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Minha Vingança Pra Você É Com Amor

4 anos atrás - Estou grávida?

Lucy acordou em um lugar desconhecido — era o hospital —, ela havia desmaiado na aula de filosofia na faculdade e foi levada diretamente para lá. Seu pai estava sentado ao seu lado segurando sua mão enquanto olhava para ela.

— Pai? — balbuciou, um pouco sonolenta 

— Já passou, está tudo bem. — seus olhos se encheram d'água 

— Não parece que está tudo bem. O que houve? — a primeira pessoa que veio a sua mente foi Adam — O Adam está bem? — ela ficou nervosa e se ajeitou na cama, seu pai a encarou com dúvida por alguns minutos e logo sua expressão se tornou dura 

— Porquê o Adam? — questionou 

— Como assim? Você está triste e eu pensei…— ele a soltou e começou a andar com a mão na cabeça 

— Lucy, você diz que têm um namorado mas eu nunca vi. Quem é ele? — confrontou 

Como ela poderia responder esta pergunta?

— Pai, eu já disse. Não é o momento de te apresentar a ele. — onde ele queria chegar? Ela estava começando a pensar que ele havia descoberto

Mas como?

— Quando você acha que vai ser a hora? — ele parou e olhou com um olhar menos severo — É o Adam?

— Quê? Não, pai. Eu…— ela não queria que o pai soubesse agora, só quando Adam estivesse separado da esposa 

— Vocês viajaram juntos para Roma à dois meses atrás, ficaram lá por três semanas. Se bem me lembro, você disse que não saiu de perto dele nem por um minuto, inclusive, em uma ligação de doze horas da madrugada você estava ao lado dele. — cada frase que ele falava a confundia mais, isso não dá a ideia de que seja Adam, certo?

— E o que é que têm? — questionou

Seu pai chegou mais perto e com as mãos no bolso olhou nos olhos dela e disse:

— Você está grávida de seis semanas. — ela ficou em choque — Adam é o pai ou, você levou seu namorado imaginário para viagem de negócios.

Como ela podia estar grávida, sempre tomou cuidado, exceto….

— Eu estou grávida? — Lucy viu todo o lugar girar e sua visão ficou embaçada, a voz de seu pai estava tão longe que desapareceu e deu lugar a escuridão

Aos poucos ela abriu os olhos e viu seu pai ali, estava com cara de culpado. Ela havia acabado de voltar a realidade, estava feliz pela notícia, talvez um pouco chocada, mas ainda assim, feliz. Estava carregando o fruto de seu amor.

— Está tudo bem agora, me desculpe por te pressionar. Eu te amo tanto minha filha, não quero que se machuque, quero te ver feliz. — ele acariciava seus cabelos e ela se aconchegou em seu gesto de carinho 

— Me desculpa, não pensei no dano que ia te causar. Fui egoísta e…

— A questão agora não é essa. — a dureza em sua voz era translúcida — O que vai acontecer?

— Como assim? — perguntou confusa 

— O bebê. — ela parou e tentou analisar o que ele queria dizer com isso 

— Não, isso não. Nem em sonho entendeu? — ela se alterou e se afastou mais dele — Meu filho ninguém toca. Não importa o que eu tenha que passar, ele vai viver.

— Tudo bem, eu…— tentou explicar 

— Sei que está bravo comigo mas não têm o direito de sequer pensar nessa hipótese. Não preciso do seu  apoio e nem do Adam para isso. — Um sentimento de tristeza se apossou dela e a vontade de chorar foi inevitável — Quero ficar sozinha.

— Sei que o que quis dizer foi errado. Me perdoa, eu só não quero que você fique mal falada por um erro. — disse com a voz exaltada 

— Que erro? Eu não vejo erro algum. Ele estava preso em um casamento de mentira, eu o amo e isso é tudo. Deveria me apoiar da mesma forma que fiz com você. — as lágrimas já não mais se continham

— É diferente.

— Ah é? Pois para mim, não faz tanta diferença. Não use seus preconceitos para colocar culpa em mim. Eu fiz e não me arrependo. — retrucou 

— Quando vai contar pra ele?

