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Entre Ódio e Desejo, O Jogo de Dante e Irina

capítulo 01

Olá meninas Aki vai um gostinho de continuação de Irina e Dante é só uma prévia estou com um bloqueio no final de outra obra mais essa está vindo ideia até na hora de lavar louça espero que gostem 🔥❣️.....

12 horas antes da festa de noivado, Irina estava encostada contra a parede de um dos corredores da mansão, com o celular colado ao ouvido. O tom de voz era baixo, mas carregado de firmeza.

— Os explosivos estão prontos? — ela perguntou, direta.

Do outro lado da linha, a respiração do homem vacilou antes da resposta:

— Estão. Tudo no lugar. Mas eu não tô nada confortável com esse arranjo, Irina. Assim que o Dante descobrir que eu estive envolvido nisso... Ele vai me torturar. Em rede nacional do submundo.

Irina revirou os olhos, suspirando com desgosto.

— Deixa de ser frouxo. Cê tá devendo favores demais pra mim pra abrir a boca agora. E já que eu te ajudei a sobreviver ao ataque na Alemanha, não devia estar reclamando de quem ainda tá te mantendo vivo.

Do outro lado da linha, o homem engoliu em seco.

— Tudo bem, tudo bem... Mas faz essa porra direito. Se isso der errado, eu não vou morrer só porque você não aceita seu destino. E sabe que esse seu showzinho vai só deixar aquele psicopata mais obcecado, né?

Irina sorriu, mas era um sorriso que não chegava nos olhos. Frio. Quase cruel.

O homem desligou sem esperar mais resposta. Irina ficou parada por um segundo, olhando pro nada, antes de guardar o celular no bolso do casaco. O jogo começaria em breve.

E ela estava pronta pra incendiar o tabuleiro.

Horas antes da festa – 17h42

Irina já estava pronta. Vestido simples, cabelos presos, maquiagem leve. Ninguém suspeitaria que aquela mulher serena estava prestes a incendiar o império de um dos homens mais perigosos da América. Cada detalhe já tinha sido alinhado dias antes. A equipe do bufê viria mais cedo, e com ela, os aliados que fariam o transporte dos explosivos — escondidos entre caixas de decoração, flores e vinhos caros.

Esses aliados não eram exatamente fiéis. Mas estavam entediados. E uma guerra entre dois monstros da máfia era o tipo de entretenimento que não aparecia todo dia. Ver Irina colocar Dante de joelhos seria, para eles, o espetáculo da década.

Ela terminou de se arrumar, jogou um casaco por cima e pegou o celular. Uma última verificação. O motorista já estava à espera. Ao sair, disse para uma das funcionárias da casa:

— Se alguém perguntar, eu fui checar o champanhe. Acha justo servir coisa barata na minha própria festa?

Enquanto isso, Dante estava no escritório da mansão. A caneta girava entre os dedos, o olhar fixo no copo de uísque. Ele estava inquieto. Irina estava... quieta demais. Não era o estilo dela.

Ele sorriu, aquele sorriso torto, carregado de malícia e antecipação.

— Vai fazer o primeiro movimento, rainha? — murmurou, quase rindo. — Ou vai me obrigar a caçar você?

Ele adorava esse jogo. Ainda mais com ela. Irina o desafiava, o enfrentava, o enlouquecia. E agora ela estava prestes a acender um pavio que colocaria fogo em tudo.

E ele... estava esperando.

capítulo 02

12 horas antes da festa – Escritório de Dante

Irina nem bateu. Empurrou a porta como se fosse dona do lugar — e, na cabeça dele, talvez fosse mesmo. Dante estava sentado à mesa, óculos de leitura sobre o nariz, analisando os números de uma nova remessa de cocaína prestes a atracar pelo mar Báltico. O som dos saltos dela o fez erguer o olhar, mas ele não disse nada.

— Até que você fica bem com esses óculos — ela provocou, encostando na porta. — Mas se fosse um ruivo, ficaria melhor.

Ele ergueu a cabeça devagar, sem tirar os olhos dela. O canto da boca se curvou num meio sorriso preguiçoso.

— Hoje não tem nada que você faça que vá me tirar do sério, Irina.

Ela caminhou até ele com aquele ar de desafio que só ela tinha. Parou atrás da cadeira dele, se inclinou e, antes que ele pudesse reagir, se sentou no colo dele. As mãos dele foram direto para a curvas da bunda dela, firmes, como se ela fosse propriedade. O rosto dele encostou no pescoço dela, e ele respirou fundo ali, como se memorizasse o cheiro.

— Tá animado pro velório de logo mais? — ela sussurrou com sarcasmo.

— Eu não vejo a hora — ele respondeu, a voz rouca. — O cheiro da pólvora fica ainda melhor quando é você quem acende o pavio.

Ela riu, mas se levantou, ajeitando o vestido com a elegância de quem esconde uma granada na bolsa. Se virou para ele e disse:

— Vou sair. Resolver uns detalhes da festa. Volto logo.

Ele arqueou uma sobrancelha, devagar.

— Eu não sou tolo, Irina. Já imagino o que você vai fazer. Mas não vou impedir. Na verdade… — ele se levantou também, aproximando-se sem pressa — eu adoro uma caçada.

Chegou bem perto dela e murmurou:

— Só espero que se esconda bem… porque quando eu te encontrar, não vou te deixar correr nunca mais.

O olhar dela tremeu por uma fração de segundo. Aquela ameaça, dita quase como promessa, cravou fundo. Mas ela se virou sem dizer nada, saindo do escritório com a cabeça erguida.

Dante a observou ir embora, com a língua passando devagar pelos dentes, o sorriso crescendo.

