Sombras de Rivalidade – Capítulo 1
narrado por hinata
A aldeia parecia silenciosa demais naquela manhã, mas eu sabia que a calmaria era mentira. Sempre era mentira quando Naruto estava por perto. Ele corria pelas ruas, com o cabelo loiro bagunçado e o uniforme sujo de lama de alguma missão maluca que ele tinha inventado. Todo mundo sabia: aquele loiro era um ômega, mesmo que ele negasse com cada fibra do corpo. Não que ele tivesse algum tipo de controle sobre isso. O corpo dele gritava a cada passo que dava, e qualquer alfa minimamente atento sentia o cheiro antes mesmo de ver.
Sasuke estava lá, como sempre. Frio como uma pedra no inverno, olhando Naruto com aquele maldito olhar que dizia “vou te foder de todas as maneiras possíveis antes mesmo de você entender o que tá acontecendo”. Não, não era exagero meu. Quem tem instinto de alfa ativo sente essas merdas. Ele não precisava fazer nada, só estar presente já deixava Naruto todo errado. E, sinceramente, era impossível não notar. Até eu, que nunca quis me meter nos dramas alheios, percebia a tensão no ar.
Naruto tropeçou. Como sempre. E, claro, Sasuke se aproximou imediatamente. Não pra ajudar — jamais. Pra observar. Pra sentir. Pra dominar sem precisar abrir a boca. O cheiro dele atacou Naruto de maneira que até me fez franzir o nariz. Uma mistura de poder, arrogância e aquela porra de energia que só alfa ativo tem. Naruto se contorceu, tentando se afastar, mas Sasuke simplesmente não deixou.
“Você tá realmente tentando me irritar hoje, ômega inútil?” a voz de Sasuke cortou o ar como uma lâmina. Era tão fria, tão dominante, que dava vontade de se ajoelhar só de ouvir. Naruto bufou, vermelho como sempre, mas não conseguiu escapar daquele calor silencioso que Sasuke emanava.
E ali estava a verdade: instinto não se fode. Nem se ignora. Nem se esconde. Naruto podia tentar se mostrar forte, podia rir alto, mas cada fibra dele gritava que Sasuke era dele de um jeito que ele nunca admitiria em voz alta.
Enquanto eles discutiam, percebi cada detalhe. O jeito que Naruto mexia nas mãos, inconscientemente tentando se acalmar. O jeito que Sasuke franzia o cenho, tentando disfarçar a própria excitação. Isso era Omegaverse. Isso era instinto puro. E, porra, era impossível de ignorar.
A aldeia estava em alerta. Missões pendentes, rumores de invasão, e ainda assim eles conseguiam transformar qualquer espaço em campo de batalha de tensão sexual. Eu observava de longe, escondida atrás da parede da academia ninja, porque tinha medo de ser arrastada pra esse circo. Mas não conseguia parar de olhar. Naruto era meu amigo, meu eterno idiota loiro, e Sasuke… Sasuke era o maldito Uchiha que quebrava todos os meus sentidos de observadora.
Eu me lembro de quando eles eram crianças. Naruto tentando impressionar, Sasuke ignorando como sempre. Mas agora… agora era diferente. O corpo de Naruto reagia. O corpo de Sasuke reagia. E, puta merda, ninguém podia negar. Até os betas mais experientes sentiam a pressão daquele vínculo não falado, não declarado, mas visível a cada gesto, cada olhar, cada respiração pesada.
Sasuke se aproximou ainda mais, e o cheiro dele se tornou quase insuportável pra qualquer ômega desprotegido. Naruto arfou, tentando respirar fundo, mas falhou miseravelmente. “Você sempre tem que ser um filho da puta, Sasuke?” ele perguntou, tentando soar irritado. Mas o tom dele traiu cada pensamento que o corpo dele não queria admitir.
“E você sempre tem que ser tão inútil que eu preciso me aproximar pra te lembrar quem manda,” Sasuke respondeu, com aquela calma mortal que só os alfas ativos sabem ter. E, merda, o efeito foi devastador. Naruto estremeceu, e eu vi o rubor subindo até a orelha dele. Era inacreditável.
Eu queria desviar o olhar. Queria não ser cúmplice desse circo de instintos, mas era impossível. Eu via, sentia, e sabia que isso ia piorar. Porque Naruto não tinha defesa contra Sasuke, e Sasuke… Sasuke adorava testar os limites do ômega que ele já dominava antes mesmo de admitir.
Enquanto observava, outros personagens começaram a aparecer. Sakura, sempre forte, sempre tentando manter o equilíbrio, chegou bufando. “Naruto, você tá ferrando com a missão de novo?” E Naruto respondeu com aquele sorriso idiota: “Eu só… tô respirando, Sakura!” Sasuke rolou os olhos, claramente irritado com a interferência, mas nem ligou de verdade. A tensão entre ele e Naruto era prioridade, e ninguém mais importava.
