NovelToon NovelToon

KinnPorsche

Protagonista dessa cena: Porsche e Jom

Atirei o saco de lixo na lixeira e estava prestes a fumar quando ouvir um estrondo no beco do bar onde trabalho, tinha de cinco à (seis) homens atacando alguém que estava no chão indefeso, seus punhos e pés batiam nele sem parar.

Virei as costas apertado minha mochila e continuei fumando meu cigarro, fingindo que não ver o que estava acontecendo. Já estou familiarizando com esse tipo de coisa sempre acontecia no corredor escuro de trás do bar

— Que merdinha difícil — alguém gritou.

Suspirei andando até a frente as portas do fundo, trancado

já tinha terminado meu trabalho de meio período como

Barman e só queria ir para casa.

A essa hora, os nossos clientes estavam começando a diminuir, alguns Estava à espera dos seus carros, outros estavam indo atrás de mulher que ficava esperando os seus clientes na entrada e uma pequena parcela estava sendo corajosa o suficiente para passar pelo beco escuro do bar, como o homem estava sendo espancado.

Embora eu não seja um homem horrível, também não era o tipo de pessoa que se intrometia nos negócios dos outros, não queria me meter com eles, especialmente com os que estava atrás de mim, que para o meu azar começara a me xingar, mas eu não me importei.

Só pelo fato desse cara está apanhando, tenho certeza de que ele fez alguma coisa.

.

— me soltem!

Joguei o restinho de cigarro, esticando meu braço dormente, planejando ir embora, olhei para trás mais uma vez para o homem miserável que tentava lutar por sua vida e sacudi a minha cabeça.

Estava preste apegar a maçaneta da porta quando uma mão trêmula segurou a bainha da minha camisa. — me ajude! — sua voz rouca me chamou.

Quando olhei para baixo, meus olhos encontraram seu rosto coberto por sangue, seu nariz e boca tinha sangue escorrendo, me deixando assustado com o estado do rosto dele, que mesmo com todo aquele molho vermelho parecia bonito.

Com a fraca luz do corredor, notei que ele era jovem.

— Ei! venha aqui! — Um dos homens da gangue gritou andando a passos largos, agarrado o homem pelo colarinho da camisa.

Olhei para o homem que pediu ajuda novamente, ele estava em apuros, meu coração apertou e então decidi poxa-lo para trás do meu corpo.

— calma, irmão.— eu disse calmamente, notei que ele era mais velho devido ao bigode cobrindo seu rosto.

Por que eles estão batendo em uma criança? Se você olhar para o cara que estou segurando o braço, nos temos a mesma idade, e só de olhar para suas roupas, tenho certeza de que ele é rico pra caramba!

Foi quando uma lâmpada acendeu em minha cabeça.

Eu o puxei de volta daquele bastardo e o coloquei atrás de mim, olhei para a gangue na minha frente e eles me olharam de volta perigosamente. — Se você não quer machucar, pare de ficar no meio e nos devolva o garoto. Hesitei um pouco antes de responder. — E se eu não tiver afim?

— Estou te avisando, solte—o! — grito ele. Perceber que o que estava acontecendo não era da minha conta, e que eu ainda tenho um irmãozinho me esperando em casa, fiquei sem palavras. Eu estava em dúvida no que deveria fazer quando me lembrei do rosto machucado do homem, confesso que fui um pouco insensível, como disse antes, eu não sou do tipo que ajuda qualquerExceto ser que eu ganhe algo em troca. — Me ajude e eu vou te recompensar com muito dinheiro. — O homem murmurou perto do meu ouvido,e eu zombei, ele acredita que tudo pode se resolver com dinheiro.

Como ele ousa tentar me comprar assim?

— Quanto? — perguntei.

No fim, é claro que dinheiro pode me comprar em momentos de necessidade.

— Cinquenta mil é o suficiente? —

Com sua pergunta coloquei minha mochila no chão, estalei os nós dos meus dedos fazendo um som de crack e estiquei um pouco meus músculos do pescoço e braços.

Isso seria o suficiente para pagar a taxa de matrícula do meu irmão, é óbvio que eu iria ajudar. — Fechado. Se você voltar atrás com sua palavra eu te mato. — Eu disse antes de ver um dos gângsters pegar um pedaço de madeira e tentar bater na minha cabeça, mas meu reflexo é melhor do que o de todos eles juntos.

Chutei um dos homens na mandíbula, conseguindo o tirar do caminho.

Um a menos.

Outro se aproximou, mas eu fui rápido em dar uma voadora em seu estômago, os outros seguiram seu exemplo, mas ninguém conseguiu pôr as mãos no garoto.

Sendo um campeão de artes marciais desde o colégio, já derrubei muita gente e usei todo meu conhecimento e habilidades para proteger aquela pessoa atrás de mim.

Agora eu que virei o alvo, eles se revezavam para me socar.

Alguns acertaram meu rosto e eu sorri ao sentir o gosto do sangue em minha boca, isso não vai ser o suficiente para me derrubar, seus filhos de uma puta!

Eu conseguia contra—atacar, soco atrás de soco e chute atrás de chute.

Quando finalmente todos os gângsteres estavam caídos e grunhindo no chão, peguei minha mochila e agarrei o maldito garoto que estava sentado perto da lixeira segurando seu estômago. Eu olhei para trás e vi que os gângsteres estavam vindo atrás de nós.

— Onde estamos indo? — perguntou ele, enquanto ainda segurava o estômago.

