Me Apaixonei por um... Gay?!
Início
Autora
Minha primeira obra aqui!!
Autora
espero que gostem!!
__________________________
📱 Chat – “Trabalho de Sociologia”
Aaron
Aaron: Você atrasou.
Dreicon
Dreicon: A biblioteca estava cheia.
Aaron
Aaron: Problema seu. Eu tô aqui há vinte minutos.
Dreicon
Dreicon: Não te pedi pra chegar antes.
Aaron
Aaron: Você nunca pede nada… mas vive com essa cara de nojo como se todo mundo fosse um incômodo.
(Silêncio por alguns minutos)
Aaron
Aaron: Onde você tá?
Dreicon
Dreicon: Sala de estudos no bloco C.
Aaron
Aaron: Ótimo. Eu vou aí.
Sala de estudos – Bloco C – 18:47
O ambiente estava quase vazio. Mesas de madeira alinhadas, a luz amarelada das luminárias refletindo sobre os livros abertos.
Dreicon estava sentado, postura ereta, cabelos brancos caindo de leve sobre o rosto, a manga da camisa arregaçada até o cotovelo.
A porta se abriu sem cerimônia.
Aaron entrou, alto e imponente, com a jaqueta de couro ainda nos ombros, o cheiro forte do perfume se espalhando pelo ar.
Caminhou devagar até a mesa, largando a mochila no banco ao lado.
Aaron
Sempre essa cara fechada. Não se cansa?
Dreicon
Sempre esse tom irritante. Não se cansa?
Aaron
Acho divertido ver você se segurar pra não me mandar calar a boca.
Dreicon
Se você falasse menos, não precisaria me segurar.
Aaron se inclinou, apoiando as mãos sobre a mesa.
O olhar dele desceu, fixando nos olhos vermelhos de Dreicon, como se testasse o quanto o outro aguentava ficar sob sua presença.
Aaron
Esses olhos… parecem que querem me matar.
Aaron
Talvez seja isso que me diverte.
Dreicon fechou o livro, o som seco ecoando no espaço silencioso.
Dreicon
Vai ficar me olhando ou vai começar o trabalho?
Aaron
Eu até começaria… mas tá difícil me concentrar com você aí, todo sério, fingindo que não se incomoda.
Dreicon
Eu não finjo. Eu realmente não me importo.
Aaron
Então não se importa se eu sentar aqui.
Aaron puxou a cadeira e se colocou ao lado de Dreicon, tão próximo que seus braços quase se tocavam.
Ele se recostou, um leve sorriso no canto da boca.
Aaron
Não gosta de gente perto, né?
Dreicon
Principalmente de gente como você.
Aaron
Playboy? Popular? Ou… hetero demais pro seu gosto?
Dreicon
Arrogante demais pro meu gosto.
Aaron
E se eu dissesse que só sou arrogante com você?
O barulho da porta sendo aberta quebrou o silêncio.
Três rapazes entraram rindo alto, todos com o mesmo jeito descontraído e arrogante que Aaron carregava.
Eram colegas dele do curso de Educação Física, sempre andando em grupo, sempre rindo de alguém.
Um deles olhou para a mesa e arqueou a sobrancelha.
Draks
Nossa… sozinho aqui com o gay? É isso?
A risada dos outros ecoou pela sala como uma faca arranhando vidro.
Dreicon não mexeu um músculo, apenas respirou fundo, mantendo o olhar fixo no caderno.
Aaron se inclinou para trás na cadeira, olhando para os amigos com um sorriso preguiçoso.
Aaron
Relaxa. Eu tô só usando a inteligência dele. Esse cara sabe fazer essas porcarias de texto todo bonitinho
O comentário veio frio, calculado, sem qualquer sinal de brincadeira.
Dreicon sentiu o maxilar travar. Nenhuma resposta. Nenhuma reação. O silêncio dele era uma armadura — e também uma prisão.
Aaron se levantou devagar, ajeitando a jaqueta sobre os ombros.