Kakashi apareceu atrás, calmamente observando tudo, com aquele olhar preguiçoso de quem sabe demais mas finge que não vê nada. “Vocês dois não têm nem ideia do quanto estão sendo óbvios,” ele comentou, quase como se fosse um aviso. Mas eu sabia que ninguém, além de mim, ia realmente perceber a intensidade do que estava acontecendo.
E assim começou o caos que duraria meses. 30 capítulos de merda, desejo, missão, treta, cansaço, raiva, calor, lágrimas, risadas e gritos. Porque Naruto e Sasuke não eram só rivais. Eles eram fogo e gasolina no mesmo espaço. E eu, como observadora, só podia anotar cada detalhe.
Porra, eu tentei fugir disso. Mas quando se trata do Sasunaru, ninguém foge. O instinto não permite.
E, puta que pariu, eu não estava preparada pro inferno que vinha nos próximos capítulos.
CAPÍTULO 1
Capítulo 2 – Missão e Instintos
narrador por Hinata
O sol mal tinha aparecido, mas a aldeia já estava acordada com o barulho das portas batendo, shurikens sendo afiadas e gritos de recrutas reclamando de tudo. Naruto já tinha começado a correr de novo, como se o chão fosse explodir debaixo dele, e eu, por algum motivo masoquista, estava ali, tentando manter os olhos no chão, mas não conseguindo desviar do Sasuke.
Ele estava parado, observando, com aquela maldita postura impecável, que me dava vontade de socar o rosto dele só pra ver se ele se mexia. O cheiro dele… não, porra, o cheiro dele era impossível de ignorar. Cada passo dele pelo pátio fazia o ar ao redor ficar mais pesado. Naruto arfava perto dele, e dava pra ver o rubor subindo no loiro, mesmo que ele tentasse disfarçar. Um ômega tentando parecer indiferente enquanto o alfa que ele mais queria fazia questão de invadir cada porção do seu corpo com a presença… era ridículo. Mas lindo, de um jeito doentio.
“Tá pronto, Naruto?” Sasuke perguntou, sem nem olhar direito. Mas o tom dele era afiado, como se pudesse cortar aço. Naruto bufou e levantou a cabeça com orgulho, tentando fingir que não estava tremendo por dentro. “Claro que sim! Só não vai se atrasar, Uchiha!”
“Não me chame de Uchiha.” Sasuke cruzou os braços, o maldito sorriso quase imperceptível surgindo no canto da boca. “Isso é só entre nós. Você vai aprender a obedecer, ômega.”
Naruto engoliu em seco, e por um momento, eu achei que ele ia desabar ali mesmo. Mas ele respirou fundo e balançou a cabeça, tentando se recompor. Eu podia sentir a energia dele tremendo. Cada fibra do corpo dele implorando pra ceder, mas a cabeça… a cabeça dele dizia “não, eu não vou ceder, Sasuke”.
A missão do dia era simples na teoria: escoltar suprimentos até a vila vizinha e garantir que nenhum bandido ousasse atravessar o caminho. Mas a teoria nunca bate com a prática quando Naruto e Sasuke estão no mesmo espaço. Eu sabia que, se deixasse os dois sozinhos, a missão ia virar um inferno de ciúmes, provocações e… merda, instintos selvagens.
“Vamos logo,” disse Sasuke, a voz baixa, quase um rosnado. Naruto engoliu, bufando, e caminhou ao lado dele, sem perceber que já estava seguindo o ritmo do alfa. Sasuke andava devagar, calculando cada passo, e Naruto… Naruto corria pra tentar acompanhar, tropeçando e arfando. Cada vez que se aproximava demais, o cheiro de Sasuke batia nele como um tapa na cara. Mas, porra, ele não podia recuar. Nunca recuava.
Enquanto caminhavam, outros membros da equipe começaram a aparecer. Sakura ia à frente, reforçando que todo mundo tinha que manter a missão sob controle. Kakashi observava de longe, coçando o queixo com aquele ar de “eu sei de tudo e vocês não têm ideia”. E, claro, eu atrás, registrando cada detalhe. Porque quem não vê isso de perto não acredita: a tensão era quase física.
Sasuke parou de repente, e Naruto quase esbarrou nele. “Olha pra frente, idiota.” O tom de comando dele era tão firme que Naruto arfou de novo, corando até a raiz do cabelo. Eu podia ouvir a própria respiração do loiro se acelerando. E Sasuke? Sasuke parecia completamente indiferente. Mas eu sabia melhor. Todo alfa ativo deixa pistas. Ele não precisava fazer nada. Só estar ali já estava torturando o ômega.
A caminhada continuou, e eu percebi que Naruto tentava, a cada passo, parecer normal. Mas cada movimento dele denunciava: o corpo queria mais. O calor subindo, os gemidos contidos, a mão tremendo quando ele tocava qualquer coisa. Sasuke, por outro lado, parecia brincar com isso, andando devagar de propósito, encostando no loiro de leve só pra provocar. Era tortura, e ele sabia disso.
