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Obscuro Jeito de Amar

0 - os idiotas

O céu estava escuro com nuvens carregadas e ainda mais negras sobre o céu, não deixando com que mal fosse possível observar a luz da lua minguante que estava ali naquela noite.
O som dos trovões era a única coisa que iluminava entre as nuvens e a cima daquele enorme e amedrontador castelo.
Castelo esse que era conhecido como “𝘐𝘯𝘴𝘵𝘪𝘵𝘶𝘵𝘰 𝘕𝘦́𝘷𝘰𝘢” a maior academia e a mais comentada, das instituições de ensino de criaturas sobrenaturais conhecidas. Toda criatura jovem que estão cursando o ensino médio, deseja estar ali. A sua entrada é realmente difícil, e toda criatura que passa por ali, tem seu nome de alguma forma conhecida com grandes feitos...
E qualquer Jovem criatura que realmente tenha um pingo de ambição, deseja passar não apenas por poder dizer que se formou na grade academia onde as grandes criaturas sobrenaturais que os nomes até hoje em dia ainda são citadas, como também fazer algo para que assim seus nomes fossem parar por alguma coisa grande que havia sido feita.
E como todo instituído grande daquela forma, se encontrava diversos tipos de criaturas com suas inúmeras personalidades. Entre... o mais clichê entre eles era conhecido como três tipos de grupos.
Primeiramente... os 𝘯𝘦𝘳𝘥𝘴 que normalmente, como nome sugere... são muito inteligentes. Em grande maioria tendo um grande jeito para táticas e análises rápidas. Mas por outro lado, também acabavam sendo os mais 𝙛𝙧𝙖𝙘𝙤𝙨. O que por isso também, ficam sendo em partes muitos excluídos... não importava que criatura fosse.
Segundamente... os 𝘧𝘰𝘳𝘵𝘦𝘴 que podem possuir uma grande força física ou mágica absurdamente incríveis. Suas habilidades de luta e sobrevivência são inúmeras vezes fantásticas, o que fazem ser em parte... “populares”. Alguns também tem um pouco de inteligência, mas acabam se destacando mais em combate do que qualquer outra coisa...
E Terceiro... mas não menos importante. Os 𝙛𝙤𝙧𝙩𝙚𝙨 𝙢𝙚𝙩𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙖 𝙗𝙚𝙨𝙩𝙖𝙨 𝙚 𝙙𝙚𝙛𝙞𝙣𝙞𝙩𝙞𝙫𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙗𝙪𝙧𝙧𝙤𝙨. Como o nome sugere – 𝘣𝘦𝘮 𝘢𝘶𝘵𝘰 𝘦𝘹𝘱𝘭𝘪𝘤𝘢𝘵𝘪𝘷𝘰. – são fortes, porém não tem um mínimo de inteligência para com as outras coisas, ou seja, dependentes de seus instintos e sem capacidade nenhuma de pensar em algo mais lógico mesmo que sua vida esteja dependendo disso.
Os alunos não eram divididos por idade apropriadamente, já que diversos tipos de criaturas... idade e tempo era diferente, então o que prevalência era sim, inteligência e/ou força.
E em certa sala 3 - F, encontra-se diversos tipos de criaturas, dos mais inteligentes aos mais forte e vice e versa. Não apenas aquelas de histórias de terror conhecidas... não. Por isso... havia uma criatura angelical ao meio de todo caos e zona que acontecia naquela sala.
Uma garota loiros tão claros que poderiam ser confundidos facilmente com brancos. Pele clara e delicada que parecia até mesmo brilhar dependendo de como a luz a tocasse. Olhos castanho chocolate brilhantes e normalmente gentis que era difícil notar quando estava irritada. As asas em suas costas dava o toque final para ela, as penas tão claras e brilhantes, parecendo tão macias apenas ao olhar. Está estava sentada à última carteira da sala, de um lado havia uma janela que a proporcionava a vista do lado de fora. Às vezes com a vista tão bonita da noite com o céu limpo e estrelado... diferente daquela noite com os trovões a fazendo se encolher a cadeira a cada vez que o som parecia fazer as janelas ao lado tremerem.
Ana não era do tipo de se meter com a bagunça, ela apenas permanecia ao seu lugar com o livro aberto a mesa. As vezes respondendo questões de lição passadas novamente porque havia pensado em uma resposta melhor, outras apenas passava o olhar calmamente pela sala tentando realmente... não julgar.
Sua mente questionava muitas vezes como que os outros alí... preferiam fazer aquela bagunça envés de.. se concentrar nos estudos. O que envés de estudarem, ficavam usando o tempo livre para fofocarem livremente da vida alheia. As fofocas passavam e voltavam o tempo todo por aquela sala, os assuntos mais comentados alí normalmente era sobre... o grupinho dos populares.
Que claro, consistia entre o grupo mais forte da sala. E que as mais assanhadas(o) gostavam sempre de ressaltar aquela informação entre eles enquanto os observavam tentando serem notadas... eram ‘lindos’.
Ana escutava novamente aquele assunto enquanto tentava corrigir por si mesma a própria lição. Ela não se importava com aquilo, diferente das outras... a beleza interior para ela importava mais. Se o coração fosse tão belo e bom... não importava a aparência exterior da pessoa. Ela acreditava naquilo, e não entendia como aquelas outras pareciam não ver isso também por si mesmas... apenas rolava os olhos sutilmente enquanto tentava ignorar aquilo à sua volta. Até por que... aquele grupinho... não se encaixava no que ela acreditava. Eles podiam ser fortes... mas não valiam nada. Ela se sentia mal por pensar assim... ela ainda acreditava que todos poderiam ter algum tipo de bondade em si.
𝘔𝘢𝘴 𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘨𝘳𝘶𝘱𝘰 𝘧𝘢𝘻𝘪𝘢 𝘥𝘶𝘷𝘪𝘥𝘢𝘳 𝘥𝘢𝘴 𝘱𝘳𝘰́𝘱𝘳𝘪𝘢𝘴 𝘤𝘳𝘦𝘯𝘤̧𝘢𝘴
Ana
Ana
ah... dor de cabeça...
A anja suspirou baixinho para si mesma enquanto fechava os olhos e pressionava fracamente a lateral da cabeça com a ponta dos dedos. Aquela barulheira ao lado estava a incomodando... já era para estar acostumada... mas não conseguia simplesmente se acostumar. Foi quando o som de risinhos e uns gritinhos de garotas ecoou desde o corredor. Alguns da sala já olhavam para a porta da sala, e a mesma já sabia o que vinha por ali antes mesmo de ver.
De repente um corpo foi lançado para dentro da sala, com a porta sendo aberta bruscamente batendo com força ao outro lado da porta. Caindo ao chão arrastado até quase a parede do outro lado. Alguns olharam com uma surpresa, outros já riram com a situação.... e mesmo que Ana já esperasse por algo do tipo... ela ainda acabou levando um sustindo com aquilo, um pequeno pulinho em seu lugar.
Claro que o grupinho chegaria causando... Eram seis para ser mais exata...
Petter, um naga... apesar de ter uma aparência mais humana por conta do amuleto que para ser mais fácil em transitar entre os espaços sem correr o risco de alguém pisar em seu rabo decobra. Um tanto encrenqueiro de mão cheia, gosta de ser dono da razão, narcisista e.. mulherengo apesar de negar isso toda vez que alguém acusa. Normalmente pode ser visto com uma de suas cobras em tonalidade verde deslizando por volta dos ombros e pescoço do mesmo.
Gustavo, um garoto fantasma. Ele é um dos mais fortes apesar de ser um fantasma pelo seu poder de controlar outros espiritos e usar até os corpos mortos que necromantes tentam usar contra ele em lutas e usá-los contra seu mestre. Tem um jeito sombrio e gosta de assustar os outros, o que faz um contraste tremendo com a personalidade meio extrovertido e totalmente zueiro do mesmo.