E saiu caminhando junto dos amigos, ainda rindo, deixando atrás de si o cheiro de perfume e a sensação amarga de humilhação.
Personalidade: Reservado, sério, direto e extremamente disciplinado. Evita conflitos desnecessários, mas não foge quando provocado ao extremo.
Ler (principalmente filosofia, história e ficção científica)
Treinar musculação e luta (Muay Thai)
Pessoas barulhentas ou arrogantes
Preconceito e comentários ofensivos
Desenhar em cadernos (algo que poucos sabem)
Comida favorita: Salmão grelhado com legumes
Vícios: Café forte (vários por dia)
O que o excita: Toques lentos e intencionais, principalmente na nuca e no maxilar
Personalidade: Extrovertido, provocador, confiante e calculadamente cruel quando quer. Sabe usar o carisma para manipular.
Esportes (principalmente basquete e musculação)
Ser o centro das atenções
Provocar e “testar” limites das pessoas
Pessoas que o enfrentam sem medo
Ficar sozinho por muito tempo
Jogos de aposta com amigos
Dirigir em alta velocidade
Comida favorita: Hambúrguer artesanal com bacon e cheddar
Vícios: Bebida alcoólica (principalmente whisky) e nicotina ocasional
Desafios e resistência inicial da outra pessoa
Perceber que está deixando alguém nervoso
Situações onde ele tem controle físico e emocional
Autora
ISSO FICOU ENORME, DESCULPA!!
No Alvo
AO sol da tarde atravessava os vidros altos da quadra, deixando faixas douradas no chão polido.
Dreicon chegou vestindo uma regata cinza simples, o tecido leve moldando-se ao peito largo e aos ombros definidos.
O short preto deixava à mostra as pernas musculosas, marcadas pelo treino constante.
Encostada na grade lateral, Lua acenou com um sorriso.
Lua
Até que enfim apareceu.
Dreicon largou a garrafa d’água no banco e se aproximou.
Dreicon
Tive que terminar aquele maldito trabalho.
Ela ergueu uma sobrancelha, já sabendo a resposta.
Dreicon
Não exatamente. Aaron estava por perto.
Lua soltou uma risada curta.
Lua
Imagino como foi agradável.
Enquanto conversavam, alguns jogadores já aqueciam com dribles e arremessos.
Lua comentava sobre músicas novas e um campeonato de e-sports que pretendia assistir, conseguindo arrancar um leve sorriso de Dreicon.
O apito soou, chamando todos para o centro da quadra.
O professor organizou os times para o treino de basquete.
Dreicon foi escolhido como líder de um time; do outro lado, Aaron, segurando a bola com a mão firme, o olhar afiado já fixo nele.
Dreicon dominava o garrafão, usando a força física para avançar.
Aaron, rápido e estratégico, liderava ataques velozes.
A bola trocava de mãos em ritmo frenético, o som dos tênis contra o chão misturado ao eco das batidas.
No final do segundo tempo, o placar empatado deixava o ar pesado.
Dreicon avançava pelo canto da quadra, protegendo a bola, quando sentiu o pé de Aaron deslizar propositalmente na frente de sua passada.
O impacto foi seco e Dreicon perdeu o equilíbrio por um instante.
Ele girou o corpo, o olhar duro cravado em Aaron.
Sem hesitar, empurrou-o com força suficiente para que o outro recuasse alguns passos.
Aaron respondeu na hora, empurrando de volta, e o contato virou um choque de corpos no centro da quadra.
O empurra-empurra se espalhou, alguns jogadores tentando separar, outros já entrando na confusão.
Dois outros professores apareceram, separando os dois à força.
Minutos depois, Dreicon e Aaron estavam sentados, cada um em uma maca na enfermaria.
O silêncio era absoluto, quebrado apenas pelo som distante de passos no corredor.
O ar entre eles era espesso, carregado de algo que não era apenas raiva.
