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A Viúva de Blackwood

༺𓆩۝𓆪༻Ep:𝟎𝟏༺𓆪۝𓆪༻

╔═════ ೋღ ♦ ღೋ ═════╗ ɪɴsᴛʀᴜᴄ̧ᴏ̃ᴇs: ﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏﹏✎ ❦⃤►𝐏𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫 𝐥𝐞𝐢𝐚 𝐚𝐬 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐫𝐮𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐭𝐞𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫 𝐞𝐱𝐩𝐞𝐫𝐢𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚. 『••✎••』➪ (𝑒𝑥𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜/𝑡𝑟𝑎𝑑𝑢𝑐̧𝑎̃𝑜) 『••✎••』➪ {𝐿𝑢𝑔𝑎𝑟/𝑁𝑎𝑟𝑟𝑎𝑑𝑜𝑟} 『••✎••』➪ 𝐺𝑅𝐼𝑇𝐴𝑁𝐷𝑂/𝐹𝐴𝐿𝐴𝑁𝐷𝑂 𝐴𝐿𝑇𝑂 『••✎••』➪ ~ 𝑆𝑢𝑠𝑠𝑢𝑟𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 『••✎••』➪ *𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜/𝑠𝑒𝑛𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜/𝑎𝑡𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒* 『••✎••』➪ 𝐺-𝑔𝑎𝑔𝑢𝑒𝑗𝑎𝑛𝑑𝑜 ... 𝐺-𝑔𝑎𝑔𝑢𝑒𝑗𝑎𝑛𝑑𝑜 『••✎••』➪ 💭𝑃𝑒𝑛𝑠𝑎𝑛𝑑𝑜💭 ╚═════ ೋღ ⚜️ ღೋ ═════╝
..༺۝༻.. ✧⊰∘☽༓☾∘∙⊱•𝐀 𝐯𝐢𝐮́𝐯𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐥𝐚𝐜𝐤𝐰𝐨𝐨𝐝•⊰∙∘☽༓☾∘⊱✧
{𝐑𝐞𝐬𝐭𝐚𝐮𝐫𝐚𝐧𝐭 𝐆𝐨𝐫𝐝𝐨𝐧 𝐑𝐚𝐦𝐬𝐚𝐲}
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O brilho discreto das luzes do Restaurant Gordon Ramsay refletia no vidro negro do carro enquanto este parava suavemente diante da entrada. Catherine Ashford Blackwood desceu, como se cada movimento tivesse sido ensaiado mas, na verdade, era pura naturalidade lapidada por anos de controle absoluto sobre si mesma.
{𝐑𝐞𝐜𝐞𝐩𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐨 𝐑𝐞𝐬𝐭𝐚𝐮𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞}
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A recepcionista, uma jovem elegante em seu uniforme impecável, endireitou-se assim que a viu. Reconheceu-a de imediato.
???
???
Recepcionista: Lady Blackwood, é um prazer recebê-la novamente.
O tom respeitoso carregava também algo mais: um traço de admiração, talvez um resquício de fascínio que ela sempre inspirava.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
O prazer é todo meu
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
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respondeu Catherine, a voz suave e perfeitamente modulada, como se cada sílaba tivesse sido escolhida com cuidado.
Ela a conduziu pelo salão, onde olhares curiosos se voltavam discretamente em sua direção. Ela não os notava ou, melhor dizendo, fingia não notar. Sua atenção parecia estar voltada apenas ao caminho.
{𝐌𝐞𝐬𝐚 𝐫𝐞𝐬𝐞𝐫𝐯𝐚𝐝𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐂𝐚𝐭𝐡𝐞𝐫𝐢𝐧𝐞}
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Chegaram à mesa que ela mesma havia reservado, um canto estratégico com vista para quase todo o salão. Catherine pousou a bolsa sobre a cadeira ao lado, sentando-se com a postura perfeita de quem domina o ambiente sem esforço.