Bella, uma vampira com cara de não tá se importando para nada. Mal educada e grossa e não é nem um pouco sociável, não tem a menor vontade de ser. Ainda assim de alguma forma – que ninguém de fora entendia – ela continua no meio daquele grupinho cheio e movimentado. Sua atenção é quase nunca totalmente focada em uma coisa só, nada parecia realmente lhe interessar. Mas bastava tirar ela da paciência que já é curta, que a expressão neutra dela se transformava totalmente. Problemas com raiva, sádica, não tem problemas nenhum em mandar alguém pra enfermaria numa briga.
Gabriel, um garoto dragão de fogo. Seu corpo é resistente às chamas, consegue manipula-las e até absorver em alguns casos para as soltar de volta com mais força e calor. Está quase na classe S dos mais fortes, assim como Gustavo. Mas diferente do garoto fantasma, Gabriel é mais introvertido, orgulhoso, e tem um péssimo hábito de beber até chegar ao nível de estar totalmente bêbado. O que demora muito, já que ele tem uma resistência alta ao álcool.
Thomas, um demônio. O mais novo do grupo mas ainda assim, não deixa de ser o mais atrevido e sem vergonha de todos. Gosta de dizer que é só “apaixonado pelos prazeres da vida” como uma desculpa – que não tenta realmente ser uma desculpa – para seus flertes claros. Usando alguns como “brinquedos” e não faz o menor esforços para esconder isso. Tem um jeito meio grosseiro em alguns momentos e insensível com sentimentos alheios... o que faz ele e Bella acabarem de certa forma se entendendo.
Hiro, um lobisomem. Que apesar disso, como a maioria pensaria ser o mais fraco entre todos... não era. Nos primeiros anos, o mesmo havia feito questão de provar que não era fraco e que poderia acabar com qualquer um que tentasse contra ele, acabando sozinho com um grupo. E apesar de nunca terem feito um teste entre eles... era quase um consenso que estava realmente entre os mais fortes do instituto. Tão forte quanto Gustavo e Gabriel...
e para Ana... um dos piores entre eles. Completamente. Hiro era frio, arrogante, exibido, teimoso, agressivo. Adorava zombar dos mais fracos... e ela inclusive. Não aceita uma única crítica sobre si ou seus amigos e ainda... um completo idiota.
Bem... foram eles que entraram na sala, e não demorou muito para saber também quem havia empurrado o outro daquela forma tão rude.
Hiro
Hiro
sai da frente, idiota. Não tá vendo que estamos passando?
O sorriso maldoso contornava seus lábios enquanto andava entrando na sala com os demais logo atrás. A vampira que estava ao lado, olhou para baixo e viu o óculos caído ao chão e se curvou pegando entre os dedos.
Bella
Bella
Não seja tão maldoso Hiro... isso aqui é seu?
A voz normalmente sem ânimo perguntou enquanto os olhos vermelhos desciam para o outro sentado ainda ao chão. A sala por um momento ficou em silêncio observando aquela cena que não era normal de acontecer. O outro concordou com a cabeça ainda meio acuado em seu lugar. Bella se aproximou e estendeu os óculos para o outro, mas antes que o outro pudesse pegar os óculos, o som do vidro das lentes quebrando soou pelo silêncio da sala.
Bella
Bella
Ops, acho que me descuidei na força. Parece que agora vai ter que realmente arrumar os óculos para aprender a enxergar por aí e não ficar mais na frente.
O cinismo praticamente banhado em sua voz. Um pequeno sorriso escapou de seus lábios enquanto jogava os óculos com as lentes trincadas meio torto agora no colo do outro. A sala novamente voltou para a bagunça de antes, os risos começaram pela sala como se vissem um espetáculo.
Hiro que ria do que a vampira fazia não demorou a passar o braço em volta de seus ombros enquanto andavam mais para o fundo da sala agora.
Hiro
Hiro
Não havia dito para não ser maldoso?
Bella
Bella
eu devolvi não foi?
Petter
Petter
vocês são péssimos!
Hiro
Hiro
obrigado
Bella
Bella
eu tento.
A graça do grupo continuou enquanto cada um já se aproximava de seus devidos lugares. Ana torceu por um momento enquanto continuava sua lição que Hiro decidisse mudar de lugar aquele dia... mas não...
Ele logo estava a carteira ao lado da mesma, não demorando até que os olhos deste se virassem na direção dela com uma risadinha.
Hiro
Hiro
Não é que a anjinha mesmo sem professor contínua fazendo lição. Por que não para um pouquinho?
Ele se inclinou pegando a lapiseira que ela estava usando das mãos dela. Ana fechou os olhos por um momento irritada enquanto o pensamento rápido veio a sua mente...
“𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘧𝘪𝘻 𝘱𝘳𝘢 𝘮𝘦𝘳𝘦𝘤𝘦𝘳 𝘪𝘴𝘴𝘰?”
Ana
Ana
me devolve, por favor
Podia estar irritada, com uma dor de cabeça ainda aumentando aos poucos com a baderna que continuava a sala. Mas ainda continuava com a educação de sempre enquanto estendia a mão para ele devolver a lapiseira.
Hiro
Hiro
Que gracinha. Pedindo por favor... se quer tanto essa coisinha, por que não vem pegar?
A pergunta a fez encolher um pouco os ombros enquanto virava os olhos em sua direção com uma sobrancelha levemente erguida. Mas antes que ela pudesse pensar em responder, ele continuou:
Hiro
Hiro
Ah, é. Como eu pude esquecer... você é tão fraca que não conseguiria nem ao menos fazer isso... ainda mais contra mim.
Arrogante. Ana observou o sorriso convencido que ele brincava com a lapiseira em mãos rodando entre os dedos.
Ana
Ana
Hiro... devolve minha lapiseira.
O “por favor” havia sumido e ele não deixou aquilo de lado enquanto erguia a sombrancelha olhando a garota. Ela o olhava devolta séria... então ele desviou o olhar para a lapiseira rosa que estava girando entre os dedos e sorriu ao para-la segurando entre os dedos.
Hiro
Hiro
claro, aqui.
E antes que ela pudesse tentar, ele quebrou a lapiseira em quatro pedaços. Quatro! como se apenas a partir no meio como se fosse um pedaço de graveto não fosse o bastante. Colocando os quatro pedaços sobre a palma dela que olhava desacreditada.
Hiro
Hiro
com juros, anjinha.
Ele piscou e voltou para trás se arrumando ao lugar com um sorriso satisfeito nos lábios. Ana derrubou os pedaços da lapiseira na mesa e bufou com os olhos fechados...
Ana
Ana
Idiota...

Prometa!

Gustavo
Gustavo
Eu até daria uma mão, mas acho que não ajudaria muito. Sou um fantasma
O riso que ele deu da própria graça ao estender a mão e atravessar na parede, ecoou a sala enquanto seu corpo tombava levemente para trás enquanto flutuava logo atrás
Gabriel
Gabriel
você tem sempre que fazer essas piadas?
Gustavo
Gustavo
é claro, nunca perde a graça!
O grupo estava ocupado em sua conversa. Hiro já estava rindo da graça dos amigos totalmente ignorando a outra que ainda olhava meio irritada para o que ele havia feito em sua lapiseira.
Ana normalmente não se irritava... mas ele conseguia fazer aquele tipo de coisa com proezas incríveis para alguém como ela. Os olhos castanhos observavam os quatro pedaços da lapiseira sobre a mesa com um pesar... odiava que quebrasse suas coisas. Normalmente o comentário chamando o outro de "idiota" não sairia muito impune, se fosse a sorte em que o mesmo se distraiu com alguma piadinha do grupo e ignorando sua presença.
Luísa
Luísa
Aqui, Ana.
Uma nova lapiseira foi colocada sobre o caderno da anja que ergueu os olhos para a amiga.
Ana
Ana
ah, muito obrigada Luh!
