pela primeira vez.

_Nem parece que você o vê todos os dias na faculdade …Resmungou, largando o vestido verde e se jogando na cama, olhando para o teto. O papel de parede com estampas florais, que ela escolheu aos 14 anos, parecia infantil, um lembrete de quanto ela havia mudado, e de Rafael ainda a via como garotinha, a “irmãzinha do Bruno”, como as vezes ele a chamava, quando a cumprimentava com um aceno distraído ou uma piada boba enquanto conversava com seu irmão.

Laura fechou os olhos, deixando a mente vagar. Ela podia jurar que conseguia sentir o cheiro dele mesmo estando tão longe, e ouvir o timbre grave da voz dele, que parecia reverberar no peito dela toda vez que ela escutava a sua voz. E aquele gesto, tão dele, de passar a mão pelos cabelos, empurrando-os para trás com uma naturalidade que fazia Laura querer desviar o olhar, mas que ela não conseguir parar de observar.

Ela se levantou de supetão, como se quisesse espantar aqueles pensamentos.

_Chega, Laura. Você não é mais uma adolescente sonhadora... Disse a si mesma, embora a verdade fosse que, aos 19 anos, ela ainda estava descobrindo quem era. Uma coisa, porém, ela tinha certeza: Rafael a desarmava. Cada encontro casual em casa ou na faculdade, cada risada durante os churrascos de domingo que ele freuentava, cada momento em que ele passava por ela com um olhar parecendo distraído. Tudo reacendia aquele sentimento que ela guardava como um segredo precioso.

Naquela noite, porém, algo parecia diferente. Talvez fosse o ar quente do final de ano, que trazia a promessa de um verão vibrante, ou o fato de que Rafael ter terminado o namoro, ou apenas uma intuição, um sussurro interno que dizia que aquela festa não seria apenas mais uma. Laura respirou fundo, decidindo-se pelo vestido verde que era ousado suficiente para destacar sua presença, mas ainda carregava a simplicidade que ela gostava de manter.

Enquanto escolhia uma sandália, ouviu a voz de Bruno ecoar do andar de baixo:

_Laura, anda logo! Já estamos atrasados!

O coração dela deu um salto. Ela se olhou no espelho uma última vez, ajeitando uma mecha de cabelo que caía sobre o ombro.

_É só uma festa… Repetiu, como um mantra. Mas, enquanto descia as escadas com um sorriso nervoso, uma parte dela sabia que aquela noite poderia mudar tudo.

_ Pensei que tinha desistido ir na festa. Reclamou Bruno.

_ Calma Bruno, as mulheres não vão fugir, se esse é o seu medo… mulherengo! Brincou olhando para o irmão que não respondeu.

Minutos depois, eles chegaram à festa. O local estava cheio e animado, com a música alta, gargalhadas e copos se chocando em brindes animados.

Laura olhou ao redor até ver Rafael, que não estava sozinho. Ao lado dele, uma mulher loira, alta, com um vestido justo e sorriso marcante, parecia capturar toda a atenção dele.

Laura sentiu o estômago se revirar. Uma pontada de ciúmes atravessou seu peito antes mesmo que pudesse disfarçar. Forçou-se a manter a postura, mas o coração apertou ao perceber como Rafael inclinava a cabeça para ouvir a mulher, como sorria para ela.

Quando Rafael finalmente notou sua presença, Laura apenas levantou a mão para cumprimentá-lo de forma rapida, quase indiferente.

_Ei, Laurinha! Rafael retribuiu com um sorriso que sempre fazia o coração dela acelerar, mas logo voltou a atenção para a loira ao seu lado.

Laura desviou o olhar incomodada, fingindo interesse em qualquer outra coisa. No fundo, o seu desejo era apenas um, que ele a olhasse como olhava para aquela mulher.

Laura tentou ignorar Rafael, e cumprintou alguns para amigos de Bruno, enquanto pegava um copo de bebida, tentando interagir com as conversas ao seu redor, mas sua mente permanecia fixada na cena de Rafael conversando com outra mulher.

Rafael estava tão à vontade, tão seguro, e Laura, por dentro, lutava para não deixar a decepção transparecer.

_Relaxa, Laura, você veio se divertir. Murmurou para si mesma, tentando se convencer, mas o olhar insistia em procurá-lo entre a multidão.

Laura tomava um.gole da sua bebida quando um colega da faculdade, Lucas, se aproximou. Ele era simpático, sorridente, do tipo que sempre tinha uma piada pronta.