— Não sei. — respondi, pegando a mão dele colocando ao redor da minha cintura, enquanto ele relutava olhando pra trás vendo os idiotas correrem em nossa direção.

Me certifiquei de que ele estava segurando firme, não posso deixar ele cair e ficar sem pagar pelos meus serviços.

Liguei o motor e acelerei a todo vapor, olhei para trás e alguns ainda nos seguiam, mas nos perderam de vista quando virei na estrada principal.

Acelerei sem olhar para trás, eles podem pegar um carro e nos alcançar se não conseguimos nos afastar o suficiente.

— Obrigado. — A voz rouca disse atrás do meu ouvido e eu senti um arrepio na espinha, consigo sentir sua cabeça pesada em meu ombro, ele deve estar muito machucado.

— Não me agradeça ainda. — Falei olhando para trás pelo espelho da moto, soltando um suspiro quando tenho certeza de que estavamos longe o suficiente e ninguém estava atrás da gente.

— Eles não vão mais nos seguir. Novamente, obrigado. — A figura alta atrás de mim disse, sua cabeça e seu corpo estavam totalmente apoiados em mim.

Tive medo que ele desmaiasse, então segurei suas mãos com minha mão direita, pra ter certeza que ele estava segurando firme e não iria cair.

— Me segure com força ou eu vou morrer. — Sua voz de repente ficou suave e profunda, sem aquele tom rouco.

Senti seus dedos segurarem a barra da minha camisa. — Obrigado. — Ele disse outra vez.

— Cinquenta mil. — Eu disse, olhando—o pelo espelho da moto e ele concordou com dor, ajustando a posição em que se sentava.

— Vamos para minha casa, assim eu posso te dar o dinheiro.

Pensei por um momento.

E se esse garoto for um traficante de drogas ou um membro da máfia? Eu estaria morto antes mesmo de segurar o dinheiro!

— Não fique assim, não estou tentando te enganar para te matar. — Como se estivesse lendo meus pensamentos, o garoto olhou diretamente para o espelho sorrindo para mim.

— Quem me garante?

— Eu pareço um criminoso para você?

— E se você for parente de algum capanga como aqueles bastardos de antes?

— Hehe. — Ele sorriu com uma expressão de dor.

Tô vendo que vou me ferrar.

Falei para ele que iria parar em um posto de gasolina próximo e que ele poderia pegar um táxi para casa.

— Perdi meu celular e minha carteira.

— Ei! Seu mentiroso! Como pôde me enganar? Eu devia te bater até a morte! — Virei meu rosto para ele que ainda estava sentado no banco de trás.

— Oh, você pode ficar com isso, vale muito mais que cinquenta mil. — Ele disse tirando o relógio.

— Como vou saber que não é falso?

— Então devolva. — Inspecionei o relógio e mesmo estando sujo, dava para ver que foi lindamente trabalhado e vendido por pelo menos uns cem mil.

— Okay, pode descer agora, mas se você me enganar, eu vou atrás de você e te como na porrada.

— Espere um pouco, pode me emprestar seu celular? Deixe—me ligar para meu pai.

Okay, agora você pode me chamar de completamente paranóico, e se ele fugir com meu celular?

Mas, a julgar pelo seu estado deplorável, me pergunto se ele pode correr de mim.

— Que incômodo. — murmurei antes de entregar meu celular para ele.

Ele digitou alguns números e logo veio uma resposta do outro lado da linha, ele realmente ligou para o pai, escutei ele pedindo para que alguém viesse buscá—lo onde estamos.

E se eu lhe dissesse que o levaria para o hospital, mas adicionaria mais trinta mil, ele iria aceitar?

— Obrigado outra vez, mesmo que você seja sedento por dinheiro. — Fingi não me importar com o que ele estava dizendo.

Uma pessoa tem que fazer o que for preciso para sobreviver.

— Nós estamos na mesma faculdade, qual seu nome?

— Como você sabe disso?

— Sua camisa.

Percebi estar usando meu uniforme com minha roupa do trabalho que agora estava vermelha.

— Qual seu nome? — Ele respirava com força ficando difícil de falar, eu queria dizer para ele parar de falar e guardar suas forças para esperar sua escolta.

— Por que? Está esperando por eles para me bater? — Levantei uma sobrancelha.

— Não, você não pode apenas me dizer seu nome? — Ele continuou perguntando.

— Por que? Para você escrever na parede e me glorificar?

— Se você não quer, devolva meu relógio e venha comigo para minha casa pegar o dinheiro.

— Jom, meu nome é Jom. — Ele me olhou por um momento antes de virar as costas e ir andando meio vacilante para longe de mim.

Me pergunto quem é ele e o que estava fazendo com aqueles homens, mas apenas dei de ombros, não é mais da minha conta.

Coloquei meu capacete e fui para casa.

Unindo corações através de histórias — Obrigado por explorar o mundo do BL conosco.

protagonista dessa cena Porsche e Jon

— Alguém está falando mal de mim, desde ontem a noite não consigo parar de espirrar, shia! — Jom espirrou outra vez colocando sua xícara de café na mesa de mármore, nós estávamos na frente do prédio de Ciência do Esporte, e eu constantemente o olhava pedindo desculpas mentalmente.

Eu fiz algo.

Menti e dei seu nome ao invés do meu para aquele homem ontem, claro que eu não confiaria em um completo estranho tão fácil, especialmente depois do que aconteceu, quem se arriscaria em dar seu verdadeiro nome?