???
???
Recepcionista: Deseja que o garçom traga a carta de vinhos, Lady Blackwood ?
Perguntou o recepcionista.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Sim, por favor.
O leve sorriso que acompanhou suas palavras deixou no ar uma promessa indefinida doce ou perigosa, ninguém poderia dizer.
O garçom aproximou-se com passos silenciosos, equilibrando nos braços a carta de vinhos e o menu. Inclinou-se levemente diante dela, oferecendo primeiro o cardápio de bebidas.
Catherine ergueu os olhos devagar, prendendo-o por um instante no peso de seu olhar. Não era intimidador, mas havia ali uma firmeza que poucos ousariam sustentar.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Obrigada
disse, aceitando a carta de vinhos com um movimento elegante dos dedos.
Ela a abriu, folheando sem pressa. Seus olhos percorriam a lista, mas era evidente que não precisava pensar muito. Já sabia o que queria antes mesmo de chegar. Fechou o cardápio com delicadeza, entregando-o de volta.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Um Château Margaux 2015. Uma taça, por favor.
Pronunciou com a naturalidade de quem conhece cada safra como se fossem velhos amigos.
Aceitou o menu, dando-lhe apenas alguns segundos de atenção. Suas escolhas eram tão certeiras quanto seus comentários calculados em uma conversa.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Para começar, vieiras salteadas. Em seguida, cordeiro com crosta de ervas.
O garçom anotou rapidamente, quase sem precisar confirmar. Catherine apoiou o queixo de leve sobre a mão, observando-o afastar-se. Seus olhos, no entanto, desviaram-se para o reflexo no espelho ao fundo do salão. Uma figura havia acabado de entrar.
{𝐍𝐚 𝐫𝐞𝐜𝐞𝐩𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐨 𝐑𝐞𝐬𝐭𝐚𝐮𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞}
Na recepção, a porta giratória deixou passar uma rajada leve de ar noturno junto a uma nova presença. Ophelia Ashford entrou no salão com passos decididos, embora sua expressão denunciasse impaciência.
Seus cabelos loiros, presos de forma apressada, refletiam a luz quente do ambiente; os olhos azuis faiscavam, não por encanto, mas por uma altivez quase desafiadora.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Estou aqui para encontrar Catherine Blackwood.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
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Anunciou à recepcionista, sem qualquer traço de hesitação.
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A recepcionista, treinada para manter a compostura, verificou rapidamente a lista de reservas.
???
???
Recepcionista: Claro, senhora. Acompanhe-me, por favor.
Enquanto atravessavam o salão, Ophelia parecia indiferente aos olhares que pousavam sobre ela alguns curiosos, outros avaliadores. Suas roupas destoavam do ambiente: peças baratas, mas combinadas de maneira que gritava falta de harmonia, como um quadro valioso pendurado em uma moldura de plástico.
Ao se aproximarem da mesa, Catherine já havia erguido o olhar. Um sorriso contido se formou, mas seus olhos não revelavam surpresa alguma.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Ophelia, que agradável surpresa agradeço que tenha aceitado meu convite.
Disse Catherine, a voz suave, quase aveludada.
Ophelia retribuiu com um sorriso rápido e um beijo no ar, sem se sentar de imediato.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Espero não estar interrompendo nada… importante.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
De modo algum.
Catherine fez um gesto elegante indicando a cadeira à frente.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Sente-se. Pedi um vinho excelente, creio que vai gostar.
Ophelia acomodou-se, cruzando as pernas e ajeitando a saia de forma pouco graciosa. Seus olhos percorriam o ambiente como quem avalia mais para criticar do que para admirar. Catherine, por outro lado, apenas observava a irmã, o vinho que se aproximava na bandeja do garçom, e o jogo silencioso que começava a se desenrolar naquelas primeiras palavras.
