NovelToon NovelToon

Desejo Proibido: Meu Primo Mafioso

Leonardo.

Eu sou Leonardo Rossi. Vinte e quatro anos. Filho de Enrico Rossi, o Don, e neto de Dante Rossi, o homem cujo nome é suficiente para calar uma sala inteira, sou filho de Lavínia Rossi, isso mesmo... meus pais são primos e do relacionamento nasceram eu e minha irmã gêmea, Aurora Rossi.

No meu mundo, lealdade e sangue são a mesma coisa. E trair o sangue é trair a si mesmo.

Apesar de crescer vendo amor em cada canto do complexo, meu pai sempre disse que demonstrar o amor fora dali era uma fraqueza. Mas mesmo ele se apaixonou pela prima.

Eu cresci ouvindo essa história como um amor que era proibido, foi o elo que os atraiu, como foi arriscado, mas o melhor que fizeram, o que pareceu tão bom, parecia querer se repetir, mas não sou meu pai e não vou atrair mais do que ela já é obrigada a viver sendo da máfia.

Bella Rossi. Filha da minha tia Serena e do meu tio Luca Hunter, o homem mais engraçado que já conheci, quase um contraste vergonhoso dentro desta família. Bella sempre foi o oposto do nosso mundo: suave, delicada, com aquele sorriso que não sabe mentir. E, desde que me lembro, perigosa para mim.

Eu tinha cinco anos quando a salvei. Ela tinha dois. Estávamos na casa de praia e, num descuido, Bella caiu na piscina. Eu a tirei de lá antes que fosse tarde. Talvez tenha sido nesse dia que o instinto nasceu. Um impulso de proteger, de manter perto, de não deixar ninguém — ou nada — encostar nela, antes que digam que é coisa de família, não, não é, Bella era diferente das outras, amo cada pessoa da nossa família, mas ela? Ela mexe com cada nervo meu.

O tempo só fez isso crescer, eu não queria, mas sim, vê-la crescendo, tão linda, era uma perdição, e eu precisava estar longe.

Tenho meus prazeres e meus pecados, mas nenhum deles é tão constante quanto ela.

O problema é que Bella não é como as outras mulheres que conhecem o meu mundo. Ela sonha em ser modelo, é tão doce e pura que tenho medo que ela seja machucada. Ela não sabe mentir, nem o poder que tem com o corpo, não sabe disfarçar o olhar, e isso me deixa vulnerável, porque sinto que sou eu quem precisa protegê-la.

E o que mais me enfurece… é saber que meu tio recebe pedidos de casamento para ela quase todos os dias. Homens de famílias respeitadas, prontos para comprá-la com alianças e promessas vazias. Um dia, ele vai aceitar. E quando isso acontecer… não sei do que serei capaz.

Eu disse a mim mesmo que não vai acontecer nada entre nós. Disse a ela também. Mas cada vez que outro homem ousa olhar para Bella, sinto o peso dessa mentira rasgando meu controle.

— Bella, venha para dentro. — falei quando a vi falando no telefone tão animada, ela me olhou e deu tchau, depois levantou como se tivesse tamanho para me enfrentar e questionou.

— Qual é o seu problema Leo? O que eu fiz para você? Não gosto quando gritam comigo, — quando ela disse isso já quebrava todas as minhas barreiras, Bella estava com os olhos cheios de água, eu não podia evitar me arrepender.

— Desculpe bambina, me perdoe, só acho perigoso dicar aqui sozinha, perdoa seu primo vai. — falei a puxando para um abraço, nossos olhos pousaram um no outro e quase a beijei, recuperei a consciência e me afastei.

— Vou viajar com o Matheo e a Helena, casamento em Vegas, depois uma missão, tenta não se meter em confusão, e lembra de contar qualquer coisa ao seu pai se precisar. — falei.

— Léo? Você não cansa de esconder o que sente? É nítido nos seus olhos, porque foge disso? — ela questionou.

— Disso? — questionei.

— Isso, Léo, nós, vai dizer que não sente o mesmo que eu? Vai negar? — Ela falou determinada.

— Nunca vai acontecer nada entre nós, é uma ilusão sua, te amo, sim, mas como uma prima, e só isso. — menti vendo a lágrima cair. — para de encher sua mente com isso, você é minha prima e isso soa errado demais.

— Não é como se seus pais vivessem isso né, mas ok, depois não reclama quando voltar e não me ver mais aqui. — falou enxugando uma lágrima e entrando.

E, no fundo, sei que não vou conseguir mantê-la longe para sempre.

Naquela noite viajei com eles, faria o necessário para proteger Helena, Bella estava segura, pelo menos era o que eu pensava, até ser surpreendido por uma ligação na manhã seguinte.

— Alô. — respondi pegando o celular ainda dormindo.