Também peguei seu relógio e o troquei por cem mil, facilmente posso negar meu nome se ele tentar vir atrás de mim.

Lembrei do que ele me disse ontem. "Se algo acontecer com meu relógio, você estará morto."

— O que você está olhando idiota? — Um bastardo perguntou, enquanto sentava ao meu lado e de Jom. Era Tem.

Eles são os únicos amigos que tenho, meus melhores amigos, mesmo eu sendo bonito com um rosto refrescante, não sou do tipo amigável com qualquer um, especialmente com quem não conheço.

Eu mal mostro meus sentimentos e eles já assumem que sou uma pessoa fria, talvez seja por causa da tatuagem japonesa de flores de cerejeira no meu braço esquerdo.

Só esses dois bastardos ficaram do meu lado até agora.

Nós estamos no nosso segundo ano em uma das melhores universidades do país, se não fosse pela bolsa de atleta, cara, eu não estaria estudando aqui.

Eu estudo de graça. Ser campeão de taekwondo e representante da nossa escola, fez minha vida mais fácil para me candidatar a uma bolsa de estudos.

— Se terminarmos nosso trabalho mais cedo, Porsche, podemos visitar o clube? — Jom que mexia em seu celular disse.

— Antes de pensar em beber, me ajude primeiro. — Tem falou, ele estava fazendo tudo sozinho. Por outro lado, eu não quis me meter, não tenho intenção nenhuma de ajudar.

— Bem, quando terminar nós vamos, okay? — Jom não desistiu da ideia de visitar o clube onde trabalho, eles costumam ir para lá se divertir porque são tão próximos da dona quanto eu.

— Okay, nós vamos.

Jom parou de mexer no celular e os dois começaram a trabalhar mais rápido no relatório com Jom perguntando a cada três minutos se nós estávamos terminando.

Quanto a mim, eu fiz o que podia sem colocar muito esforço.

•••

Nós três estavamos sentados de frente para o barman do "The Root Club", o bar da minha chefe. Troquei minha roupa para o uniforme de trabalho, pronto para ficar com eles quando estivesse livre.

— Nong Porsche, alguém pediu para que você preparasse uma bebida. — A mulher tagarela de meia idade me fez sorrir, aceitando o papel fino com o pedido escrito nele e preparo o drink.

Sou bem próximo da minha chefe Jae Jade, uma mulher trans que estava vestida em uma roupa tradicional chinesa de ano novo em diferentes cores que ela usa o tempo todo.

Isso é o que eu realmente quero fazer, me tornar um barman, mas eu ainda tenho um longo caminho pela frente.

Geralmente ganho muita gorjeta, especialmente das clientes femininas, muitas apenas sentam e ficam me olhando durante a noite toda.

Às vezes, eu fico com algumas delas e as levo secretamente para o hotel, mas só quando eu gosto muito da garota.

Por exemplo, essa mulher que estou servindo coquetéis, veio com três amigos. Sem querer me gabar, mas ela continua olhando para mim como se eu fosse uma iguaria.

— Meu nome é Vivi, quando tiver um tempo livre pode me ligar. — Como esperado, ela escreveu seu número em um pedaço de papel e deu para mim. Eu apenas respondi com um pequeno sorriso e coloquei o papel no meu bolso.

— Me pergunto com quantas você vai transar essa noite. — Jom disse enquanto eu caminho e sento minha bunda na cadeira ao seu lado.

— O que? Nem escureceu direito e já tem alguém tentando atacar você? — Jae Jade disse, colocando seu braço ao redor do meu.

Se fosse outra pessoa transgênero ou gay eu teria tido arrepios e ficado com nojo, mas a Jae é diferente, ela é gentil e sempre esteve ali para mim e meu irmão.

Quando fico sem dinheiro para pagar a mensalidade do meu irmão Che, ela é sempre a primeira a oferecer ajuda. Venho trabalhando aqui por anos, mesmo que tenha feito 20 anos dois meses atrás, Jae me deixou trabalhar meio período.

Antes eu era apenas um garoto caseiro, ajudo a manter o clube limpo e arrumado. Depois da escola ajudo a limpar o chão antes do clube abrir e antes de fechar limpo o chão novamente, arrumo as mesas e cadeiras deixando tudo organizado.

Até eu ser promovido e virar garçom, porque Jade disse que os clientes ficariam viciados em mim e na minha boa aparência.

— Sim, Jae, você tem que se preparar, todos os olhos neste clube estão de olho no seu garoto. — O bastardo do Tem disse.

Jae fez biquinho deitando a cabeça no meu ombro, não pude deixar de rir de vergonha, tomando um gole do copo de bebida.

A noite era uma criança e o clube estava começando a encher de clientes, mas eu não estava muito ocupado.

Me lembro do meu pai, ele abriu vários negócios, mas faliu. Ele morreu junto a minha mãe em um acidente de carro, os negócios foram confiscados e o banco nos deixou cheios de dívidas, a única coisa valiosa que meu irmão e eu temos é a casa onde moramos atualmente.

E tem o irmão do meu pai, Athie. Ele ficou viciado em jogos de azar e nos arrastou para suas ruínas.

— Você realmente vai ser o marido da Jae, ein? Nunca te vi com uma namorada. — disse Jom.

— Hehe, eu mal consigo sobreviver sozinho, por que eu iria querer procurar alguém para cuidar? — Eu ri de sua piada besta.

— Você pode encontrar alguém que cuide de você bobinho. — Tem disse, inclinando a cabeça para o lado onde tinha um grupo de homens bonitos sentados no canto. — Eu vi ele te olhando há um bom tempo.

