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A Tentação Proibida do Principe

Personagens + Aviso

Olá, queridas 🤍✨️ finalmente venho aqui publicar meu novo livro, que enfim esta pronto!! se os capitulos demorarem para atualizar, é a plataforma que demora até 24hs para revisar, ok. quero tbm agradecer pelo apoio aos meus 2 outros livros, não imaginava que vcs iam gostar tanto, entao obg 😊💫

Venho avisar que esse livro foi o mais longo que escrevi até hoje, entao tem cenas de hot mais explícitas do que os outros e também aprofundo em temas mais sensíveis e sombrios, então fica o aviso, ok. Leia por sua conta e risco.

Espero que gostem e apoiem essa historia. Boa leitura. 💋 E vamos lá para a apresentação dos personagens. 🫦

Eros Dunker (37)

Eva Volaine (20)

Aurora Dunker (20)

Federik Dunker (35)

Camilo Alessandro (23)

Amanda Alessandro (25)

Traição

“Você tá bem?”

 

Levantei os olhos do meu celular, franzindo a testa para olhar para Aurora. Eu estava me sentindo péssima.

 

“Ele não me responde desde ontem” falei.

 

Meu namorado, Kevin, tinha viajado na sexta para visitar a avó na Carolina do Sul e disse que chegaria de volta a Los Angeles no sábado de manhã. Já era domingo e ele não respondia minhas mensagens desde que me avisou que tinha chegado na casa da avó. Eu estava preocupada, com medo de que algo tivesse acontecido.

 

“Deve estar ocupado, dormindo… ou com dor de barriga” disse Aurora. “Ele vai responder depois. Agora vamos, não quero chegar tarde, meu pai vem hoje.

 

Ela entrou no bonito Audi vermelho que dirigia e eu sentei no banco do passageiro.

 

A gente tinha parado na loja da estilista para buscar os vestidos da nossa formatura, que seria na semana seguinte. Hoje ia ter um desfile de moda para arrecadar dinheiro para a festa, patrocinado por uma marca famosa de roupas de banho e de verão.

 

“Ele vai mesmo?” perguntei, confusa, colocando o cinto. “Mas ele não é… sei lá… um ditador ou algo assim?”

 

Ela franziu a testa.

 

“Ditador?” repetiu.

 

“Sei lá… prefeito? Ah, não! Cozinheiro, né?”

 

Desde o início da faculdade de medicina, quando passamos a dividir apartamento, eu sabia que Aurora era de uma cidade pequena na Alemanha e que o pai dela era importante lá, cuidando de muitos negócios.

 

Já tinha visto algumas fotos dele: não se parecia muito com Aurora e nunca sorria nas fotos. Ela dizia que ele era sério e meio ranzinza. Em seis anos de curso, eu nunca tinha conhecido ele.

 

“Chef” ela me lembrou. “E não é “chef” como aqui, de cozinha. Lá significa…”

 

“Tipo “o chefe”, mas com mais poder, né?” completei, sem dar muita importância, enquanto tentava ligar para Kevin de novo. Nada. Ia direto para a caixa postal.

 

“Mas que bom que seu pai vem te ver” falei, guardando o celular no bolso e desistindo. Meu namorado não respondia e eu nem sabia se meus pais iam aparecer…

 

Além dele, meus pais estavam ocupados trabalhando. Pelo menos compraram os ingressos para apoiar a festa de formatura. Eu não os culpava, sempre se esforçaram para me ajudar a me formar.

 

“Sinto muito” disse Aurora, sincera.

 

“É só um desfile” falei, tentando diminuir a importância para não me magoar.

 

“É, só um desfile” concordou.

 

Desfilar para uma marca profissional era mais difícil do que eu imaginava. Havia muita pressão para entrar na passarela e um monte de gente assistindo.

 

Quando saí do palco e fui para os bastidores trocar de roupa, peguei o celular para ver se Kevin tinha respondido. Eu tinha comprado a entrada dele e estava preocupada que ele estivesse do lado de fora sem conseguir entrar.

 

Franzi a testa ao ver uma mensagem de um número desconhecido. Abri por curiosidade e percebi que a pessoa me bloqueou logo depois de mandar. Fiquei paralisada quando vi várias fotos no chat. Minhas pernas e minhas mãos começaram a tremer.

 

Eu não conseguia acreditar no que estava vendo.

 

Por mais que olhasse, queria me convencer de que aquilo não era real, que era montagem ou uma piada de mau gosto. Mas era impossível negar: era o Kevin, em várias fotos com uma mulher tatuada e de cabelo verde. Eles se beijavam, estavam na praia, no quarto, nus… Até tinha um vídeo que ela mesma gravou no espelho, enquanto ele a fodia por trás.

 

E não eram só imagens daquele fim de semana. Algumas eram de mais de dois meses atrás, eu lembrava porque ele estava com um corte de cabelo diferente, com um desenho de raio.

 

Deixei o celular na mesa, sentindo minha mente ficar embaçada. Tentei até ver se que aquilo era IA ou algum tipo de montagem, mas parecia real mesmo. Meus olhos começaram a encher de lágrimas, borrando a maquiagem preta pesada.