A outra sorriu de volta para si gentilmente. Luísa era uma garota harpia, cabelos rosas e olhos dourados. Em alguns momentos ela lembrava muito uma águia quando focava o olhar sobre alguma coisa à distância. Se sentava na carreira da frente de Ana. Eram amigas e às vezes parecia ser a única que Ana realmente tinha naquele lugar desde que chegou ali.
Infelizmente, Luísa tinha problemas com a força tanto quanto Ana... por isso as duas eram sempre consideradas as mais fracas da sala, o que fazia com que em muitas vezes estas serem os alvos de provocações idiotas.
Assim que Luísa voltou-se a virar para frente em seu lugar, o professor chegou à sala indo até a mesa. Mas não foi a presença dele que fez com que a bagunça da sala cessasse.
Sim, o diretor entrando logo depois.
O diretor era um duende baixinho, meio rabugento e bêbado (quase sempre). Ninguém sabia exatamente como ele era o diretor daquele lugar... mas ele era.. e incrivelmente respeitado.
Diretor
Diretor
Pirralhos, todos esses anos atrás acabamos passando pela mesma situação. E a contagem de fatalidades sobre os nossos está crescendo cada vez mais a cada ano. Mas agora com tudo que vem acontecendo, todos os institutos decidiram a mesma coisa em prol da nossa segurança e a de vocês também, um futuro melhor.
Cada um na sala começou a estranhar. Normalmente ele não fazia discursos daquele jeito e era mais para reclamar de alguém tentando jogar outro de alguma torre alta ou qualquer coisa do tipo...
Gustavo
Gustavo
tá parecendo papo de político
Hiro
Hiro
fala logo, oque que tá rolando o velho?
Diretor
Diretor
fiquem quietos que saberam.... continuando... formou uma nova regra. Ninguém mais irá passar pelo último ano dos institutos para fora sem que estejam totalmente qualificados e competentes para realmente o mundo lá fora. Assim, aqueles que não estejam com as notas na média escolar e nem aqueles que tenham pelo menos 50% de magia ou força, poderam passar. Ficaram aqui...
Petter
Petter
MAS DE JEITO NENHUM!
Hiro
Hiro
VOCÊS TÃO FICANDO RUINS DA CABEÇA VELHO?
Thomas
Thomas
SE ISSO FOR BRINCADEIRA, SAIBA QUE A DIRETORIA VAI SER A PRIMEIRA A PEGAR FOGO NESSA MERDA DE LUGAR!
Os gritos de antes começaram a aumentar em meios as indignações e xingos. Ana fechou os olhos sentindo a cabeça latejar novamente, mas também estava preocupada agora... aquilo era sério...
Diretor
Diretor
CALEM A BOCA! EU AINDA NÃO ACABEI DE FALAR!
O grito reverberou pela sala e mesmo que a contra gosto, foram se calando. O diretor pulou para cima da mesa do professor e voltou a se virar para o restante da sala mais sério.
Diretor
Diretor
Continuando... como não podemos apenas deixar assim, cada um de vocês teram que passar por testes o ano todo. Aqueles que têm a força ou magia baixo vão ter a chance de melhorarem, vão ter um tempo para tratarem de treinar alguma até as lutas. Vão ter três lutas.
Hiro
Hiro
ah, parece que no final isso vai ter um pouco de graça...
Ele falou mais baixo desta vez, com um sorriso maldoso virando o olhar até Ana ao lado que estava encolhida a cadeira. A ideia de ter que lutar três vezes já estava a fazendo pensar em enfrentar alguém... não seria uma coisa fácil. E o riso maldoso de Hiro ao lado a fez se encolher mais com as asas quase lhe tampando o corpo, como se ele pudesse sentir o medo que ela sentia já apenas com o pensar daquilo.
Diretor
Diretor
A primeira luta será daqui a um mês. Será contra alguém considerado fraco contra um aluno mediano. Se o aluno fraco vencer ou conseguir ficar mais de trinta minutos no empate com o outro ele passaram para a outra. E na última luta será contra um dos nossos alunos mais fortes, para ver se realmente estão aptos para sair.
Petter
Petter
Parece mais que alguém vai acabar morrendo no meio disso
Thomas
Thomas
Se tava querendo matar os mais fracos era mais fácil falar, a gente dava um jeito nisso logo.
Gustavo
Gustavo
Não ironicamente
Diretor
Diretor
Não irá ter mortes, tudo está sendo calculado para ser seguro e vai haver regras sobre as lutas e professores postos para impedir qualquer acidente sobre isso. A ideia é ajudá-los e não causar mais perdas do que já estamos tendo a fora.
Hiro
Hiro
Sim claro, nada do que ser espancados antes para fortalecer alguns idiotas. Né mesmo?
O riso ecoou pela sala, alguns tentando falhamente segurar e outros apenas achando graça assim como o outro da ideia de bater em um daqueles fracotes com uma desculpa agora.
Diretor
Diretor
Sobre os idiotas... aqueles que estão com as notas a baixo da média, mesmo que sejam fortes nas lutas. Iram ter que conseguir aumentar a mais da média, pelo menos até 60. Vão tem provas para isso, a primeira vai ser dia seguinte da primeira luta. Todos iram participar... e aqueles que já tem as notas baixas... vão ter que se virar para conseguirem aumentar até a terceira e última prova. Assim como aqueles que precisarem se tornar mais fortes.
E novamente as reclamações começaram, maior que antes. Os gritos falando que não era justo, outros falando que não iriam fazer nada daquilo, começou pela sala. Ana abaixou o olhar para o próprio caderno por um momento sabendo que pelo menos em uma das partes daquilo... ela não precisava se preocupar. Era mais tranquilo, poderia se concentrar apenas em... se tornar forte... de alguma maneira.
Diretor
Diretor
SILÊNCIO! Não adianta reclamarem, aqueles que conseguirem passar em ambas as coisas vão estar totalmente liberados de qualquer coisa que possam prendê-los aqui. Regras são Regras então calem a boca e comecem a tirar notas ou a se tornarem mais fortes.
E com isso ele pulou de cima da mesa de volta para o chão, andando em direção à saída da sala com as mãos juntas atrás da sala como se não tivesse causado uma bomba preste a explodir na sala. Mas antes que pudesse sair totalmente da sala, ele parou como se tivesse lembrado de algo.
Diretor
Diretor
oh, é mesmo. Senhorita Ana... poderia até aqui um momento. Preciso conversar contigo.
A sala caiu em um silêncio total ao que o nome da anja foi proferido pelo diretor. Os olhares caíram sobre a Anja que se não estivesse já encolhida, provavelmente estaria mais ainda sobre as próprias asas, como se estivesse querendo virar invisível de alguma forma.
Hiro
Hiro
ora, não me diga que a anjinha causou problemas de repente para precisar ser chamada pelo diretor?
Ana
Ana
eu não...
Hiro
Hiro
há, como se isso fosse possível. Você é tão sem graça quanto é fraca, única coisa que poderia estar te chamando é para avisar de uma vez para que desista. Você jamais conseguiria passar
Ele ditou sem ao menos dar tempo para que ela falasse algo. O riso maldoso soou ao final, fazendo com que os outros em volta que escutavam o acompanhassem na mesma maneira. Ana abaixou os olhos para as mãos sobre a mesa por um momento sentindo-se como várias vezes quando escutava ser chamada de fraca... a tristeza... porque ela sabia.
Respirou fundo engolindo a expressão cabisbaixa que poderia transparecer, ergueu a cabeça fingindo que nada daquilo a atingia. Conectou o olhar por um momento sobre Luísa que a olhava com uma solidariedade, como se pedisse com o olhar para que ela não acreditasse nas palavras daquele idiota. Ana lhe lançou um breve sorriso e finalmente se levantou de seu lugar e seguiu de uma vez para o lado de fora da sala onde o pequeno diretor estava a esperando.