— Quer levar um chute na cara? — Tentei o chutar por baixo da mesa.

— Tanto faz, ele deve estar afim de você, e parem de olhar, estamos ficando óbvios. — Jom disse, e todos tentamos olhar para lugares aleatórios.

— Sim, realmente, você é bonito, se veste bem e tem uma tatuagem legal também. — Tem continuou me provocando, fazendo eu jogar gelo nele.

— Se Porsche fosse gay, e eles acabassem juntos, eles provavelmente teriam um cachorro com a cara da Jae Jade.

Jom riu alto fazendo Jae bater na cabeça dele.

— Ugh, vocês só falam merda. — Ela disse e foi para outra mesa atender os clientes.

— Olhem! Ele não estava olhando para Jae, ele claramente tá muito na sua, Porsche! — Jom exclamou.

Eu olhei para a mesa desconfortável, esse é o tipo de coisa que mais odeio.

Quando homens gays entram no clube e ficam me encarando como se eu fosse um pedaço de carne. Alguns até escrevem seus números e mensagens, falam comigo, me provocam e eu não posso fazer nada. Apenas dou um sorriso, tentando não me importar, eu sei do que eu gosto e eu não sou como eles.

— Olha as marcas que eles estão vestindo, se você dizer sim para ele pode ter uma vida melhor. — Tem disse.

— Se você não parar, eu vou te arrastar para trás do clube e te encher de porrada. — Eu disse suavemente, mas com um tom perigoso na voz.

— Ohoi, só estava brincando! Olha, aquela senhorita que você serviu antes está te chamando, vai lá!

Andei até Vivi que me chamou parecendo querer pedir mais alguma coisa, lhe ofereci um sorriso me inclinando para falar com ela.

— Onde fica o banheiro? — Ela disse tão próxima que nossos rostos estavam quase se tocando, seus dedos acariciavam minha mão em cima da mesa.

— Vá direto por ali e vire a direita. — Apontei para a direção do banheiro, mesmo sabendo o que ela realmente quer, fingi inocência.

— Pode me levar até lá? Estou com medo de me perder.

É isso.

Concordei e fui na frente, e como o esperado a mulher não conseguiu se segurar mais me puxando para um canto escuro do clube ao lado do depósito.

Ela se inclinou para me beijar empurrando meu corpo contra a parede, seus lábios cheios de luxúria estavam me esmagando e apertando ao mesmo tempo.

Aqui nesse canto escuro do clube é bem comum de coisas assim acontecerem, então nem me surpreendi muito, pessoalmente, uso frequentemente esse canto para algumas "atividades extras" durante a noite quando fico com fome.

Minha mão grande apertou seus seios fartos e em seguida levei a outra mão para desfivelar meu cinto e abrir o zíper da calça. Meus pulmões se enchiam de excitação, mas antes que eu conseguisse colocar as calças para baixo escutei um barulho alto de algo quebrando.

— Porsche, venha rápido! Algo muito ruim está acontecendo! — Um garçom novato correu na minha direção, com o rosto aterrorizado.

— O que está acontecendo? — Falei enquanto afivelava o cinto de volta, Vivi arrumava o vestido parecendo confusa.

— Vamos lá!

Corri atrás do meu colega de trabalho, encontrando o clube bagunçado e destruído, mesas e cadeiras reviradas e clientes correndo para fora.

Cacos de vidros e garrafas estavam espalhados pelo chão, tinha mais de 10 homens vestidos de preto se recusando a parar.

Jae tentava negociar, mas eles não pareciam estar se importando, corri até Jae que tinha dois amigos e um funcionário chorando, olhei para o homem na minha frente e rapidamente o reconheci.

Assim que ele me viu correu imediatamente atrás de mim para me atacar, felizmente, meus pés eram mais rápidos que suas mãos, pulando em seu peito o fazendo cair sobre seus pés.

Como eu poderia não reconhecer os homens que lutei noite passada?

Não esperei eles virem atrás de mim, me lancei para frente os dando socos e chutes. Vi meus dois amigos se juntando a briga também, Jae pegou uma cadeira e também veio ajudar, transformando a delicada dama em um bandido perigoso.

— Viemos aqui nos vingar, seu filho da puta! — disse o homem que eu socava o rosto.

— Bom, você é um moleque. — sorri de canto lhe dando outro golpe.

O homem cambaleou um pouco, mas isso não o parou de pegar uma garrafa e quebrar em uma mesa com um sorriso demoníaco no rosto. Ele veio para cima de mim tentando me cortar com aquilo, mas o que ele poderia fazer comigo se sou dez vezes mais rápido que ele? Desviei habilmente o deixando enfurecido.

Ontem, esqueci que eles provavelmente saberiam que trabalho aqui, mas quem não saberia? Eu estava jogando lixo e fechando a porta do clube.

Que estúpido da minha parte, ajudei um idiota e olha no que me meti.

Eu não tenho medo dos bandidos, mas estou com medo por Jae e os outros, especialmente, porque quem vai pagar pelo prejuízo de toda essa comoção sou eu.

— Você é realmente muito bom. — Ele disse tocando sua mandíbula, ele não desistiu mesmo depois de ter levado vários chutes.

— Obrigado pelo elogio. — Eu disse sorrindo.

Tentei chutar sua perna, mas alguém prendeu meus braços por trás me deixando encurralado, porém, continuei confiante de que não vou ser derrotado, posso encontrar um jeito de me livrar dessa situação.

