7h30 da manhã – Café do Centro
Ana Monteiro, 19
Ana, 19 anos
Ana Monteiro, divertida, atrapalhada e cheia de energia, teve sua vida virada do avesso após uma grande decepção: descobriu que seu namorado, Jason, havia traído-a com sua própria irmã, Nora. Ao confrontá-los, sua família se recusou a apoiar sua decisão de terminar o relacionamento, insistindo que ela deveria perdoar Jason e “manter as aparências”.
Cansada da hipocrisia e determinada a viver por si mesma, Ana decidiu cortar todos os laços e começar uma vida simples e independente. Ela passou a trabalhar cedo, morar em uma pensão modesta e enfrentar os desafios da vida adulta com coragem, humor e um charme natural que conquistava todos ao seu redor, mesmo nos momentos mais atrapalhados.Com seu uniforme azul claro e avental branco, corria pelo pequeno café, tentando organizar pedidos e café fresco. Seus tênis brancos deslizavam sobre o chão de madeira, e ela quase derrubou uma bandeja cheia de xícaras.
— Socorro! — murmurou, rindo de si mesma, enquanto equilibrava a bandeja.
Do outro lado da porta entrou Maximilian Alves, 35 anos,
charmoso, sério e confiante. Homem de rotina impecável e grande autoestima, Max parecia sempre ter tudo sob controle. Mas por algum motivo, ele sempre se deixava cativar por situações inesperadas — e naquele dia, era Ana que traria caos à sua manhã. Ele vestia camisa branca impecável e calça escura elegante, os sapatos polidos refletindo sua personalidade organizada e meticulosa.
— Ai! — gritou Ana, tropeçando no cabo do aspirador que usava para limpar o chão. A bandeja quase caiu.
Max rapidamente estendeu a mão, segurando-a antes que se chocasse contra o balcão.
— Está bem? — perguntou, sério, mas com um leve toque de humor.
Ana corou, surpresa com a postura dele:
— Estou… sim! Só um pouco atrapalhada, como sempre!
— “Sempre”? — Max arqueou uma sobrancelha, tentando não rir.
No instante seguinte, a bandeja escorregou de suas mãos. O café voou pelo ar e caiu em cima do sapato de Max, que manteve a calma surpreendentemente.
— Desculpe! — Ana gritou, horrorizada.
— Sem problemas — respondeu Max, limpando o sapato com uma toalha que estava por perto, ainda sério, mas com um leve sorriso contido.
A situação, completamente atrapalhada, gerou risadas ao redor do café. Ana ficou envergonhada, mas não conseguiu evitar sorrir ao perceber que Max, mesmo sério, estava lidando com o caos de forma… impressionante.
— Acho que você tem um talento natural para confusão — disse ele, olhando-a nos olhos.
— E você tem paciência demais para estranhos — respondeu Ana, rindo nervosamente.
Pensando na rotina
Ana .acordou ainda lembrando do encontro com Max. Seu coração acelerava só de pensar naquele olhar intenso e na paciência dele com suas trapalhadas. Vestiu uma camiseta branca com uma estampa divertida, jeans claros e tênis rosa. Pegou a mochila meio desorganizada, e com um suspiro, correu para o café, atrasada novamente.
No caminho, trombou com a amiga Lívia, que segurava uma sacola cheia de livros.
— Ana! Você vai perder a hora de hoje! — disse Lívia, rindo.
— Eu sei… eu sei… mas a vida é uma comédia, lembra? — Ana respondeu, tentando recuperar o fôlego.
– Café do Centro
Ao chegar, o aroma de café fresco e pão quente a envolveu. Max estava lá, sentado à mesa do canto, lendo um jornal. O blazer escuro combinava perfeitamente com a gravata azul, e os sapatos de couro brilhavam sob a luz do café. Ana quase parou, o coração batendo rápido.
— Bom dia, Ana! — Max disse, erguendo a mão num gesto discreto.
— Bom dia… — gaguejou Ana, tropeçando no próprio avental.