O corredor estava vazio, mas o som ainda assim de outras salas com vozes sobre vozes em xingos e indignações fez Ana perceber que não foi só ali que àquela notícia da nova regra havia acontecido.
Diretor
Diretor
Tudo bem?
Ana
Ana
hm? ah! sim! eu.. estou bem. O que queria conversar comigo?
Diretor
Diretor
Hm, bem. Você é uma das poucas seres celestiais que temos aqui, além de ser uma das minhas alunas mais inteligentes que temos por aqui. E eu sei que você tem jeito, mas não está liberando tudo que pode fazer por algum motivo...
Ana
Ana
eu...
Diretor
Diretor
Não se sinta pressionada. Estou dizendo para que você saiba que pelo menos alguém aqui está crendo em você. Não deixe com que te ridicularizem e duvidem de você, ou coisa assim. Seja forte e mostre isso para os outros, certo?
Os olhos de Ana piscaram mais de uma vez surpresa. Mas por um momento ela se sentiu bem escutando aquelas palavras do diretor. Um sorriso surgiu em seus lábios e concordou brevemente com a cabeça em um gesto breve.
Ana
Ana
Eu... eu agradeço diretor. Vou me esforçar para realizar isso... ser mais forte.
O pequeno diretor concordou enquanto ainda a olhava e voltou a virar para o outro lado, voltando a falar antes de começar a seguir pelo corredor:
Diretor
Diretor
E tome cuidado... por ser uma ser celestial diferente de tantos aqui... vai ter mais atenção e provavelmente mais problemas com a aproximação desses testes.
Ana sentiu um arrepio de medo de repente. Aquilo era verdade. E se já tinha que aguentar perturbações sem ter nada e sendo... "ninguém" ali como já diziam... não queria nem imaginar com tudo aquilo que chegaria
Observou por um momento o pequeno diretor ir embora antes de voltar para a sala e voltar ao seu lugar.
Assim que sentou-se novamente a cadeira apoio os cotovelos a mesa e suspirou. Por sorte, não havia mais olhares sobre si, estavam muito ocupados ainda discutindo em indignação sobre o que o diretor havia contado. Muitos estavam ainda discutindo tentando negar que aquilo estava realmente acontecendo, dizendo que não iriam participar daquela besteira toda e que não tinha capacidade em que realmente ficar preso ali
Luísa
Luísa
Hey, Ana!
Ana
Ana
hm?
Luísa
Luísa
está tudo bem? o que era que o diretor queria?
A mesma havia se virado para trás encarando Ana enquanto falava mais baixo apenas para a Anja que estava distraída antes escutasse.
Ana
Ana
Sim, está tudo bem sim. Ele apenas... queria me avisar melhor sobre a tal... luta
Luísa
Luísa
Está preocupada com isso?
Ana
Ana
Você não?
Luísa
Luísa
Bem... infelizmente.
Ana
Ana
Já tem algum plano para isso?
Luísa
Luísa
Não... infelizmente, mas já estou me preparando para isso. E você?
Ana
Ana
Não faço a mínima ideia...
Afirmou soltando um pesado suspiro cansado, o que faz Luísa soltar um risinho baixo e estender a mão a tocando o braço de leve.
Luísa
Luísa
você vai conseguir, tenho certeza
Bem, pelo menos já era duas pessoas que diziam aquilo em seu dia. Melhor que nada... Ana sorriu por um momento agradecida. Antes da voz do professor a sala chamar a atenção mais alto querendo que àquela bagunça de vozes parassem e que finalmente pudessem começar as aulas de uma vez.
Luísa voltou-se a se virar para frente enquanto Ana agora apertava as mãos juntas ainda um pouco nervosa. Mas não adiantaria continuar pensando naquilo agora, iria tentar achar algo que pudesse a ajudar depois das aulas.
Com isso ela se concentrou nas palavras do professor. Não percebendo um olhar observando-a de canto de momento em momento como se estivesse decidindo algo mentalmente enquanto a olhava começar a escrever algo sobre o caderno.
As aulas passaram mais rápidas naquela noite, talvez fosse a preocupação e nervosismo que passava ao ar que fazia o tempo nem ser notado direito passando. Quando finalmente o sinal da última aula passou, Ana começou a guardas suas coisas sem muita pressa. Seus pensamentos ainda estavam voltando à pergunta de antes: “como ela poderia conseguir ficar mais forte em um mês?”
Eram três lutas... provavelmente a segunda seria tipo uma segunda chance para aqueles que não conseguiram na primeira. Mas ela ainda assim precisaria se preparar até a primeira... ou seria uma humilhação maior do que ela já esperava que ia ser. Suspirou pensando naquilo e virou o olhar para a janela ao lado. As gotas de chuva batiam sobre o vidro do lado de fora, atrapalhando um pouco a visão. A sala estava se esvaziando, Luísa saiu primeiro falando que teria que passar em um lugar antes e se despediu quase nem sendo totalmente ouvida pela anja.
Terminou de arrumar suas coisas ainda meio perdida em pensamentos. O silêncio em sua volta por um momento foi notado, percebendo que talvez estava ali já a tempo demais. Virou-se logo ao erguer-se da cadeira e um baixo gritinho escapou de seus lábios com o susto que a fez dar um pequeno salto no lugar e quase derrubar a bolsa das mãos.
Aquele maldito lobisomem estava ali, bem a sua frente, a observando com os olhos dourados fixos nela de maneira séria demais para alguém que vivia a olhando de cima com comentários e risos maldosos.
Ana
Ana
V-Você? O que quer?
Ela tentou ser mais firme, recuperando do susto que não foi nem de longe sutil. Mas o susto ainda estava no timbre a denunciando. Hiro deu um passo à frente a fazendo recuar instintivamente encolhendo os ombros. Ele não era apenas maior... seu corpo era mais forte, mais musculoso que ela... o jeito que ele se inclinou mais para frente sem desviar os olhos dela no meio daquele silêncio apenas fazia ser mais intimidador.
Hiro
Hiro
Venha comigo.
Ditou então afastando-se dela começando a andar para o outro lado da sala. Ana sentiu o ar voltar para os pulmões mais fácil sem ele próximo e respirou fundo enquanto por um momento... analisou se tinha escutado direito. “isso foi... uma ordem?” ela pensou ao notar o tom que ele havia usado e ficou irritada por um momento levando o olhar finalmente a ele percebendo que ele já estava próximo a porta. “Tá achando que manda em mim?”
Ana
Ana
E por que eu deveria?
Sua voz foi mais alto dessa vez, firme... o que não costumava ser muito. Hiro parou e a olhou por cima do ombro ainda de modo sério.
Hiro
Hiro
Porque eu estou mandando.
Ana
Ana
Olha aqui, você não manda em mim! Quem foi lhe disse que eu devo t–
A voz dela morreu com o susto quando o som do rosnado irrigado dele ecoou pela sala. A atenção dela então voltou assim que o viu cruzar a sala mais rápido em sua direção à passos pesados. Ela sentiu o arrepio de medo percorrer o corpo enquanto engolia seco tentando de algum modo... escapar... mas seus pés a traíram ao tropeçar em si mesma.
Ele a empurrou contra a parede, sem qualquer delicadeza. A mão quente contra o ombro dela pressionando a parede. Ana pensou em tentar se afastar mas ele voltou a se inclinar sobre ela, os olhos dele apesar de sérios carregava o peso nervoso. Quando falou ela sentiu o peso do hálito quente bater contra ela:
Hiro
Hiro
Seria bonitinho se não fosse patético sua forma de tentar se mostrar confiante... agora cale a boca e me siga de uma vez ou vou ser obrigado a lhe arrastar. Eu não estou afim de lhe machucar anjinha... pelo menos não ainda.
Ana
Ana
a-ainda?
O sorriso sombrio apareceu nos lábios dele fazendo com que os dentes maiores e afiados ficassem mais à vista. Ela concordou brevemente com a cabeça e ergueu o olhar sentindo-o finalmente o peso da mão dele afrouxar antes de se afastar dela de uma vez.
