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A Melodia Proibida de Grasse: Onde o Amor Floresce em Tempos de Guerras!

A Melodia Proibida de Grasse: Onde o Amor Floresce em Tempos de Guerra!

Capítulo 1: A Colheita Silenciosa

O orvalho da manhã cintilava sobre os campos de lavanda, transformando Grasse em um mar púrpura que se estendia até onde a vista alcançava. Elodie, com os dedos delicados, colhia as flores, sentindo o aroma doce e pungente impregnar sua pele. Mas, por mais belo que fosse o cenário, a sombra da guerra pairava sobre a cidade, como uma névoa densa que obscurecia o futuro.

"Elodie, minha flor, você está tão absorta em seus pensamentos que vai acabar perdendo o dia inteiro!", exclamou Madame Dubois, a supervisora da colheita, com sua voz rouca e seu olhar severo.

Elodie sorriu, tentando dissipar a tristeza que a invadia. "Desculpe, Madame Dubois. É que… tudo parece tão incerto ultimamente."

"Incerteza é o pão de cada dia, querida. Mas nós, mulheres, somos fortes. Nós sobrevivemos a tudo. E vamos continuar a colher lavanda, a fazer perfumes, a manter a França viva, mesmo em tempos sombrios."

As palavras de Madame Dubois eram um bálsamo para o coração de Elodie. Ela sabia que, em Grasse, as mulheres eram a espinha dorsal da economia, a força motriz por trás da indústria do perfume. Mas, mesmo assim, a sociedade ainda esperava que elas se casassem, tivessem filhos, se dedicassem ao lar.

Elodie, no entanto, sonhava com algo mais. Ela queria criar perfumes que contassem histórias, que evocassem emoções, que libertassem as pessoas de suas amarras. Ela queria ser uma perfumista renomada, uma artista reconhecida, uma mulher independente.

Capítulo 2: O Eco da Solidão

À noite, em seu pequeno apartamento no centro de Grasse, Elodie sentia o peso da solidão. As paredes pareciam se fechar sobre ela, o silêncio era ensurdecedor. Ela acendia uma vela, preparava uma xícara de chá de camomila e se sentava à janela, observando as luzes da cidade cintilarem como estrelas distantes.

"Mais um dia que termina… e eu aqui, sozinha", murmurava para si mesma, com um sorriso amargo.

A independência tinha seu preço. Elodie trabalhava duro, ganhava seu próprio dinheiro, tomava suas próprias decisões. Mas, às vezes, sentia falta de um ombro para chorar, de um abraço para aquecer, de uma voz para compartilhar seus sonhos.

"Você é uma mulher forte, Elodie", repetia para si mesma, tentando se encorajar. "Você não precisa de um homem para ser feliz. Você tem seus perfumes, sua arte, sua liberdade."

Mas, no fundo, ela sabia que a liberdade não era completa sem amor.

Capítulo 3: O Aviador Ferido

Em uma noite escura e tempestuosa, enquanto voltava para casa, Elodie ouviu um gemido fraco vindo de um beco. Hesitou por um instante, mas a curiosidade falou mais alto. Aproximou-se e viu um homem ferido, vestido com um uniforme de piloto.

"Por favor, me ajude", ele sussurrou, com um forte sotaque inglês. "Sou James, um piloto da Força Aérea Real. Fui abatido pelos alemães e preciso de um lugar para me esconder."

Elodie sentiu o coração disparar. Ajudar um piloto inglês era um ato de traição, passível de punição severa pelos nazistas. Mas ela não podia simplesmente deixá-lo morrer.

"Venha comigo", ela disse, guiando-o até seu apartamento.

James era um homem corajoso e charmoso, com um sorriso que iluminava o rosto e um olhar que penetrava a alma. Elodie cuidou de seus ferimentos, compartilhou sua comida, ouviu suas histórias. E, em meio à escuridão da guerra, um amor proibido começou a florescer.

Capítulo 4: O Perfume da Resistência

Esconder James era um desafio constante. Elodie precisava ser cuidadosa, discreta, engenhosa. Ela o mantinha escondido em seu apartamento durante o dia e o levava para passear pelos campos de lavanda à noite, quando a cidade dormia.

"Você é uma heroína, Elodie", dizia James, com admiração. "Você está arriscando sua vida por mim."

