NovelToon NovelToon

"O Abraço Proibido de Aurora!" E a Maldição de Lucas...

"O Abraço Proibido de Aurora!"

O Abraço Proibido de Aurora

Prólogo: Alergia Crônica a Testosterona

Aurora era uma ilha. Uma ilha cercada por um mar de desconfiança, alimentada por anos de decepções amorosas e encontros desastrosos. Sua biografia sentimental era um prontuário médico repleto de diagnósticos de "homem-infantil", "ego inflado" e "incapacidade de lavar a louça". Resultado: uma alergia crônica a testosterona e um mantra pessoal: "relacionamento? Nem morta!".

Trabalhava como florista em uma charmosa loja no centro de São Paulo, cercada por orquídeas e rosas, mas com o coração blindado por espinhos afiados. Era feliz em sua solidão, ou pelo menos, se convencia disso todos os dias. Até o dia em que uma cliente misteriosa, com olhos que pareciam conhecer todos os seus segredos, lhe ofereceu um presente inusitado: um bracelete de âmbar "para afastar energias negativas". Mal sabia Aurora que, na verdade, a joia era uma bomba de hormônios do amor, programada para explodir a cada contato físico.

Capítulo 1: O Aperto de Mão Fatal

O primeiro a cair foi o entregador de flores, um rapaz tímido e desajeitado que sempre gaguejava ao falar com Aurora. No dia seguinte ao "presente", ele a esperava na porta da loja com um buquê de girassóis e uma serenata desafinada. Declarou seu amor eterno, prometeu largar a faculdade de engenharia para abrir uma floricultura com ela e jurou que nunca mais usaria meias furadas. Aurora, em choque, tentou se afastar, mas o estrago já estava feito.

Em seguida, foi o síndico do prédio, um senhor ranzinza e careca que vivia reclamando do barulho das plantas. De repente, ele se transformou em um poeta apaixonado, recitando versos de Drummond de Andrade e oferecendo serenatas de ukulele no meio da madrugada. Aurora se sentia em um filme de terror, mas comédia.

Capítulo 2: A Epidemia do Amor Incontrolável

A situação saiu do controle. Clientes, vizinhos, até o carteiro se declaravam apaixonados, implorando por um abraço, um beijo, um olhar. Aurora se tornou uma celebridade local, a "deusa do amor", a "fonte da paixão". Mas, para ela, era um pesadelo. Tentou usar luvas, evitar contato físico, se esconder em casa, mas o feitiço era implacável. Bastava um toque acidental para que a vítima se transformasse em um Romeu desesperado.

As reações eram as mais bizarras: um advogado workaholic começou a usar roupas floridas e a escrever poemas em guardanapos; um roqueiro tatuado e cheio de piercings se declarou vegano e passou a compor baladas românticas; um político corrupto prometeu doar toda a sua fortuna para obras de caridade em nome do amor.

Capítulo 3: A Busca Pela Cura

Desesperada, Aurora procurou a cliente misteriosa, mas ela havia sumido sem deixar rastros. Consultou bruxos, videntes, terapeutas, mas ninguém sabia como desfazer o feitiço. Decidiu, então, investigar a fundo a origem do bracelete. Descobriu que a joia era uma criação de uma antiga ordem de alquimistas, especialistas em manipular as emoções humanas.

A pista a levou a um antiquário em ruínas no centro da cidade, onde encontrou um livro empoeirado com a fórmula para reverter o feitiço. A receita era complexa e exigia ingredientes raros: pétalas de uma flor que só floresce à meia-noite, lágrimas de um homem que nunca amou e um abraço sincero de alguém imune ao feitiço.

O Abraço Proibido de Aurora (Capítulo 4 Em Busca do Príncipe Imune)

Capítulo 4: Tinder dos Imunes e Outras Desgraças Amorosas

A busca por um homem imune ao "abraço do amor" de Aurora se tornou uma comédia de erros digna de stand-up. Desesperada, ela transformou sua floricultura em um laboratório de testes amorosos, com direito a cartazes improvisados ("Procuro Imune para Fim de Feitiço - Recompensa: Gratidão Eterna e Café Grátis!").

Primeiro, tentou com o Seu Zé, o padeiro da esquina, famoso por seu mau humor matinal e aversão a qualquer tipo de demonstração de afeto. Resultado: Seu Zé, após um aperto de mão protocolar, passou a decorar os pães com corações de glacê e a cantar "Evidências" em alto e bom som durante a madrugada, para desespero dos vizinhos.