O garçom acabara de servir o vinho quando Ophelia pousou a taça intocada à sua frente, cruzando os braços sobre a mesa. Seu olhar azul, afiado, fixou-se na irmã.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Você sabe que eu não tenho tempo… e muito menos dinheiro para bancar algo nesse lugar.
As palavras saíram secas, carregadas de uma franqueza que destoava do ambiente refinado.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Então, por que exatamente me chamou aqui?
Catherine manteve o sorriso, mas sua postura pareceu ganhar ainda mais compostura.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
É sobre as crianças.
A frase veio calma, sem qualquer hesitação.
Um silêncio denso se instalou entre as duas. O olhar de Ophelia estreitou-se, e Catherine percebeu. Não precisava ser vidente para prever que a irmã interpretaria aquelas palavras como uma tentativa de intromissão.
Ophelia reclinou-se na cadeira, cruzando as pernas com um movimento brusco.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Os meus filhos não são assunto seu, Catherine.
A elegância da mais velha permaneceu intacta.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Oh, minha querida… eles são minha família também.
Sua voz estava carregada de uma doçura ensaiada, aquela que soava genuína para todos, exceto para quem a conhecia de verdade.
Ophelia soltou uma risada breve, sem humor.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Se está pensando que vou aceitar dinheiro, pode poupar seu tempo. Eu me viro.
Atrás do sorriso de Catherine, algo brilhou por um instante não exatamente surpresa, muito menos frustração, mas uma faísca calculista. Ela apoiou o cotovelo na mesa e inclinou-se levemente para a frente.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Eu não ofereci dinheiro.
Suas palavras foram suaves, mas carregadas de uma promessa implícita.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Eu gostaria de colocar as crianças em uma boa escola particular. Um lugar onde possam receber a educação que merecem.
Ophelia apertou os lábios, como se a proposta tivesse o peso de uma ofensa.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Não
A resposta veio firme, quase cortante.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Não preciso da sua ajuda. Eles estão bem onde estão.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Bem?
Catherine inclinou a cabeça ligeiramente, o tom não era de escárnio, mas de uma curiosidade carregada de significado.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Você sabe que o mundo é cruel com quem não tem as armas certas… e educação é a arma mais importante que existe.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Eles têm a mãe deles. Isso basta.
Ophelia apoiou as mãos na mesa, como se quisesse encerrar o assunto ali mesmo. O orgulho estava estampado no rosto, misturado a uma teimosia que Catherine conhecia melhor do que ninguém.
Por dentro, Catherine não se irritou. Pelo contrário, um canto de sua mente sorriu. Teimosia é apenas outra forma de cegueira… e cegos são fáceis de guiar.
Ela recostou-se na cadeira, o sorriso voltando aos lábios como uma peça perfeitamente ajustada.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Claro, minha querida. Foi apenas um pensamento.
O garçom aproximou-se com a entrada, interrompendo a tensão. Catherine agradeceu com um aceno quase imperceptível, mas seus olhos, por um instante, ficaram sobre Ophelia.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Eu respeito sua decisão.
O tom era tão sereno que poderia enganar qualquer um… menos quem soubesse ler as entrelinhas.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Mas… se mudar de ideia, basta me ligar.
A frase foi dita como quem oferece uma porta aberta, mas a chave, na verdade, permanecia firmemente em suas mãos.
Ophelia manteve o olhar fixo na irmã por alguns segundos, procurando algum sinal de provocação. Não encontrou. Catherine parecia genuinamente tranquila, como se o assunto estivesse morto ali.
Catherine, no entanto, já sabia que não precisava insistir. O orgulho é uma muralha alta, mas com o tempo… até muralhas cedem.
O resto da refeição seguiu com uma conversa superficial, recheada de amenidades.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
E… o pai das crianças?
Ophelia soltou um suspiro curto e, sem responder de imediato, levou a taça aos lábios, virando um gole generoso. O cristal tilintou levemente ao ser pousado de volta na mesa.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Aquele canalha…
começou, a voz carregada de amargura.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Levou tudo o que eu tinha. Todo o dinheiro que juntei, todas as economias… e ainda teve a audácia de fugir com outra.