— Filho, temos um problema, preciso que volte. — meu pai falava nervoso e logo despertei.

— O que aconteceu, pai? — perguntei já me vestindo.

— Bella. — ao ouvir a menção do seu nome, cai sentado. — ela sumiu, foi correr pela ala norte, ao lado do riu igual sempre fazia, estava com as malas prontas. — ele falou, mas o cortei.

— Malas?

— Sim, sua tia a deixou passar alguns dias em Paris para uma sessão de fotos, estava tudo pronto, ela ia agora meio-dia. — fiquei puto, por isso ela falou que eu ia voltar e ela não estaria.

— Ela ia viajar? — questionei.

— Leonardo? Foco cara, a câmera de segurança pegou Lincon o segurança, ele a colocou no porta-mala antes da sua saída, ele a levou filho, não sabemos o que ele quer, mas precisamos de toda ajuda, deixe Heitor com Helena e volte com Marco.

Me vesti e sai descontrolado, era culpa minha, eu não assumi o que sentia, se Lincon tocasse nela saberia o gosto do inferno.

Depois que falei com todos sai correndo, Marco já estava em contato com a segurança, já tinham a ficha dele, e descobriríamos o motivo dele ter levado ela e onde está.

— Aguenta Bella, vou te salvar, aguenta meu amor. — falava para mim mesmo.

— Achamos ligações de Lincon para um número do cartel de mexicanos que fica na parte sudoeste da cidade, podemos chegar e ir direto para lá. — falou Marco.

Liguei na hora para meus pais.

— Ele tem ligação com o cartel mexicano, como ninguém percebeu? Quem contratou este desgraçado? — questionei.

— Se acalma meu filho, seu tio e os outros já foram atrás, a localização do anel dela mostrou o lado oposto da localização onde o cartel fica, vamos nos dividir. — ele respondeu.

— Não, eu vou pegar ela, sei que tem dedo dos malditos motoqueiros mexicanos, vamos chegar logo, te mantenho informado. — falei e desliguei, antes que aquilo virasse algo familiar, e eu não estava pronto, não para admitir que fiz o que jurei nunca fazer... me apaixonei.

Bella.

Ser uma Rossi não era tarefa fácil, sou a Bella, tenho 21 anos, meus pais Serena e Lucca são minha base, meu foco em futuro, a forma como ele a exalta a cada dia, como ela o engrandece, são o exemplo que quero muito seguir, minha mãe diz que sou uma romântica incurável, mas que isso, ver os sorrisos, o amor, a saudade que sentem quando não se veem, é lindo.

Com a idade que temos era para todas já estarem casadas, mas graças a Deus, nossos pais não são como os outros, Martina casou com amor, passou por vários problemas, mas casou, Helena com amor, Aurora focada em ser médica, e eu? Com as fotos que fizemos para o primeiro desfile da Martina, desenvolvi um desejo muito forte... ser modelo.

Meu primo Leonardo sempre foi meu melhor amigo, até minha cabeça estragada o ver como algo mais, ele sempre esteve ali, todas às vezes que precisei, eu tinha certeza que ele sentia algo por mim, mas essa noite vi que não, ele parece nunca querer me ver bem, parece que está sempre com dez pedras na mão, mas vou explicar melhor.

Já faziam duas semanas que uma agência vinha me chamando, queriam me apresentar uma opção de trabalho, não que precisasse do dinheiro, mas era como se aquilo me chamasse, falei com meus pais, minha mãe que já tinha feito fotos quando era nova gostou da ideia, meu pai que era superprotetor como o resto da família foi contra, mas com a investigação, e com a reunião que mostrou a confiança da empresa, e não fez o agente desistir mesmo com todas as ameaças do meu pai, consegui a chance de talvez, talvez fazer a minha primeira sessão de fotos.

Estava no jardim, contava para minha amiga que talvez fosse com ela para Paris, o ambiente era tranquilo, a família estava dentro de casa, o jardim com luzes acesas estava lindo, e somente um segurança caminhava por ali.

Meu primo gritou que eu deveria entrar, mas ele sabe, sabe o quanto odeio gritos, quando o confrontei ele pareceu se arrepender, mas quando me puxou para um abraço e senti seu cheiro, era como se tivesse perdido a razão, olhei para seus olhos firmes, seu perfume inebriante, suas tatuagens tão sexys, por Deus... como aquilo soava errado, mas como queria me perder em cada uma delas.

— Entre nós nunca vai acontecer nada, eu te amo, sim, mas como prima. — pronto, foi só o que ouvi, depois foram somente falácias, nada que importasse para mim, ele não sabia, mas não me veria mais, eu aceitaria a viagem, a única coisa que me faria ficar era ele, e mesmo sem saber disso ele assinou minha ida.