Em seguida, apelou para a ciência. Criou um perfil no "Tinder dos Imunes", um aplicativo bizarro para pessoas com alergia a romance e outras condições raras. O primeiro encontro foi com um astrônomo obcecado por buracos negros, que a bombardeou com teorias sobre a insignificância do amor no universo. Após o fatídico abraço de despedida, ele passou a acreditar que Aurora era uma alienígena enviada para salvá-lo da solidão cósmica e a seguia pelas ruas com um telescópio.

A situação chegou ao ápice do ridículo quando Aurora, em um momento de desespero, tentou abraçar um manequim de loja. O resultado foi desastroso: o manequim, inexplicavelmente, ganhou vida e se apaixonou por ela, passando a segui-la por toda parte com um olhar fixo e um sorriso de plástico. A cena de Aurora fugindo de um manequim apaixonado pelas ruas de São Paulo viralizou nas redes sociais, transformando-a em meme nacional.

Para piorar a situação, sua floricultura se tornou um ponto turístico. Casais apaixonados faziam fila para abraçá-la, na esperança de fortalecer seus laços amorosos. Solteiros desesperados imploravam por um toque, sonhando em encontrar o amor verdadeiro. Aurora se sentia como uma atração de circo, uma aberração da natureza.

Em meio a esse caos, uma luz surgiu no fim do túnel. Uma amiga, programadora de computadores, sugeriu que ela procurasse um cientista especializado em robótica, um sujeito frio, calculista e completamente avesso a emoções. "Eles são praticamente imunes a qualquer tipo de sentimento", garantiu a amiga. "É a sua única esperança."

Aurora, cética, mas sem alternativas, decidiu seguir o conselho. Afinal, o que ela tinha a perder? No máximo, seria abraçada por um robô apaixonado. E, convenhamos, depois de um manequim, nada mais a surpreenderia.

O Abraço Proibido de Aurora (Próximo Capítulo - A Amiga Apaixonada e o Príncipe Robótico Distraído)

"O Abraço Proibido de Aurora!"

Capítulo 5: Desastre Floral, Confissão Inesperada e o Robô Indiferente

A vida de Aurora se transformou em uma sitcom de humor negro. Cada dia era um novo desafio para evitar o contato físico e, consequentemente, mais um pretendente bizarro. A paranoia atingiu níveis estratosféricos: Aurora passou a usar um traje de astronauta improvisado, com direito a capacete e luvas grossas, para ir ao supermercado. Resultado: foi confundida com uma ativista ambiental radical e expulsa do estabelecimento.

O ápice da vergonha aconteceu durante um festival de flores. Aurora, tentando desesperadamente se esconder dos admiradores, esbarrou em sua melhor amiga, Sofia, uma designer de interiores extrovertida e apaixonada por astrologia. No susto, um abraço rápido e desajeitado. Aurora congelou. "Não, não, não!", gritou em pensamento.

Sofia, que sempre foi um poço de autoestima e independência, começou a ter crises existenciais. Abandonou o trabalho, passou a usar roupas floridas (ironicamente), a compor poemas melancólicos e a questionar a validade de todos os seus relacionamentos passados. "Sempre te amei, Aurora!", confessou em meio a lágrimas e soluços. "Você é a minha alma gêmea, meu sol, minha lua, meu ascendente em Libra!"

Aurora, horrorizada, tentou explicar o feitiço, mas Sofia interpretou tudo como uma declaração de amor velada. A situação ficou ainda mais constrangedora quando Sofia começou a competir com os outros pretendentes, declarando guerra a qualquer um que se aproximasse de Aurora. A floricultura se transformou em um campo de batalha campal, com buquês de flores sendo usados como armas e serenatas desafinadas como gritos de guerra.

Em meio a esse caos amoroso, Aurora finalmente conseguiu o contato do tal cientista especialista em robótica. Seu nome era Matias, e ele trabalhava em um laboratório isolado na periferia da cidade. Marcou um encontro, desesperada para encontrar a cura para sua maldição.

Ao chegar no laboratório, Aurora se deparou com um cenário digno de filme de ficção científica: robôs de todos os tamanhos e formatos, fios e cabos por toda parte, luzes piscando e um cheiro forte de metal e óleo. Matias, com seus óculos de aro grosso, jaleco branco e expressão absorta, mal notou sua presença.

"Senhor Matias?", perguntou Aurora, tentando chamar sua atenção.

Matias, sem sequer levantar os olhos, respondeu: "Estou ocupado. Tentando ensinar um robô a sentir emoções. Uma tarefa, devo dizer, infinitamente mais complexa do que entender o comportamento humano."

