Fredenya Aeternalis: Entitas
Capítulo 1 – Origem.
Antes de tudo existir, ela existia.
Ela não falava, não respirava, não andava. Apenas era.
EVagava sozinha pelo imenso vazio, uma sombra de luz e de escuridão, de poder incompreensível.
Não havia forma, nem tempo, nem direção. Apenas o nada e ela.
Cansada da solidão e do tédio que a consumia, desejou criar.
Não soube como. Apenas sentiu e então ele surgiu.
Um ser de pele negra, rosto sereno, olhos âmbar, lábios carnudos, cabelos longos e ondulados.
Vestia uma túnica dourada com bordados em espiral.
Ele foi denominado de Cyclus Aeternus.
Um ser de pele branca, expressão firme, olhos castanhos profundos, lábios finos, cabelos ondulados e longos.
Usava uma túnica branca com detalhes geométricos e bordados em fios dourados.
Ele foi nomeado de Custos Materiae.
E então, mais um ser surgiu através do sentimento. Um ser de pele negra, com um rosto doce e amoroso, olhos escuros profundos e cabelo volumoso cacheado em cores de rosa e roxo. Vestia um vestido bufante cor lilás decorado com estrelas, luas e nuvens douradas. Foi denominado de Nexus Somniorum.
No silêncio entre pensamento e sentimento, moldou-se outro ser. Sua pele pálida, rosto sereno porém melancólico e silencioso, seus olhos escuros como o vazio e levemente baixos, lábios finos, cabelos lisos e longos de cor azul profundo que se perdia no vazio ao redor. Vestia um longo vestido azul sem mangas bordado por pequenas constelações em fios azul-prateados. Ela foi chamada de Veritas Aeternum.
Quase no mesmo instante, surgiram dois outros seres lado a lado, tão idênticos, e ao mesmo tempo tão opostos.
Um deles de pele negra com pequenas sardas douradas espalhadas por todo seu corpo, olhos âmbar com uma expressão serena e calma. Seus lábios fartos e suaves, seu cabelo castanho-claro longo e ondulado. Vestia uma túnica branca leve sem mangas com bordados dourados e pequenos detalhes de símbolos solares.
O outro, de pele pálida, olhos negros como carvão de expressão rígida e fria, os lábios também fartos, mas cerrados, sem a suavidade do outro, cabelos negros, longos e ondulados que se perdiam no vazio. Vestia uma túnica completamente preta apenas com detalhes em espiral acinzentadas que se confundiam com a escuridão ao redor. Os idênticos e opostos foram denominados de Lux Custos e Umbrae Custos.
E até mesmo na paz e no silêncio de seus pensamentos e na calma de seu coração, surgiu ela com sua pele clara com um estranho brilho, olhos pequenos de corte fino, de cor cristalina.
Havia uma expressão profunda e impenetrável mas sem dureza, seus lábios suaves, finos e pequenos. Seus cabelos lavanda-cristalina, lisos e longos. Usava um vestido longo sem mangas de tom cinza-claro perolado com pequenos detalhes sutis de pontos cintilantes. E foi nomeada de Silentium Aeternum.
Cyclus Aeternus/Or'Emeth
Quem é você?
A voz de um deles ecoou entre o imenso vazio, mas ela não precisava responder. Eles já sabiam.
Nini
so pra constar, foram imagens feitas por IA pq eu sou tudo, menos um bom desenhista 😞
Capítulo 1 – Ciclo do Julgamento Eterno.
Passaram um tempo sem tempo juntos.
Conversavam sem voz apenas no calor e no frio do vazio que os abraçava.
Criaram pequenas coisas, brilhos que não iluminavam, sons que não ecoavam, formas que não duravam.
Brincavam, sonhavam, sentiam, silenciavam e existiam.
E por muito tempo isso bastou, mas chegou um certo momento em que não bastou mais, não houve uma discussão ou um plano.
Foi só aquele sentimento compartilhado que vai crescendo devagar até virar certeza, e eles queriam mais.
Queriam vida, matéria, som, tempo.
Queriam criar o mundo e foi desse desejo e sentimentos que criaram o mundo. E então, nasceu o primeiro traço desse mundo.
Cyclus Aeternus criava a vida, o crescimento e a morte, sentia tudo que nascia, vivia e morria.
Com seu cajado e com ajuda de Custos Materiae e seu pincel, eles criaram a terra e desenharam montanhas, escravaram rios e despertaram os mares. Plantaram as árvores e as flores, bordaram as estrelas e as nuvens no céu.
Surgiram novas formas de som, deram forma ao sol e à lua, à luz e à escuridão. Do toque da vida, da matéria, da luz e da sombra nasceram as primeiras criaturas do mundo e os primeiros cantos do mundo.
8 mil anos depois, as coisas estavam um pouco diferentes no mundo e entre aqueles que surgiram de pensamentos, os mesmos responsáveis pela criação do mundo adotaram nomes um pouco mais humanos por assim dizer. E por aqueles que habitavam o mundo, eles o chamavam de Ancestrais, os criadores.