Catherine permaneceu imóvel, apenas inclinando a cabeça, como quem ouve com genuína empatia. Seus olhos, no entanto, estavam atentos a cada palavra, como se as guardasse em uma gaveta mental cuidadosamente etiquetada.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
E o pior…
continuou Ophelia, segurando a taça como se fosse um escudo
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
é que deixou as crianças perguntando por ele. Como se um dia ele fosse voltar.
Um silêncio breve pairou entre as duas. Catherine apenas assentiu lentamente, como se compreendesse cada dor, mas sem deixar transparecer nenhum julgamento.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Isso é imperdoável, minha querida irmã.
disse por fim, tocando levemente a mão da irmã, num gesto calculado de apoio.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
E é exatamente por isso que…
ela pausou, como quem pensa se deve ou não prosseguir
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
você precisa ser mais forte do que nunca.
Ophelia respirou fundo, e pela primeira vez naquela noite, seu olhar pareceu menos defensivo. Catherine sabia que estava quebrando, pouco a pouco, a armadura da irmã.
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༺𓆩۝𓆪༻Ep:𝟎𝟐༺𓆪۝𓆪༻

✧⊰∘☽༓☾∘∙⊱•𝐀 𝐯𝐢𝐮́𝐯𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐥𝐚𝐜𝐤𝐰𝐨𝐨𝐝•⊰∙∘☽༓☾∘⊱✧
Ophelia, ainda segurando a taça com firmeza, decidiu mudar o rumo da conversa.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Mas e você, Catherine… por que não está bebendo ?
perguntou, a curiosidade escapando da forma mais espontânea que sua personalidade permitia.
Catherine sorriu suavemente, os olhos brilhando com uma luz contida.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Não posso beber, Ophelia.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Não pode ? Por quê ?
Ophelia arqueou uma sobrancelha, inclinando-se levemente, já sentindo a ponta da notícia se aproximar.
Catherine manteve o sorriso, delicado e sereno, como se dissesse que a revelação era apenas mais um detalhe trivial do dia.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Estou grávida
O mundo de Ophelia pareceu desacelerar por um instante. Ela engoliu em seco, quase engasgando com o vinho que levava à boca. A taça balançou, mas ela a segurou firme, tentando recuperar a compostura.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
O quê…?
conseguiu dizer, os olhos azuis arregalados de surpresa e incredulidade.
Catherine inclinou a cabeça com elegância, permitindo que o silêncio crescesse alguns segundos antes de completar, como se deixasse a informação fermentar na mente da irmã:
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Você vai ser titia haha
Ophelia finalmente relaxou um pouco, o choque inicial dando lugar a um sorriso genuíno.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Parabéns, Catherine.
disse, ainda segurando a taça, mas agora com um brilho nos olhos.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Você sempre amou crianças… e sei o quanto queria ter um bebê.
Catherine sorriu de forma suave, os olhos iluminados por um misto de orgulho e ternura contida.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Obrigada, Ophelia.
Ophelia inclinou-se para frente, curiosidade vencendo o orgulho.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
E… como ele reagiu? Seu marido?
Catherine soltou uma risada delicada, divertida.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Ele quase desmaiou.
a voz soava leve, mas cheia de emoção contida.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Estávamos tentando há um ano e meio, e agora, finalmente… teremos um bebê.
Ophelia riu baixinho, quase sem perceber, e por um instante a tensão entre elas parecia desaparecer.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Fico feliz por vocês dois.
disse Ophelia, com sinceridade, embora ainda perceptível a ponta de ressentimento contido.
Catherine inclinou-se levemente, mantendo a elegância que sempre a caracterizou, e apenas murmurou:
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Obrigada, significa muito ouvir isso de você.