 

Como ele pôde fazer isso comigo?

 

Olhei para a minha mão, para o anel de noivado.

 

Era impossível acreditar que ele me traísse assim. Eu confiava nele de olhos fechados. E ainda com uma garota como aquela...

 

Com as mãos tremendo e as lágrimas escuras de rímel caindo sobre a tela, tentei ligar para Kevin outra vez. Mas, de novo, nada.

 

“Amiga, meu pai chegou! Ele tá na primeira fila!” disse Aurora, toda animada, entrando no camarim. Mas, quando olhou para o meu rosto, seu sorriso desapareceu. “O que aconteceu?”

 

Abri a boca para falar, mas Richard, o responsável pela organização do desfile, chegou gritando ao ver que a gente ainda não tinha se trocado.

 

Aurora saiu correndo, e eu, ainda em choque por causa das fotos, não conseguia nem coordenar meus pensamentos. Richard segurou meus ombros, me fazendo estremecer um pouco, enquanto ele dizia:

 

“Você tá no meio de um maldito desfile! Vai se trocar!” ele jogou a troca de roupa no meu peito. “Agora! Coloca logo esse biquíni e mexe esse traseiro lá pra fora!”

 

As lágrimas escorriam pelas minhas bochechas e eu comecei a me trocar ali mesmo, na frente dele, porque não tinha mais tempo.

 

Richard pegou uma toalha de algum lugar e se apressou para me cobrir. Minha mente e meu coração estavam destruídos. Eu não pensava em mais nada, só em fechar os laços da calcinha, colocar o short combinando e depois o sutiã, com os dedos trêmulos e desajeitados.

 

Ele tirou a toalha e percebeu que eu ainda estava com o rosto todo abatido.

 

“Droga, garota, para de chorar” disse Richard. Ele correu, pegou algo que parecia uma máscara e me entregou. “Coloca isso e vai!” praticamente me empurrou até o ponto de saída enquanto eu colocava a máscara. “Anda logo!”

 

Saí como ele mandou, sentindo o peito apertar. O holofote me iluminou enquanto eu dava um passo atrás do outro.

 

Sentia meu peito queimar, como se eu fosse morrer ali mesmo, sem ar. Só precisava caminhar, virar no ponto final e voltar. Pelo menos a máscara escondia meu rosto prestes a desabar em choro.

 

Quando cheguei no ponto de retorno, levei a mão à cintura, como vinha fazendo nas outras entradas, para mostrar o biquíni de estampa de zebra.

 

Mas, de repente, uma das alças do sutiã arrebentou na frente de todo mundo, expondo meus seios.

 

No susto, me cobri com as mãos. O público ficou em um silêncio mortal, que logo se transformou em murmúrios.

 

Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo.

 

Virei para sair correndo dali, mas o salto de quase 10 centímetros torceu meu tornozelo por causa do movimento rápido e inesperado.

 

Perdi o equilíbrio e gritei quando caí de frente para o público que estava na primeira fila, bem perto do palco.

 

Demorei alguns segundos para perceber… Eu tinha caído no colo de um homem. E não era qualquer homem. Eu já o tinha visto em fotos.

 

O pai da Aurora.

 

E meus seios nus estavam bem na cara dele.

Não tinha Como Piorar

Ou… não era ele?

Meu deus, eu esperava que não fosse, ou ia morrer ali mesmo.

“Eu… eu sinto muito” sussurrei.

Me afastei para cobrir os seios e tirá-los do rosto dele, mas a alça arrebentada do meu biquíni ficou presa na jaqueta dele. Isso me fez praticamente cair de novo contra seu rosto, esfregando meus seios na sua cara mais uma vez.

Droga.

Desesperada, puxei a jaqueta dele, arrancando um botão. Olhei para ele no exato momento em que ele ergueu o olhar para mim.

Seus olhos azuis, tão claros que chegavam a puxar para o cinza, me atravessaram completamente. O cenho franzido, o rosto frio… tudo nele mostrava que nada daquilo estava sendo engraçado para ele.

Tudo isso aconteceu em questão de segundos, mas para mim pareceu uma eternidade.

Engoli em seco, sentindo meu rosto ficar completamente vermelho. Dei passos desajeitados para trás, me cobrindo, saindo daquele transe. Só então percebi todas as pessoas ao redor falando, tirando fotos e rindo de mim. Foi quando me virei e comecei a correr de salto alto até desaparecer nos bastidores.

Droga, droga, droga!

Eu tentava recuperar o fôlego, com o rosto ainda mais quente a cada vez que a cena voltava à minha cabeça.

Eu precisava entrar numa piscina e me afogar agora mesmo… ou me jogar de uma ponte… ou esperar um caminhão me atropelar.

Esse dia não podia piorar.

“Você tá bem?” perguntou Richard quando me viu procurando minha roupa.