O imbecil sorriu, se aproximando devagar em minha direção com a garrafa quebrada na mão quando de repente…

— Parem! — Uma voz veio da entrada do clube, todo mundo se virou na direção daquela voz familiar.

— Kinn, seu maldito! — Um dos homens amaldiçoou.

Todos os olhos estavam no homem jovem vestido de preto, seu cabelo brilhava nas luzes do clube e seu rosto bonito ainda tinha alguns arranhões da briga de ontem. Seus olhos dispararam em minha direção e ele sorriu.

Ele parece bem melhor agora do que ontem, e tinham algumas pessoas também de preto atrás dele.

— Seu merdinha! — Alguém gritou voltando para mais socos e chutes.

Eu não sei de qual lado estou no momento, porque eu não conheço os recém chegados também, vamos apenas dizer que estou me vingando pelo que fizeram ao clube.

— Senhor Kinn, cuidado! — Me virei para a voz que vinha do subordinado do Kinn, apenas para encontrá-lo cambaleando batendo contra a parede, e em seguida caindo no chão com o rosto cheio de sangue.

Tinham mais de cinco pessoas de pé, todos eles segurando facas, prontos para nos atacar, eu tenho que ficar do lado do Kinn, o relógio que ele deu valia muito mais que cem mil, então eu o devo um pouquinho.

Eu pulei e chutei a pessoa mais próxima fazendo ela derrubar a faca, então peguei outro cara que tinha socado Kinn no rosto e esmaguei sua cabeça na mesa, não me segurei, realmente me irritou ver alguém que salvei ontem com o rosto coberto de sangue outra vez.

Como você se atreve?! Levantei meu pé e chutei o idiota até ele cair no chão.

— Obrigado. — Sua voz rouca veio até meus ouvidos, como se estivesse acariciando meus músculos trêmulos.

Por que ele tem esse efeito em mim?

— Eu nem estou suado. — respondi com um sorriso de canto, então voltei a dar socos outra vez.

Nunca ficaria cansado se fosse para proteger o homem lindo atrás de mim, eu posso fazer isso a noite toda.

— Ei! Por acaso você queimou a casa desses caras? — perguntei para ele.

— São eles que estão me perseguindo. — Ele disse.

Mais homens de preto chegaram e Jae junto aos outros correram para trás do clube, não importa o quão bom você for em artes marciais, se tiver mais de uma dúzia de homens as chances são claras.

Se eu não sair daqui, serei um fantasma pela manhã.

— Vá! — Eu disse para Kinn.

— Para onde eu vou? Estamos cercados. — Ele falou, sem um pingo de medo em sua voz.

Minha cabeça trabalhava rápido pensando em uma rota de fuga, se eu sair agora, essa bagunça vai acabar porque eu sou o alvo, não é a Jae nem o estabelecimento.

Então agarrei Kinn pela cintura e corri com ele para as portas do fundo.

— Onde estamos indo? — Ele perguntou me seguindo.

Eu não lhe respondi, enquanto o puxava para sentar na minha moto, foi sorte eu ter estacionado na parte de trás do clube. E assim como ontem, liguei o motor e sai rápido dali, era como assistir a reprise de um filme.

Déjà vu!

Até passamos pelo mesmo posto de gasolina de ontem.

O quanto ele vai ficar me devendo dessa vez?

Unindo corações através de histórias — Obrigado por explorar o mundo do BL conosco

protagonista dessa cena Porsche kinn jom

— Ei! Não me diga que você vai me deixar no mesmo lugar de ontem! — Uma voz rouca perguntou perto do meu ouvido.

Pelo que aparentava ontem, hoje ele parece bem melhor, mesmo que tivessem novos machucados junto aos antigos, seu rosto ainda parecia muito bonito. 

— Por que você voltou? —  perguntei calmamente, olhei para trás pelo espelho da moto, um homem de preto nos seguia me fazendo acelerar. 

Estou mais preparado que ontem, estava dirigindo sem problemas pelos becos, conduzindo sem muito esforço minha moto. 

— Ei, vá devagar! — A voz rouca disse alto, enquanto apertava minha cintura, com seu rosto escondido nas minhas costas. Talvez estivesse tentando se proteger do vento batendo em seu rosto. 

— Segure firme. — murmurei antes de acelerar, abandonado o homem de preto atrás da gente. 

— Shia, ainda estou vivo! — Kinn disse em um tom divertido enquanto olhava ao redor.  

Depois de ter certeza que ninguém mais nos seguia, parei a moto. Bem, eles não conseguiram nos seguir, eu sou muito bom pilotando, o caminho que escolhi é bem complicado, os enganando para nos seguirem, acelerando e virando até que ficasse tão longe que não pudessem mais nos acompanhar.

Soltei um suspiro de alívio quando parei a moto na frente da minha casa. 

— Onde diabos…

— Minha casa. — Não quero colocar minha vida em risco, mas no meio da fuga o caminho que fiz foi o que eu conhecia, e antes que me desse conta já estávamos aqui. — Vamos entrar e lavar o seu rosto. — Ele soltou o ar pela boca em alívio como se tivesse saído de uma tour no inferno. 

— Espere. — Eu o alcancei e passei primeiro pela porta, peguei um maço de cigarro na minha calça e o acendi, ele não disse nada mas levantou uma sobrancelha para mim.

— Cinquenta mil. — falo com o cigarro na boca e olho para ele. 