_Laura! Chamou Lucas brincando com o copo dela. _Você sumiu da aula hoje, pensei que não ia aparecer na festa.

Ela sorriu para Lucas com quem tinha uma boa relação.

_ Eu vim com meu irmão… E você, aproveitando o fim de semestre?

_Claro. Mas a noite melhorou agora... com a sua presença. Disse  encarando Laura com um sorriso que a fez desviar o olhar, constrangida.

Do outro lado do salão, Rafael observava a cena. Tentava se manter na conversa com a mulher com quem conversava desde que chegou a festa, mas não conseguia prestar atenção no que ela dizia. Seus olhos estavam fixos em Laura e naquele homem ao lado dela.

A forma como Lucas inclinava a cabeça para falar, como Laura sorria, foi suficiente para despertar algo incômodo dentro dele. Uma pontada amarga, um calor no peito que não sabia o que era.

_Você não está me ouvindo, está? A  loira reclamou, rindo, mas Rafael apenas balançou a cabeça sem conseguir negar.

E ele conseguiu mais ficar ali. Pegou uma cerveja e saiu da festa, deixando o barulho da música para trás. Precisava de ar. Precisava afastar aquela sensação absurda de que Laura não era mais a irmãzinha do Bruno, mas uma mulher que poderia ser notada por outros homens.

Rafael, 22 anos

Laura, 19 anos.

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Olá! Voltei! Desculpe ter sumido assim. Tive uma das piores crises de enxaqueca da minha vida esses dia. Comecei a melhorar e tive uma recaída, mas agora estou bem melhor. Primeiro capítulo postado, e a noite vou postar mais.

Cap. 2

Rafael encostou-se no guarda-corpo da varanda, sentindo o ar quente da noite de verão tocar sua face. A cidade piscava ao longe, com as luzes dos edifício e os faróis de carros cortando a escuridão, mas ele mal notava. A cerveja gelada em sua mão começava a esquentar, esquecida enquanto seus pensamentos giravam em torno de uma única imagem: Laura, sorrindo enquanto conversava com outro homem na festa.

O jeito como ela jogava o cabelo para o lado, o brilho nos olhos, o vestido que parecia feito para destacar cada detalhe dela. Rafael tomou um gole da cerveja, tentando apagar a sensação incômoda que apertava seu peito.

_ Que merda é essa? Se perguntou, balançando a cabeça como se pudesse espantar os pensamentos que surgiam em sua mente. Ele não era assim. Não era o tipo de homem que ficava remoendo coisas, que se deixava afetar por algo tão simples. Mas quando o assunto era Laura, não era nada simples, pelo contrário, era complicado.

Rafael fechou os olhos por um instante, escutando o som abafado da música da festa chegar até ele. A imagem de Laura com aquele homem  voltava sem permissão a sua mente. A forma como ele se inclinava para falar com ela, o sorriso confiante, a proximidade que parecia natural demais, e tudo isso mexia com Rafael de um jeito que ele não conseguia explicar. Ou talvez não quisesse admitir.

_ Eu com Ciúmes? Perguntou em voz alta, quase rindo daquela hipótese.  _Eu? Com ciúmes da Laurinha? Aquela constatação soava ridícula, como se ele estivesse traindo alguma lei.

Laura era a irmã de Bruno, seu melhor amigo. A menina que ele conhecia desde que ela usava aparelho nos dentes, e passava horas tentando acompanhar ele e Bruno nas brincadeiras de rua. A ideia de sentir algo por ela era tão absurda que quase fez Rafael voltar para a festa para provar o contrário.

Naquele instante, Rafael se lembrou do pacto  feito  anos atrás, entre ele, Bruno e outros amigos. Eles eram adolescentes na época, cheios de hormônios e ideias idiotas, mas uma regra era clara: nunca se envolver com as irmãs dos amigos. Era uma linha que ninguém cruzaria, era uma questão de respeito, de lealdade. Para Rafael, Bruno era como um irmão. Eles cresceram juntos, dividiram segredos, brigas e vitórias. E Laura, ela era parte daquele pacote, intocável, como uma extensão da família.

Rafael passou a mão pelo cabelo, um gesto nervoso que traía a calma que tentava projetar.

_ Laura é só a irmã do Bruno... e é assim que eu devo vê-la... Disse tentando se convencer.