Quando chegaram perto da vila vizinha, o cheiro de Naruto estava quase impossível de ignorar. Sasuke parou, inclinando-se ligeiramente, como se pudesse sentir cada pensamento e instinto do loiro. “Você tá fodidamente obcecado por mim, ômega.” A voz era baixa, mas cortante. Naruto engoliu seco, tentando se afastar, mas falhando miseravelmente. O corpo dele tremia, os olhos arregalados, e por um instante, eu pensei que ele ia desmaiar.
“Eu não… não tô!” Naruto tentou protestar, mas o tom dele era traiçoeiro. Cada palavra denunciava o que o corpo dele gritava. Sasuke apenas sorriu, quase satisfeito, e continuou a andar, deixando Naruto tropeçar de leve, só pra sentir o calor do toque do alfa.
A missão continuou com tensão máxima, cada passo carregado de eletricidade e instintos. O grupo inteiro percebeu que algo estava acontecendo entre eles, mas ninguém ousou perguntar. Ninguém precisava. O cheiro de Sasuke sobre Naruto falava mais alto que qualquer palavra. E eu? Eu só podia observar, anotar e me preparar pro inferno que seria a noite, quando voltassem à aldeia e não pudessem mais negar o que estavam sentindo.
Porque eu sabia, e todo mundo deveria saber: Naruto não tinha defesa contra Sasuke. E Sasuke… Sasuke adorava testar cada limite.
E isso era só o começo.
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CAPÍTULO 2
Capítulo 3 – Mentiras e Desejo
narrador por hinata
A noite caiu sobre a Aldeia da Folha, mas ninguém ali estava realmente descansando. Eu, claro, estava escondida, observando de longe. Porque, sério, alguém precisava registrar o inferno que era a vida deles.
Naruto estava sentado no telhado de uma das casas da vila, olhando pro nada, mas eu sabia que ele não estava pensando em nada normal. Ele estava pensando em Sasuke. Como sempre. Cada gesto do alfa ativo, cada palavra fria, cada olhar calculado… estava gravado na mente do ômega.
Sasuke apareceu do nada, como um maldito fantasma. Ele subiu até o telhado com aquela facilidade silenciosa que só os Uchiha têm, e Naruto quase caiu do susto.
“Tá pensando em mim de novo, ômega inútil?” Sasuke provocou, sem nem precisar de tom elevado. Cada palavra dele era uma pressão no peito de Naruto. Mas o loiro fingiu irritação. “Não tô pensando em você, Sasuke! Sai daqui!”
Claro que ele estava pensando. Todo corpo dele gritava que sim, e eu podia ver o rubor subindo no pescoço dele. Sasuke se aproximou, tão perto que Naruto podia sentir o calor dele. Mas, porra, ambos fingiam raiva. Isso era ridículo, e ao mesmo tempo, lindo.
“Finge direito,” Sasuke murmurou, a voz baixa e carregada, deixando Naruto arfando. “Você e eu sabemos a verdade. Mas ninguém mais pode saber. Famílias não aceitariam. Você sabe disso, ômega.”
Naruto engoliu seco, tentando se recompor. “Eu sei…” Ele desviou o olhar, tentando esconder que o coração dele estava disparado. “Mas é… é foda ter que fingir o tempo todo.”
Sasuke sorriu, quase maliciosamente. Ele gostava disso. Gostava de ver o ômega tremendo, gostava de ver que Naruto não podia se esconder de verdade. Mas também odiava que essa maldita situação social os obrigasse a mentir. Se fosse por eles, não existiria nada além de desejo e intimidade.
“Foda é que a merda da minha família não entende que eu não vou recuar. Que eu não quero recuar de você,” Sasuke disse, e Naruto tremeu. Não de frio, não dessa vez, mas de vontade.
Eles se sentaram lado a lado, cada um fingindo que estavam ali apenas por acaso, enquanto a lua iluminava o rosto do outro. Eu podia ver cada detalhe: a mão de Naruto tremendo, o peito subindo e descendo mais rápido do que o normal, os olhos de Sasuke fixos no ômega, estudando cada reação.
“É uma porra de prisão, né?” Naruto murmurou, e Sasuke inclinou a cabeça, olhando pra ele com aquele sorriso torto.
“Prisão ou proteção? Depende do ponto de vista,” ele respondeu. E eu podia sentir a tensão aumentar só pelo tom da voz dele.
Eles ficaram ali, lado a lado, sem tocar, sem admitir, mas a tensão era quase física. Cada gesto, cada respiração carregava tudo que eles não podiam dizer. A aldeia, as famílias, a sociedade… tudo conspirava contra, mas ninguém podia negar que eles pertenciam um ao outro.
E eu, como sempre, observava. Anotava. E sabia que cada capítulo da vida deles ia ser uma mistura de guerra, desejo e disfarce. Porque Sasuke e Naruto não podiam se entregar totalmente… pelo menos não ainda. Mas cada segundo juntos tornava impossível negar que eles eram um do outro.
E, porra, isso só ia piorar.
CAPÍTULO 3
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