Aquela noite nem dormiria, disse para meus pais que queria viajar, a emoção que senti, eles achavam que era só pela viagem, mas não, era a dor de desistir do amor da minha vida.

— Papa? Posso ir? Ingrid vai amanhã meio-dia, posso ir com ela, meu segurança e os dela, vai ser bem legal, em uma semana voltamos. — falei.

— Sabe das regras, somente nos lugares que foram escritos, com a segurança no perímetro primeiro, sem fotos com acompanhante homem, e sem fotos de lingerie e biquíni. — os mesmos avisos de sempre, eu amava ouvir, meu pai me protegia de tudo, mas talvez fosse hora de dar um passo sozinha, e mesmo com medo eu sabia... ia vencer, com ou sem Leonardo.

— Filha, estou te sentindo tão triste, preocupada, está tudo bem? — questionou minha mãe.

— Tudo bem, mãe, acho que é só uma crise existencial, nem deveria, já que tenho tudo no mundo, mas sei lá, às vezes me sinto tão boba, e sinto que a vida real não é nada disso. — respondi.

— Filha, vai dar tudo certo, você nasceu privilegiada, vai poder escolher com calma, e no momento de tomar decisões difíceis você saberá o que fazer. — ela respondeu me beijando suavemente.

Dormir foi complicado, quando se sabia que o homem da minha vida estava a caminho de Las Vegas, lugar de sexo fácil, pecados e diversão sem culpa, e eu ia para Paris realizar um sonho, porem cercada de seguranças e precisando explicar cada passo.

Quando amanheceu estava revigorada, decidi correr mais cedo, o sol estava saindo e meu pai reclamava de como estava levando malas demais, era tudo que eu precisava, o drama do senhor Lucca e aquela corrida básica.

— Come primeiro filha, — falou minha mãe.

— Não mãe, vou fazer a corrida mais cedo hoje, vou para a ala norte, perto do lago, amo aquela floresta e o ar puro da despedida vai me fazer bem. — falei beijando ela e meu pai.

Sai com meu fone, ao som de Fucking perfect da cantora Pink, a música antiga parecia descrever perfeitamente a bagunça do meu coração, a confusão da minha cabeça e uma única certeza que eu não podia perder... eu era perfeita para caralho.

A batida era intensa, e meus passos também, ignorava o cansaço, a dor, o suor... só queria correr, ao final da música já tinha percorrido um longo caminho, quando dei por mim estava no final da propriedade, parei e com as mãos no joelho respirava com dificuldade, estava acalmando meu coração e quando vi um vulto atrás de mim e fui virar senti a batida, forte, seca na minha cabeça, me abaixei lentamente, mas um pano envolveu minha cabeça, não era possível, estava na propriedade, quem nos traiu, ouvi um veículo se aproximando e antes que pudesse gritar um pano cobriu minha boca, passei a ouvir com dificuldade, não via nada, mas aquela voz que dizia "Pegamos ela" parecia familiar,  fui jogada em um porta-malas e acabei perdendo a consciência sem saber se alguém me acharia.

Medo

Acordei sentindo minha cabeça latejar, quando tentei levar a mão ela estava presa, com a dificuldade de me movimentar veio a lembrança, a corrida, o carro e a batida.

Assim que dei por mim me desesperei, meus braços estavam presos, estava esticada, a cabeça doía tanto que pendia para frente, meus pés estavam presos igual os braços, com medo do que veria olhei a minha frente, o que vi foi assustador.

— Finalmente a princesa acordou, já não era sem tempo. — Lincon gritou enquanto alisava um cachorro muito parecido com o do tio Giovanni.

— O que está acontecendo? Lincon, você nos traiu? — questionei com a voz embargada, eu sempre fui muito sensível, e aquela cena ali me apavorava, lembro das histórias que meu tio contava, de como Thór matava os inimigos ferozmente.

— Trair? Sim, com certeza, me chamo Juan Hernandez, sou irmão de Carlo Hernandez, morto pelo seu primo há três anos, me infiltrar foi fácil, sua família não investigou nada além da ficha de Lincon, e eu não sou ele. Leonardo matou meu irmão, e o maldito cão comeu os pedaços, comprei um cachorro igual, e o ensinei a comer carne, não é difícil, ele come o que mando, e adora o cheiro da dor, ia trazer a princesa Aurora, até ver que você e seu primo tem uma relação... interessante. — ele respondeu, então era isso, ele queria atingir Leonardo me usando, mas ele não se importa tanto comigo.

— Você está louco, Leonardo é meu primo, não tem nada de interessante nisso, nós não temos nenhuma relação além dessa, por favor, me solta, eu não falo nada, só me deixa ir para casa. — Resmunguei tentando me explicar.