— Huh? — Ele deu uma risada curta, então me olhou em descrença. 

— Ontem, meu relógio…

Antes que ele terminasse de falar eu engoli seco e interrompi suas palavras. — Ontem foi ontem.

Secretamente estou com um pouco de medo de que ele vá querer o relógio de volta, então fingi ser cara de pau, assim ele pensaria duas vezes antes de o querer de volta.

Porque mesmo se quisesse, o relógio não estava mais comigo, o dinheiro do relógio eu usei para pagar a escola do Che, o ar condicionado quebrado do quarto e também algumas dívidas, não tinha sobrado quase nada.

— Ontem você pediu cinquenta mil, hoje por mais cinquenta num total de cem mil, eu sei que você tem uma breve ideia do quanto aquele relógio valia. Se você não for muito estúpido pode vender por pelo menos uns 400 mil, então se você parar para pensar eu já te paguei adiantado. — Ele disse com um sorriso no canto dos lábios, inclinando a cabeça como se me provocasse.

Foi a primeira vez que parei para olhar mais a fundo seu rosto, os olhos afiados com um brilho perigoso olhando diretamente para mim como se dissesse que ele não é uma pessoa comum. 

Mesmo que seu rosto tivesse uma marca roxa do lado direito perto do olho, não escondia o fato de que ele era um mestiço bonito com sotaque europeu.

Ele parecia com um nobre de uma família super rica.

— Okay, agora que te salvei, você pode voltar para o lugar de onde veio. 

— Eu não esperava muito mas, tsk, eu nunca pensei que você fosse um ladrãozinho, considerando seu rosto bonito. Com quem eu estou me metendo? — Ele disse rindo, seus braços cruzaram em frente ao seu peito em uma pose convencida. 

Seus olhos, boca e bochechas se esticaram em um grande sorriso, fazendo meu pé coçar. 

Quero chutar seu estômago. 

— Você pode só calar a boca e ir embora? 

— Que porra de barulho é esse? — O som da porta abrindo foi seguido por meu irmão vestindo pijama. Ele estava um pouco atordoado quando viu que eu não estava sozinho, fazendo uma saudação, envergonhado. — Oi. — Che disse com um pouco de vergonha. 

O bastardo olhou para meu irmão e acenou levemente.

— Volte para dentro. — Eu disse para Che.

— Que caralhos vocês estão fazendo aí fora? Vocês vão acordar os vizinhos, venham conversar aqui dentro. — Che, que sempre foi tímido, estava me respondendo agora. 

— Bom, você se importaria? — A figura alta disse se dirigindo para entrar, mas eu fui rápido em o puxar pela parte de trás do colarinho. 

— Eu vou entrar e você, vaza! — Eu disse friamente para ele, o que fez com que seu rosto, que mais parecia o de um idol, franzir a testa incrédulo.

— Como você se atreve a fazer isso comigo? — Ele falou em um tom perigoso. 

Mas eu não estava com medo, virei as costas pronto para entrar em casa. 

— Ei, espere! Ninguém se atreve a fazer isso comigo. — Ele disse, apertando suas garras no meu pulso.

Me soltei de seu aperto e empurrei forte seu peitoral. — Por que? Quem é você? Eu posso fazer muito mais do que só te puxar pelo colarinho! — o encarei com a mesma intensidade que ele olhava para mim — Se você não for embora agora, eu vou te comer na porrada!

— Ei! Ei! — Che que saiu de casa novamente, me segurou pelos ombros.

— Vá pra dentro. — Eu disse para o meu irmão o empurrando para dentro e o segui, batendo a porta na cara do Kinn.

Huh! Eu não tenho medo dele, esse bastardo, quem diabos ele pensa que é? E daí que ele é rico? E daí que eu lhe devo um relógio?  

•••

Liguei para Jae Yok pensando que ela poderia estar no hospital, mas ela não estava, ela disse tudo o que aconteceu depois que saímos, que os gângsteres se dispersaram assim que fugimos, e que a polícia foi envolvida também, ela reclamou até minhas orelhas doerem.

Eu tenho que limpar o clube, salvar o que eu conseguir e rezar para que o prejuízo não me custe muito.

— Para onde vocês dois correram? — Jae perguntou na manhã seguinte.

Eu não a respondi, para evitar um mal entendido.

Eu tinha levado um cara para casa e isso era algo.

— Eu sinto muito, Jae. — curvei minha cabeça para mostrar o quanto eu sentia pelos danos no clube, Jae suspirou.

Eu sei que tenho culpa, mas isso não é algo que eu faria, é tudo por causa do Kinn, eu apenas fui arrastado para essa confusão. Se eu soubesse o que iria acontecer não teria me metido em seus assuntos.

— Tudo bem, vamos empacotar as coisas, os móveis novos vão chegar em breve. — Jae disse, dando tapinhas em meu ombro.

— Q…Quanto? — perguntei em uma voz suave, mesmo que não estivesse pronto para ouvir um valor alto.

— O quê? 

— O custo dos móveis danificados.

— Huh, por que? Você tem o dinheiro para me pagar? — Jae perguntou, abanando seu rosto com o leque. 

— Eu tenho um pouco guardado. — Eu falei, porque, mesmo que eu não seja o causador da briga, ainda assim me sinto culpado.

— Heh, você é sortudo, senhor Kinn veio aqui e pagou por todo o prejuízo ou então você iria trabalhar por toda a vida e ainda estaria afogado em dívidas. 

— Kinn? — Um rosto bonito com um sorriso arrogante apareceu rapidamente em minha mente. 