Vesti o vestido preto com o qual tinha chegado e meus tênis. Peguei minhas coisas e joguei o maldito biquíni no peito dele, sentindo que se me cortassem eu não sentiria nada, de tanta raiva que eu estava.

“O que a sua loja faz é lixo!” soltei, furiosa. “Nunca mais volto aqui!”

Arranquei a máscara do rosto e a joguei no chão, saindo pela porta dos fundos direto para a rua.

Pelo menos eu esperava que aquela máscara tivesse escondido minha identidade, para que ninguém me reconhecesse.

Que vergonha!

Andei rápido pela calçada para tentar parar o primeiro táxi que passasse, mas ouvi uma buzina. Quando olhei, vi que era o carro da minha mãe.

Ela não estava trabalhando?

Franzi a testa quando vi o carro encostar e o vidro descer, revelando que realmente era ela. E, no banco do passageiro, estava…

Kevin.

Meu namorado Kevin.

O traidor Kevin.

Depois de tanto tempo sem vê-lo, depois daquelas fotos com outra mulher, ele aparecia no carro com a minha mãe?

Os dois estavam com expressões tensas. Será que tinham visto o desastre no desfile? Será que também tinham recebido as fotos?

“O que vocês estão fazendo aqui?” perguntei.

“Entra” disse minha mãe.

Obedeci, sentando no banco de trás. Ela arrancou com o carro. “ Eu estava te ligando, mas você não atendia.”

Peguei o celular com as mãos trêmulas de dentro da bolsa. Realmente havia várias chamadas perdidas.

“O que aconteceu?” olhei para ele que permanecia imóvel no banco da frente. “Kevin?”

Ele mantinha os olhos fixos à frente, sem falar nada, quase sem piscar, e estava pálido.

Ele nem ia me dar uma explicação?

“A gente conversa em casa” disse minha mãe.

Eu não entendia o que estava acontecendo… esse dia só parecia piorar.

Quando chegamos em casa e entramos, a primeira coisa que vi foi minha irmã, Patricia, sentada no sofá.

Ela vestia um suéter azul e tinha os olhos inchados de tanto chorar. Franzi o cenho, fazia tempo que eu não a via desde que ela tinha ido para a Universidade de Harvard. Ela estava apenas no primeiro ano, o que significava que nem estava de férias… então, o que estava fazendo aqui?

Meu pai estava na cozinha, com a expressão fechada.

“Isso tem a ver com as fotos?” perguntei, tentando encaixar as peças na minha cabeça, mas nada fazia sentido.

“Queriam me chantagear” explicou Kevin, finalmente, sem me encarar. “Mas eu não tinha dinheiro… então mandaram para toda a sua família.”

Franzi o cenho.

Será que todos estavam assim porque meu namorado tinha me traído?

“Mas não entendo… por que você trouxe o Kevin, se ele me traiu?” perguntei para minha mãe, e depois olhei para ele. “Acho que isso é algo entre ele e eu.”

Eu precisava de explicações agora.

Minha mãe bufou sem humor e disse:

“Você não reconheceu o rosto da sua irmã?”

O rosto da minha…?

Olhei para Patricia de novo, e só então percebi que o cabelo descolorido dela tinha perdido o verde vibrante e estava num tom mais amarelado.

Então, era… ela?

Parei de respirar. Era como se o chão tivesse se aberto e eu estivesse caindo sem controle. Eu tinha estado tão focada olhando para o Kevin nas fotos que nem tinha identificado a outra pessoa. Eu nem sabia que minha irmã tinha tatuagens.

“Você ficou com a minha irmã?” murmurei, quase sem voz, olhando para Kevin.

Ele finalmente me encarou. Aqueles olhos claros que tantas vezes me olharam com carinho agora pareciam diferentes… e cheios de culpa.

“Eu não planejei” murmurou ele.

Dei um passo na direção dele.

“De todas as mulheres, por que a minha irmã mais nova? Ela só tem 19 anos!”

“Eu não sou uma criança” retrucou Patricia, do sofá. Apesar de ter chorado, sua voz mostrava raiva e frustração.

Nós nunca fomos as irmãs mais unidas do mundo, mas também não nos odiávamos… pelo menos não que eu soubesse.

“Como você pôde fazer isso comigo!?” perguntei, encarando Patricia.

“Me desculpa” respondeu Kevin. “Só… aconteceu, e…”

“Só aconteceu?” interrompi, olhando para ele. “Quer dizer que, acidentalmente, o seu pênis entrou na vagina dela não uma, mas várias vezes?”

Ele ficou em silêncio e desviou o olhar.

“Quanto tempo?” exigi saber.

“O suficiente para que agora estejam esperando um bebê de quatro meses” soltou minha mãe, com os braços cruzados. Pelo visto, essa bomba já tinha explodido para todos… menos para mim.

“Um bebê… de quatro meses?” repeti, quase sem voz, enquanto meus olhos iam para a barriga dela.

Levei a mão ao peito, sentindo meu coração despedaçado. Eu não conseguia respirar.

Além de ter ficado com ela, eles nem sequer usaram camisinha.

Eu precisava sair dali.

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