Ele levantou sem paciência, e a primeira coisa que ouvi foi o som do rosnado do cão que se se aproximava junto, ele deu um latido, mas parecia mais um trovão, eu podia facilmente me desesperar, mas era isso que ele queria, Lincon me olhava com ódio, e sua mão acertou meu rosto de forma dura, ele usava um anel no dedo que deixou um corte em meu rosto, os homens que estavam ali riam, alguns falavam coisas nojentas sexuais, outros destilavam ódio, mas nada era pior do que a cara do cachorro.

Ele caminhava de um lado para o outro, o cachorro a seu lado, obediente, mas com aquele olhar selvagem que me fazia querer encolher até desaparecer. Cada vez que ele rosnava, meu corpo reagia sozinho, como se o medo tivesse virado um reflexo.

De repente, o som da chamada de vídeo cortou o silêncio do casarão, Juan, como descobri segundos atrás, segurava o celular com um sorriso satisfeito, como quem saboreia a vitória antes mesmo de conquistá-la.

A tela se acendeu, revelando o rosto de Leonardo. Ele estava em pé, ombros rígidos, o maxilar travado como pedra. O olhar azul, normalmente frio, queimava como aço em brasa.

— Onde ela está? — a voz dele saiu grave, cada palavra carregada de ameaça. — seu desgraçado, vou destruir você.

Juan riu baixo, aproximando o rosto da câmera.

— Ah, então o príncipe veio salvar a donzela… Leonardo Rossi. Eu sou Juan Hernandez, irmão de Carlo Hernandez… lembra dele? — fez uma pausa, saboreando a lembrança. — Três anos atrás, você o matou. E o seu maldito cachorro ajudou a acabar com o corpo, agora meu cachorro vai fazer o mesmo, mas vou te esperar.

O silêncio de Leonardo foi curto, mas afiado.

— Eu lembro de cada detalhe, o abusador de crianças, cada um de vocês terá o mesmo fim. — a voz dele ficou mais fria, mais letal. — E vou lembrar de cada detalhe do que vou fazer com você, não preciso do Thór, ou dos filhos dele para acabar com a sua vida.

Juan sorriu, satisfeito, e girou o celular para me enquadrar.

— Veja, Rossi. A sua princesa não está tão perfeita agora… — disse, enquanto o cachorro rosnava baixo ao meu lado.

Eu estava tremendo. Quando meus olhos encontraram os dele na tela, algo dentro de mim cedeu. Leonardo me olhava como se nada mais importasse, como se o mundo inteiro tivesse parado naquele segundo.

— Bella… — a voz dele quebrou levemente, mas logo se firmou, forte, inabalável. — Eu vou te tirar daí. Com a minha vida, se for preciso.

As lágrimas escorriam sem controle. Eu assenti devagar, sentindo minha força se esvair, mas me agarrando àquela promessa como se fosse a única coisa que me mantinha de pé.

— Bonitinha… sabe que ele sente o cheiro, né? — Lincoln sussurrou, inclinando-se para perto, tão próximo que eu podia sentir o hálito carregado. — Medo. Ele adora.

O cachorro se aproximou, a respiração quente batendo no meu rosto, e um arrepio percorreu minha espinha. Eu não conseguia afastar a imagem dele avançando, como meu tio descrevia nas histórias sobre Thór.

— Sai de perto dela, maldito, vou te matar Lincon. — Leonardo gritava, podia ouvir ao fundo meu pai nervoso, e Gael, marido da minha prima.

Foi então que um dos outros homens se moveu para trás de mim. Senti algo gelado encostar na minha pele, um clique baixo, e antes que eu pudesse entender, uma descarga atravessou meu corpo, fazendo meus músculos se contraírem involuntariamente. Meu grito ecoou pelo salão vazio, arrancando risadas deles.

— Não olha para baixo, princesinha — Lincoln debochou, com o celular ainda na mão — Olha para câmera. Quero ver seu primo enlouquecer, quero que eles saibam o que é a impotência de se ver quem ama sofrer.

— Eu vou te matar maldito, por cada grito de dor que a minha filha está dando, o seu vai ser pior. — neste momento que meu pai falava, ouvi um latido, era Thanus, o filho do Thór, treinado pelo Leonardo, era impossível não sorrir, ele viria, eu sei que sim.

Lincon desligou, mas a tortura não acabou.

Eu tremia, não sabia mais se era pelo frio ou pelo pânico. A cada segundo, minha mente gritava o nome dele. Leonardo.

Era como se só ele pudesse arrancar aquele peso do meu peito.

E enquanto o cachorro permanecia sentado, imóvel, observando cada mínimo movimento meu, eu entendi que Lincoln não queria apenas me machucar. Ele queria que eu acreditasse que Leonardo não viria. Que eu estava sozinha.

Mas ele estava errado. Eu conhecia o olhar do meu primo. E aquele na chamada de vídeo… prometia sangue.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!