Mas suas palavras soavam vazias. Porque, no fundo, Rafael sabia que não era só isso, pois há muito tempo ele não conseguia tirar da cabeça o jeito como Laura sorria, ou como o vestido verde abraçava sua silhueta, ou como, por um breve segundo, os olhos dela encontraram os dele na festa e fizeram seu coração dar um salto que ele não estava preparado para sentir.

Rafael tomou outro gole da cerveja, o gosto amargo agora combinando com o que sentia. Ele tentou se lembrar de todas as vezes que viu Laura como apenas a “irmãzinha”. As memórias estavam lá: ela correndo atrás deles com uma bicicleta pequena demais, ela sentada no sofá com um livro enquanto ele e Bruno jogavam videogame, ela fazendo caretas quando Bruno a provocava. Mas essas imagens estavam sendo apagadas por outras, mais recentes. O jeito como ela falava com confiança nas conversas com os amigos, o brilho nos olhos quando ria, a forma como ela parecia carregar um mundo inteiro dentro de si, um mundo que Rafael, de repente, queria desesperadamente conhecer.

_ Isso é loucura... Rafael riu baixo, mas sem humor. Ele olhou para a cerveja, girando o líquido dentro do copo. _ Você tá ficando maluco, cara. É a Laurinha. A Laura. A irmã do Bruno. Toda vez que ele repetia o nome dela, parecia menos convincente.

E então veio a lembrança de uma conversa com Bruno, meses atrás. Eles estavam no bar, depois de um jogo de futebol, e Bruno havia dito, meio brincando, mas sério quando alguem elogiou Laura: “Ela é minha irmã... não se esqueçam do que combinamos". Rafael riu na hora, concordando com um aceno, mas agora aquelas palavras pesavam em seu peito. Bruno confiava nele. E ele estava ali, fugindo da festa porque estava sentindo ciúmes de um cara qualquer que falava com Laura, imaginando coisas que nunca deveria imaginar.

Ele suspirou, encostando a cabeça no guarda-corpo. A verdade era que Laura não era mais uma menina. Ela era uma mulher, com 19 anos, com sonhos, com um sorriso que podia parar o tempo. E, pela primeira vez, Rafael percebeu que ele não era imune a isso. A ideia o assustava tanto quanto o atraía.

_ O que está acontecendo comigo? Perguntou ao vazio, a voz quase engolida pelo barulho que vinha da festa. Ele sabia que voltar para a festa significaria enfrentar aquela sensação de novo. Ver Laura, talvez ainda conversando com Lucas, talvez rindo, talvez sendo tudo o que ele não conseguia parar de notar. E, pior, significaria encarar Bruno, seu melhor amigo, com quem ele dividia um pacto que agora parecia mais frágil do que nunca.

Rafael terminou a cerveja em um gole longo, como se pudesse engolir também a confusão que o dominava. Ele precisava se recompor. Precisava lembrar quem ele era, quem Laura era, e o que estava em jogo,.mas uma parte dele sabia que algo havia mudado. E que, talvez, não tivesse mais volta.

Cap. 3

A música pulsava na festa, em um ritmo frenético. Mas, para Laura, tudo parecia distante, como se o mundo ao seu redor estivesse em câmera lenta. Ela tentou se concentrar na conversa e nas piadas de Lucas, mas seu olhar insistia em vagar pela festa, procurando Rafael, até que percebeu que ele não estava mais lá, e ela também não viu a mulher que conversava com ele A ausência dos dois apertou algo em seu peito.

_ Idiota… ele nunca vai te notar... Sussurrou perdendo a vontade de ficar na festa. O copo em sua mão parecia pesado, e o gosto doce da bebida já não era agradável. Sem pensar muito, Laura decidiu que precisava de ar. Precisava de silêncio. Deixou o copo na mesa, e pediu licença a Lucas, e caminhou em direção à porta dos fundos, escapando para o jardim.

O ar da noite a envolveu como um bálsamo, aliviando o calor que a festa e seus pensamentos haviam acumulado. O quintal era um contraste bem-vindo com o caos do salão: escuro, exceto por uma lanterna pendurada em um galho, que lançava uma luz suave e amarelada sobre a grama. Árvores altas cercavam o espaço, e o som da cidade ao longe misturava-se ao canto distante de grilos. Laura respirou fundo, fechando os olhos por um instante, tentando acalmar o turbilhão de emoções dentro de si.

_Cansada da bagunça?  Perguntou Rafael ao vê-la, com uma rouquidão na voz que a fez sentir um arrepio. Pela primeira vez, ele não olhava como a irmã de Bruno. Ele a olhava como mulher.