— Sim, senhor Kinn disse que aqueles eram inimigos dele e que você estava apenas lá para ajudá-lo, então ele te ajudou pagando agora, e sabe do que mais? Quando a polícia chegou os bandidos fugiram. — Jae disse rindo. — Eu acho que esse senhor Kinn é alguém importante, hoje de manhã os vizinhos estavam todos quietos. O tumulto da noite passada não se espalhou e quando fui ver as câmeras de segurança tive arrepios por todo meu corpo.

— Por quê? — perguntei.

— Bem, ele é tão lindo, mas tão lindo que dá medo. Com quem você acabou se metendo dessa vez? A palavra "marido" estava escrita em sua testa. 

Eu literalmente me engasguei com as palavras da Jae, balancei minha cabeça e fui ajudar os outros a limpar as manchas de sangue pelo estabelecimento.

Na noite passada ninguém se feriu muito, alguns têm machucados, uns cortes no tronco, alguns têm olhos roxos, mas nada mais que isso.

Os outros brincaram que tinham segurado a barra para mim, não pude deixar de me sentir grato, então eu disse que iria os chamar para jantar como um pedido de desculpas.

•••

Andei até a área de fumantes perto da saída de incêndio do clube, já era nove da noite e tudo estava no lugar.

Hoje, o estabelecimento estava fechado, mas todos os funcionários ajudaram na limpeza, deixando tudo organizado. Eles foram embora todos juntos e agora, eu sou o único que sobrou para trancar o clube. 

Descansei sentado em um balde virado perto da porta, soltando a fumaça do cigarro no ar. De repente, escutei alguém se aproximando, eu quase posso saber quem é apenas pelo som de seus passos.

— Oi. — O recém chegado parou a alguns passos de mim, todo vestido de preto.

— O que você quer agora? — perguntei irritado, jogando o cigarro no chão pisando nele, minhas mãos estavam em minha cintura.

Kinn andou em minha direção devagar, olhando ao redor como se estivesse sendo cuidadoso no caso de alguém aparecer. Notei que ele estava vestido pronto para uma luta. 

— O que é isso? Você quer morrer? — Eu disse ficando um pouco exaltado, e se alguém vir e destruir tudo de novo? Jae definitivamente iria me matar.

Ele parou na minha frente sem dizer nada. — Tenho uma proposta para lhe fazer. — Ele disse calmo, depois de um tempo, mas meu coração bateu rápido como se eu estivesse com medo do que iria acontecer. 

— O que é? — Eu disse friamente sem deixar que minhas emoções aparecessem.

— Venha comigo. 

— Para onde nós vamos?

— Temos que ter uma longa conversa. — Ele disse, enquanto olhava diretamente para mim, suas mãos estavam dentro dos bolsos. 

— Não quero. — Eu disse, com a intenção de voltar para dentro do clube, meu coração estava acelerado.

Então ele agarrou meu braço e segurou com força. — Mas eu tenho algo para te dizer. 

— Mas eu não, me solta! — Com um giro rápido me soltei do seu aperto e o empurrei para longe de mim.

Me segurei em uma mesa quebrada que estava do lado de fora para ser jogada e a lancei diretamente nele e soquei seus subordinados que se aproximaram.

Quando Kinn não aguentou mais ver seus homens caindo um por um, ele veio entre mim e outra pessoa, eu pretendia socar a cara dele, mas meu pulso ficou no meio do ar quando eu ia fazer isso.

Eu estava tão agitado que fiquei distraído, alguém conseguiu me pegar pelos braços, torcendo meus pulsos e me prendendo contra a parede, não entendo como ontem ele parecia tão fraco, mas agora é um homem diferente.

Ele é mais forte do que eu pensava!

— Me solta! — Eu disse com raiva. 

Ele segurava a parte de trás da minha cabeça, puxando meu cabelo com seus dedos, o rosto dele se aproximou do meu como se fosse me beijar. 

Meu Deus!

— Não, eu estou aqui para negociar com você. — Seus lábios sussurraram perto do meu ouvido, eu podia sentir sua respiração batendo no meu rosto. 

O que?!

— Eu não quero conversar! — falei tentando afastar meu rosto, estava sentindo arrepios por todo meu corpo. 

— Heh, achei que você seria melhor que isso, mas você está dificultando as coisas, huh? 

— Sim! — Dito isto, pulei em cima dele agarrando seu pescoço e enterrando meus dentes em sua garganta. O idiota estava chocado e com dor, ele me empurrou para longe me fazendo ficar livre do seu aperto.

Corri até o clube trancando a porta e chegando rápido até o depósito pegando meus pertences. 

Merda! Ele veio pegar o relógio!

Depois de escapar da morte, peguei minha moto rapidamente e fui para casa na velocidade da luz.

Minha cabeça estava cheia de pensamentos sobre o relógio, se Kinn veio e disse que queria conversar comigo, o que mais ele iria querer depois? 

É óbvio que era o relógio!

Quem não iria? Aquele relógio valia mais de 600… Não, 700 mil!

•••

Às seis da manhã acordei cedo para ir ao mercado comprar os ingredientes para o café da manhã, não tive que acordar o Che porque não consegui dormir.

Kinn, aquele cuzão!

— Ohoi, você deve ter uma amante rica, hein? — Che disse, olhando para a comida na mesa.

— Comprei mais para empacotar para o almoço, se apresse ou vai chegar tarde na escola.