Ophelia apoiou o queixo na mão, os olhos ainda fixos na irmã, curiosa.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
De quantos meses você está?
Catherine sorriu suavemente, mantendo a postura elegante que a definia.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Apenas algumas semanas.
respondeu, com a voz serena, quase como se falasse de algo cotidiano.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
E a família dele? Já sabe ?
Ophelia inclinou-se um pouco, ansiosa por detalhes.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Sim
disse Catherine, com um leve brilho nos olhos.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Todos ficaram muito felizes com a notícia.
Ophelia arqueou uma sobrancelha, pensativa, antes de perguntar a pergunta inevitável.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
E você vai contar para nossa mãe?
Catherine deu um pequeno sorriso enigmático, recostando-se com a mesma graça de sempre.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Não
a resposta veio curta, direta e inesperada.
Ophelia apoiou o cotovelo na mesa, a taça de vinho balançando levemente entre os dedos.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Entendo… afinal, a mãe é uma megera.
disse, com um meio sorriso, como se falasse uma verdade que precisava ser dita.
Catherine conteve uma risada, apenas um pequeno movimento nos lábios, mantendo a postura impecável.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Ophelia… você realmente não deveria dizer isso sobre nossa própria mãe.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Eu só estou dizendo fatos.
Ophelia rebateu, firme, sem desviar o olhar.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
E, de certa forma, é até bom você não contar sobre a gravidez. Conhecendo nossa mãe… ela é capaz de jogar alguma praga.
Catherine inclinou-se ligeiramente, fingindo uma leve surpresa, como se considerasse a observação divertida, mas não totalmente falsa.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Ela é má e cruel…
Continuou Ophelia, deixando escapar o peso de anos de ressentimento
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Sabe, eu até me sinto bem por ter saído daquela mansão. No final, ela só nos via como um meio de assegurar a herança que nosso pai deixou.
O silêncio que se seguiu não era constrangedor; era carregado, pesado com verdades não ditas, mas que só fortaleciam a percepção aguçada de Catherine.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Entendo...
murmurou Catherine, o tom calmo e elegante, mas ao mesmo tempo tão atento que fazia Ophelia sentir que estava sendo ouvida de forma completa, mas que cada detalhe também estava sendo registrado.
Catherine deixou escapar uma risada contida, elegante, mas genuinamente divertida.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Ainda está guardando rancor por aquela tentativa da nossa mãe de te casar com o dono do banco ?
perguntou, os olhos brilhando de humor, como se a lembrança fosse uma peça de teatro que ambas conheciam de cor.
Ophelia soltou um riso alto, balançando a cabeça.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Aquele homem era velho, gordo e feio! Eu me senti como se fosse uma acompanhante de luxo.
falou, gesticulando exageradamente com as mãos, tornando a cena quase cômica.
Catherine riu de novo, um som leve e musical, enquanto apoiava o queixo na mão, observando a irmã com aquela mistura de carinho e astúcia que sempre a caracterizava.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
E pensar que ela realmente acreditava que isso era uma boa idéia…
As duas continuaram a conversar, rindo das presepadas armadas pela mãe delas ao longo dos anos. Cada lembrança, cada exagero contado, fazia o ambiente parecer menos pesado, mesmo que a sombra do passado ainda pairasse sobre elas.
O jantar chegava ao fim, e o garçom trouxe discretamente a conta. Catherine pegou o cartão com a mesma elegância que marcou toda a noite e, sem hesitar, pagou com um gesto calmo, quase teatral.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Muito obrigada pela companhia, Ophelia.
Disse Catherine, recolhendo a bolsa com graça.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Obrigada por me chamar, Catherine.
Na saída, a brisa fria da noite os envolveu quando cruzaram a porta do Restaurant Gordon Ramsay. O brilho das luzes refletia nos vidros e no chão molhado da calçada. Ophelia parou e se voltou para a irmã.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Parabéns novamente… de verdade.