— Assim que eu sair daqui. Sei que ele sim, vai me apoiar. — estava brava com o pai pela atitude 

— Se você soubesse um terço do que sei, não diria isso. Mas vou deixar você acreditar e escutar com os próprios ouvidos a verdade que ele vai te dar. — ambos ficaram em silêncio, algo constrangedor que nunca antes havia acontecido — Vou falar com o médico sobre a alta. Não se preocupe, o amor da sua vida está na nossa casa, ele queria vir, mas eu disse pra ele ficar lá.

— Ele sabe que eu…?

— Não, não sou eu que devo contar para ele. — ele deu as costas e saiu 

Lucy estava sozinha no quarto, levou suas mãos até a barriga e acariciou, ali estava morando um pequeno ser, que ela iria amar não importava o que acontecesse. Era uma parte dela e do homem que ela tanto amava, ela sabia que ele ia ficar feliz, ele disse que ia se divorciar e assim teriam uma vida normal. Só os dois, e agora mais um.

O caminho até em casa foi um silêncio aterrorizante, Lucy não sabia para onde olhar, nunca havia ficado assim com seu pai. Depois de um século eles estavam de frente para a casa. Ela estava cansada e sonolenta mas queria falar com Adam antes do pai.

Com a ajuda dele saiu do carro e entraram em casa, Adam estava andando de um lado para outro e parou ao vê-los, ela estava feliz por ele estar ali e parecia que ele compartilhava o mesmo. Adam se aproximou e tocou no rosto dela que sentiu aquele carinho com todas as forças, ela queria um abraço dele mas seria demais para o pai.

— Estou bem. — sua voz saiu fraca e trêmula, ela podia ver a expressão no rosto do amado, ele estava triste, com certeza o pai já havia falado algo — Podemos conversar?

— Não, você vai para o quarto. O médico disse repouso. — não era um pedido 

— Vamos, eu te levo para o quarto. — a voz calma de Adam a tranquilizou 

Ela pensava que ele ia simplesmente levá-la até o quarto mas não, ele a pegou e a carregou nos braços. Subiu cada degrau olhando para ela com um sorriso que a derreteu, ele não estava se importando com nada mais além dela. No quarto ele a deitou com cuidado e a cobriu, deu um beijo carinhoso em seus lábios e a olhou profundamente.

— Eu te amo. — ele levantou e antes que saísse ela disse o mesmo 

— Eu te amo mais que tudo.

Ele não voltou e nem olhou, seguiu direto fechando a porta.

Então, é um adeus.

Sem perceber ela adormeceu, e acordou mais disposta. Estava melhor do que nunca, estava pronta para enfrentar tudo com Adam. Lucy se espreguiçou antes de levantar e viu Adam entrar pela porta, sua expressão não parecia muito boa, mas ela sabia como melhorar.

Ela sabia que com certeza o problema era o pai, devia ter brigado e ela estava sentindo uma culpa enorme mas já não tinha o que fazer. Adam devagar, sentou ao seu lado e olhou fixamente para o chão por alguns minutos e com um suspiro forte ele voltou o olhar para ela que estava ansiosa.

— Vocês brigaram? — sua voz era mansa

— Está tentando me acalmar? — ele perguntou com um sorriso sem graça no rosto e ela confirmou com um aceno

Sempre que ele estava estressado, ela falava assim, era uma forma de fazer ele se sentir em casa.

— Eu quero te contar uma coisa, sei que você vai ficar feliz. — ela estava radiante

— Ah é? — ele parou e então continuou — Eu também preciso te dizer uma coisa, mas não acho que vai te deixar feliz. Então é melhor que eu te diga antes e daí você decide se ainda mereço saber.

Ela ficou apreensiva, o que ele poderia dizer de tão importante e desagradável? Será que ele não vai mais querer se divorciar da esposa? Ao imaginar isso ela engoliu em seco, mas permaneceu sem demonstrar seu medo.

— Estou escutando. — ele continuou em silêncio, parecia lutar contra si mesmo — Adam, está me assustando.

