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Entre Dúvidas

entre o grito e o sussurro

Capítulo – Entre o Grito e o Sussurro

A noite em Beacon Hills estava anormalmente silenciosa.

Não o tipo de silêncio que traz paz — mas aquele que pesa sobre os ombros, que aperta o ar nos pulmões. O vento frio cortava pelas árvores, e o luar filtrava-se em feixes prateados que dançavam no chão do estacionamento vazio da escola.

Stiles Stilinski estava encostado na sua velha Jeep, braços cruzados, os dedos batendo contra o tecido da jaqueta. Ele odiava esperar, mas Scott havia mandado uma mensagem curta: "Preciso falar com você. Sozinho."

Essas três últimas palavras eram suficientes para fazer o estômago de Stiles revirar.

O som de passos firmes que vinham do prédio ecoou, e logo Scott McCall surgiu da penumbra. O rosto dele estava tenso, e os ombros, ligeiramente curvados para frente, como se carregasse algo pesado demais para o próprio corpo.

— Então… — Stiles tentou soar casual, mas a voz saiu mais alta do que deveria. — Você me chama aqui, no meio da noite, e não traz pizza? Achei que éramos amigos.

Scott soltou um meio sorriso, mas foi rápido demais, quase doloroso.

— Não é sobre pizza, Stiles.

— Já imaginei… — Stiles desarmou o tom brincalhão, endireitando-se. — Está acontecendo alguma coisa, não é? Algo… sobrenatural?

Scott desviou o olhar para o chão, chutando uma pedrinha. O som do impacto contra o asfalto ecoou antes de se perder no vazio.

— Não é exatamente isso. Ou… talvez seja. Não sei.

A inquietação de Stiles crescia. Ele conhecia Scott desde antes das mordidas, dos lobos, dos caçadores… e conseguia ler cada microexpressão no rosto dele. Aquele Scott à sua frente não estava com medo de um monstro — estava com medo de si mesmo.

— Ok, agora você está me assustando. — Stiles deu um passo à frente. — Fala logo.

Scott respirou fundo, como se tentasse segurar as palavras dentro da boca.

— Eu… — Ele hesitou, a testa franzida. — Eu tenho pensado muito ultimamente. Sobre tudo. Sobre a gente.

A palavra ficou pairando no ar, carregada demais.

Gente podia significar tanta coisa — o grupo todo, ou só os dois. E o jeito como Scott disse… soava pessoal demais.

— “A gente”? — Stiles repetiu, tentando não deixar a voz tremer. — Tipo, a matilha? Ou…?

Scott levantou os olhos e prendeu o olhar de Stiles. Era intenso, e de repente parecia que toda a lua estava concentrada naquele brilho castanho profundo.

— Não. Nós dois.

O silêncio seguinte foi quase ensurdecedor. Stiles abriu a boca para falar algo sarcástico, mas nada saiu. A mente dele, tão rápida em criar teorias mirabolantes, travou.

Scott deu um passo mais perto.

— Você sempre esteve do meu lado, Stiles. Mesmo quando eu não merecia. Você arriscou tudo — mais de uma vez — por mim.

— É isso que amigos fazem… — Stiles respondeu, tentando controlar o coração, que batia como se quisesse escapar do peito.

— Eu sei. — Scott sorriu, mas havia tristeza nele. — Só que eu percebi que… talvez o que eu sinto por você não seja só amizade.

As palavras bateram em Stiles como um soco no estômago — não de dor, mas de surpresa pura. Ele piscou várias vezes, tentando ter certeza de que não estava alucinando.

— Scott… você… — Ele riu nervoso. — Você sabe que isso é o tipo de coisa que faz o mundo inteiro dar um bug, né? Porque, tipo… Você é o Scott McCall. Herói, alfa, bom moço. E eu sou… eu.

— Eu gosto de você sendo você. — A voz de Scott foi suave, mas firme.

Stiles sentiu o rosto esquentar, e não tinha nada a ver com o frio da noite.

— E… há quanto tempo você está… pensando nisso?

Scott olhou para o céu por um instante, como se buscasse coragem nas estrelas.

— Talvez desde sempre. Só não percebi. Sempre pensei que era apenas essa ligação de amizade, mas… cada vez que você se arrisca, cada vez que você me puxa de volta quando eu estou perdido… Eu sinto algo diferente.

Stiles deu uma risada curta, balançando a cabeça.

— Isso é insano. — E depois, mais baixo: — Mas faz sentido. Estranhamente.

Scott se aproximou mais, agora a menos de um passo de distância. O cheiro familiar dele — mistura de terra, chuva e algo mais difícil de descrever — envolveu Stiles.

— Eu não quero que isso mude tudo, Stiles. Mas também não posso continuar fingindo que não sinto.

Os olhos de Stiles buscaram alguma mentira, algum traço de confusão no rosto de Scott, mas só encontrou sinceridade.

E o pior — ou melhor — é que uma parte dele, a parte que sempre colocava Scott em primeiro lugar, já sabia. Talvez sempre soube.