"Eu não estou fazendo isso só por você, James", respondia Elodie, com um brilho nos olhos. "Eu estou fazendo isso pela liberdade, pela justiça, pela esperança de um futuro melhor."

Elodie começou a se envolver na resistência francesa, ajudando a esconder outros soldados aliados, a distribuir mensagens secretas, a sabotar os planos dos nazistas. Ela usava seus conhecimentos de perfumaria para criar códigos secretos, misturando essências e óleos essenciais que transmitiam mensagens cifradas.

"O perfume pode ser uma arma poderosa", dizia ela, com um sorriso enigmático. "Pode despertar paixões, evocar memórias, inspirar a coragem. E também pode enganar o inimigo."

Capítulo 5: A Escolha Crucial

O amor entre Elodie e James se intensificava a cada dia. Eles se sentiam conectados por um laço invisível, uma força que os unia em meio ao caos da guerra. Mas sabiam que seu romance era perigoso, que a qualquer momento poderiam ser descobertos e presos.

"Eu preciso voltar para a Inglaterra, Elodie", disse James, em uma noite fria. "Tenho informações importantes que podem ajudar a vencer a guerra."

Elodie sentiu o coração se despedaçar. Ela não queria perder James, mas sabia que ele precisava cumprir seu dever.

"Eu vou te ajudar a escapar", disse ela, com a voz embargada. "Mas prometa que você vai voltar para mim, assim que a guerra acabar."

"Eu prometo, Elodie. Eu voltarei para você, custe o que custar."

A Melodia Proibida de Grasse: Onde o Amor Floresce em Tempos de Guerra...

A Melodia Proibida de Grasse: Onde o Amor Floresce em Tempos de Guerra 02!

Capítulo 6: O Disfarce Perfumado

Elodie trabalhou incansavelmente para criar um disfarce que permitisse a James escapar de Grasse sem ser reconhecido. Ela vasculhou seus livros de perfumaria, buscando a combinação perfeita de essências que pudessem camuflar seu cheiro e confundir os sentidos dos soldados alemães.

"Preciso de algo que o faça parecer um camponês local, alguém comum, inofensivo", murmurava para si mesma, enquanto misturava óleos essenciais em um frasco de vidro.

"Que tal um toque de lavanda, para evocar a Provença?", sugeriu James, que observava Elodie com admiração.

"Boa ideia!", exclamou Elodie, com um sorriso. "Mas precisamos de algo mais forte, algo que mascare seu cheiro característico. Que tal um pouco de patchouli e vetiver? São aromas terrosos, rústicos, que remetem ao trabalho no campo."

"Você é uma alquimista, Elodie", disse James, com um brilho nos olhos. "Com suas mãos mágicas, você pode transformar qualquer coisa."

Elodie corou, mas continuou a trabalhar, concentrada em sua tarefa. Ela sabia que a vida de James dependia de sua habilidade, de sua criatividade, de sua intuição.

Capítulo 7: A Despedida Dolorosa

Na noite da fuga, Elodie e James caminharam em silêncio pelas ruas escuras de Grasse, evitando as patrulhas alemãs. O coração de Elodie estava apertado, a garganta seca, os olhos marejados. Ela sabia que aquela poderia ser a última vez que veria James, que o destino poderia separá-los para sempre.

"Você tem certeza de que quer fazer isso?", perguntou James, com a voz embargada. "Eu não quero colocar você em perigo."

"Eu não tenho escolha, James", respondeu Elodie, com firmeza. "Eu te amo, e quero que você volte para casa, para lutar pela liberdade."

Eles se abraçaram com força, como se quisessem fundir seus corpos em um só. Elodie sentiu o calor de James, o cheiro de sua pele, a batida de seu coração. Ela gravou cada detalhe em sua memória, para que pudesse se lembrar dele para sempre.

"Eu voltarei para você, Elodie", sussurrou James, em seu ouvido. "Eu prometo."

Eles se beijaram com paixão, um beijo de despedida, um beijo de esperança, um beijo de amor eterno.

Capítulo 8: A Reviravolta Inesperada

Enquanto se dirigiam para a estação de trem, Elodie e James foram surpreendidos por uma patrulha alemã. Os soldados os cercaram, apontando suas armas.

"O que vocês estão fazendo aqui a essa hora da noite?", perguntou o comandante, com um olhar desconfiado.

