SN nunca imaginou que seu mundo pudesse desmoronar tão rápido. Aquela manhã começou como qualquer outra, com risadas e promessas de amor que pareciam eternas. Mas tudo mudou quando ela descobriu a verdade: seu namorado estava com a sua melhor amiga. O choque foi tão grande que parecia que o chão sumia sob seus pés. Ela sentiu o estômago embrulhar, o peito apertar, e lágrimas queimarem seus olhos.
— Pai… — disse, a voz trêmula e embargada, quando chegou ao escritório do pai, tentando controlar o choro. — Ele… ele estava com a minha melhor amiga… me largou… e… — engasgou, incapaz de terminar a frase.
O pai da SN, um homem sério, de olhar firme e protetor, levantou o rosto do documento que estava lendo. Ele observou a filha, percebendo a dor que transbordava em cada gesto, cada soluço.
— SN… eu já te avisei. Ele não presta. — falou, a voz firme, mas com uma pontada de compaixão. — Você merece alguém que te valorize, que te respeite. Alguém que não brinque com seus sentimentos.
SN sentiu uma mistura de raiva, vergonha e tristeza. Como ela pôde ser tão ingênua? Como alguém que dizia amá-la podia simplesmente descartá-la? E pior ainda, como sua própria amiga pôde trair sua confiança assim? Ela se sentou, segurando o rosto nas mãos, soluçando baixinho.
— Eu… eu não sei mais o que fazer… — murmurou, quase para si mesma. — Eu só quero… esquecer tudo isso.
O pai da SN se aproximou, colocando a mão sobre o ombro dela, firme e reconfortante.
— SN… a vida é dura, mas você é mais forte do que imagina. Às vezes precisamos tomar decisões difíceis para proteger quem amamos — disse ele, olhando nos olhos da filha. — Eu quero te propor algo… algo que vai mudar o seu futuro.
SN levantou o olhar, confusa, ainda com lágrimas escorrendo.
— O que… pai? — perguntou, a voz falha.
— Um acordo de casamento. — ele disse, direto, sem rodeios. — Eu encontrei um homem digno. Ele é confiável, respeitável, e vai cuidar de você. Você nunca o viu, e talvez nunca vá ver antes do casamento, mas é uma oportunidade de garantir sua segurança, estabilidade e um futuro que ninguém poderá destruir.
SN ficou em silêncio, processando cada palavra. A ideia de se casar com alguém que nunca conheceu parecia absurda, quase impossível de aceitar. Mas havia algo no olhar do pai, na firmeza de sua voz, que fazia seu coração hesitar. Era uma chance de recomeçar, de deixar a dor para trás, e, acima de tudo, de se proteger de futuras decepções.
— Mas… e meus sentimentos? E ele… e tudo que aconteceu? — perguntou, tremendo.
— SN, — disse o pai, com paciência e firmeza — você não pode mudar o passado. Mas pode escolher seu futuro. Este acordo não é apenas sobre casamento… é sobre segurança, respeito e a chance de viver sem ser ferida novamente. Eu prometo que estarei ao seu lado, e ele, o homem que escolhi, não vai te machucar.
SN respirou fundo, sentindo uma mistura de medo e determinação. Ela enxugou as lágrimas, endireitou as costas e olhou para o pai.
— Está bem, pai… eu aceito o acordo. — disse finalmente, com a voz firme, embora o coração ainda estivesse inquieto.
O pai sorriu, aliviado, e segurou a mão da filha com carinho.
— Você é corajosa, SN. Este é apenas o começo de uma nova vida. Não se preocupe, tudo vai dar certo.
Enquanto SN saía do escritório, seu coração estava pesado, mas uma chama de coragem começava a brilhar dentro dela. Ela sabia que nada seria fácil, mas também sabia que podia enfrentar qualquer coisa… desde que mantivesse a cabeça erguida. O casamento com um homem desconhecido seria seu primeiro passo em um caminho cheio de mistérios, desafios e emoções que ela ainda não podia imaginar.
E assim, a vida de SN começou a mudar, marcada por promessas, segredos e a esperança de um futuro que ela precisaria construir sozinha — mesmo quando ninguém pudesse ver seu rosto, nem seu verdadeiro coração.
Perfil do Marido da SN
Nome Coreano: Kang Minseok (강민석)
Nome Chinês: Kang Mingze (康明泽)
Idade: 23 anos
Personalidade: Frio, calculista, reservado e extremamente inteligente. Pouco demonstra emoções, mas é observador e atento a tudo ao seu redor. Tem um ar de mistério que intimida quem tenta se aproximar.
