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Renascimento: O Despertar da Fênix.

Prefácio.

Queridos leitores,

Antes de mais nada, preciso esclarecer algo: a história que eu estava quase finalizando estava apenas no meu celular, que infelizmente foi roubado, e não havia sido salva na nuvem. Por isso, perdi tudo e precisei recomeçar.

Agora, estou trazendo para vocês uma história totalmente diferente de tudo que escrevi antes. Vou explorar um gênero novo para mim: fantasia. Espero de coração que vocês gostem dessa nova aventura!

Peço que tenham paciência, pois não poderei atualizar todos os dias. Mas mesmo assim, prometo dedicar meu tempo e carinho a cada capítulo que eu conseguir publicar.

Senti muita falta de todos vocês da Novela Toon! Embora eu tenha migrado para outra plataforma, jamais os abandonarei e continuarei escrevendo histórias, de vez em quando, para este espaço.

Muito obrigada pelo apoio de sempre. Espero que embarquem comigo nessa nova jornada!

Com carinho, Fiona Mey.

Me sigam no Instagram: @fiona_mey8

...Prefácio...

Algumas histórias começam com amor, confiança e esperança. Outras, com mentiras, traições e dor. Esta é uma dessas.

O que você está prestes a ler não é apenas uma narrativa sobre injustiça ou vingança. É a história de alguém que confiou nas pessoas erradas, que se perdeu na sombra da confiança, e que pagou um preço que nenhum coração deveria suportar. Mas também é a história da força de uma mulher que se recusa a ser vítima, que transforma cada cicatriz em determinação, cada lágrima em coragem e cada lembrança em munição para retomar tudo o que lhe foi roubado.

Enquanto percorre estas páginas, prepare-se para entrar em um mundo onde a linha entre justiça e crueldade se confunde, onde cada gesto de carinho pode esconder uma armadilha, e onde cada silêncio carrega um grito sufocado de revolta. Aqui, nada é o que parece, e cada escolha pode determinar quem sobreviverá e quem será esmagado.

E lembre-se: ninguém merece ser apagado. Ninguém merece que sua vida seja roubada. Mas quando isso acontece, há quem desperte, e quando desperta… ninguém fica impune. A vingança não é apenas um ato; é uma arte, e esta história vai mostrar cada detalhe dela.

Prefácio

Algumas histórias começam com amor, confiança e esperança. Outras, com mentiras, traições e dor. Esta é uma dessas.

O que você está prestes a ler não é apenas uma narrativa sobre injustiça ou vingança. É a história de alguém que confiou nas pessoas erradas, que se perdeu na sombra da confiança, e que pagou um preço que nenhum coração deveria suportar. Mas também é a história da força de uma mulher que se recusa a ser vítima, que transforma cada cicatriz em determinação, cada lágrima em coragem e cada lembrança em munição para retomar tudo o que lhe foi roubado.

Enquanto percorre estas páginas, prepare-se para entrar em um mundo onde a linha entre justiça e crueldade se confunde, onde cada gesto de carinho pode esconder uma armadilha, e onde cada silêncio carrega um grito sufocado de revolta. Aqui, nada é o que parece, e cada escolha pode determinar quem sobreviverá e quem será esmagado.

E lembre-se: ninguém merece ser apagado. Ninguém merece que sua vida seja roubada. Mas quando isso acontece, há quem desperte, e quando desperta… ninguém fica impune. A vingança não é apenas um ato; é uma arte, e esta história vai mostrar cada detalhe dela.

Capítulo 1 – O Dia Que Ela Morreu

Ela sentia cheiro de álcool e desespero.

As paredes do quarto eram acolchoadas, mas nada ali era macio. O colchão fino onde dormia há quase dois anos guardava marcas de urina, sangue e lágrimas — não apenas dela, mas de outras vozes que já tinham habitado aquele lugar antes de enlouquecerem de verdade.

Mas ela não estava louca.

Foi traída, dopada e levada ao limite.

— Sentiu saudades querida? — a voz da prima cortou o silêncio com a suavidade de uma faca entrando na carne. Ela usava perfume caro, salto alto e um sorriso de satisfação no rosto.

Elisa fechou os olhos. Não queria responder. Não queria dar a ela o prazer da reação.

Mas era difícil. Era difícil fingir que não sentia o coração sangrar de novo.

