...💋 recado da autora...
...Bem-vindos; aproveite a história! Se estiver gostando não esqueça de curtir, comentar e votar....
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Bruna Lacerda, 18 anos 🌺
Patrick Silva Rocha, 35 anos.
Luan Silva Rocha, 30 anos.
Caio Silva Rocha, 33 anos.
...Prólogo...
Eu tinha apenas doze anos quando senti o chão desaparecer sob meus pés. Meus pais morreram em um acidente de carro em uma noite chuvosa e, de repente, eu perdi o riso fácil, a leveza de cada dia e a liberdade que sempre conhecera. Nada seria como antes.
A única pessoa da família que podia cuidar de mim era a tia Vera, uma mulher de cinquenta anos, sem filhos, prática, séria e distante. Carinho? Nem pensar. Era como viver com uma estranha que tolerava minha presença por obrigação. E Miguel, o marido dela, era ainda pior. Conservador até doer, acreditava que uma moça devia ser invisível, muda e sem vontade própria.
Passei a morar em um condomínio fechado, um dos mais caros da cidade. Ruas largas, portões altos, seguranças que te olhavam como se você fosse suspeita só por respirar... Era como viver numa prisão dourada. Todo aquele luxo só me fazia sentir mais sozinha, mais deslocada. Cada mansão imponente me lembrava que eu era apenas uma intrusa naquele mundo de aparências.
Na casa dos tios, a transformação foi brutal. Meus vestidos coloridos e rodopiantes viraram trapos inúteis no fundo do armário, substituídos por saias longas que pareciam tendas e camisas fechadas até sufocar. Meu riso? Miguel conseguiu matar aos poucos, com olhares de desaprovação e comentários cortantes. Minhas palavras espontâneas se transformaram em sussurros medidos, pesados pelo medo de dizer algo "inadequado".
Miguel tinha uma lista mental do que uma "jovem decente" deveria ser: um fantasma educado. Não podia me exibir, como se existir já fosse exibição demais. Não podia levantar a voz, mesmo quando tinha razão. Não podia questionar, jamais. Era como se ele quisesse me transformar numa boneca de porcelana, linda de se ver, mas sem vida própria.
E a pior parte? A proibição total de sair sozinha. Desde que cheguei lá, virei praticamente uma prisioneira. Cada saída precisava ser negociada, justificada, supervisionada. Amigos? Que amigos? As tardes se arrastavam entre faxinas, livros aprovados pelo Miguel e um silêncio que pesava nos ombros como chumbo.
No condomínio, porém, havia os irmãos Silva Rocha. Ah, esses sim faziam Miguel perder o sono! Moravam na casa mais bonita e cara do lugar, viviam sozinhos e transformavam as noites de sexta numa festa que fazia o condomínio inteiro vibrar. Os vizinhos reclamavam, mas nunca dava em nada, dinheiro tem dessas magias. Miguel os chamava de "endemoniados" com uma frequência impressionante, e eu sempre me perguntava como seria ter toda aquela liberdade.
Foi numa dessas sextas que tudo mudou. Eu estava no portão com Lulu, a cachorrinha da família, quando o ronco das motos rasgou o ar. Três máquinas potentes, reluzentes, com três figuras que pareciam ter saído de um filme. Lulu, claro disparou em direção a eles, latindo como se fosse a dona do pedaço.
Quase tive um infarto. A cachorrinha correndo no meio da rua, eu gritando o nome dela, e os três motoqueiros diminuindo a velocidade. Um deles desceu da moto com a agilidade.
Quando ele tirou o capacete, o mundo meio que parou. Cabelos loiros que brilhavam, olhos claros, era de tirar o fôlego. Pegou Lulu com um cuidado que não esperava, fazendo carinho na cabeça dela como se fosse um velho amigo.
— Calma, garota — disse, caminhando em minha direção com Lulu nos braços. A voz era grave, macia, do tipo que faz você esquecer o próprio nome.