— Sabe qual é o problema? — Stiles disse, tentando sorrir. — Eu acho que também sinto alguma coisa. Só que eu sou péssimo com sentimentos, e… isso me assusta pra caramba.

— Eu também estou assustado. — Scott admitiu, quase num sussurro. — Mas se tem uma coisa que aprendi com você, é que o medo não deve parar a gente.

O ar entre eles pareceu mais denso, carregado de algo novo.

Scott deu um passo à frente, encurtando a distância para quase nada. O coração de Stiles estava uma tempestade. Por um momento, o mundo se resumiu ao som da respiração deles.

— Scott… — Stiles começou, mas a voz falhou.

— Se você não quiser… eu entendo. — Scott disse, embora o brilho nos olhos denunciasse a esperança.

Stiles fechou os olhos por um instante, respirou fundo e, quando os abriu, deixou escapar um meio sorriso.

— Você é impossível, McCall.

E, antes que a coragem escapasse, Stiles segurou a nuca de Scott e o puxou. Foi um beijo rápido, quase hesitante — mas carregado de tudo que ficou preso por anos. Quando se afastaram, Scott tinha um sorriso bobo no rosto.

— Isso foi… — Scott começou.

— Surpreendente? Confuso? Potencialmente perigoso para o equilíbrio do universo? — Stiles interrompeu.

— Perfeito. — Scott completou.

Stiles revirou os olhos, mas não conseguiu esconder o sorriso.

— Ok, mas se isso der errado, eu vou te culpar para sempre.

— Justo. — Scott riu, e pela primeira vez naquela noite, o peso nos ombros dele parecia ter sumido.

Eles ficaram ali, lado a lado, encostados na Jeep. Não havia monstros à vista, nem urgências sobrenaturais — só dois amigos que, talvez, estavam prontos para ser algo mais.

E, mesmo sem saber o que viria depois, Stiles sentiu que, dessa vez, podia encarar.

A lua, silenciosa testemunha, continuou brilhando sobre Beacon Hills. E no meio de um mundo cheio de gritos, eles encontraram um sussurro — pequeno, mas poderoso o suficiente para mudar tudo.

Continua

A Caçada Começa

Capítulo – A Caçada Começa

O amanhecer em Beacon Hills veio coberto por uma névoa espessa, tão densa que a cidade parecia suspensa em outro mundo.

Stiles acordou com a mente ainda confusa pela noite anterior — e pelo beijo. Ele se pegava revivendo o momento várias vezes, como um filme passando em loop, cada vez com um detalhe novo: a forma como Scott o olhou, o calor das mãos dele, o jeito como parecia que o mundo inteiro tinha parado.

Mas agora, sentado à mesa da cozinha, encarando uma tigela de cereal que já estava mole, Stiles sentia um peso no ar. O tipo de peso que, na sua experiência, significava que algo muito ruim estava para acontecer.

O celular vibrou.

Scott: Encontro na escola. Urgente.

Sem tempo para pensar no que vestir, Stiles pegou a jaqueta, as chaves da Jeep e foi.

---

Na quadra da escola, Scott já estava lá, junto de Lydia, Malia e Liam. A expressão de todos variava entre preocupação e tensão.

— O que está acontecendo? — Stiles perguntou, tentando parecer mais acordado do que estava.

— Lydia teve uma premonição. — Scott respondeu, o tom sério.

Lydia cruzou os braços.

— Não foi bem uma visão… foi um som. Um grito que não veio de mim, mas que eu ouvi na minha mente. Alto, desesperado. E não humano.

Malia franziu o nariz, o instinto de coiote claramente incomodado.

— Eu senti algo na floresta ontem à noite. Cheiro de sangue e… medo. Muito medo.

— Então temos um monstro novo na cidade? — Stiles tentou manter o tom leve, mas ninguém riu.

Liam se aproximou de Scott.

— Não é só isso. Os sinais… são parecidos com o que vimos quando os Dread Doctors apareceram. Mas é diferente. Mais… antigo.

Scott olhou para Stiles, e por um momento, os olhos dele suavizaram.

— Precisamos investigar antes que alguém se machuque.

Stiles soltou um suspiro.

— E eu achei que hoje ia ser só sobre lidar com “a conversa” de ontem.

Malia olhou de um para o outro, confusa.

— Que conversa?

— Nada! — Stiles e Scott responderam ao mesmo tempo, ligeiramente corados. Lydia arqueou a sobrancelha, mas decidiu não insistir.

---

A trilha na floresta estava coberta por folhas úmidas e galhos quebrados.

Scott ia à frente, farejando o ar, enquanto Malia mantinha os ouvidos atentos a qualquer movimento. Stiles, por mais que tentasse, não conseguia afastar a sensação de que estavam sendo observados.

De repente, um estalo seco ecoou à direita. Antes que Stiles pudesse reagir, uma sombra atravessou a trilha, rápida demais para ser humana.

— Viram isso?! — Ele sussurrou, mas o coração já disparava.