— Que comecem os jogos.

Noite do noivado — Mansão costa

O luxo escorria pelas paredes da mansão. Do hall às escadarias douradas, tudo gritava opulência. Carros importados reluziam na entrada — Lamborghinis, Bentleys, Bugattis. Segurança em cada canto, mas sem excesso. Afinal, era uma noite de celebração. Uma noite histórica.

A elite inteira estava ali. Empresários, políticos, influenciadores, mafiosos de terno sob medida. E todos sabiam o que estavam presenciando: um dos solteiros mais cobiçados do país, Dante costa, estava noivando. Oficializando uma aliança entre duas das máfias mais perigosas e influentes do continente.

Era um evento tão estratégico quanto simbólico.

Dante circulava pela festa com a naturalidade de quem domina o jogo. copo de uísque na mão, cumprimentando aliados, flertando com inimigos. Ria fácil, mas os olhos não sorriam. Já sabia que Irina tinha ido. Que a rainha fez sua jogada. E ao invés de se irritar... ele deixou.

Ela queria brincar? Ele também.

Deixa ela pensar que pode fugir, ele pensou. Isso virou uma brincadeira. Um passatempo com gosto de sangue.

Amor? Não. Dante não amava. Homens como ele não sabiam o que era isso. Mas obsessão? Possessividade? Isso corria nas veias. E com ela… era diferente. Irina mexia com ele de um jeito que ninguém jamais ousou.

Ela era fogo. E ele? Um poço de gasolina, prestes a explodir.

Na varanda da mansão, ele parou por um instante, olhando as luzes refletirem na piscina. E lembrou. Aquele loiro do noivado de Nikolai. Irina o levou só para provocá-lo. Sorrisos, toques, olhares.

Idiota.

O corpo do garoto foi enterrado em caixão fechado. Dante fez questão de arrancar as mãos e o cabelo antes — mandou os fios tingidos de loiro num embrulho de veludo para Irina, com um bilhete escrito à mão:

“Já que gosta tanto de loiros… pode fazer uma peruca.”

Ela nunca respondeu. Mas ele sabia que ela entendeu o recado.

Agora… era a vez dela entender de novo. Que pode correr, fugir, explodir o mundo se quiser — mas no fim das contas, ela ainda é dele.

E quando a bomba explodisse naquela festa, a caçada de verdade começaria.

capítulo 03

Irina recostava-se no assento de couro macio do jatinho particular alugado, as pernas cruzadas com elegância, uma taça de champanhe gelada entre os dedos. Um sorriso lento se formava nos lábios enquanto, na mente, ela já via as explosões iluminando a noite — como fogos de artifício feitos só para ela.

A sensação de que a partida inteira estava sob seu controle pulsava dentro dela.

Mais cedo, antes de embarcar, tivera um encontro com Selena. Até tentou fazê-la mudar de ideia, evitar que se envolvesse… mas algo dentro de Irina gritava mais alto. Um instinto teimoso, feroz, quase primitivo. Não queria recuar. Não queria ceder. Não queria, principalmente, se rebaixar às ordens de homens que acreditavam que, por serem homens, podiam ditar o destino de todos.

A mãe dela sempre foi o exemplo perfeito de uma mulher de poder. Calma, estratégica, com uma paciência que parecia infinita — mas que sabia quando atacar. A mãe vinha de uma linhagem onde, na terceira geração, não havia herdeiros homens. Isso nunca foi um problema: as mulheres ali tinham voz, e uma voz que ecoava alto.

Irina lembrava com nitidez das palavras dela, desde pequena:

"A mulher precisa ser sábia… mas também não pode engolir tudo o que um homem quer enfiar goela abaixo só para lhe agradar."

Já o pai… era outra história. Um homem explosivo, de sangue quente, que agia primeiro e perguntava depois. E olhando agora para sua própria determinação, Irina reconhecia: herdara muito mais dele.

Um leve brilho de malícia atravessou seu olhar enquanto girava a taça, observando o líquido dourado se mover.

— Dante… — murmurou, quase como se saboreasse o nome. — Vai ter que lutar muito pra me dobrar.

E no fundo, ela já sabia: ele adorava um desafio.

Mancão Costa.

O salão ainda tremia com o eco distante das explosões, convidados em pânico correndo para todos os lados, gritos e ordens misturados com o som abafado de sirenes ao longe. No meio do caos, um dos soldados mais próximos de Dante se aproximou, ofegante, o suor escorrendo pelo rosto.

— Senhor… o que vamos fazer? — perguntou, tentando manter a voz firme.

Dante virou o rosto devagar, e o que o soldado viu não foi o sorriso de um homem calmo e calculista… mas o de um louco obcecado, um predador que acabara de encontrar a caça perfeita.

— Vamos dar… quarenta e oito horas pra minha adorável noiva — disse ele, saboreando cada palavra como se fossem vinho raro. — Deixem ela acreditar que está na vantagem. Cubram esse incidente, não deixem vazar que foi a noiva fujona. Façam parecer um atentado qualquer… e nada, absolutamente nada, respinga nela. A reputação dela… — ele fez uma pausa, os olhos escurecendo — …deve se manter intacta.

O soldado assentiu rapidamente e saiu para cumprir a ordem.

Dante, então, ficou sozinho no meio do salão parcialmente destruído. Olhou para os lustres ainda balançando, para o chão manchado de estilhaços e para as portas abertas por onde os convidados haviam fugido. Um riso baixo escapou, se transformando em algo mais sombrio.

"Irina… você nem imagina o que eu tenho guardado pra você."

E sorriu. Um sorriso que não prometia amor… prometia a caçada da vida dela.

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