Consegui apenas, estender os braços para receber a cachorra. Nossos dedos se tocaram no momento da "troca", e juro que senti uma corrente elétrica subir pelo braço.
— Obrigada — murmurei, baixando os olhos porque olhar diretamente para ele estava sendo impossível.
— De nada, coelhinha — disse o loiro, colocando o capacete de volta. O apelido saiu tão natural, que senti o rosto pegar fogo na mesma hora.
Percebi os outros dois, o ruivo tinha um sorriso travesso e olhos verdes que brilhavam de diversão, enquanto o moreno observava tudo com uma expressão mais séria, mas igualmente atraente. Todos pareciam saídos de uma revista, com seus cabelos bagunçados pelo vento e aquele ar de quem não pedia permissão para nada.
Eles subiram nas motos, aceleraram e sumiram na curva em direção à casa deles, me deixando parada feito uma estátua. Lulu se mexeu nos meus braços, me trazendo de volta à realidade, mas meu coração ainda disparava como se tivesse corrido uma maratona.
Pela primeira vez em anos, senti algo diferente de tristeza ou resignação. Era algo novo, assustador e delicioso ao mesmo tempo. E eu não fazia a menor ideia do que fazer com essa sensação.
...Bruna Lacerda...
Acordei com o sol raiando em meu rosto através da cortina, a luz invadindo o quarto com uma delicadeza quase cruel, lembrando-me que o dia já tinha começado. Demorei alguns instantes até me espreguiçar e sair da cama. Hoje não era um dia qualquer, era o meu aniversário de 18 anos.
Levantei-me e caminhei até o banheiro, deixando a água fria escorrer pelo corpo para espantar o calor. Fechei os olhos, tentando relaxar, e deixei a mente vagar. Era sempre assim: no meu aniversário eu me enchia de esperanças, como se o destino fosse capaz de me surpreender. E, de fato, ele estava prestes a fazer isso.
Depois do banho, enrolei-me na toalha e voltei para o quarto. Assim que abri a porta, uma surpresa me esperava. Em cima da penteadeira havia uma caixa delicadamente embrulhada em papel perolado, com um laço de cetim cor-de-rosa. Meu coração disparou na mesma hora. Aproximei-me, ainda com as mãos úmidas, e toquei a superfície lisa da caixa.
Senti um arrepio de emoção e, com cuidado, desfiz o laço. O papel deslizou com facilidade e, dentro dele, surgiu uma caixinha menor, de veludo branco. Respirei fundo antes de abri-la e, quando levantei a tampa, meus olhos brilharam.
Dentro repousava uma pulseira de prata clara, polida com tanto brilho que parecia captar a luz do sol e transformá-la em pequenos reflexos prateados. Era delicada, com elos finos e bem trabalhados, mas o que mais chamava atenção eram os três pingentes pendurados nela. Cada um era uma letra: C, P e L. Os pingentes tinham um acabamento suave, com bordas arredondadas, e estavam cravejados com pequenas pedrinhas de cristal transparente, que cintilavam a cada movimento.
Levei a mão à boca, surpresa. Era o tipo de presente que parecia carregar um segredo, uma mensagem oculta. Quem teria me dado aquilo? Quem colocaria tanto cuidado em preparar algo tão pessoal?
Passei os dedos pelos pingentes, como se pudesse adivinhar seus significados apenas pelo toque. “C, P e L...” murmurei para mim mesma. Eram apenas letras, mas ecoavam como um enigma no fundo da minha mente.
Foi então que percebi um pequeno envelope branco. Minhas mãos tremeram levemente ao pegá-lo. O coração batia tão rápido que parecia querer saltar para fora do peito. Abri com cuidado, desdobrando o papel dentro. As palavras escritas em letra firme e inclinada me fizeram prender a respiração:
FELIZ ANIVERSÁRIO, COELHINHA.
EM BREVE VOCÊ SERÁ NOSSA.
NOSSA PARA PERTENCER.
NOSSA PARA AMAR.