Disse, com um sorriso caloroso.
Ophelia Ashford Strathmore
Ophelia Ashford Strathmore
Estou feliz por você e pelo Thomas mal posso esperar para ser titia.
Catherine sorriu, tocando levemente o ombro da irmã enquanto a abraçava de maneira breve, mas genuína.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Obrigada, Ophelia. Significa muito ouvir isso.
Se separaram ali mesmo, na entrada do restaurante, cada uma seguindo seu caminho, mas com a sutil sensação de que a noite, embora terminada, ainda havia plantado pequenas sementes algumas de afeto, outras, cuidadosamente, de influência silenciosa.
Catherine ficou por um momento observando a irmã se afastar, o sorriso discreto nos lábios e os olhos atentos ao futuro.
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𝐍𝐨𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐦𝐩𝐥𝐞𝐭𝐨: Catherine Ashford Strathmore 𝐍𝐨𝐦𝐞 𝐀𝐩𝐨́𝐬 𝐨 𝐜𝐚𝐬𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨: Catherine Ashford Blackwood 𝐎𝐫𝐢𝐠𝐞𝐦: Londres, Inglaterra 𝐅𝐚𝐦𝐢́𝐥𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐨𝐫𝐢𝐠𝐞𝐦: Ashford – tradicional, bilionária, poderosa, conservadora 𝐅𝐚𝐦𝐢́𝐥𝐢𝐚 𝐝𝐨 𝐦𝐚𝐫𝐢𝐝𝐨: Blackwood – igualmente poderosa, mas rival histórica dos Ashford

༺𓆩۝𓆪༻Ep:𝟎𝟑༺𓆪۝𓆪༻

✧⊰∘☽༓☾∘∙⊱•𝐀 𝐯𝐢𝐮́𝐯𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐥𝐚𝐜𝐤𝐰𝐨𝐨𝐝•⊰∙∘☽༓☾∘⊱✧ 𝑪𝒐𝒏𝒕𝒊𝒏𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒂 𝑵𝒂𝒓𝒓𝒂𝒕𝒊𝒗𝒂『••✎••』
Catherine entrou no carro trazido por um funcionário do restaurante, cada movimento medido com a elegância que a caracterizava. O frio da noite parecia mais ameno dentro do veículo, envolto pelo silêncio confortável que só ela conseguia criar.
Ela ajustou o cinto, colocou as mãos no volante e, sem pressa, ligou o carro. Não era apenas questão de hábito; havia algo no ato de conduzir que a fazia sentir-se no controle, mesmo que ninguém mais percebesse.
O trajeto até casa foi silencioso. As luzes da cidade passavam pelas janelas, refletindo-se em seus olhos atentos.
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Ela deixou escapar um pequeno suspiro, quase inaudível, enquanto o carro deslizava pelas ruas de Londres. O silêncio no veículo não era vazio; tinha peso. Um peso que apenas quem estivesse atento poderia sentir.
NovelToon
Quando avistou a fachada de sua casa, impecável como ela mesma, Catherine desacelerou. Um sorriso leve surgiu em seus lábios não de alegria explícita, mas de satisfação contida, como quem sabe que cada peça do tabuleiro estava exatamente onde deveria estar
{𝐄𝐧𝐭𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐌𝐚𝐧𝐬𝐚̃𝐨}
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No pátio da mansão, Catherine desacelerou o carro até parar, deixando o motor em marcha lenta por alguns segundos antes de desligá-lo. Com a mesma elegância de sempre, guardou as chaves na bolsa, ajustou o casaco e desceu do veículo.
Subiu as pequenas escadas que levavam à entrada principal. Ao alcançar a maçaneta, notou que a porta estava apenas encostada. Um detalhe incomum, mas não inesperado o marido frequentemente esquecia de fechar corretamente a porta ao chegar, e as empregadas geralmente cuidavam disso.