Aurora suspirou. Aquele era o seu príncipe imune? Um robô indiferente que não conseguia nem sequer notar sua existência? A comédia, definitivamente, havia se tornado trágica. Mal sabia ela que o "príncipe robótico", o homem imune ao seu abraço, era, na verdade, seu melhor amigo de infância, Lucas, um nerd apaixonado por tecnologia que sempre esteve ao seu lado, mas que ela nunca enxergou com outros olhos. E, por enquanto, nem ia enxergar. O destino, afinal, adora pregar peças.

O Abraço Proibido de Aurora (Capítulo 6 - Lucas, o Escudeiro Desastrado e a Epidemia de Confusões Amorosas)

Capítulo 6: Traje Anti-Paixão, Confusões Florais e um Amigo de Infância Inacreditavelmente Ignorado

Lucas, o amigo nerd de infância de Aurora, sempre foi o tipo de cara que passava despercebido. Óculos de grau fundo de garrafa, camisetas de Star Wars e uma habilidade impressionante para resolver problemas de computador, mas zero para lidar com dramas amorosos. No entanto, ao ver sua amiga desesperada, Lucas sentiu um impulso heróico (e uma pontada de ciúmes, que ele prontamente ignorou) e se ofereceu para ajudar.

"Eu vou ser seu escudeiro anti-paixão!", declarou Lucas, com a determinação de um Jedi enfrentando Darth Vader. Aurora, cética, mas sem opções melhores, aceitou a ajuda. Mal sabia ela que Lucas era a chave para resolver seu problema, mas a miopia amorosa de Aurora era mais forte que qualquer feitiço.

A primeira medida de Lucas foi criar um "traje anti-paixão" para Aurora. A ideia era boa, a execução, desastrosa. O traje consistia em uma armadura de papelão improvisada, repleta de alarmes sonoros e repelentes de pretendentes (alho, pimenta e spray de citronela). O resultado: Aurora parecia um Transformer rejeitado e atraía mais olhares curiosos do que apaixonados.

Durante um evento beneficente, Aurora, vestida com seu traje bizarro, tentava desesperadamente evitar contato físico com os convidados. Lucas, responsável por acionar os alarmes e borrifar o repelente, se atrapalhou com os botões e acabou atingindo o prefeito da cidade com um jato de spray de citronela. O prefeito, alérgico à substância, começou a espirrar descontroladamente, causando um efeito dominó de espirros em toda a plateia. O evento se transformou em um caos alérgico, com direito a ambulâncias e manchetes sensacionalistas nos jornais.

Para piorar a situação, Sofia, a amiga apaixonada, não dava trégua. Seguia Aurora e Lucas por toda parte, lançando olhares fulminantes e sabotando suas tentativas de encontrar uma solução para o feitiço. Em uma cena digna de novela mexicana, Sofia invadiu a floricultura vestida de noiva, declarando seu amor eterno por Aurora e desafiando Lucas para um duelo de flores.

No meio de toda essa confusão, Lucas e Aurora se esbarravam, se trombavam, quase se abraçavam, mas, por um milagre (ou por pura teimosia do destino), nunca se tocavam de verdade. A tensão entre eles era palpável, mas ambos estavam tão focados em resolver o problema do feitiço que não percebiam a faísca que começava a surgir.

Em uma noite chuvosa, Lucas, exausto e frustrado, desabafou com Aurora: "Eu não sei mais o que fazer! Parece que tudo o que eu tento só piora a situação."

Aurora, comovida com o esforço do amigo, colocou a mão em seu ombro (sem perceber, é claro, que estava prestes a cometer um erro gravíssimo). "Você está sendo incrível, Lucas", disse ela, com um sorriso sincero. "Eu não sei o que faria sem você."

Lucas, ao ouvir aquelas palavras, sentiu um calor percorrer seu corpo. Pela primeira vez em anos, ele enxergou Aurora com outros olhos. Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, o alarme do traje anti-paixão disparou, interrompendo o momento. Aurora, assustada, se afastou bruscamente, sem notar o olhar apaixonado que Lucas lhe lançou.

O destino, mais uma vez, havia pregado uma peça. O príncipe imune estava ali, ao seu lado, mas Aurora, cega pelo feitiço e pela confusão amorosa, continuava a procurá-lo em lugares errados. E a comédia, longe de terminar, estava apenas começando.

"O Abraço Proibido de Aurora!" Pétalas Assassinas, Confissões Involuntárias e...

Capítulo 8: Tanquinho Inesperado, Tentação Floral e a Interrupção Divina (ou Nem Tanto)

Aurora quase engasgou com o próprio ar ao ver Lucas. O nerd desengonçado havia se transformado em um espécime de academia, com músculos definidos, um corte de cabelo estiloso e um sorriso que faria até uma estátua de mármore corar. "Lucas? É você mesmo?", perguntou, incrédula.