Hiro
Hiro
anda logo!
Ana respirou fundo, afastando as costas da parede mexendo as asas de leve que por sorte... não havia machucado. Observou por um momento Hiro voltando a se aproximar da porta sem esperar de fato que ela estivesse atrás dele... e por um momento se preocupou. Afinal... pra que ele estaria a chamando?
Sem muitas escolhas, ela pegou a bolsa que havia caído e se apressou para que não acabasse o perdendo de vista. Não precisava correr o risco de ver ele novamente vindo pra cima dela como se fosse lhe arrancar a cabeça do pescoço sendo que ele quem não está a esperando caso acabasse o perdendo de vista. Passou um tempo andando pelos corredores estendos e escadas escuras daquele castelo enorme... cada lugar ficando mais vazio que o outro até que não houvesse som de mais nada em volta deles a não ser os próprios passos. Foi quando ela cruzou mais uma curva que o viu finalmente parado. O som da chuva era mais forte ali, já que os corredores eram abertos, as paredes amplas com pilares dava acesso ao lado de fora para uma área externa com mais espaço. O vento gélido balançou os cabelos dela enquanto se aproximava um pouco ficando a uma distância que julgava ser... segura para ela.
Ana
Ana
O que quer comigo?
Levou ainda um momento em silêncio mesmo após a sua pergunta. Os olhos dela desviaram dele por um momento indo até o ponto que ele tanto olhava... uma fonte de pedra antiga que estava com os jatos desligados a distância... mas as luzes em volta batiam sobre as águas agitadas por cada gota de chuva forte que batia sobre ela.
Hiro
Hiro
Eu quero fazer um acordo com você.
Ana piscou surpresa e fez uma careta voltando a olha-lo percebendo que ele parecia estar falando sério.
Ana
Ana
um acordo? comigo?
Hiro
Hiro
tá surda garota?
Ana
Ana
muito engraçado, mas essa piada é batida
Hiro
Hiro
eu não estou brincando loira
Ana
Ana
pra início de conversa... meu nome é Ana. em segundo... que acordo seria esse?
Hiro
Hiro
Simples, você me ajuda com as porcarias dos estudos e eu faço um milagre em te ajudar ficar mais forte.
Ela travou... por mais segundos do que esperava. Não era exatamente o que estava esperando ouvir, muito menos dele. O sorrisinho de canto dele, como se aquilo fosse algo banal, a irritou por um momento a fazendo cruzar os braços.
Ana
Ana
Quem disse que preciso da sua ajuda?
Hiro
Hiro
Não precisa dizer, está escrito na sua cara
Ana
Ana
Eu não preciso da SUA ajuda
Hiro
Hiro
pode tentar negar o quanto quiser, mas duvido que outro ser nesse inferno de lugar aceitaria te ajudar nisso. Ainda mais você, caso perdido.
Ana apertou os braços nervosa. Mas tinha que aceitar... ele tinha razão. Ninguém ali aceitaria a ajudar sem algo planejado por trás... aqueles idiotas nunca nem deram bola pra ela a não ser tornar seus dias ali um inferno. As únicas pessoas que falavam com ela, tinham o mesmo problema que ela naquele momento... não tinha como... seria lento demais... Ela voltou o olhar a o encarar vendo que Hiro estava a observando com um olhar convencido enquanto as mãos estavam fundas dentro dos bolsos.
Ana
Ana
Você vem me ridicularizando deste o momento que colocou os olhos em mim... está falando que sou um caso perdido... por que eu deveria te ajudar?
Hiro
Hiro
Porque eu sou a única esperança que você pode ter realmente. Apesar de achar sim... que você é um caso perdido... eu confio em mim mesmo, posso fazer você passar pelo menos a luta que te deixaria livre daqui.
Sim... autoconfiante como sempre. Ana rolou os olhos e virou encarando a fonte a distância novamente por um momento antes de suspirar derrotada.
Ana
Ana
certo... eu... aceito... mas apenas com uma condição!
Agora foi a vez de Hiro de rolar os olhos com uma careta.
Hiro
Hiro
Que condição garota?
Ana
Ana
prometa... prometa não se apaixonar por mim!
Aquilo foi inesperado. E ela não esperava que algo como aquilo fosse realmente acontece... mas ela preferia ter uma segurança a mais.
Os olhos dourados do lobisomem se abriram mais por um momento em surpresa, antes de bufar um riso claro de descrença.
Hiro
Hiro
há, fique tranquila anjinha. Eu 𝙣𝙪𝙣𝙘𝙖 me apaixonaria por você.
Ana
Ana
promessa?
Hiro
Hiro
eu prometo!
Novamente rolou os olhos e se aproximou uns passos a olhando nos olhos.
Hiro
Hiro
Temos um acordo anjinha?
Ana
Ana
É Ana.... e sim... temos um acordo.
Hiro
Hiro
certo... começamos com os estudos então?
Ana
Ana
acho que sim... na minha casa amanhã às 13hrs?
Hiro
Hiro
hm.... tá certo. Então até amanhã loira.
Se virou sem esperar com a resposta dela começando a se afastar enquanto Ana o olhava ainda de braços cruzados. Assim que ele já estava longe ela bufou e voltou o olhar para o outro lado.
Ana
Ana
É Ana... idiota... sinto que vou me arrepender...

Apenas o começo

O primeiro dia de estudos realmente não foi algo que Ana estava esperando... de certo modo. Ela estava certa ao que achava sobre o lobisomem, mas não imaginou nunca que as coisas fossem de forma tão.... ruim...
Aquele dia começou bem até. Ana acordou entre as nove horas da manhã. O sol estava alto, o céu azul não parecia nem que havia passado a madrugada toda em uma chuva tão forte quanto estava antes. Ela seguiu a rotina bem, levantar, se arrumar, comer alguma coisa leve, arrumar suas próprias coisas... e ignorar as coisas que seu tio dizia.
Seu tio era um anjo, mas ele não gostava da ideia de Ana querer sair de lá para o mundo e seguir os passos de seus pais que... não acabaram... bem..
Ele queria que ela ficasse ali, desistisse daquela ideia. Mas ela não estava de acordo com aquela ideia.
Foi quando na hora, a campainha tocou e seu tio atendeu a porta. Hiro havia chegado e por um momento pareceu nervoso na frente do anjo mais velho, mas assim que teve passagem para entrar na casa e o outro saiu... sua postura relaxou voltando ao normal.
Hiro
Hiro
Tsc. Maluco...
Ana
Ana
Acho que não é educado xingar os outros na casa deles Hiro.
Aquilo fez com que os olhos do lobisomem finalmente se virassem na direção dela a notando ali.
Hiro
Hiro
Acha que ligo pra etiquetas?
Ana
Ana
Acho que você nem sabe o que é etiquetas...
Hiro
Hiro
como é anjinha?
Ana
Ana
Nada! Então vamos começar?
Hiro
Hiro
quanto antes melhor.
Ana
Ana
certo, me acompanhe.
Ela fez um breve gesto para o lado antes de virar e seguir o caminho para o outro lado. Hiro olhou por um momento antes de começar a andar atrás dela.
Ele ainda parecia não estar muito afim de estar ali, o sentimento recíproco. Nenhum dos dois estava querendo passar por muito tempo um na companhia do outro... mas era algo que precisavam fazer e ter o que precisavam.
Enquanto andavam, Hiro percebeu. A casa dela era mais organizada do que esperava, parecia uma casa de bonecas com tudo ao seu lugar. Ela parou por um momento empurrando uma porta de vidro e seguiu, ao lado de fora da casa, um espaço livre com uma mesa branca de centro com duas cadeiras. Era um jardim extenso que contornava a grande casa. Ana se sentou em uma das cadeiras e apontou para que o outro fizesse o mesmo a frente.
Hiro ainda olhava em volta com atenção, parecendo mais atento naquilo no que realmente precisava enquanto se aproximava da mesa.