{𝐒𝐚𝐥𝐚 𝐝𝐚 𝐦𝐚𝐧𝐬𝐚̃𝐨}
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Ela entrou silenciosamente, absorvendo o ambiente tranquilo da mansão. A maioria dos seguranças estava de folga naquela noite, deixando o lugar mais silencioso do que o normal. Catherine percorreu o hall com passos leves, quase imperceptíveis, o som de seus saltos ecoando suavemente sobre o piso polido.
O ar carregava apenas o perfume sutil do ambiente e a sensação de que, apesar da aparente tranquilidade, cada canto da mansão podia ser observado sem que ninguém percebesse. Um leve sorriso surgiu nos lábios dela, quase imperceptível, enquanto avançava para dentro da casa, confiante e em controle do próprio espaço.
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Catherine subiu as escadas com passos elegantes, planejando seguir direto para o quarto e tomar um banho depois da noite longa. O corredor estava silencioso, iluminado apenas por pequenas lâmpadas embutidas que lançavam um brilho suave sobre o piso polido.
Ela caminhava distraída, ajustando a alça da bolsa sobre o ombro, pensando nos eventos do jantar, até finalmente chegar à porta de seu quarto. Com um gesto automático, girou a maçaneta e entrou, ainda absorta em seus pensamentos.
Foi então que ela se virou… e a visão a paralisou
{𝐃𝐞𝐧𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐨 𝐐𝐮𝐚𝐫𝐭𝐨}
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Deitado na cama, o marido Thomas em uma poça escura de sangue. O cenário era grotesco e inesperado. Catherine sentiu o ar faltar, um frio súbito subindo pela espinha. Seu corpo tremeu violentamente, as mãos cobrindo o rosto por um instante enquanto lágrimas começaram a escorrer, quentes e rápidas.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
Q-querido... n-não.. i-isso .. n-não é real...
conseguiu murmurar, a voz quebrando.
Catherine Ashford Blackwood
Catherine Ashford Blackwood
AAHHHHHHHHH
O grito escapou antes que pudesse se conter, um som agudo e desesperado que ecoou pelo quarto e pelo corredor silencioso. O choque e o terror a dominaram, e seu corpo, incapaz de suportar o peso da cena, cedeu.
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Catherine caiu inconsciente, deslizando pelo chão frio, enquanto o silêncio da mansão parecia envolver tudo ao redor, pesado e opressor.
No andar de baixo, uma das empregadas estava saindo da cozinha em direção à sala quando ouviu um grito estridente ecoando pelos corredores. O coração dela disparou, e um frio percorreu a espinha.
Edith Gismby
Edith Gismby
Senhora Catherine?! O que será que aconteceu?!
Edith Gismby
Edith Gismby
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Exclamou, a voz trêmula, antes de disparar escada acima, cada passo rápido e apressado.
Enquanto corria pelos corredores, a adrenalina fazia seu peito doer e sua respiração ficar irregular. Ela empurrou a porta do quarto quase de sopetão e parou, paralisada pela visão à sua frente: Dona Catherine desmaiada no chão e, atrás dela, o corpo do marido, envolto em sangue.
Um grito alto e desesperado escapou de sua garganta, ecoando pelo corredor:
Edith Gismby
Edith Gismby
ALGUÉM! SOCORRO! POR FAVOR, ALGUÉM VENHA RÁPIDO! A SENHORA CATHERINE… ELA ESTÁ… ELA ESTÁ CAÍDA! VENHAM RÁPIDO! SOCORRO!
As mãos da empregada tremiam violentamente enquanto tentava se aproximar de Catherine, tocando levemente seu braço e sacudindo os ombros com cuidado, sem acreditar no que via.
Edith Gismby
Edith Gismby
Senhora Catherine! Acorde, por favor! Olhe para mim, Senhora! Por favor, Alguém me ajude! Alguém, rápido!