História: Criado em uma família tradicional e rica, foi educado para assumir responsabilidades desde cedo. Sempre manteve distância de relacionamentos superficiais, priorizando negócios e objetivos pessoais.
Aparência: Altura média para alta, cabelo preto sempre bem arrumado, olhos escuros penetrantes, pele clara, postura impecável. Tem um ar sério e elegante, que reforça seu comportamento frio.
Hobbies/Interesses: Leitura de livros clássicos e estratégicos, esportes individuais que exigem disciplina (como tênis ou artes marciais), coleciona relógios de luxo.
Relacionamento com a SN: Inicialmente distante e sem mostrar sentimentos, mas é leal e cumpre suas promessas. A princípio vê o casamento como um acordo, mas aos poucos poderá desenvolver interesse ou admiração pela SN, mesmo mantendo seu jeito frio.
Perfil da SN
Nome: SN
Idade: 17 anos
Personalidade: Sensível, determinada e leal. Apesar de jovem, tem maturidade emocional por ter enfrentado traições e decepções. É bondosa, mas aprendeu a se proteger e a ser cautelosa com quem confia.
História: Filha única, sempre foi protegida pelo pai. Após ser traída pelo namorado e pela melhor amiga, aceitou um acordo de casamento para garantir sua segurança. Nunca conheceu seu marido antes do casamento, o que a deixa apreensiva, mas curiosa sobre o futuro.
Aparência: Cabelos castanho-escuros lisos, pele clara, olhos grandes e expressivos que refletem suas emoções. Postura elegante, transmitindo inocência e força ao mesmo tempo.
Hobbies/Interesses: Ler romances e histórias de fantasia, ouvir música suave, desenhar e escrever pequenos diários sobre seus pensamentos e sentimentos.
Relacionamento com o marido: Inicialmente assustada e desconfiada, mas aberta a conhecer o homem frio com quem se casou. Seu jeito gentil e determinado pode, aos poucos, tocar o lado reservado do marido.
SN entrou na sala onde o pai trabalhava, o coração batendo acelerado. Ela respirou fundo e falou, ainda um pouco nervosa:
— Papai… eu acho que… posso casar pelo senhor.
O pai da SN, surpreso com a maturidade da filha, sorriu levemente.
— Ótimo, querida. — disse ele, ajeitando os óculos. — Eu vou falar com meu sócio. Tenho certeza que você vai gostar do filho dele.
SN assentiu, tentando esconder o frio na barriga. Ela sabia que estava prestes a dar um passo enorme em sua vida, mas confiava no pai.
Pouco tempo depois, o pai da SN saiu do quarto para finalizar o acordo de casamento. Pelo celular, ele conversou com o sócio, confirmando cada detalhe e acertando que o casamento seria realizado formalmente, mesmo sem que SN tivesse conhecido o futuro marido pessoalmente. Era um acordo entre famílias poderosas, com tudo planejado para proteger interesses e garantir segurança.
Os dias se passaram rapidamente. SN se preparou para o casamento, ajustando o vestido e arrumando os cabelos, mas no fundo seu coração se enchia de nervosismo e curiosidade. Ela esperava ansiosa pelo momento em que conheceria o marido, embora ainda não soubesse como isso aconteceria.
No dia do casamento, SN chegou cedo ao cartório, com o vestido impecável e as mãos trêmulas. Ela olhava ao redor, esperando ver seu futuro marido entrar, mas ninguém apareceu. Apenas o secretário do marido entrou, curvando-se respeitosamente diante dela.
— Senhorita SN, peço desculpas. — disse ele com tom formal, mas gentil. — Seu marido não pôde vir hoje, ele está fora do país. Em breve, vocês poderão conversar pessoalmente.
SN engoliu em seco, tentando não demonstrar a decepção. A cerimônia prosseguiu. O secretário assinou o contrato de casamento em nome do marido, entregou uma cópia da certidão de casamento para SN e lhe passou um cartão com o contato do marido.
— Aqui está, senhorita. — disse o secretário. — Obrigado.
Após a cerimônia, o secretário fez uma ligação pelo celular, falando com alguém do outro lado:
— O serviço foi concluído. Tudo conforme o combinado. Ela recebeu o contrato, a certidão e o cartão. — disse ele, com firmeza. — Está tudo pronto para os próximos passos.