Ela tentou carregar a bandeja de forma mais cuidadosa, mas uma pequena confusão aconteceu: o café derramou levemente sobre o balcão. Max apenas sorriu, e um sorriso tímido surgiu no rosto de Ana.
— Você sempre consegue transformar um café em espetáculo — disse ele, brincando.
— Só estou testando seus reflexos, Max! — respondeu Ana, rindo alto.
A química entre os dois era visível para todos no café. Clientes observavam, mas nenhum deles conseguia desviar os olhos da interação divertida e encantadora. Cada gesto, cada tropeço, fazia Ana mais próxima dele e Max mais intrigado.
– Amizades e confusões
Enquanto Ana servia outro pedido, Lívia entrou e começou a conversar sobre planos do fim de semana. Ana tentava prestar atenção, mas não conseguia parar de notar Max ajustando a gravata, os olhos sempre discretamente voltados para ela. Cada gesto dele despertava uma mistura de nervosismo e encantamento.
— Ana, você está… diferente hoje — disse Max, quase sem querer, mas com sinceridade.
— Diferente? Eu? — Ana perguntou, tentando disfarçar, corando.
Naquele momento, Ana percebeu que cada dia com Max poderia ser uma nova confusão divertida, cheia de charme, risadas e tensão. Uma amizade — ou algo mais — começava a nascer entre tropeços, cafés derramados e sorrisos tímidos.
Ana A. ainda não conseguia acreditar que Max a lembrava pelo nome e, de alguma forma, parecia notar cada mínimo detalhe dela — desde a forma como ela mexia nos cabelos até o jeito desastrado de equilibrar bandejas. Hoje, vestia um vestido amarelo claro, solto e leve, que combinava com seu humor divertido, e tênis brancos que insistiam em escorregar a cada passo.
Enquanto tentava organizar as mesas, trombou com Lívia, que segurava um bolo recém-assado.
— Ana! Cuidado com os clientes! — disse a amiga, rindo.
— Eu sei… eu sei… — respondeu Ana, e no mesmo instante esbarrou em alguém.
Max estava atrás dela, elegante como sempre, e conseguiu segurá-la antes que caísse. Mas o momento se transformou em caos: Ana, completamente sem jeito, acabou esbarrando no braço dele, fazendo o bolo voar em direção ao chão… e ao próprio Max.
— Ai… me desculpe! — gaguejou Ana, olhando para a confusão, ruborizada.
Max olhou para a própria camisa branca, agora coberta de creme e pedaços de bolo, e suspirou com aquele tom sério que parecia irritantemente imperturbável.
— Perfeito… — murmurou, olhando para Ana. — Sempre imaginei que café da manhã envolvesse café, pão e jornal… não cobertura de chocolate e desastre ambulante.
Ana não conseguiu conter a risada.
— Acho que você deveria agradecer, Max… acabei de testar sua paciência! — disse, sorrindo e tentando ajudar a limpar a bagunça.
Max se abaixou com elegância, limpando delicadamente os sapatos e a calça, sem perder a compostura, mas cada gesto carregava um toque de sarcasmo que Ana adorava:
— Impressionante. Você consegue transformar cinco minutos de trabalho em um espetáculo digno de Hollywood.
Ela riu ainda mais, sentindo o peito acelerar. Cada pequeno desastre dela parecia cativar Max de uma forma que ninguém mais conseguia. E mesmo com a gravata torta, a camisa suja e o sapato manchado, ele permanecia sério, elegante e irresistível — um contraste delicioso com o caos dela.
Enquanto os clientes olhavam e riam discretamente, Ana percebeu que aquele encontro desastroso era exatamente o tipo de momento que ficaria gravado em sua memória. Entre tropeços, risadas e olhares de cumplicidade, ela e Max pareciam presos um ao outro por algo invisível, engraçado e irresistível.
— Então… você vem sempre causar catástrofes por aqui? — perguntou Max, finalmente com um leve sorriso, limpando a última mancha do sapato.
— Só quando quero impressionar o meu público favorito — respondeu Ana, piscando para ele.
E assim, entre confusões e sarcasmo, a química deles se tornava cada vez mais impossível de ignorar.
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