Ana
Ana
hey! vai continuar observando em volta ou vai estudar ?
Hiro
Hiro
tsc, eu já vou! droga..
Se sentou jogando o caderno e o livro que havia trazido consigo sobre a mesa. Ana ignorou o gesto e se ajeitou no lugar jogando a mecha do cabelo que havia caído para frente de volta para trás.
Ana
Ana
Então... vai ser qual primeiro?
Hiro
Hiro
Matemática.
Ele abriu o caderno exatamente na tal matéria e empurrou sobre a mesa até a frente dela. Os olhos chocolates se abriram mais em surpresa, os dedos contornou o caderno com pressa, não demorando a passar as páginas rapidamente não acreditando no que estava vendo.
Ana
Ana
Como assim... VOCÊ NÃO FEZ NADA?
Hiro
Hiro
Heeey! Não grita comigo! Não, eu não faço essas coisas. Acho isso inútil!
Ana
Ana
nossa, tão inútil que agora você está precisando de mim para aprender essa coisa, não é mesmo? Agora faça esses aqui que é o mais fácil que temos esse ano.
Ele estreitou os olhos se inclinando brevemente mais para frente
Hiro
Hiro
acho bom você não me provocar
Ana
Ana
ui, meda. Agora anda, faz esses
Talvez fosse o fato da segurança da casa dela que estava fazendo ela ter coragem de falar daquela maneira com ele. Ou apenas a pouca paciência de ter que lidar com a presença dele mesmo. De qualquer forma, ela se limitou a apontar novamente para os exercícios que ele não havia respondido e empurrou o caderno de volta para ele.
Hiro bufou parecendo nem um pouco contente, mas segurou o lápis entre os dedos e encarou aquilo como se estivesse pronto para uma luta...
bem... pelo menos dez minutos...
Ana
Ana
O que tem de tão difícil assim?
ela perguntou pegando o caderno de volta e puxando para mais perto depois que ele havia parado de riscar algo e encarava o caderno como se fosse o pior inimigo. Mas o que viu a fez realmente se irritar desta vez
Ana
Ana
HIRO!
Hiro
Hiro
já avisei pra não gritar comigo!
Ana
Ana
você desenhou na folha envés de responder como eu disse?
Hiro
Hiro
que? você não me explicou nada... queria oque? que eu defecasse uma inteligência divina do nada pra responder isso?
Ana
Ana
o inteligência, por que não me pediu ajuda? isso é o básico, eu ia imaginar que você não sabia nem isso!
Hiro
Hiro
Se não tem nada aí né o anjinha, pra quem se diz tão inteligente, devia ter adivinhado
Ana
Ana
sou inteligente não adivinha... eu não imaginava que você era tão burro assim
Hiro
Hiro
me respeita garota, não esquece que eu não tenho medo de te machucar.
Ana suspirou abaixando o olhar para o desenho novamente
Ana
Ana
Sério... isso aqui...
Hiro
Hiro
pode falar... eu sou foda nos desenhos né? pode dizer.
Ana ergueu o olhar percebendo que ele realmente parecia contente com o próprio desenho. Ela voltou o olhar para o desenho. Na verdade não era nada de mais, era mais um bonequinho zombando das fórmulas do que qualquer outra coisa... mas realmente, ele não era ruim naquilo. Talvez se fosse algo mais sério, até faria algo decente...
Ana
Ana
Não. Agora a presta atenção!
Ela pegou uma folha a parte e começou a copiar o exercício antes de começar a explicar o que ele tinha que fazer. Além de começar a mostrar como ele deveria montar a conta devidamente e afirmava que ele devia escrever de um jeito que conseguisse entender depois. Mas quando acabou e levantou o olhar para o outro e notou que os olhos dele estavam para o outro lado, nem lhe dando atenção ela se irritou novamente
Ana
Ana
HIRO!
Hiro
Hiro
hn? que é loira?
Ana
Ana
não é loira, é Ana! E você ouviu o que eu disse?
Hiro
Hiro
Não.
Ana
Ana
Ai, olha!
Ela segurou o gritinho irritado se afastando da mesa passando a mão sobre o rosto até os cabelos antes de olha-lo novamente
Ana
Ana
Você quer realmente não precisar ficar preso aqui por mais tempo do que precisa ou o que?
Hiro
Hiro
é claro que eu não quero!
Ana
Ana
Então a presta atenção de uma vez no que estou tentando lhe dizer, ou não importa nem se você continuar frequentando aulas particulares com outras pessoas por mais de cinquenta anos. Você vai continuar preso aqui!
Hiro estreitou os olhos por um momento, mas logo rolou os olhos e balançou os ombros aceitando aquilo de uma vez.
Hiro
Hiro
Tá, tá... vai logo com isso.
Ana
Ana
foi você que não estava prestando atenção.
Hiro
Hiro
só repita a explicação de uma vez anjinha
Ana fez um bico por um momento irritada, mas do mesmo jeito que antes apenas se limitou em pegar a borracha e apagar o que havia feito para fazer novamente e repetir a explicação.
Ela novamente começou a falar cada coisa detalhadamente. Ela de fato levava jeito para explicar aquele tipo de coisa, apesar de não gostar nada estar tendo que fazer aquilo para ele. O problema era que... ele não tava entendo. Mas ela achava que estava...
Ana
Ana
entendeu?
Hiro
Hiro
e.. entendi!
Ana
Ana
eu disse que era fácil
Ela sorriu parecendo realmente contente com aquilo. Hiro por um momento apenas a encarou mas logo voltou o olhar para o caderno. “fácil?” ele repetiu para si mesmo em pensamento analisando as contas que ela havia acabado de fazer... aquilo pra ele era mais algo escrito romano do que realmente algo descrito como... fácil.
Ana
Ana
agora vai, tenta esse!
Ela apontou para a conta ao lado e entregou a lapiseira que estava segurando antes.
Hiro
Hiro
aí... fudeu...
sussurrou para si mesmo segurando a lapiseira.
Ficou novamente observando... e Ana realmente acreditou que ele iria começar a fazer algo por um momento... até ele jogar a lapiseira longe no quintal
Hiro
Hiro
Desisto!
Ana
Ana
Hey!
Hiro
Hiro
O que é?
Ana
Ana
Eu acabei de te explicar como que faz! Só mudou alguns números, qual é o problema?
Hiro
Hiro
eu não consigo!
Ana o olhou por um momento, o jeito que ele cruzou os braços sobre a mesa com uma expressão emburrada. Ela respirou fundo por um momento antes de se afastar um pouco da cadeira e se levantar atraindo o olhar do outro novamente para si.
Hiro
Hiro
onde está indo?
Ana
Ana
indo pegar a lapiseira que você jogou.
Hiro
Hiro
ah, há! claro.
Ana
Ana
qual a graça?
Hiro
Hiro
Nada não anjinha...
Ela ergueu uma sobrancelha confusa mas não disse nada, apenas seguiu indo pegar logo a lapiseira. Assim que voltou ao lado dele, ela voltou-se para ele com uma expressão mais séria.
Ana
Ana
Ok, agora é sério. Vou explicar novamente, é tente absorver. Você tem que tentar responder, as próximas vai ser mais difícil então concentra!
Hiro por um momento ficou tenso com a forma que ela falou aquilo. Então mais uma vez, começou a explicação enquanto ela mostrava com mais cuidado como aquilo devia ser feito... por um momento até se sentia falando com uma criança, mas limitou para não acabar rindo do próprio pensamento. Assim que ela acabou, ele sorriu e soltou:
Hiro
Hiro
Acho que entendi!
Ana
Ana
Você disse que... havia entendido o primeiro...
Hiro
Hiro
não enche. É pra responder esse né?