 Laura gelou, o coração disparando antes mesmo de se virar para ele

Laura quase não acreditou que Rafael estava ali, a poucos metros dela. A luz da lanterna desenhava sombras suaves em seu rosto, destacando o contorno da mandíbula e o brilho nos olhos. O sorriso no canto dos lábios era ao mesmo tempo familiar e perigosamente novo.

_Um pouco… Laura respondeu com o coração acelerado, tentando soar tão confiante quanto ele. _E você, o que está fazendo aqui fora? Eles raramente tinham a oportunidade de conversarem sozinhos, e Laura, estava aproveitando aquela chance ao encontralo sozinho. Rafael se aproximou, descendo da varanda até onde ela estava.

_O que eu estou fazendo aqui... Procurando um motivo para fugir do barulho. Comentou com  sorriso se formando em seus labios enquanto se aproximava mais, reduzindo a distância entre eles. _Parece que encontrei um.

_ Serio? Laura tentou rir, mas a voz dele a deixava vulnerável.

_ Sim… e você… onde está o seu amigo? A pergunta de Rafael veio carregada de ironia. _ Ou seria o seu ficante... ou namorado?

_ O Lucas? Somos apenas colegas de turma…

_ Não é o que pareceu para mim…

_ Não sabia que você estava me olhando… Laura sentiu algo diferente em Rafael que a deixou feliz.

_ Estava…

As palavras pairaram no ar, pesadas, carregadas de algo que Laura não conseguia decifrar. O olhar dele não era o de sempre que ela conhecia desde criança. Era mais intenso, mais direto, como se ele a enxergasse pela primeira vez. Laura sentiu o chão sumir sob seus pés, o coração batendo tão alto que temia que ele pudesse ouvir.

Ela abriu a boca para dizer algo, qualquer coisa, mas as palavras se dissolveram antes de chegarem à língua. O silêncio que se formou era denso, cheio de possibilidades. Rafael deu um passo à frente, encurtando a distância entre eles. O perfume dele que ela conhecia tão bem, a envolveu, e Laura sentiu o corpo inteiro reagir, como se cada célula estivesse em alerta.

Ele hesitou por um instante, os olhos percorrendo o rosto dela, como se buscasse permissão. Então, com uma suavidade que contrastava com a intensidade do momento, Rafael levou a mão à cintura dela, puxando-a delicadamente para mais perto. O toque era leve, mas firme, e Laura sentiu um calor subir pelo corpo, como se o mundo ao redor tivesse parado de girar.

O beijo veio hesitante no início, quase tímido, como se ele estivesse testando os limites de algo que ambos sabiam ser proibido. Os lábios dele eram macios e quentes. Laura fechou os olhos, deixando-se levar, e correspondeu com uma intensidade que a surprendeu.

As línguas se encontraram, tímidas no início, explorando com cuidado, mas logo o beijo ganhou vida. Era como se uma corrente elétrica passasse entre eles, cada toque enviando arrepios que percorriam a espinha de Laura, fazendo sua pele formigar e seu coração disparar ainda mais. As mãos dela, quase por instinto, subiram até os ombros dele, os dedos se agarrando ao tecido da camisa como se precisassem de algo para se segurar. Rafael aprofundou o beijo, a mão na cintura dela apertando com mais firmeza, enquanto a outra subia para tocar a nuca dela, os dedos se entrelaçando nos cabelos. Os arrepios se espalhavam pelo corpo de Laura, do pescoço às pernas, como se sua pele estivesse despertando pela primeira vez. O calor do corpo dele contra o dela, o ritmo acelerado das respirações, o leve roçar da barba rala no queixo dela. Tudo era avassalador, como se o mundo inteiro tivesse se reduzido àquele momento

O som da festa desapareceu. Não havia música, risadas, ou vozes. Só o calor do corpo dele contra o dela, o ritmo acelerado das respirações, e a luz fraca da lanterna que os envolvia como um segredo.

Mas, no fundo da mente de Rafael, uma voz sussurrava, tímida, mas insistente: "E o Bruno? E o pacto? " Ele sabia que aquele momento, por mais perfeito que fosse, vinha com consequências.

Laura viu o brilho nos olhos de Rafael quando eles finalmente se afastaram, e ele encostou a testa na dela. Naquele momento Laura teve certeza de que Rafael também sentia algo por ela.

_Vamos sair daqui? Bruno perguntou, a respiração quente contra os lábios dela, e Laura não pensou duas vezes antes de aceitar.

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