Senti meu corpo inteiro estremecer. O apelido me pegou de surpresa: coelhinha. Ninguém me chamava assim, exceto três pessoas, Caio, Patrick e Luan. Meus vizinhos.
Segurei o bilhete com força, como se apertá-lo fosse me dar alguma resposta imediata. Meu coração oscilava entre a curiosidade e o medo. Ser deles? Como assim? O que exatamente eles queriam dizer com isso?
Vesti-me depressa, escolhendo um vestido rosa de tecido leve, que caía suavemente pelo corpo e contrastava com o brilho prateado da pulseira em meu braço. O reflexo no espelho mostrava uma jovem tentando sorrir, mas os olhos denunciavam a confusão dentro de mim.
Antes que pudesse me perder em mais pensamentos, uma batida seca soou na porta.
— Bruna? — era a voz firme e conhecida da minha tia.
— Já vou! — respondi apressada, escondendo o bilhete dentro da gaveta da penteadeira.
A porta se abriu devagar, revelando minha tia acompanhada de tio Miguel, seu marido. Ele sempre trazia consigo aquela postura rígida, o olhar severo e a voz grave de quem carregava valores inabaláveis. Chamava-o de tio Miguel, e ele sempre me tratava de forma correta, embora com uma seriedade que muitas vezes me deixava sem ar.
— Feliz aniversário, querida — disse minha tia, abrindo um sorriso caloroso e estendendo os braços para me abraçar. Retribuí o gesto com carinho, sentindo o perfume doce dela envolver-me por um instante.
Quando me afastei, tio Miguel me olhava fixamente. Não havia dureza em seu semblante naquele momento, apenas uma curiosidade que parecia sondar cada detalhe meu. Seus olhos se detiveram na pulseira em meu braço.
— Quem lhe deu isso? — perguntou, com a voz grave, quase como uma ordem.
Olhei para a pulseira e depois para ele, engolindo em seco.
— Eu... eu não sei, tio Miguel. Quando saí do banho, encontrei a caixa em cima da penteadeira.
— Não sabe? — ele arqueou as sobrancelhas, estreitando o olhar. — Nada aparece do nada, Bruna.
Minha tia tentou intervir, tocando o braço do marido.
— Miguel, não assuste a menina. Hoje é o aniversário dela.
Ele suspirou, mas não desviou os olhos de mim.
— Não é questão de assustar, mas de cuidado. Presentes assim não vêm sem intenção.
Fiquei sem palavras, segurando a pulseira com a mão. A lembrança das letras gravadas nos pingentes pesava mais agora.
— É apenas uma pulseira, tio — murmurei.
Ele inclinou a cabeça para o lado, pensativo, mas não insistiu.
— Que assim seja — disse enfim, em tom seco. — Mas não esqueça: o mundo não é tão inocente quanto você pensa.
Minha tia segurou minhas mãos e sorriu para mim, tentando quebrar a tensão.
— Não se preocupe com isso agora, querida. É o seu dia. Temos um bolo esperando lá embaixo.
Assenti, com o coração apertado.
Depois que eles saíram, sentei-me à beira da cama, o vestido rosa ajustando-se ao meu corpo, e deixei que os pensamentos me invadissem. Voltei a encarar a pulseira. Coloquei-a no pulso, observando como reluzia contra a pele. As letras se acomodaram de forma natural, como se sempre tivessem pertencido a mim. Toquei cada uma delas novamente, sentindo uma estranha mistura de medo e encantamento.
Finalmente respirei fundo e desci as escadas. O cheiro de bolo recém-preparado tomou conta da cozinha. Minha tia me esperava com um sorriso doce, enquanto tio Miguel permanecia sentado, sério, mas em silêncio.
Na mesa, um bolo simples de frutas, acompanhado de um copo de água, aguardava por mim.
— Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! — cantaram minha tia e tio Miguel, ele com uma voz mais contida, mas presente. — Feliz aniversário, querida. — disse minha tia.