O ar cheirava a antisséptico, misturado ao suor ainda recente do jogo.
Dreicon estava sentado na maca da esquerda, o braço apoiado no joelho, observando o chão com a expressão neutra.
Aaron, na maca oposta, passava a toalha pelo rosto, lançando olhares rápidos, como se medisse o momento certo para falar.
Aaron
Você devia agradecer por eu ter pegado leve.
Disse Aaron, largando a toalha no colo.
Dreicon ergueu o olhar, frio.
Dreicon
Pegado leve? Você quase me derrubou de propósito.
Aaron
Quase? Eu derrubei. E teria derrubado mais forte se quisesse
Aaron
Engraçado… todo mundo sabe disso e ainda assim eu sou o mais popular da faculdade.
Aaron
E você… é só o gay esquisito com cara de mal.
Dreicon sustentou o olhar, sem piscar.
Dreicon
Você tem uma boca grande pra alguém que não passa de um covarde com medo do que pensam.
Aaron soltou um riso curto.
Aaron
Medo? Eu só acho nojento ver você andando por aí como se fosse normal.
Dreicon
Normal não é passar a vida se preocupando com quem eu deito.
Aaron
Eu não me preocupo. Eu só acho errado.
Dreicon
Então por que fala disso toda vez que abre a boca?
Aaron se levantou e inclinou para frente, o rosto a poucos centímetros do de Dreicon.
Aaron
Porque você força todo mundo a lembrar que você é diferente.
Dreicon manteve o tom baixo, mas cortante.
Dreicon
Não preciso forçar nada. Você lembra sozinho.
O silêncio durou alguns segundos.
Aaron
Você quer mesmo me testar?
Dreicon também se levantou, ficando frente a frente.
Aaron estreitou os olhos.
Aaron
Você acha que eu teria algum interesse em você? Nem se fosse a última pessoa viva no universo.
Dreicon
Fala isso tantas vezes… que parece que tá tentando convencer a si mesmo.
Dreicon deu um passo rápido, encurtando a distância, e o empurrou contra a parede fria.
O impacto fez Aaron travar por um instante.
O rosto de Dreicon estava tão próximo que Aaron sentia a respiração quente no próprio rosto.
Dreicon
Me diz, Aaron… você sente tesão em mim?
O olhar de Aaron vacilou por um segundo.
Confusão, vergonha e raiva se misturaram, a respiração ficando mais pesada.
Ele cerrou o maxilar, tentando recuperar o controle.
Aaron
Você enlouqueceu seu viadinho..?
Disse, a voz mais baixa e áspera.
Insistiu Dreicon, sem recuar.
Aaron o empurrou com força, o som seco dos ombros de Dreicon batendo na beira da maca.
Sem olhar para trás, Aaron pegou a jaqueta e saiu da enfermaria com passos rápidos, deixando a porta bater.
Dreicon ficou parado, observando a porta fechada, o coração acelerado, não de medo, mas da certeza de que tinha tocado num ponto que Aaron não queria que ninguém descobrisse.
Vingança
Vestiário Masculino – 16:10
O som do metal ecoou pelo vestiário quando Aaron fechou o armário com força demais.
Ele respirava rápido, a mandíbula travada.
Olhou para as próprias mãos, depois socou a porta do armário, o impacto reverberando pelos corredores.
Murmurou, tentando afastar da mente a cena na enfermaria, o olhar de Dreicon, a proximidade, aquela pergunta absurda que ainda queimava na memória.
Dois dos amigos entraram, segurando bolas de basquete e garrafas de isotônico.
Um deles, Marcos, arqueou a sobrancelha.
Marcos
Que foi, cara? Tá parecendo que quer matar alguém.
Aaron
Vou acabar com aquele desgraçado.
Lucas
O branquelo dos olhos vermelhos?
Perguntou o outro, Lucas, já rindo.
Aaron assentiu, a expressão dura.
Aaron
Ele acha que pode me provocar daquele jeito. Vou mostrar o lugar dele.