Ana
Ana
Esse mesmo. É por favor.. não jogue minha lapiseira longe novamente. Eu não quero ter que ir buscá-la novamente
Ele não pareceu muito interessado nas falas dela e começou a fazer o exercício parecendo mais confiante. Ana continuou quieta apenas atenta esperando com que ele terminasse... o que ele levava muito tempo fazendo... pegando a borracha e parando para ver se a linha de raciocínio estava certo várias vezes.
Aquilo foi ainda longe minutos até que ele pareceu perceber que estava a um tempo e pegou o celular do bolso olhando para a hora.
Hiro
Hiro
Loira, tá ficando tarde! eu tenho algo pra fazer agora. Tenho que ir
Ana
Ana
mas você...
Hiro
Hiro
Amanhã a gente continua?
Ana desistiu de argumenta ao ver que ele não havia terminado nem o que estava fazendo antes de começar a juntar as próprias coisas. Ela também olhou a hora... não passou muito de uma hora e meia que estavam naquilo...
Sabendo do jeito dele, ela imaginou que provavelmente ele tinha algum encontro com alguma garota por aí... um risinho escapou dela com o pensamento sem poder conter.
Hiro
Hiro
Qual a graça?
Ana
Ana
ah, nada. Sim, amanhã continuamos...
Hiro
Hiro
mesma hora loirinha?
Ana
Ana
aí, tem como parar com os apelidos? é claro que você sabe meu nome, eu já te falei meu nome mais de uma vez!!
Hiro
Hiro
Não. Qual seria a graça?
Ana
Ana
aff, vai embora logo.
Ela se ergueu e seguiu a frente a passos rápidos o que fez ele rir baixinho com o jeitinho dela. Ela o levou até a porta, e ele foi embora sem olhar para trás. Fechando a porta Ana suspira com o pensamento “ele não aprendeu nada...”
Ana
Ana
caso perdido....
Mal sabia ela que realmente ela pensaria assim novamente a partir dali.
No segundo dia de estudos a campainha tocava mais vezes que da outra vez fazendo Ana quase tropeçar ao que andava rápida até a porta já cansada daquela insistência. Mesmo com ela dizendo que já estava abrindo, não parava de tocar um minuto.
Ana
Ana
Você realmente não tem um pingo de modos!!
Olhou para o outro assim que abriu a porta vendo o olhar já irritado com uma sobrancelha erguida.
Hiro
Hiro
Não demorasse para abrir a porta.
Ana
Ana
E você está atrasado!
Hiro
Hiro
nem deve ser tanto...
Ana
Ana
nem as horas sabe ver? você tá atrasado quarenta minutos!
Hiro
Hiro
Eu sei ver as horas! Mas eu simplesmente não estava tão atento agora... ah, loirinha. Deixe de ser chata.
Ela abriu a boca para responder mas pensou melhor. Começou a fechar a porta na cara dele
Mas a mão dele a segurou no lugar impedindo de fechar completamente
Hiro
Hiro
Espera! calma... pra um anjo tem muita pouca paciência ein...
Ana
Ana
você não merece nem um pouco da minha paciência
Hiro
Hiro
Há... e você tá aprendendo a responder né...
Ana
Ana
olha eu vou fechar a porta.
Hiro
Hiro
Não! calma... olha... é que eu tive um compromisso e acabou levando mais tempo do que o esperado. Mas eu to aqui... ajude-me a estudar, Ana. Me esforçarei a não fazer novamente.
Ana deixou com que a porta se abrisse um pouco mais apenas para o olhar direito. Não havia desculpas... claro que não iria ter algo assim vindo dele. Mas o 'ajude-me' e ele finalmente dizendo o nome dela...
Suspirou e abriu a porta de uma vez novamente dando passagem para que entrasse de uma vez.
Ana
Ana
entra logo...
Hiro
Hiro
isso aí loira, vamos estudar!
Ele entrou todo sorridente... um sorriso de verdade, sem algum risco daqueles maldosos por alguma gracinha sem graça que vivia fazendo. Ana o olhou por um momento... era diferente quando ele não era um completo idiota. Rolou os olhos deixando aquilo de lado e fechou a porta.
Ana
Ana
Vamos... você terminou o exercício de ontem?
Hiro
Hiro
ah, sim!
Ele parou ainda ao meio da sala e abriu o caderno até a página onde ela havia lhe dado o exercício para fazer. Ana se aproximou com calma, o vendo logo estender o caderno todo orgulhoso de si mesmo.
Por um momento ela ficou contente também, achando que seus esforços haviam dado certo. Mas toda a alegria que ela juntou por breve momento de pensamento... foi embora ao ver o que ele havia feito.
Ana
Ana
Mas o que é isso Hiro?
Hiro
Hiro
o exercício oras!
Ana
Ana
eu não acredito...
Hiro
Hiro
que foi agora garota?
Ana
Ana
você não entendeu nada!
Hiro
Hiro
o que?
Ela bufou passando uma mão pelo rosto enquanto Hiro também perdia todo o brilho que tinha de antes.
Hiro
Hiro
a culpa é sua!
Ana
Ana
minha??
Hiro
Hiro
Sua sim, não sabe explicar nada.
Ana
Ana
Então escolhe agora! A porta por onde você entrou, sai e vai procurar outra pessoa ou continua aqui e tenta colocar a cabeça pra funcionar, eu realmente não me importo!
Hiro rolou os olhos e por um momento pareceu pensar antes de se virar e seguir o caminho que levava até onde haviam ficado para estudar no dia anterior.
Hiro
Hiro
Deixe de drama, vamos logo e me explica o que eu deveria ter feito.
Ana por um momento achou que realmente ele iria ir embora, mas ver ele decidindo novamente ficar por um momento a deixou aliviada.. afinal ela também precisava da ajuda dele quando fosse a sua vez...
Seguiu então até o mesmo lugar de ontem. Desta vez ela sentou-se mais perto para conseguir ver melhor o que ele estava fazendo enquanto tentava novamente responder aquilo, o parando quando percebeu que ele estava fazendo a conta de forma errada novamente
Ana
Ana
Não, olha. Você tá trocando os sinais... por isso tá trocando tudo
Hiro
Hiro
aff, era só isso?
Ana
Ana
só isso? você já estava para errar tudo novamente!
Hiro
Hiro
é apenas um sinal idiota, por que ele muda essa desgraça toda, loira?
Ana
Ana
é Ana! qual a dificuldade de falar meu nome?
Hiro
Hiro
te incomoda?
Ana
Ana
percebeu agora?
Hiro
Hiro
não, por isso eu continuo não falando.
Ana bufou encostando as costas na cadeira.
Ana
Ana
Esqueci... vou te mostrar novamente, me dá a lapiseira.
Hiro
Hiro
vai fazer de novo?
Ana
Ana
te mostrar, depois você vai fazer aquela da apostila
A careta que ele fez com aquilo enquanto ela pegava a lapiseira quase a fez rir.. quase
Começou novamente a passar a explicação para ele, dessa vez acrescentou algumas setas e explicações a parte escrita do motivo do sinal mudar e do número mudar de lugar. Talvez se ele depois ler a explicação enquanto estivesse tentando fazer... ele conseguisse por si mesmo. Levou então o tempo, Hiro já estava com a apostila tentando resolver as porcarias daqueles exercícios quando uma voz chamou o nome da Ana de dentro da casa.
Ela foi o deixando sozinho, e demorou a volta... o que ele cansado novamente travado encarou a apostila dela que ela havia deixado ali a fácil acesso. Um sorriso ardiloso escapou dos lábios dele enquanto pegava rapidamente e começava a ir atrás da mesma página.
A diferença entre a apostila dela da dele era gritante. A dele as páginas continuavam em branco, apenas as vezes tendo algo rabiscado com desenhos bobos. A dela era impecável. Cada questão respondida detalhadamente com linhas retas e redondas...
