Corações de Ébano
Primeiro capítulo – Cena inicial
Dante Rossi (28 anos): Novo estrategista da família, mestre em jogos de poder e manipulação. Inteligente, elegante, e com uma aura misteriosa que atrai Lorenzo.
Lorenzo De Luca (30 anos): Herdeiro da família De Luca. Charme perigoso, carisma natural, mas com uma vulnerabilidade que só Dante consegue ver.
Marco Vieri (35 anos): Capo da família, amigo e mentor de Lorenzo, sabe mais do que aparenta sobre os segredos de Dante.
Elena Caruso (27 anos): Advogada e aliada de Dante, sabe navegar entre a legalidade e os negócios obscuros da máfia.
Lorenzo observava a chuva cair sobre a cidade do terraço de sua cobertura. As luzes refletiam nos prédios e nas poças de água, como se fossem fragmentos de vidro espalhados. Ele não estava sozinho: Dante permanecia ao lado, com as mãos nos bolsos, observando o movimento do porto abaixo.
Lorenzo de luca
— Você parece fora de lugar aqui — disse Lorenzo, sem tirar os olhos do horizonte.
Dante sorriu de lado, aquele tipo de sorriso que sabia exatamente como desarmar alguém.
Dante rossi
— Talvez seja porque estou exatamente onde quero estar.
O silêncio entre eles era carregado de tensão, cada respiração um aviso de que aquilo poderia se tornar algo muito mais perigoso do que qualquer rival da máfia.
Lorenzo sentiu algo que não podia nomear. Não era medo, não era desejo… era uma mistura que queimava mais que pólvora.
Lorenzo de luca
— Cuidado — murmurou ele, quase para si mesmo. — Cuidado com o que deseja
Dante inclinou-se ligeiramente, e sua proximidade era quase sufocante
Dante rossi
— Eu nunca tenho medo do que desejo.
Capítulo 2 – Jogos de Poder
O escritório da família De Luca era um santuário de luxo e poder: paredes de madeira escura, poltronas de couro, uma lareira que queimava sem pressa. Lorenzo entrou, acompanhado por Dante, que já observava cada detalhe, como se estivesse calculando movimentos invisíveis.
Dante rossi
— Então é aqui que o caos começa — murmurou Dante, sorrindo.
Lorenzo de luca
Lorenzo ergueu uma sobrancelha.
— Caos ou controle… depende de quem estiver comandando.
Antes que pudessem continuar, Marco entrou, com o rosto sério, carregando uma pasta cheia de documentos.
Marco Vieri
— Precisamos falar sobre o novo negócio com a família Romano — disse, jogando a pasta sobre a mesa. — Mas isso precisa ser resolvido discretamente. Não podemos dar brechas.
Dante pegou a pasta, folheando calmamente os papéis. Lorenzo observava cada gesto, cada detalhe de sua expressão. Ele sabia que Dante não era apenas competente: era perigoso. E havia algo no jeito como Dante olhava para ele que fazia seu coração acelerar sem aviso.
Dante rossi
— Parece arriscado — disse Dante, finalmente, olhando para Lorenzo. — Mas arriscar é exatamente o que nos mantém vivos.
Lorenzo sentiu a proximidade como um choque elétrico. Ele nunca fora tão atraído por alguém ao mesmo tempo em que sentia que se aproximar demais poderia custar caro.
A tensão entre eles era palpável, e por um instante, Lorenzo imaginou o que seria ceder a aquele impulso. Mas na vida que levavam, paixão podia ser tão letal quanto uma bala.
Lorenzo de luca
— Vamos fazer isso juntos — murmurou Lorenzo, sua voz baixa, quase inaudível. — Mas só se estivermos no mesmo lado.
Dante sorriu, chegando ainda mais perto, o cheiro do perfume masculino misturado ao de tabaco e riqueza preenchendo o espaço entre eles.
Dante rossi
— Sempre estamos, Lorenzo. Mas lembre-se… no jogo da máfia, confiar é um luxo que poucos podem se dar
E naquele instante, Lorenzo percebeu que, por mais que tentasse, não podia fugir do que sentia. Entre perigo e desejo, ele e Dante já haviam cruzado a linha.
Capítulo 3 – Sangue e Silêncio
A noite era densa no porto. O ar cheirava a ferrugem, maresia e pólvora — como se a cidade inteira esperasse algo acontecer. Lorenzo e Dante estavam lá, acompanhando discretamente a chegada de um carregamento que deveria ser simples, mas nada na vida da máfia era simples
Lorenzo de luca
— Romano está atrasado — murmurou Lorenzo, checando o relógio. — Isso não é bom.
Dante, ao lado, não parecia preocupado. Na verdade, sorria como se soubesse de algo que Lorenzo não sabia
Dante rossi
— Atrás de cada atraso, existe uma oportunidade. — Seus olhos escuros brilharam. — Vamos ver quem aparece primeiro: os aliados ou os traidores.
De repente, um barulho metálico ecoou. Da escuridão, três homens armados surgiram, apontando diretamente para eles.
Lorenzo de luca
— Merda — Lorenzo resmungou, puxando sua arma.
Os homens dispararam, e o porto se encheu de faíscas e tiros. Lorenzo correu, puxando Dante pelo braço, escondendo-se atrás de contêineres de aço. O som das balas ricocheteando era ensurdecedor.
Lorenzo de luca
— Você está bem? — Lorenzo perguntou, ofegante.
Dante, encostado no contêiner, respirava fundo, mas ainda sorria.
Dante rossi
— Nada como um pouco de adrenalina para apimentar a noite.
Antes que Lorenzo pudesse responder, um dos homens se aproximou. Lorenzo sacou a arma e disparou, atingindo-o no ombro. O inimigo caiu, gritando, mas os outros dois avançaram. Dante, rápido, pegou a pistola de dentro de seu paletó e atirou com precisão calculada — dois tiros secos, um em cada alvo. Silêncio.
A respiração de ambos era pesada. O porto voltou a ser apenas um espaço úmido e escuro, o cheiro de sangue e pólvora impregnando o ar
Lorenzo olhou para Dante, e naquele instante não viu apenas o estrategista frio, mas um homem que não hesitava em matar para proteger o que estava ao seu lado.
O coração de Lorenzo batia forte, não só pela adrenalina da troca de tiros, mas pela proximidade. Ele encostou Dante contra o contêiner, a arma ainda firme em sua mão, mas o olhar cheio de algo mais perigoso que qualquer bala.
Lorenzo de luca
— Você me deixa louco — Lorenzo sussurrou, a voz carregada de desejo.
Dante rossi
Dante sorriu, mesmo com a tensão ainda no ar.
— Então pare de lutar contra isso
O espaço entre eles desapareceu, e quando seus lábios finalmente se encontraram, foi como o disparo final da noite: intenso, inevitável, cheio de risco. Um beijo que poderia ser sua ruína… ou sua salvação.
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