Elodie sentiu o sangue gelar nas veias. Ela sabia que estavam perdidos, que seriam presos e interrogados. Mas, de repente, uma voz familiar se fez ouvir.

"Deixem-nos passar!", gritou Madame Dubois, que surgia das sombras, acompanhada por um grupo de mulheres de Grasse. "Eles estão apenas indo para a estação, para visitar um parente doente."

O comandante hesitou, olhando para Madame Dubois e para as outras mulheres, que o encaravam com desafio. Ele sabia que elas eram a força da cidade, que não podia simplesmente ignorá-las.

"Deixem-nos ir", ordenou o comandante, com um aceno de cabeça.

Elodie e James trocaram um olhar de surpresa e gratidão. Eles não sabiam como Madame Dubois havia descoberto seu plano, mas estavam profundamente agradecidos por sua ajuda.

Capítulo 9: O Trem da Esperança

Elodie e James embarcaram no trem, sentindo o alívio invadir seus corpos. Eles se sentaram em silêncio, de mãos dadas, observando a paisagem passar pela janela.

"Eu não sei como agradecer, Elodie", disse James, com a voz embargada. "Você salvou minha vida."

"Nós nos salvamos, James", respondeu Elodie, com um sorriso. "Juntos, somos mais fortes."

O trem partiu, levando James para longe de Grasse, para longe de Elodie. Mas, em seu coração, ela sabia que ele voltaria. Ela sentia que o amor deles era mais forte do que a guerra, mais forte do que a distância, mais forte do que o destino.

Capítulo 10: A Espera Paciente

Os dias se transformaram em semanas, as semanas em meses. Elodie continuou a trabalhar na perfumaria, a ajudar a resistência, a sonhar com o dia em que James voltaria para seus braços.

Ela recebia cartas dele de vez em quando, escritas em código, que contavam sobre suas aventuras, sobre suas lutas, sobre seu amor por ela. As cartas eram um raio de esperança em meio à escuridão da guerra, um lembrete de que a liberdade estava próxima.

Em uma noite fria de inverno, enquanto preparava um novo perfume, Elodie ouviu uma batida na porta. Seu coração disparou. Ela sabia quem estava do outro lado.

Capítulo 11: O Retorno do Herói (e um Pequeno Desastre...)

A Melodia Proibida de Grasse: Onde o Amor Floresce em Tempos de Guerra!

Capítulo 11: O Retorno do Herói (e um Pequeno Desastre)

Elodie abriu a porta, o coração batendo tão forte que parecia querer escapar do peito. Lá estava ele. James, mais magro, com o rosto marcado pela guerra, mas com o mesmo sorriso que a havia cativado desde o primeiro momento.

"Elodie...", ele murmurou, a voz rouca pela emoção.

"James!", ela respondeu, atirando-se em seus braços.

O abraço foi apertado, desesperado, como se quisessem compensar todos os meses de saudade e incerteza. Elodie sentiu o cheiro de James, uma mistura de fumaça, terra e um toque sutil do perfume que ela havia criado para ele. Era o cheiro da liberdade, da coragem, do amor.

"Você voltou...", ela sussurrou, com os olhos marejados.

"Eu prometi, não prometi?", respondeu James, com um sorriso travesso. "Mas acho que trouxe um pequeno problema comigo..."

Elodie franziu a testa, curiosa. James deu um passo para o lado, revelando uma figura hesitante, escondida atrás dele. Era uma jovem mulher, com cabelos escuros e olhos amendoados, vestida com um uniforme de enfermeira.

"Elodie, esta é Isabelle", explicou James, com um tom de voz cauteloso. "Ela me ajudou a escapar de um campo de prisioneiros na Alemanha. Ela não tem para onde ir, e eu prometi que cuidaria dela."

Elodie sentiu um choque percorrer seu corpo. Ciúme? Insegurança? Uma pontada de irritação? Era uma mistura complexa de emoções que ela não conseguia decifrar. Afinal, ela era uma mulher independente, forte, que não se deixava abalar por clichês românticos. Mas, naquele momento, a presença de Isabelle em sua porta era como uma nota dissonante em sua sinfonia perfeita.

"Bem-vinda a Grasse, Isabelle", disse Elodie, com um sorriso forçado. "Espero que encontre um lar aqui."