Marcos deu um sorriso cúmplice.
Marcos
É só falar. A gente tá dentro.
Lucas
Vai ser até divertido.
Aaron apenas fechou a mochila e jogou nas costas, já traçando mentalmente como faria.
Dreicon andava com passos firmes pela calçada, o vento frio da tarde batendo contra a pele exposta pelos braços descobertos.
Tinha trocado a regata por uma camiseta preta ajustada, calça jeans escura e tênis simples.
O fone nos ouvidos abafava o barulho da cidade, deixando apenas a música e seus próprios pensamentos.
Pensava na vida que levava, na rotina que tentava manter longe de problemas, e inevitavelmente, em Aaron.
Cada gesto, cada palavra dele, cada provocação e tudo voltava como um eco irritante.
Odiava o jeito arrogante, o sorriso convencido, o modo como parecia querer se alimentar da reação dos outros.
Suspirou, tentando focar no trabalho que o esperava.
Cafeteria La Brise – 18:03
O aroma de café fresco e pão assado se misturava ao som suave de música ambiente.
Dreicon ajeitou o avental, prendeu o cabelo branco num coque baixo e começou a organizar as mesas.
Gostava dali , era simples, tranquilo… pelo menos até que clientes problemáticos aparecessem.
Na terceira hora do turno, a porta abriu e o som do sino denunciou a chegada de um grupo barulhento.
Aaron entrou primeiro, seguido de Marcos, Lucas e mais dois conhecidos do campus.
Dreicon já sabia como aquilo terminaria.
Eles se sentaram numa mesa no canto, rindo alto.
Aaron se recostou na cadeira, olhando para o balcão com um sorriso Diabólico.
Dreicon respirou fundo, pegou o bloco de anotações e foi até lá.
Dreicon
Boa noite. O que vão querer?
Lucas olhou para Aaron antes de responder, como se esperasse o comando.
Aaron
Um cappuccino duplo, sem canela.
Marcos
Pra mim um latte, mas bota pouco leite.
Os outros fizeram seus pedidos e Dreicon anotou tudo sem mudar a expressão.
Quando voltou minutos depois com a bandeja, Aaron foi o primeiro a pegar a xícara.
Ele deu um gole, franziu a testa e colocou de volta.
Aaron
Isso aqui tá errado. Eu pedi sem canela.
Retrucou Aaron, empurrando a xícara de volta.
Aaron
E não é só isso. O gosto tá estranho.
Marcos riu, se inclinando para os outros.
Marcos
Acho que o garçom tá nervoso.
Dreicon recolheu a xícara e voltou ao balcão.
Refez o pedido, trouxe de volta, e assim que colocou na mesa, Aaron falou novamente.
Aaron
Ainda errado. Isso é incompetência ou provocação?
Antes que Dreicon respondesse, Aaron fez sinal para o balcão.
Aaron
Chama o seu chefe aqui.
O gerente, um homem de meia-idade com postura rígida, aproximou-se.
Gerente
Aconteceu alguma coisa?
Aaron falou com a voz calma, mas carregada de falsa preocupação.
Aaron
Aconteceu sim. A gente pediu três vezes a mesma coisa e ele não acerta. Acho que não tá prestando atenção no trabalho.
O gerente virou-se para Dreicon.
Gerente
Você precisa ser mais cuidadoso. Isso não pode acontecer, principalmente com clientes novos.
Interrompeu o chefe, o tom seco e autoritário:
Gerente
Volte para o balcão e refaça o pedido corretamente.
Aaron observava tudo, apoiando o queixo na mão, o sorriso crescendo a cada palavra do gerente.
Para ele, aquela humilhação pública era um espetáculo.
Dreicon apenas respirou fundo, recolheu as xícaras e voltou para o balcão.
No reflexo da vitrine de doces, seus olhos vermelhos encontraram os de Aaron por um instante.
Não havia raiva exposta, só a promessa silenciosa de que aquilo não ficaria impune.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!