— Como sempre, vim te atualizar sobre as novidades e te trazer uma lembrancinha.— disse a prima, com um sorriso falso, balançando um envelope branco e luxuoso entre os dedos. — Espero que esteja tendo um bom dia... ou pelo menos o melhor que se pode ter num lugar como esse.

Elisa não respondeu. Apenas observou, em silêncio, enquanto a prima se aproximava com passos lentos, quase teatrais.

— Ela estendeu o envelope e o balançou levemente. — Um convite muito especial... para o meu casamento.

Elisa continuou em silêncio, os olhos fixos no envelope.

— Ah, não faça essa cara — disse a prima, sentando-se na beirada da cama com cara de nojo. — Você se lembra do Eduardo, não é? Claro que lembra. Como esquecer o grande amor da sua vida?

Elisa sentiu um aperto no peito, mas não reagiu.

— Pois é. Nós vamos nos casar no próximo mês. Ele está tão feliz... disse que nunca se sentiu tão seguro com alguém. — Ela riu com crueldade. — Acho que deve ser porque agora ele não precisa mais fingir que gosta de você.

Ela colocou o convite sobre o colo de Elisa e se levantou.

— Ah, e não se preocupe em comparecer. Sabemos que você tem... compromissos por aqui. Mas achei que seria uma delicadeza te manter informada.

Diante da falta de reação de Elisa Marcela continuou a provocá-la:

— Ele dizia que te amava tanto... — continuou a prima, aproximando-se da cama com um sorriso cínico. — Mas foi ele mesmo quem te ajudou a descer ladeira abaixo. A cada comprimido que ele colocava na sua bebida, a cada remédio que dizia ser "para o seu bem", você ia perdendo o controle... E nem desconfiava, não é?

Elisa permaneceu em silêncio, o olhar perdido em algum ponto do teto. A voz da prima parecia distante, como um eco cruel vindo de um lugar que ela já não queria mais visitar.

— No começo, ele hesitou, claro... disse que era perigoso, que aquilo era errado. Mas bastou um empurrãozinho. No fundo, acho que ele só precisava de uma desculpa pra se livrar de você.

Elisa fechou os olhos. Duas lágrimas escorreram lentamente por seu rosto pálido.

— Eu fui tão burra... — sussurrou com amargura. — Confiava nele mais do que em mim mesma. E ele... era só mais um canalha.

A prima sorriu, satisfeita com a quebra.

— Que pena... pensei que você reagiria. Gritaria, se revoltaria... mas está aí, do jeitinho que a gente queria desde o começo. Apagada. Vazia.

Elisa não respondeu. Não havia mais forças, nem fé. O tempo trancada naquele lugar frio e cruel tinha apagado as cores, calado os gritos, e matado qualquer esperança de justiça.

Ela não queria lutar. Não ali. Não mais.

A prima se inclinou mais perto, sussurrando como quem provoca uma ferida aberta:

— Você não perdeu só a liberdade, Elisa. Perdeu a si mesma.

E com isso, ela se afastou, deixando para trás o silêncio amargo de uma alma ferida demais para reagir.

Elisa respirou fundo. Contou até dez. Depois até vinte. Mas o ódio já não cabia mais dentro do peito. Crescia a cada visita, a cada provocação, a cada dose que a impedia de reagir.

Antes de sair, Marcela parou na porta e lançou um último olhar.

— Engraçado como tudo se encaixou, né? Você presa aqui, e eu com a vida que sempre sonhei... a vida que era pra ser sua.

E então saiu, deixando para trás o silêncio sufocante e o convite pousado como uma ferida aberta no colo de Elisa.

Elisa segurava o convite entre as mãos trêmulas. Papel espesso, letras douradas em alto-relevo, cheiro de perfume caro. Um lembrete cruel da vida que lhe foi arrancada. Observou cada detalhe por um instante, como se ainda quisesse se convencer de que tudo aquilo não passava de um pesadelo. Mas era real. E doía.

Com um movimento brusco, ela rasgou o convite ao meio. Depois, em pedaços menores. Até que não restasse mais nada além de fragmentos espalhados pelo chão frio do quarto. Lágrimas silenciosas escorriam por seu rosto pálido, mas ela não chorava de tristeza — chorava de exaustão.

— Chega... — murmurou, com a voz embargada. — Eu não aguento mais. Que isso acabe logo. Por favor... alguém me ouça. Eu não sou louca. Eu só quero que acabe.