— Não dá mais. — o mundo de Lucy acabou com aquela frase 

— O quê? — a voz trêmula denunciou a tristeza e insegurança, ela sabia bem do que ele estava falando 

— Não podemos continuar com essa relação. — o maxilar dele estava rígido, parecia estar sendo forçado a fazer aquilo — Se puder ser chamada assim.

— Adam, isso é por causa do meu pai? Podemos resolver isso juntos. — ele levantou de perto dela e começou a andar de um lado para outro — Por favor, fale comigo. Eu te amo, não me importa o que eu precise fazer, eu…

— Lucy, chega. — ele pôs as mãos na cabeça e foi até ela, se ajoelhou ao lado da cama e pegou as duas mãos dela — Você merece alguém que te valorize, que te dê o que eu não posso dar.

— Eu só quero você. Ninguém pode me dar isso além de você. — os olhos dela já estavam cheios de lágrimas — Não deixe que ninguém nos separe, você me prometeu.

— Me perdoa, mas eu não posso cumprir. — essas palavras foram como um soco — Está tudo acabado. — uma frase que parecia um disco arranhado, fazia ela se sentir perdida e desesperada 

— Não, porquê? Porque está fazendo isso? A gente tava bem, não tava? Tudo isso é por causa do meu pai?  

Levantando ele tentou se afastar dela, mas Lucy o puxou pelo braços deixando somente alguns centímetros de distância 

— Não, eu…— ela o beijou impedindo que ele continuasse o que tinha para falar e ele correspondeu

Ela podia sentir o quanto ele a desejava mas não compreendia o porquê de tudo isso, porque isso estava acontecendo de uma única vez. Ele se afastou quando já estavam ofegantes, e olhando nos olhos dela que esperava uma resposta, ela só podia ver o desespero compartilhado.

— Porquê? Porquê está fazendo isso comigo? Eu preciso de uma explicação. — quando ela tentava tocar ele, afastar era sua reação e isso a deixava mais preocupada 

— Katy. — sua resposta parecia vazia mas estava cheia de problemas

— O que têm ela? — Adam estava parado e ela sentiu uma pontada no peito — Adam? — ela alterou a voz, estava com medo mas a possibilidade dele estar com a esposa é insuportável 

— Ela está grávida.

— O quê? Como? — não dava para acreditar — Você disse que seu casamento era uma mentira, disse que não tocava nela. Como pode vir me dizer isso agora? — Lucy sentia como se sua cabeça fosse explodir 

— Eu sei, menti para você. Mas agora preciso cuidar da minha família…— ele a olhou e continuou — do meu filho. Me desculpe por te dar falsas esperanças.

Ela estava sozinha, não tinha ninguém por ela. Agora ele tinha um filho — dois —, e só ele importava, o que mais poderia fazer? Estava despedaçada, não conseguia falar nada, simplesmente olhava para ele enquanto as lágrimas em seus olhos escorriam como cachoeira. 

Os olhos dele também lacrimejaram, ele tentou se aproximar mas ela recuou, não queria que ele a tocasse novamente, não agora que estava se sentindo humilhada.

— Lucy, eu sei. Tudo isso é minha culpa. Eu só não quero que você sofra por mim, é tarde pra dizer isso mas você é jovem e pode refazer sua vida. — ela continuava lá, parada escutando ele falar 

Queria gritar mas não conseguia, queria sair dali mas tinha medo de não vê-lo mais. Parecia que ele ia continuar ali, dando as mesmas desculpas mas ainda assim, estaria ali para ela. Ele passou a mão pelo rosto e deu a volta para sair do quarto, Lucy pensou que ele não teria coragem mas ele teve.

Ela sentiu o pânico se apossar e sua respiração ficar curta, os soluços aumentaram e ela correu, correu para impedir que ele fosse embora. No corredor viu seu pai olhando para Adam com uma expressão dura, mas não se importou, o abraçou pelas costas e fechou os olhos.