SN ficou sozinha no cartório, segurando o cartão nas mãos, seu coração misto de curiosidade e ansiedade. Ela sabia que havia acabado de dar o primeiro passo em um casamento desconhecido, e que aquele homem frio, distante e ainda invisível para ela seria parte de sua vida de agora em diante. O mistério, o medo e a esperança se misturavam em seu peito, marcando o início de uma história cheia de segredos, desafios e descobertas.
Enquanto ela deixava o cartório, segurando firme o cartão do marido, SN prometeu a si mesma que faria o possível para enfrentar esse novo mundo — mesmo sem nunca ter visto o rosto do homem que agora era oficialmente seu marido.
Depois que o casamento foi formalizado no cartório, o secretário do marido da SN ligou imediatamente para informar que tudo havia sido concluído. Do outro lado da linha, a voz do marido soou gelada, firme e cortante, como uma lâmina:
— Está feito? — perguntou Kang Minseok, sem qualquer traço de emoção, apenas eficiência.
— Sim, senhor. — respondeu o secretário, curvando-se enquanto falava. — A senhorita SN recebeu o contrato, a certidão de casamento e o cartão de contato do senhor.
Houve uma pausa breve, e a voz de Kang Minseok continuou, ainda mais fria:
— Ela não pode saber sobre nada além do necessário. Nenhum detalhe sobre minha agenda ou minha localização. Entendido?
— Sim, senhor. — respondeu o secretário, firme. — Tudo será mantido em sigilo.
— Ótimo. — disse Kang Minseok, pausando enquanto ouvia o ambiente ao redor, avaliando cada detalhe. — Envie a certidão de casamento oficial pelo correio para meus registros. Certifique-se de que não haja falhas. Quero confirmação quando chegar.
— Entendido, senhor. Vou providenciar imediatamente. — respondeu o secretário. — E quanto ao encontro pessoal? Ela poderá contatar o senhor?
Kang Minseok suspirou, um som quase imperceptível, frio como gelo.
— Não. Por enquanto, nenhuma comunicação direta. Ela terá que esperar até que eu determine. Qualquer tentativa de contato não autorizado será ignorada. Ela precisa entender que nosso acordo não envolve emoções… pelo menos por enquanto.
— Sim, senhor. — respondeu o secretário, mantendo o tom respeitoso e obediente. — Todas as instruções serão seguidas à risca.
A voz de Kang Minseok voltou, firme, calculista, deixando claro o seu controle absoluto sobre a situação:
— Boa. Quero que tudo seja feito de forma perfeita, sem falhas. Ela não deve desconfiar de nada que possa me comprometer ou interferir em meus negócios. O casamento é um contrato, não um relacionamento. Entendido?
— Entendido, senhor. Tudo será mantido conforme suas ordens. — confirmou o secretário, ainda se curvando.
— Muito bem. — disse Kang Minseok, encerrando a ligação de forma abrupta. — Certifique-se de que o cartão permaneça com ela, mas qualquer resposta será analisada cuidadosamente antes de eu decidir se devo atender. Lembre-se: qualquer desvio, por menor que seja, será reportado imediatamente.
O secretário desligou, respirando fundo, ciente da frieza absoluta do homem com quem trabalhava. Kang Minseok, do outro lado da linha, permaneceu em silêncio por alguns instantes, olhando pela janela de seu escritório luxuoso. O ar frio e impassível refletia seu caráter: ele não se permitia fraquezas, nem envolvia seu coração em acordos que considerava puramente estratégicos.
Enquanto isso, SN ainda segurava o cartão em suas mãos, sem imaginar o quão distante e inacessível seu marido era naquele momento. Cada palavra fria trocada entre ele e o secretário reforçava a barreira invisível que a separava dele — uma barreira que ela teria que atravessar sozinha, se quisesse descobrir quem era o homem que agora oficialmente era seu marido.
O casamento existia no papel, mas na prática, era um contrato de silêncio, mistério e regras não negociáveis. E mesmo assim, a curiosidade e a ansiedade de SN não diminuíam. Ela sabia que estava apenas no começo de uma história cheia de segredos, emoções contidas e encontros que poderiam mudar tudo — se algum dia ele permitisse que acontecessem.
SN acordou cedo naquela manhã, os raios de sol entrando pela janela do quarto. Ela desceu as escadas e encontrou o pai tomando café da manhã, concentrado nos documentos à sua frente. Respirando fundo, ela falou com firmeza e um pouco de curiosidade:
— Papai… eu assinei o contrato de casamento. Mas… o marido me deu um cartão de crédito. Posso usar como quiser?