Capítulo 12: Entre Perfumes e Segredos

A chegada de Isabelle mudou a dinâmica da vida de Elodie e James. A jovem enfermeira era gentil, prestativa e incrivelmente competente. Ela rapidamente conquistou a simpatia de todos em Grasse, incluindo Madame Dubois e os outros membros da resistência.

Elodie, no entanto, sentia-se deslocada. Ela não conseguia entender a ligação entre James e Isabelle, o que os unia além da experiência traumática da guerra. Será que havia algo mais entre eles? Será que James ainda a amava como antes?

Para piorar a situação, Elodie estava trabalhando em um novo perfume, inspirado na liberdade e na esperança. Mas, com a presença de Isabelle, a fragrância parecia ter perdido seu brilho, seu aroma vibrante.

"Preciso de um ingrediente secreto, algo que me inspire, que me faça sentir viva novamente", desabafou Elodie com Madame Dubois, enquanto colhiam jasmim nos campos floridos.

"O ingrediente secreto está dentro de você, Elodie", respondeu Madame Dubois, com um olhar sábio. "Você só precisa encontrar a coragem de enfrentar seus medos, de seguir seu coração, de ser você mesma."

Capítulo 13: A Revelação Inesperada

Em uma noite chuvosa, enquanto ajudava Isabelle a organizar os suprimentos médicos para a resistência, Elodie encontrou uma carta escondida em sua bolsa. Era uma carta de James, escrita em inglês, endereçada a Isabelle.

Com o coração na garganta, Elodie começou a ler. A carta era um agradecimento sincero, um reconhecimento da coragem e da dedicação de Isabelle durante a fuga do campo de prisioneiros. James a elogiava por sua inteligência, sua força e sua compaixão. Mas não havia nenhuma declaração de amor, nenhum indício de romance.

No final da carta, James escrevia: "Você se tornou uma irmã para mim, Isabelle. Uma irmã que eu nunca tive. E eu serei eternamente grato por tudo o que você fez."

Elodie sentiu um alívio imenso invadir seu corpo. Ela havia se enganado, havia deixado o ciúme e a insegurança obscurecerem sua visão. James amava Isabelle como uma irmã, não como uma amante.

Com um sorriso nos lábios, Elodie guardou a carta de volta na bolsa de Isabelle. Ela sabia que precisava conversar com James, abrir seu coração, confessar seus medos. Mas, antes disso, ela precisava fazer algo por Isabelle, mostrar sua gratidão por ter salvado a vida do homem que ela amava.

Capítulo 14: O Perfume da Gratidão

No dia seguinte, Elodie convidou Isabelle para acompanhá-la ao laboratório da perfumaria. Ela queria criar um perfume especial para ela, uma fragrância que celebrasse sua coragem, sua bondade e sua força.

"Isabelle, eu quero te agradecer por tudo o que você fez por James", disse Elodie, com sinceridade. "Você é uma heroína, e eu quero que você tenha um perfume que te lembre disso todos os dias."

Isabelle ficou emocionada com o gesto de Elodie. Ela nunca havia se sentido tão acolhida, tão valorizada.

"Eu não fiz nada de especial, Elodie", respondeu Isabelle, com humildade. "Eu apenas fiz o que era certo."

Juntas, Elodie e Isabelle começaram a trabalhar na nova fragrância. Elodie usou ingredientes raros e preciosos, como rosa búlgara, jasmim sambac e sândalo indiano. Ela queria criar um perfume que fosse ao mesmo tempo delicado e forte, suave e intenso, como a própria Isabelle.

Enquanto trabalhavam, Elodie e Isabelle conversaram sobre suas vidas, seus sonhos, seus medos. Elodie descobriu que Isabelle era uma mulher incrível, com uma história de vida inspiradora. Ela havia perdido seus pais na guerra, havia sobrevivido a horrores inimagináveis, mas nunca havia perdido a fé na humanidade.

"Eu acredito que o amor é a arma mais poderosa que temos", disse Isabelle, com convicção. "Se todos nós nos amássemos mais, o mundo seria um lugar melhor."

As palavras de Isabelle tocaram o coração de Elodie. Ela percebeu que havia julgado Isabelle injustamente, que havia se deixado levar por preconceitos e inseguranças. Ela aprendeu que a verdadeira independência não está em se isolar do mundo, mas em se conectar com as pessoas, em compartilhar o amor e a compaixão.

Próximo Capítulo ("A Melodia da Liberdade!")

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