Lucas, com um misto de orgulho e nervosismo, respondeu: "Surpresa! Decidi que era hora de uma repaginada. O que achou?"

Aurora, sem conseguir desviar os olhos do tanquinho (antes inexistente) de Lucas, gaguejou: "É... é... diferente. Bem diferente."

A verdade era que Aurora estava chocada. Nunca havia reparado em Lucas como algo além de um amigo, um confidente, um nerd adorável. Mas, de repente, ele havia se transformado em um objeto de desejo, um galã de novela mexicana. E, para sua surpresa, ela estava gostando da visão.

Em um momento de ousadia (ou seria desespero?), Aurora estendeu a mão para tocar o rosto de Lucas. Queria sentir a textura da pele, confirmar se aquele era mesmo o seu amigo de infância. Lucas, com o coração acelerado, fechou os olhos, esperando o toque.

"Lucas...", sussurrou Aurora, com a voz embargada. "Você está... diferente."

A tensão era palpável. O ar parecia carregado de eletricidade. Aurora estava prestes a quebrar a barreira da amizade e se entregar à tentação. Quase o abraçou, teria abraçado, se não fosse por um grito histérico que ecoou pela floricultura.

"NÃO!", berrou Sofia, irrompendo na loja como um furacão. "Não ouse tocar no meu futuro marido, Aurora!"

Sofia, vestida com um vestido de noiva improvisado feito de pétalas de rosas, agarrou Aurora pelos braços e a afastou de Lucas. "Ele está te enfeitiçando com esse corpo sarado!", acusou Sofia, com os olhos injetados de ódio. "Não caia nessa armadilha, meu amor!"

A cena se transformou em um circo. Sofia gritava, Lucas tentava se explicar, Aurora se sentia como uma marionete sendo puxada para um lado e para o outro. A situação chegou ao cúmulo do absurdo quando Sofia começou a jogar pétalas de rosas em Lucas, gritando: "Sai pra lá, Satanás! Volta para o inferno de onde você veio!"

Capítulo 9: Pétalas Assassinas, Confissões Involuntárias e o Beijo (Quase) Fatal

A floricultura virou um campo de batalha. Sofia, empunhando um regador como arma, lançava jatos d'água em Lucas, gritando impropérios e acusações. Lucas, tentando se defender, se escondia atrás de vasos de samambaias, lançando olhares desesperados para Aurora. Aurora, coberta de terra e pétalas de rosas, se sentia como uma figurante em um filme trash de baixo orçamento.

"Você nunca a amará como eu!", gritava Sofia, com a voz rouca de tanto berrar. "Eu conheço a Aurora desde que éramos crianças! Sei qual é a flor favorita dela, qual é o filme que a faz chorar, qual é a marca de sorvete que a deixa feliz!"

Lucas, em um momento de ousadia (ou seria desespero?), rebateu: "Ah, é? Então me diga, qual é a flor favorita dela?"

Sofia, com um sorriso triunfante, respondeu: "Orquídeas! Ela sempre amou orquídeas!"

Lucas, com um olhar de superioridade, corrigiu: "Errado! Aurora odeia orquídeas! Ela acha que são pretensiosas e artificiais. A flor favorita dela são as margaridas. Simples, delicadas e cheias de vida. Assim como ela."

Aurora arregalou os olhos. Lucas sabia mais sobre ela do que sua melhor amiga! Como isso era possível? Sofia, furiosa, jogou um vaso de violetas em direção a Lucas, que desviou por pouco. O vaso atingiu um espelho, que se estilhaçou em mil pedaços.

"Isso é a prova de que nosso amor está fadado ao fracasso!", lamentou Sofia, com um drama digno de atriz de teatro. "O espelho quebrou! Sete anos de azar nos aguardam!"

Em meio à confusão, Lucas tropeçou em um balde de água e caiu em cima de Aurora, que estava tentando se levantar. Os dois se desequilibraram e caíram no chão, em uma posição comprometedora. Lucas, instintivamente, apoiou as mãos no chão para não machucar Aurora. Mas, ao fazer isso, acabou tocando nos braços dela.

O tempo parou. Aurora prendeu a respiração. Será que o feitiço finalmente iria funcionar? Será que ela estava prestes a se apaixonar por Lucas? Sofia, ao ver a cena, soltou um grito agudo e se jogou em cima dos dois, tentando separá-los.

Na confusão, Sofia acabou acertando um tapa na cara de Lucas, que, no susto, se virou e beijou Aurora sem querer. Um beijo rápido, desajeitado e completamente acidental. Mas um beijo, afinal.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!