O pai da SN levantou os olhos, surpreso, mas logo sorriu com orgulho da maturidade da filha.
— Sim, querida. O cartão é seu, use com responsabilidade. Mas lembre-se: cada decisão precisa ser consciente. Ele confiou em você, mesmo sem ter se encontrado pessoalmente. — disse ele, tomando um gole de café. — O casamento é um contrato, mas você também precisa aprender a lidar com o mundo adulto e com dinheiro.
SN assentiu, sentindo uma mistura de empolgação e nervosismo. Era um passo enorme, e embora ela ainda não tivesse visto o marido, aquele cartão representava poder, confiança e uma nova fase de sua vida.
Meses se passaram…
Do outro lado, Kang Minseok, o marido frio de SN, ligou para seu secretário. A voz dele era impassível, fria e calculista, cada palavra transmitindo autoridade:
— O cartão foi entregue à SN? — perguntou, direto.
— Sim, senhor. Ela já recebeu e está usando de acordo com as instruções. — respondeu o secretário.
— Ótimo. — disse Minseok, sem demonstrar emoção. — Quero que acompanhe de perto, sem falhas. Ela deve se acostumar com o novo estilo de vida sem problemas.
Enquanto isso, SN estava prestes a descobrir mais sobre o marido — e sobre si mesma. Ela começou a trabalhar na empresa do grupo da família do marido, sem sequer saber que fazia parte do império que ele controlava. Era um mundo novo, cheio de responsabilidades e oportunidades.
Primeiro encontro inesperado
No escritório, em meio à correria do dia, SN tropeçou e acabou caindo em cima de alguém. Ela levantou os olhos, vermelha de vergonha, e percebeu que havia esbarrado justamente em Kang Minseok.
— Desculpa, senhor! — balbuciou, ainda corada, tentando se afastar rapidamente.
O marido, com a voz fria e intensa, gritou:
— SN! Preste atenção onde anda! — disse ele, a frieza na voz cortando o ar.
Ela engoliu seco, sentindo o coração disparar. A primeira aproximação física com o marido tinha sido desastrosa, mas ela não podia deixar de notar o quão imponente e sério ele era.
Um gesto de gentileza
Alguns dias depois, SN caminhava pelos corredores do prédio quando percebeu um senhor idoso passando mal. Sem pensar duas vezes, pegou um copo de água e se aproximou, preocupada:
— Senhor… está bem? — perguntou, ainda toda vermelha.
O idoso sorriu gentilmente e, em tom carinhoso, disse que precisava de ajuda para subir até o elevador.
— Vovô… — murmurou SN, o rosto ainda corado — deixa eu ajudá-lo.
Ela segurou a mão do idoso e o acompanhou até o último andar, falando com cuidado:
— Senhor, sente aqui. O ar condicionado vai ajudar.
O idoso agradeceu e pediu que ela fosse trabalhar antes do almoço, prometendo vê-la novamente mais tarde. SN respirou fundo, tocada pelo gesto, mas com pressa para não se atrasar.
O avô observa tudo
Enquanto SN se dirigia para sua sala, o idoso foi até o neto — Kang Minseok — com passos firmes, mas com um sorriso discreto:
— Vovô… o senhor está bem? — perguntou Minseok, com a voz séria e preocupação contida. — O que aconteceu? Por que está aqui hoje?
— Eu precisava conversar com você. — respondeu o avô, com tom firme, mas acolhedor. — Você passou mal? Toma remédio?
— Vovô… — disse Minseok, suspirando levemente — deixa isso de lado.
O avô sorriu, batendo levemente no ombro do neto:
— Minseok… sobre sua esposa… Quando você vai conhecê-la? Seu pai me ligou e me contou que vocês se casaram… e você ainda não viu a SN. — disse o idoso, olhando nos olhos do neto, transmitindo sabedoria e paciência.
Minseok permaneceu em silêncio por alguns instantes, com o olhar fixo em algo distante. Ele respirou fundo, sua frieza habitual misturada a uma ponta de inquietação. Aquela conversa, embora breve, acendeu algo em seu interior — a ideia de que, cedo ou tarde, precisaria enfrentar não apenas o contrato de casamento, mas também os sentimentos que começavam a surgir, mesmo que relutantemente.
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