O homem subia em silêncio as longas escadas feitas de pedra até o julgamento do ciclo eterno que o aguardava.
Havia sido pego roubando a Máscara da Verdade, um presente da entidade para o ancestral Lux Custos ou com seu nome mais humano, Kuronh.
A máscara além de ter algo um tanto quanto sentimental de algo que sobrou da entidade após seu desaparecimento, era algo usado para julgar aqueles que iam contra as leis fundadas para evitar o caos daquele mundo.
Lux Custos/Kuronh
Nos diga pequeno Aiven, por que fez isso?
A voz de Kuronh soou calma mas com uma leve decepção e tristeza.
Lux Custos/Kuronh
Se nos contar o motivo, ficaríamos gratos e até poderíamos pensar em uma punição mais leve já que somos amigos..
Umbrae Custos/Khoroth
Amigos? Se ele fosse um dos nossos amigos mesmo, ele não teria roubado a máscara da verdade!
Disse o tão idêntico mas também tão oposto de Kuronh, Khoroth.
Umbrae Custos/Khoroth
Mesmo que nos diga a verdade, eu não pouparei argumentos e votos para a punição!
Capítulo 1 – Lago de Azhura.
Custos Materiae/Vennar
Khoroth está certo, se aproximar de nós para roubar a máscara da verdade é algo imperdoável!
Disse Custos Materiae, ou como era chamado, Vennar.
Cyclus Aeternus/Or'Emeth
Se acalmem!
A voz de Cyclus Aeternus, ou Or'Emeth, ecoou e logo foi possível se ouvir um suspiro.
Cyclus Aeternus/Or'Emeth
Aiven nos aconselhou, nos ouviu e sempre esteve conosco nos momentos bons e ruins, ele deve ter alguma justificativa, não é, Aiven?
Perguntou para o homem de pele branca, olhos castanho avermelhado, cabelos lisos e longos de tom branco e mechas vermelha. Vestia uma túnica branca com bordados em dourado. O único som o silêncio absoluto e a certeza que o homem que estava sendo julgado era culpado.
Nexus Somniorum/Myrriê
Mas então... o que faremos?
Nexus Somniorum/Myrriê
Ele não nos diz a verdade e não sabemos onde está a máscara..
Umbrae Custos/Khoroth
Que não seja por isso, temos o lago de Azhura!
Veritas Aeternum/Azhura
Aiven, sabe o que o lago é capaz de fazer não sabe?
Veritas Aeternum/Azhura
Ele pode fazer você se sentir tão culpado ao ponto de ficar em situação mental grave ou até pior, o ato de tirar a própria vida.
Azhura que estava observando tudo sem dizer nenhuma palavra se pronunciou pela primeira vez, via Aiven como um irmão mais novo e era muito doloroso para si o ver naquela situação.
Veritas Aeternum/Azhura
Por favor Aiven, nos diga o que aconteceu e por quê..
O silêncio se pendurou por alguns minutos para Aiven, enquanto isso, os ancestrais discutiam por pensamentos até chegar em um veredito e quando ele ia ser dado, Aiven abriu sua boca e então, todos se calaram.
Aiven
Senhorita Azhura, eu só ficaria em estado mental grave ou pior, se eu bebesse da água, coisa que eu tenho que lhe dizer e dizer aos outros que nunca aconteceria pois eu iria cuspir de volta para o lago...sinto muito os desapontar.
Aiven ainda continua com sua cabeça baixa olhando apenas para suas mãos presas, tentando se lembrar de algo que nem mesmo ele sabe se aconteceu ou não.
Umbrae Custos/Khoroth
Ora, seu..!
Khoroth disse quase partindo para cima de Aiven ali mesmo e iria, se não fosse por Kuronh colocar a mão em seu ombro, Khoroth olhou para o mesmo e logo o ouviu dizer através de seus olhos. "Está tudo bem."
As enormes portas do julgamento do ciclo eterno foram abertas revelando um homem alto e forte de pele bronzeada, várias cicatrizes pelo seu corpo e algumas em seu rosto.
Olhos azul-acinzentados, e expressão penetrante, cabelos pretos, longos e levemente ondulados. Usava um kimono preto parcialmente aberto em seu peitoral, uma espada em sua cintura sempre a disposição, um chapéu de palha e mordia uma em seus dentes.
Homem colocou sua mão direita sobre seu peitoral, se curvou e logo ficou com sua postura ereta de novo.
Custos Materiae/Vennar
Rhaikan, que bom que chegou!
Disse Vennar não vendo a hora de terminar aquele julgamento e colocar o culpado na prisão, que julgava ser suspeito desde que apareceu em suas vidas.
Ele já era suspeito bem antes disso, Aiven era um ser suspeito desde o dia em que nasceu.
Nini
eu sei que na foto, o Rhaikan tem heterocromia mas vamos ignorar esse fato okei obrigado
Nini
seria muito precário se eu não achasse foto de perfis que representam meus personagens e fizesse eles em jogos de vestir?
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