— Lucy. — ela sentiu sua mãos tocarem seus braços envolto nele, seus pelos arrepiarem como sempre 

— Não vai embora. — sua fala estava embargada 

Com delicadeza, ele se desvencilhou dela para poder estar de frente e olhando em seus olhos tocou em seu rosto que estava encharcado.

— O que queria me dizer? — ela olhou para o pai e depois para ele — Eu mereço saber?

Estou grávida. Você vai ser pai, mas…pela segunda vez? Ela não havia encontrado coragem para dizer aquilo. Será que realmente queria que ele ficasse ali depois do que descobriu? Ele havia mentido mas mesmo assim, ela o amava, ele era o pai do filho dela.

Ele poderia ficar por ela? Pelo filho? Lucy não sabia, mas não queria ser uma mãe ruim, não podia afastar o filho do pai, certo? Ele ia embora, depois de entrar no carro, ele não voltaria mais e só ia sobrar a tristeza que ela já estava sentindo. O abandono.

— Você ama ela? — seus olhos encontraram os dele que estavam frios olhando para seu pai 

— Eu não amo você. — ele a encarou — Nunca amei.

— Então você não merece saber. — ela tentou segurar as lágrimas que deram lugar a soluços

Tudo acabou naquele exato momento, a mentira foi descoberta. Ela nunca foi importante pra ele.

Atualmente

Lucy estava em frente a empresa, já fazia mais de quatro anos que ela não chegava perto deste lugar. A lembrança de seu pai e saber que o homem que a despedaçou estava ali, feliz — não ia durar —, era frustrante.

Ela havia feito uma promessa, nunca mais acreditar em ninguém. Estava ali para ter sua tão merecida vingança, o amor que ela sentia iria usar como ódio para destruir o homem que a destruiu.

Com o pé direito ela entrou, todos da empresa a conheciam, cumprimentava e davam seus pêsames — mesmo que a perda foi a anos atrás —, pois era a primeira vez depois de quatro anos que ela entrava novamente naquela empresa. Ela estava feliz pelo lugar continuar do mesmo jeito que era antes — Adam preferiu não mudar nada.

— Você ainda é a assistente do Adam? — perguntou para uma senhora de 54 anos de cabelos grisalhos — Como vai?

— Sim, senhorita. Estou bem, obrigada por perguntar. E a senhorita, como está? — perguntou Mary

— Bem na medida do possível.

— Sinto muito, pela perda. O senhor Liam era um grande homem.

— Sim, ele era. — sua voz falhou mas ela se recompôs — Adam deve estar preso em alguma reunião importante, certo?

— Sim, mas na verdade é só uma revisão do projeto que ele já finalizou. — explicou — Ele está bem animado com isso, é um grande feito para empresa. Claro, graças a ele.

— Sim, eu fiquei sabendo. Ele é realmente inteligente. — ela sentiu uma nostalgia que precisava expulsar antes que mudasse de foco 

— Quer que eu vá chamá-lo?

— Não, só daqui a dez minutos. Você avisa a ele que estou esperando em sua sala. — Lucy sentiu seu coração acelerar, vê-lo, mesmo depois de todo esse tempo em que ela se preparou, ainda assim, se sentiu frágil só de pensar em estar perto dele de novo — Antes disso, vou dar uma passadinha na sala do meu pai.

— Claro, como quiser. Quer um café ou algo? — Mary se ofereceu para servir 

— Não precisa, obrigada. — disse com um sorriso forçado se afastando dali 

Ela foi em direção a sala do pai, tudo estava limpo, era como se ele só estivesse viajando. Ela tocou na mesa e ficou do lado da cadeira, puxou e ficou de joelhos em frente dela.

— Obrigada por tudo. — lágrimas ameaçaram cair, mas ela segurou — Me desculpe por ter ficado brava com você. Devia ter te escutado desde o início. Eu te amo muito pai.

Na mesa ela viu que ainda tinha uma foto dos dois e também do Adam, ele estava sorrindo, o mesmo sorriso que a conquistou, mas não passou de uma mentira. Não queria ficar emocionada, via as fotos dele basicamente todos os dias e a reação era de dor, mas pessoalmente, ela ainda tinha receio do que poderia sentir.