Os gritos ecoaram pelos corredores da mansão, chegando aos ouvidos de alguns seguranças que estavam espalhados pelo terreno e pela entrada principal. O coração de cada um disparou ao ouvir a comoção, e imediatamente perceberam que algo grave estava acontecendo.
Sem perder tempo, correram em direção ao quarto. Ao abrir a porta, se depararam com a cena que os paralisou por um instante: a empregada, pálida e trêmula, segurava a cabeça da Catherine no colo, tentando acordá-la, enquanto atrás delas, sobre a cama, jazia o corpo do Thomas, imóvel e cercado por uma poça de sangue.
Grigori Vasiliev Petrov
Grigori Vasiliev Petrov
Senhorita Catherine!
Grigori Vasiliev Petrov
Grigori Vasiliev Petrov
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exclamou Grigori o chefe da segurança, a voz carregada de choque.
A atmosfera rapidamente se transformou em caos controlado. Grigori imediatamente pegar o rádio para se comunicar com todos os seguranças da mansão:
Grigori Vasiliev Petrov
Grigori Vasiliev Petrov
🎙Todos em seus postos! Isolar a mansão! Não deixar ninguém entrar ou sair! Repetindo, ninguém entra ou sai!
Enquanto isso, outro segurança correu para auxiliar a empregada, verificando o pulso de Catherine e tentando avaliar seu estado.
???
???
Segurança: Ela tem pulso, foi apenas um desmaio pelo choque que teve.
Disse, tentando acalmar a empregada, que tremia incontrolavelmente.
Um terceiro segurança, sem perder tempo, correu para um telefone fixo e discou rapidamente para a polícia, explicando a situação de forma concisa, mas sem omitir a gravidade:
???
???
Segurança: Há uma emergência na Mansão Blackwood…O senhor Thomas Blackwood Thornefield está morto, e a senhora Catherine está desmaiada… enviem reforços imediatamente!
A mansão, que até pouco tempo parecia tranquila e silenciosa, agora estava tomada por uma tensão elétrica, cada som amplificado, cada movimento carregado de urgência.
Enquanto a empregada tentava manter Catherine consciente, os seguranças organizavam o isolamento e esperavam os reforços, cada um consciente de que a noite que prometia ser calma tinha se transformado em um pesadelo absoluto.
Grigori chefe da seguranças, com cuidado, se abaixou e pegou Catherine inconsciente nos braços, mantendo-a firme contra o peito para não machucá-la. Cada passo pelo corredor era calculado, como se transportasse algo frágil e precioso.
Grigori Vasiliev Petrov
Grigori Vasiliev Petrov
Vamos levá-la para o quarto de hóspedes, onde estará mais segura.
Disse, a voz firme, mas carregada de urgência.
A empregada seguiu logo atrás, os olhos cheios de preocupação e mãos trêmulas.
{𝐐𝐮𝐚𝐫𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐡𝐨́𝐬𝐩𝐞𝐝𝐞𝐬}
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Quando chegaram ao quarto de hóspedes, o segurança cuidadosamente deitou Catherine sobre a cama, cobrindo-a com um cobertor leve enquanto verificava se estava confortável.
Edith Gismby
Edith Gismby
~ Senhora Catherine… por favor, fique bem…
murmurou a empregada, quase chorando, tocando levemente a testa da patroa.
Grigori Vasiliev Petrov
Grigori Vasiliev Petrov
Fique com ela. Não a deixe sozinha.
A empregada permaneceu ao lado de Catherine, segurando sua mão e murmurando palavras suaves, enquanto o Grigori retornava rapidamente para o corredor, juntando-se aos outros para reforçar o isolamento do perímetro da mansão. Todos sabiam que a prioridade agora era manter o local seguro até a chegada da polícia.
O clima na mansão permanecia carregado, cada sombra e cada som amplificados pelo silêncio tenso, enquanto os segundos pareciam se arrastar em antecipação à chegada das autoridades.
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