Como se o universo finalmente atendesse ao seu pedido, um forte estrondo ecoou pelos corredores. Em segundos, gritos começaram a surgir de diferentes pontos do prédio. Um cheiro acre invadiu o quarto. Elisa se levantou, cambaleante, e olhou pelo vidro da porta.

O corredor estava tomado por fumaça. Clarões alaranjados se projetavam pelas paredes descascadas enquanto o fogo se espalhava rapidamente pelos andares inferiores. O teto estalava, madeiras rangiam como se gritassem de dor. Um enfermeiro passou correndo, tossindo, os olhos arregalados de pânico. Atrás dele, dois pacientes corriam descalços, gritando sem direção.

O caos se instalava. Gente empurrando, portas sendo arrombadas, alarmes que não funcionavam. As chamas lambiam as paredes, devoravam cortinas, móveis, colchões. Os gritos misturavam-se ao som do fogo estalando e da estrutura gemendo prestes a desabar.

Mas Elisa permaneceu ali, imóvel.

Ela caminhou lentamente de volta, sentou-se na beira da cama e observou a fumaça começar a invadir o ambiente. O calor aumentava, o ar ficava mais espesso, difícil de respirar. Ainda assim, ela manteve os olhos serenos.

— Obrigada... por me ouvir — sussurrou, fechando os olhos.

Não havia medo. Não havia desespero. Pela primeira vez em dois anos, Elisa sentia paz.

As chamas avançavam pelo corredor. A luz alaranjada tingia tudo com um tom de fim. E, no meio do caos, ela simplesmente esperou... pronta para ser libertada daquele inferno silencioso em que viveu desde que lhe roubaram a vida, a voz e a sanidade.

Capítulo 2 – A Segunda Chance

O som de pássaros. A luz do sol atravessava a cortina branca, suave demais para ser real. Elisa abriu os olhos com esforço, como se as pálpebras estivessem pesadas. O peito subia e descia devagar, sem aquela pressão constante que sentia no manicômio.

Sem paredes acolchoadas. Sem cheiro de desinfetante.

Ela estava... em casa?

Sentou-se de repente, o coração disparado. As mãos tremiam. Olhou ao redor: o quarto era familiar, mas parecia de outra vida. A colcha florida que ela gostava, os livros empilhados na estante, os recortes de revistas de moda na parede — tudo exatamente como ela lembrava. Como era antes de tudo.

Correu até o espelho.

O reflexo a encarou: pele limpa, olhos vivos, cabelos longos soltos sobre os ombros. Nenhuma cicatriz, nenhuma olheira profunda, nenhuma expressão vazia. Era a Elisa de antes. Antes da traição. Antes do manicômio.

Seu corpo desabou no chão. Ela chorou. Não de tristeza — de choque. De fúria. De um alívio confuso.

— Isso é um sonho... — sussurrou, apertando os próprios braços.

Mas os detalhes eram vívidos demais. O cheiro do café vindo da cozinha. O som da música no andar de baixo. O toque do carpete sob os dedos.

Ela levantou. Cada passo era uma confirmação: aquilo não era um delírio. De alguma forma que a lógica não podia explicar, ela tinha voltado no tempo. E não era mais a garota ingênua que confiava cegamente em todos.

Pegou o celular. O modelo era antigo. Na tela, a data:

13 de abril. Cinco anos atrás.

Naquele mesmo mês, ela começaria a ser manipulada. Naquela semana, seus tios ganhariam sua confiança. Naquele ano, ela começaria perder tudo.

Mas agora... ela lembrava de tudo. Cada mentira. Cada olhar dissimulado. Cada detalhe perverso do plano que a levou ao manicômio.

E tudo graças à sua prima, Marcela.

Durante o tempo em que esteve internada, Elisa ouviu, dia após dia, a prima despejar veneno com prazer. Marcela fez questão de contar tudo — cada armação, cada passo planejado para destruí-la. Como se confessar fosse parte do deleite. Como se assistir à dor de Elisa tornasse a vitória ainda mais saborosa.

Enquanto assimililava o que estava acontecendo a campainha tocou. Ela soube antes de atender quem era. Era ele. Eduardo. O namorado perfeito, com sorriso ensaiado e palavras doces.

Dessa vez, Elisa sorriu antes de abrir a porta.

Um sorriso contido, frio, calculado.