Não podia sentir, tinha que agir. A repetição dessa frase era sufocante mas necessária, não podia ceder a seus encantos. Se recompôs, Lucy saiu e viu Mary.

— Estava indo falar com o senhor Adam. A senhorita precisa de algo? — perguntou gentilmente 

— Não, obrigada. Estarei à espera em sua sala, diga a ele que é urgente.

Mary concordou com a cabeça e foi em direção à sala de reuniões enquanto Lucy entrou na sala de Adam. Como toda a empresa, aquele lugar estava igual, ali foi onde ela o seduziu a ponto dele errar uma apresentação. Essa lembrança a fez sorrir, era difícil lembrar daqueles momentos porque ela sentia que tudo era possível, sendo que não foi bem assim.

Lucy puxou a cadeira e se acomodou, a mesa estava organizada como sempre. Seu olhar parou em um retrato, uma criança de cabelos castanhos cacheados.

— Seu filho. — foi uma afirmação dolorosa — Não se parece nada com você.  — a criança não tinha nenhum traço dele, principalmente quando pequeno. — será que…? Não.

Ela tentou dispersar essas ideias estranhas que invadiram sua mente e devolveu o retrato, virou a cadeira e começou a olhar os prédios pela grande janela. Ela não podia perder o foco, estava ali para ver ele — não como antes.

Adam estava imerso no trabalho, precisava terminar um grande projeto para o presidente dos Estados Unidos, era uma honra, em meio a tantas empresas de arquitetura, ele foi escolhido por seu excelente desempenho na carreira. Mesmo com a morte do melhor amigo, ele teve que tomar as rédeas e continuar a vida. Em parte, era uma homenagem.

— Alice, devemos rever isso aqui — ele apontou para uma parte do desenho —, essa torre deveria estar mais para o lado direito, assim a sala principal vai estar mais ampla e mais arejada…

— Era exatamente isso que precisávamos. — exclamou Alice, marcando o ponto que devia ser refeito — Sobre as janelas, o que acha? Deveríamos ampliar?

— Então, vai depender muito do… — Adam foi interrompido por uma batida na porta de vidro da sala de reuniões 

— Senhor Adam? — era Mary que vinha a mando de Lucy

— O que ouve Mary? — perguntou, mas ainda dando atenção ao projeto 

— A senhorita, Lucy Lockwood está aguardando o senhor em sua sala. — ela sabia que não podia deixar ninguém entrar, mas ela era filha do falecido dono da metade da empresa — Ela disse que era um assunto urgente, por isso deixei que esperasse em sua sala.

Quando ele entendeu de quem ela estava falando, sentiu todo o seu mundo virar de cabeça para baixo, ele estava tentando viver a vida sem ter ela por perto, mas agora, com certeza ele iria vê-la mais do que o necessário.

Não é como se ele fosse o anjo da história, mas ele a amava. Se ela soubesse o porque ele terminou com ela daquela forma, as coisas seriam diferentes. Tentando se recompor ele olhou para a secretária e tentou pensar em algo para falar mas ele não sabia.

— Posso dizer que o senhor vai poder se reunir com ela em cinco minutos? — opinou, após não ter resposta 

— Claro, eu já vou. — a voz dele saiu mais grossa que o normal

Assim que Mary saiu, ele deu todas as instruções para a equipe e respirou fundo para sair de lá e ficar de frente para a sua sala. Já fazia anos que eles não se viam, ela tinha motivos de sobra para não querer ter ele por perto, mas agora estava ali, a poucos centímetros de distância. 

Ele saiu da sala de reuniões e se viu em frente à uma grande porta de madeira, pensou em bater mas era sua sala, não devia mostrar o quanto tudo isso estava afetando seu ego — se ele ainda pudesse chamar assim. Abriu a porta e trancou com força demais, porém isso não assustou Lucy, que estava sentada de costas para a porta — na cadeira dele.

— Você queria falar comigo? — disse impassível, ele sempre teve controle nos sentimentos, esconder sempre foi fácil, mentir principalmente, e agora não seria diferente.

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