Hiro
Hiro
a letra dela é bonita...
reparou por um momento antes de começar a copiar as respostas dela para a própria apostila, com aquele típico risinho pensando "ela nem vai desconfiar"
Assim que terminou colocou a apostila dela de volta ao lugar e encarou o que ele havia feito. Um sorriso quase satisfeito apareceu em seu rosto por um momento. Bem a tempo, ele logo escutou os passos dela voltando e fingiu que estava apenas acabando de terminar a última
Ana
Ana
terminou?
Hiro
Hiro
quase
Mas ela na verdade não estava a prestando muito atenção. Ele percebeu ao sentir a diferença da atenção dela. Antes estava atenta a cada rabisco que ele fazia na folha, agora ela estava... distante? Ele parou e a encarou com uma sobrancelha erguida
Hiro
Hiro
Ei, loira?
Ana
Ana
hn?
Hiro
Hiro
fiz
Ana
Ana
deixa eu ver...
Ele deixou com que ela pegasse a apostila, os olhos chocolate passaram sobre as páginas por um momento. Hiro engoliu seco pensando se ela notaria... mas a expressão dela não mudou, na verdade ainda continuava como se estivesse apenas olhando.. mas sem a atenção realmente. Com a mente longe.
Ana
Ana
Tudo bem... por hoje chega, pode ir fazer suas coisas importantes.
Aquilo fez o lobisomem sorrir satisfeito, tanto por já poder ir embora quanto por ela não ter percebido nada sobre sua pequena "conquista". Ele logo juntou suas coisas e se levantou, mas ele parou assim que percebeu que ela não se mexeu... apenas continuou sentada ali com o olhar perdido em algum ponto do jardim.
Hiro
Hiro
hey! loira? ou!! loira!!...... LOIRA!!?
Ana
Ana
hn?
Hiro
Hiro
você não vai me levar até a porta? cadê seus modos?
Ela finalmente virou o olhar até ele, mas ela não tentou responder como antes o que fez ele por um momento estranhar. Mas deu de ombros, não se importava realmente. Apenas a seguiu até a porta assim que ela passou por ele.
Hiro
Hiro
até amanhã loira!
Ana
Ana
até...
Ana fechou a porta e suspirou cruzando os braços antes de soltar um risinho baixo.
Ana
Ana
idiota... acha que eu não notei que copiou minhas coisas? amanhã vai ter que refazer tudo pra aprender...
Porém...
No dia seguinte que seria o terceiro dia estudos.
Ana estava sentada a sala, assistindo depois de ajeitar uma bagunça da casa e se arrumar. Estava esperando a hora que Hiro fosse chegar novamente, mas ele já começava a ficar atrasado novamente.
Ana
Ana
não acredito..
O celular dela tocou com a notificação e ela pegou estranhando com o número desconhecido que havia lhe mandado mensagens.
Mas o jeito de falar até por mensagem... aquele jeito de a chamar... era claro quem era e isso a fez fazer uma careta.
Hiro
Hiro
📲: 𝘏𝘦𝘺, 𝘓𝘰𝘪𝘳𝘢. 𝘚𝘦𝘨𝘶𝘪𝘯𝘵𝘦, 𝘦𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘷𝘰𝘶 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘳 𝘪𝘳 𝘩𝘰𝘫𝘦. 𝘈𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦𝘶 𝘶𝘮 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘳𝘰𝘮𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘥𝘦 𝘶́𝘭𝘵𝘪𝘮𝘢 𝘩𝘰𝘳𝘢. 𝘌𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘱𝘰𝘥𝘦 𝘳𝘦𝘭𝘢𝘹𝘢𝘳 𝘢𝘪́ 𝘤𝘰𝘮 𝘴𝘶𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘪𝘯𝘵𝘢 𝘴𝘢𝘶𝘥𝘢𝘥𝘦𝘴 😉
Ana
Ana
Como esse idiota conseguiu meu número?
Ela suspirou e se levantou desligando a televisão antes de seguir para ir voltar para o quarto.
Ana
Ana
Ótimo, agora ele tá me enrolando.... quero ver quando começar o meu treinamento..
Mas depois disso ela apenas seguiu a rotina de sempre quando ficava em casa sozinha sem ter que lidar com Hiro em seus dias. E depois na escola, como de costume a noite.
Aqueles dias as coisas estavam normais na escola. Ela continuava apenas falando com Luísa na sala em alguns momentos. Enquanto Hiro apenas continuava como sempre, como se aquele acordo entre eles nunca realmente tivessem acontecido.
Ele ainda soltava comentários maldosos idiotas sobre ela quando parecia interessado, o que causava risadas nos outros...
Mas ela percebeu uma diferença...
havia um olhar irritado sobre ela diferente nela... que apesar de ser até meio normal, ainda assim... era diferente agora
No dia quatro... Hiro novamente deu uma desculpa qualquer e teve novamente que não ir naquele dia, o que fez Ana por um momento ficar aliviada. Ainda era desconfortável ter que ficar lidando com ele...
mas aquele dia tinha algo estranho, o corpo dela parecia mais cansado do que normalmente. Mesmo sem ter que lidar com o lobisomem e suas tentativas praticamente falhas de fazê-lo entender algo.
Ana sentia-se não apenas cansada... era algo, como se sentisse que algo pudesse acontecer aquele dia e não tinha muita certeza se seria bom...
O barulho irritante do barulho movimentado dos outros alunos já a causava dores de cabeça. Já estava realmente pensando que deveria ter faltado aquele maldito dia... assim como havia sentido que aquele dia não tinha nada de bom desde que acordou .
Pelo menos as aulas pareciam mais rápidas... no intervalo ela ainda não estava animada para ir até o refeitório. Normalmente quando estava sem fome... Luísa a acompanhava, mas desta vez ela havia passado o dia sem comer por conta de não ter ficado com tempo para se alimentar devidamente, então a deixou sozinha.
E assim... antes que Ana pudesse se esconder dentro da biblioteca atrás de paz onde era o único lugar em silêncio realmente daquele lugar. Enquanto estava pelo corredor. Ela mal percebeu o jeito raivoso que a outra chegou até ela, logo a batendo contra a parede, batendo a mão com força na parede logo ao lado do corpo de Ana que se sentiu encolher pelo susto que não estava esperando.
a anja olhou para a garota lobisomem que estava a frente, os olhos dela a encarando com uma irritação diferente enquanto não dava espaço para Ana tentar correr... e pela forma que a outra parecia prestes a pular e arrancar seu pescoço com os dentes... ela não se sentiu segura em realmente tentar correr.
Ana
Ana
o que-
Liz
Liz
O que você tem com o Hiro?
Liz... uma garota lobisomem também que... como outras por aquele maldito lugar, não disfarçavam o interesse nele. Mas Liz era mais intensa, apaixonada pelo mesmo e fazendo questão de marcar território com o outro.
Ana
Ana
do que você está falando?
Liz
Liz
Não se faça!
a mão de Liz agarrou a camisa de Ana pelo colarinho de forma rude, e a anja escutou o som do pano parecer rasgar com o movimento
Ana
Ana
e-eu não..
Liz
Liz
Ultimamente eu percebi que você anda muito atrevida para uma Zé ninguém, se continuar desse jeito eu não vou me responsabilizar pelos meus atos em te colocar no seu lugar...
Ana
Ana
Mas... ah, droga! Liz! me solta!
Liz
Liz
Fala logo o que está acontecendo entre você e o Hiro!
Ela praticamente gritou pressionando a anja com mais força contra a parede, fazendo sentindo as asas machucar pela forma nada confortável que havia sido colocada sobre a parede.
Ana
Ana
Eu não tenho nada com ele!
Liz
Liz
Mentira! Eu vi no celular dele, que mensagem era aquela que ele te mandou?
Ana engoliu seco ao travar por um momento não imaginando escutar aquilo de repente... e não apenas isso. Por Liz estar falando tão alto, alguns outros que estava pelo corredor pararam para escutar qual era da confusão...
mas claro que ninguém iria tentar intervir... fofoqueiros de plantão, claro.
Mas Ana só conseguia pensar em... como aquilo parecia que daria ruim agora...

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