Sorri, sentindo um calor genuíno no peito. Por um momento, tudo parecia normal e acolhedor.
— Obrigada — murmurei, tocando a pulseira.
— Faça um pedido, querida — disse ela, aproximando a vela acesa.
Fechei os olhos por um instante. Senti o calor da chama e o peso do desejo que me sufocava. “Liberdade”, pensei em silêncio. Então soprei, e a chama se apagou, deixando um fio de fumaça subir devagar.
O bolo de frutas foi cortado em pedaços generosos. O cheiro doce ainda se espalhava pelo ar quando minha tia, colocou a fatia diante de mim, sorrindo.
Me sentei, percebi o olhar atento de tio Miguel. Ele ainda não havia tirado os olhos da pulseira no meu braço, mas dessa vez parecia estar esperando o momento certo para falar. Ele limpou a garganta, endireitou-se na cadeira e assumiu aquela postura que eu já h bem demais. Era seu "modo sério", como eu costumava pensar.
— Bruna — começou ele, entrelaçando os dedos sobre a mesa —, agora que você completou dezoito anos, é hora de conversarmos sobre assuntos mais... adultos. Sua tia e eu tivemos longas conversas sobre seu futuro. E chegamos à conclusão de que está na hora de você conhecer alguém apropriado.
Senti meu estômago dar um nó. Onde essa conversa queria chegar?
— Como assim, tio Miguel? — perguntei, tentando manter a voz firme.
E falou.
— Agora que completou dezoito anos, é hora de pensarmos no seu futuro.
Olhei para ele, desconfiada.
— Meu futuro? — repeti, tentando entender aonde queria chegar.
Minha tia pigarreou, ajeitando-se na cadeira ao lado dele.
— Sim, querida. — Ela tentou sorrir, mas a expressão parecia forçada. — Seu tio e eu conversamos com o pastor João. Achamos que seria bom para você ter um pretendente.
Minha colher parou no meio do caminho.
— Um... pretendente? — repeti, incrédula.
— Exato — respondeu tio Miguel, firme. — Um rapaz decente, trabalhador, da família de um amigo do pastor João. Gente séria, valores corretos. Ele tem trinta e cinco anos, está estabelecido e procura uma esposa honesta para construir uma família.
Meu coração disparou de indignação.
— Mas eu não pedi isso! — soltei, a voz mais alta do que deveria.
Minha tia franziu o cenho, tentando me acalmar.
— Bruna, não precisa reagir assim. Nós só queremos o melhor para você.
— O melhor? — perguntei, sentindo a raiva queimar dentro de mim. — O melhor seria me deixar escolher o que eu quero!
Tio Miguel apoiou as mãos pesadas sobre a mesa, inclinando-se para a frente.
— Escolher? — repetiu com ironia. — Você mal saiu da infância, menina. O mundo lá fora está cheio de homens que não prestam, que só querem usar e depois jogar fora. Não vou permitir que estraguem sua vida.
— E a solução é me entregar para alguém que nem conheço? — retruquei, sem conseguir conter a indignação. — Isso não faz sentido!
O olhar dele se estreitou, severo.
— Faz sentido, sim. — Sua voz era como um trovão contido. — O rapaz é confiável, e sua tia e eu já conversamos com a família dele. Queremos garantir que você tenha estabilidade e respeito.
— Respeito não se arranja em conversas de família! — rebati, apertando a pulseira no meu pulso sem perceber. — Respeito se conquista. Amor se conquista. Eu não vou aceitar ser negociada como se fosse um objeto!
Um silêncio pesado caiu na mesa. Minha tia respirou fundo, tentando aplacar o clima.
— Bruna, não estamos te negociando...
— Está, sim — interrompi, firme, mesmo com a garganta apertada.
Minha tia se mexeu desconfortável na cadeira, mas acenou em concordância.
— Ele é um bom homem, Bruna. Educado, a mãe dele vai à igreja todos os domingos...
— Não me interessa, tia.