Ela sabia que precisava manter a calma — qualquer deslize poderia colocá-la de volta naquele lugar. Na vida passada, foi sua impulsividade que a condenou. Quando descobriu que estava sendo enganada, agiu movida pela raiva e tentou confrontá-los… e pagou caro por isso.

Lembrou-se vividamente do dia em que expôs a farsa, em que gritou a verdade na cara da família. Mas, para proteger suas mentiras e manter as aparências, eles a silenciaram. A internaram como se fosse louca. Tudo para que ela desaparecesse — e eles não perdessem o que haviam conquistado às custas dela.

Mas agora tudo era diferente. Elisa não era mais a mesma. Dessa vez, ela faria cada um pagar.

Com calma. Com inteligência. E sem deixar rastros.

Eduardo era bonito. Alto, cabelos bem penteados, aquele mesmo perfume amadeirado. Mas agora Elisa via o que antes não via: ele falava com o ego, e não com o coração. Era vaidoso, inseguro, e manipulável. Principalmente por Marcela — sua prima, que em alguns anos se tornaria noiva dele pelas costas de Elisa.

— Que bom que você veio — disse, encarando-o com olhos frios.

Eduardo inclinou-se sutilmente, querendo beijá-la, mas Elisa percebeu a intenção a tempo. Virou o rosto e fingiu não notar. Sem graça, ele disfarçou o constrangimento e tentou mudar de assunto:

— Como você está? Sua prima comentou que você cometeu um erro ontem no trabalho… Disse também que ficou agitada e acabou assustando os acionistas.

Ao ouvir aquilo, Elisa sentiu um desconforto. Lembrou-se com clareza do momento em que tudo saiu do controle. Marcela havia alterado os dados da apresentação sem que ela soubesse, e, pouco antes da reunião, colocou algo em seu café. O efeito foi imediato: confusão, descontrole emocional e a sensação de estar perdendo a sanidade. Elisa sabia disso porque a própria Marcela lhe revelou em uma de suas visitas, rindo com prazer enquanto narrava cada detalhe.

Agora Elisa sabia — tudo fazia parte de um plano bem arquitetado. Queriam manchar sua imagem, minar a confiança dos outros nela, e impedir que assumisse a empresa deixada por sua mãe.

Elisa engoliu seco, mantendo o rosto impassível enquanto por dentro tudo fervia. Eduardo continuava ali, fingindo preocupação, como se não fizesse parte da engrenagem que tentava esmagá-la lentamente.

— Estou melhor agora — disse ela, com a voz firme, quase fria.

Ele assentiu, tentando manter a postura de alguém confiável.

— Fico feliz em ouvir isso. O conselho está… preocupado com você.

Ela sorriu de leve, mas não havia gentileza em sua expressão — era um sorriso calculado, afiado.

— Imagino. A essa altura, devem estar se perguntando se eu sou instável demais para liderar.

Eduardo hesitou por um instante, depois tentou aliviar o clima.

— É normal cometer erros, ainda mais sob pressão. Talvez seja melhor você tirar uns dias, descansar…

A raiva subiu como um veneno quente pelas veias de Elisa. Eduardo estava tentando afastá-la — exatamente como Marcela queria. Mas, em vez de confrontá-lo de imediato, ela manteve um sorriso no rosto.

— Eu sei que você só quer o meu bem e está tentando me proteger — disse, com voz suave —, mas não posso desistir por causa de um erro. Prometo ser mais cuidadosa da próxima vez.

— Eu não estou pedindo que desista — respondeu Eduardo, esforçando-se para manter o tom calmo. — Só acho que você precisa de uma pausa. Está sob muito estresse e pode acabar cometendo um erro mais grave. Sua prima e seu tio estão cuidando da empresa. Por que não volta para suas aulas de teatro? Você ama aquilo.

Elisa continuava sorrindo, mas por dentro sentia nojo. Como não percebi antes a falsidade desse canalha? Se fosse antes, eu teria obedecido sem questionar — e ainda agradeceria pela “preocupação”. Agora, tudo era claro: estavam apenas tentando tirar dela tudo o que lhe pertencia.

Ela fitou Eduardo nos olhos. Ele notou algo diferente naquele olhar.

— Por que você quer tanto que eu me afaste da minha empresa? — perguntou com firmeza.

Eduardo hesitou por um segundo. Esperava que ela seguisse seu conselho sem resistência. A irritação subiu, mas ele disfarçou com um sorriso ensaiado.

— Claro que não, Elisa. Eu só estou preocupado com você.

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