O café da manhã de hoje parecia melhor que os outros, com pães, geléia, leite e suco de laranja, quando normalmente temos arroz com ovo ou arroz com carne de porco cozida.

— Por favor, me dê uma mesada também. — Che pediu fazendo carinha de cachorro que caiu da mudança. 

Procurei por meu bolso e dei uma nota de mil para ele.

— Shia! — Seus olhos ficaram arregalados olhando confuso para mim.

— Essa vai ser sua mesada para o mês inteiro. Não fique muito arrogante. — Eu disse para ele, pensando ser melhor dividir o dinheiro antes que os homens do Kinn viessem pegar.

— Você está bem rico esses dias, hum? Onde você conseguiu? 

— São minhas economias.

Meu irmão não acreditava em mim, me olhando como um idiota.

— Vá para escola estudar, e economize! 

Olhando para ele em seu uniforme azul, suspirei aliviado, pelos menos com o dinheiro que tenho agora deve ser o suficiente para cobrir todo o semestre. 

Todo mundo deve se perguntar o motivo de eu ter mandado meu irmão para uma escola cara quando nós dois estamos quebrados pra caralho.

É porque não quero que ele sinta que estamos em falta. 

Ele vem estudando naquela escola desde o jardim de infância, não quero transferi-lo até que tenha se graduado. Não quero que ele se sinta inferior a mim, mesmo que ele diga às vezes que não se importaria em estudar em uma escola barata, eu não quero isso, quero que ele se sinta protegido como antes, quando nossos pais estavam vivos. 

Não importa o quão difícil seja, eu vou cuidar do meu irmão.

Tranquei a porta e sentei na minha moto quando pensei em algo. 

Kinn sabe onde fica minha casa! E se ele vir me assombrar aqui?

— Tia Aoi! — gritei para a vizinha gentil. — Se alguém vir aqui perguntar por mim, diga que me mudei para longe.

— Quem vai vir te procurar? — Tia Aoi olhou para mim curiosa.

— Apenas diga que eu saí do país.

Tia Aoi concordou e eu voltei tirando tudo da frente da casa, sapatos, chinelos, sombrinhas, capacetes coloridos e os pneus deixando a entrada vazia. Por sorte, eu não tive dinheiro para comprar móveis, então não tinha muita coisa lá dentro. 

•••

— Porra, Porsche! Você tem que ter mais cuidado! — Jom disse enquanto íamos para a cafeteria, quando a aula acabou.

— Por quê?

— Você tem que olhar para os dois lados sempre, e se aqueles bandidos voltarem? 

— Oh, você parece paranóico, e não se preocupe, não vou ajudar você de novo, na última vez duas pessoas quase morreram lá na Jae. — Tem olhou para mim bruscamente, os dois fugiram assim que a situação ficou ruim para o nosso lado.

— Quem não correria? Porra! Eles estavam em todos os lugares! Um deles me pegou e eu quase engasguei de medo. — Jom reclamou alto.

— Ei, Jom, tem alguém procurando por você. — disse Aom, o primo do Jom.

— O que? E quem é? 

— Eu não sei, só vai para o portão da frente, ele está te esperando lá. 

— Como ele se parece?

— Ele é bonito e meus colegas de classe disseram que ele é famoso também. Ele está vestido com o uniforme com a logo de administração, é melhor não deixar ele esperando.

Eu lembro que falei para o cuzão do Kinn que meu nome é Jom.

Meu pai do céu, ele está aqui para me pegar? 

— Oh, você está indo? Vá em frente, eu vou ficar bem. — Eu falei nervoso, não estou com medo de apanhar, mas estou apreensivo com o fato de ele ter vindo aqui para pegar o relógio de volta.

— Ei, o que tem de errado com você, Porsche? — Tem perguntou, notando o suor na minha testa. 

— Nada, vocês dois vão agora! Vão! — Eu disse um pouco mais alto, para que eles fossem embora e me deixassem sozinho, enquanto rezo para que fiquem bem. 

Kinn não machucaria meus amigos, certo? 

— Merda! Aquele Phi Aom estava tirando uma com a nossa cara! — Jom exclamou, voltando para nossa mesa.

— O que? Por quê? — Perguntei curioso.

— Nós ficamos esperando do lado de fora do portão por uns dois minutos, mas ninguém apareceu! Tenho certeza que foi uma pegadinha do Aom, eu vou matar ele! — Tem disse com raiva.

Os dois acendem um cigarro e foram para o shopping mais próximo, enquanto eu voltei para casa nervoso.

Assim que cheguei, imediatamente perguntei à tia Aoi. — Tia, alguém veio procurar por mim? 

— Ohoi, sim! Mas quem eram eles? Pareciam ser capangas da máfia, você está bem, Porsche? Ele perguntou por alguém chamado Jom, eu disse que não tinha ninguém chamado Jom morando aqui e que sua casa estava abandonada há um bom tempo, então eles foram embora imediatamente.

— Quando eles vieram, tia?

— Pela tarde. 

Ah, isso é bom, eles vieram quando eu não estava em casa. 

— Tia, eu posso estacionar minha moto na sua casa? 

— Oh, ok. Pode sim, Porsche, se cuide, ok? 

— Sim, tia. Obrigado.

...E se Kinn mudasse de ideia me dando cinquenta mil ao invés disso e pegasse o relógio de volta? É uma pena, 700 mil contra 50? Eu seria tão estúpido? ...

...Unindo corações através de histórias — Obrigado por explorar o mundo do BL conosco ♥️...

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!