Tio Miguel interviu com gravidade.
— O pastor João conhece a família há anos. São pessoas íntegras, conservadoras, que criaram o filho com os mesmos princípios que nós valorizamos.
Senti o sangue subir à cabeça.
— Vocês estão brincando comigo? — minha voz saiu mais alta do que pretendia. — É o meu aniversário de dezoito anos! Acabei de fazer dezoito anos e vocês já querem me empurrar para alguém que eu nem conheço?
— Bruna, abaixe a voz — advertiu tio Miguel, franzindo o cenho. — Não é questão de empurrar. É questão de orientar você para uma escolha sensata.
— Sensata? — repeti, incrédula. —Vocês decidiram meu futuro sem me perguntar nada.
Tio Miguel bateu a mão na mesa, fazendo o prato de bolo tremer.
— Cuidado com as palavras, menina. — Seus olhos faiscavam de raiva contida. — Acha que pode desafiar quem só quer o seu bem?
Eu o encarei, sentindo as lágrimas arderem nos olhos, mas me recusei a abaixar a cabeça.
— O meu bem sou eu quem sei — respondi, a voz firme apesar do nó na garganta.
— Não importa. O que importa é que o filho da senhora Lisboa é uma escolha segura. Ele pode oferecer estabilidade, respeito, um futuro sólido.
Levantei-me da cadeira, sentindo as lágrimas se formarem nos meus olhos.
— Eu não quero estabilidade! Não agora! Quero viver, experimentar, descobrir quem sou antes de me amarrar a qualquer pessoa!
— Descobrir quem você é? — tio Miguel riu com desdém. — Você é uma jovem de família tradicional, criada com valores cristãos. Isso é quem você é. E o rapaz compartilha desses mesmos valores.
— Vocês não podem fazer isso comigo — murmurei, a voz tremendo de raiva e desespero. — Não podem simplesmente decidir com quem vou me casar como se fosse uma boneca sem vontade própria.
Minha tia se aproximou, tentando me acalmar.
— Bruna, querida, pelo menos conheça o rapaz antes de rejeitar a ideia.
— O mal é que vocês estão tirando minha liberdade de escolha! — explodi. — E se eu já gosto de outra pessoa? E se já tenho alguém em mente?
Os olhos de tio Miguel se estreitaram perigosamente.
— Tem? Tem alguém em mente, Bruna?
Senti meu coração acelerar. Pensei nos três vizinhos, mas não podia contar nada disso.
— Não é isso... eu só... eu só quero ter o direito de escolher quando e como isso vai acontecer.
— O direito de escolher mal, você quer dizer — ele retrucou. — Bruna, você pode confiar em nós. O pastor João conhece o rapaz desde criança. Temos certeza que ele é exatamente o tipo de homem que pode te fazer feliz.
— Como vocês podem saber que tipo de homem me faria feliz se nem eu sei ainda?
O silêncio que se seguiu foi pesado, carregado de tensão. Minha tia olhava do marido para mim, claramente dividida.
— A reunião já está marcada — ele disse finalmente, com voz firme. — Domingo que vem, após a missa. A família Lisboa virá almoçar aqui. Você vai conhecê-lo, vai conversar educadamente e vai dar uma chance para essa amizade se desenvolver.
— E se eu me recusar?
— Você não vai se recusar — a voz dele soou como uma sentença final. — Porque você é uma moça bem educada que respeita os mais velhos e confia em quem quer o seu bem.
Olhei para minha tia, esperando algum apoio, mas ela apenas baixou os olhos.
— Tia? — implorei silenciosamente.
— Ele é realmente um bom rapaz, Bruna — ela disse em voz baixa. — E você... você precisa de alguém que te proteja das... influências erradas.
Minha tia tentou segurar a minha mão, mas eu a retirei delicadamente.
— Eu vou para o meu quarto — anunciei, tentando controlar a voz.
Fechei a porta do quarto atrás de mim e me joguei na cama.
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