Scott ergueu a mão, pedindo silêncio. Ele deu alguns passos lentos e, num movimento rápido, desapareceu atrás de um grupo de árvores. O silêncio seguinte foi quebrado por um rugido baixo, quase subterrâneo.

Lydia deu um passo para trás.

— Isso não soa como nada que já enfrentamos.

De repente, Scott surgiu de volta, ofegante.

— É grande. Muito grande. E tem garras… mas não é lobo. Os olhos são vermelhos, como brasa.

— Ah, ótimo. — Stiles murmurou. — Monstro desconhecido nível “pior que lobisomem”, adorei.

Antes que pudessem planejar, o chão tremeu levemente. Um segundo depois, a criatura saltou de trás das árvores. Era alta, musculosa, com pele cinza-escura e marcas que brilhavam em vermelho. Os dentes eram afiados como lâminas, e o rugido fez as folhas vibrarem.

— Espalhem-se! — Scott gritou.

Liam correu para a esquerda, tentando distrair a criatura, enquanto Malia avançava pela direita. Stiles ficou para trás, puxando a arma de choque que sempre carregava “para emergências absurdas” — o que, convenhamos, em Beacon Hills era quase todo dia.

A criatura atacou Malia, que desviou por pouco. Lydia começou a gritar — um grito banshee de verdade —, fazendo a criatura recuar, mas apenas por alguns segundos.

— Scott! — Stiles gritou, quando viu o monstro se virar para Liam, que estava encurralado contra uma árvore.

Num salto impressionante, Scott se colocou entre Liam e a criatura, garras expostas, olhos brilhando em dourado. Ele atacou, mas a pele do monstro parecia dura demais; as garras mal arranharam.

— Isso não vai funcionar! — Stiles correu até Lydia. — Precisamos descobrir o que é antes que mate todo mundo.

Lydia fechou os olhos, tentando buscar respostas na conexão sobrenatural.

— É chamado de Harrow. Uma criatura antiga que caça corações. Literalmente. Só para de caçar quando o alvo morre.

— E o alvo é…? — Stiles perguntou, já temendo a resposta.

Lydia abriu os olhos, pálida.

— Scott.

O sangue gelou nas veias de Stiles.

Sem pensar, ele correu até Scott, que agora lutava para manter a criatura afastada.

— Ei! Cara de lava! — Stiles gritou para o monstro, agitando a arma de choque. — Vem pegar alguém mais magro e sem músculos de herói!

O Harrow virou a cabeça para ele, e por um segundo, Stiles percebeu que talvez aquilo tivesse sido uma péssima ideia. Mas a distração foi suficiente para Scott contra-atacar com força total, empurrando a criatura para longe.

— Você é maluco! — Scott gritou para Stiles, mas o olhar dele estava carregado de algo além de preocupação — era medo real de perdê-lo.

O monstro, ferido, recuou para a floresta, desaparecendo na névoa. O silêncio voltou, mas ninguém relaxou.

— Isso não acabou. — Lydia disse, séria. — Ele vai voltar, e vai estar mais furioso.

Scott colocou a mão no ombro de Stiles.

— Você não precisava ter feito aquilo.

— Claro que precisava. — Stiles respondeu, com um sorriso cansado. — Você acha que vou ficar parado enquanto um monstro com dentes de faca tenta arrancar seu coração? Nem ferrando.

Os olhos de Scott suavizaram, e ele abaixou a voz.

— Stiles… eu não quero que você se machuque por minha causa.

Stiles respirou fundo, encarando-o.

— Então vamos garantir que nenhum de nós se machuque. Juntos.

Houve um momento em que parecia que iam se beijar de novo, mas Malia tossiu alto.

— A gente ainda está aqui, sabia?

Stiles riu, nervoso, e se afastou meio passo, mas não soltou o braço de Scott.

— Ok, missão número um: descobrir como matar um Harrow. Missão número dois: não morrer tentando.

E, no fundo, Stiles sabia que essa caçada seria diferente de todas as outras. Porque agora, não era só a vida deles que estava em jogo — era o que estava nascendo entre eles.

coração em fogo

Capítulo – Coração em Fogo

O Harrow não esperou muito para cumprir sua promessa silenciosa.

Dois dias depois, a paz frágil em Beacon Hills foi quebrada.

Era noite, e Stiles estava no quarto, tentando estudar — ou pelo menos fingir, já que a mente dele só conseguia voltar ao monstro e ao beijo com Scott. A cada som lá fora, o corpo dele ficava em alerta.

E então veio o grito. Não um grito humano, mas aquele rugido grave e vibrante que parecia atravessar as paredes e o ar. O mesmo que ele ouvira na floresta.

O celular vibrou na mesa.

Scott: Ele está aqui. Perto da escola. Vem agora.

Stiles nem pensou. Pegou a jaqueta, a arma de choque e as chaves da Jeep. O coração martelava tão alto que parecia querer sair pela garganta.

---

Quando chegou à escola, a cena era caótica: Liam estava caído perto da entrada, tentando se levantar, enquanto Malia, parcialmente transformada, corria para impedir que o Harrow quebrasse as portas. Lydia gritava para atrair a atenção da criatura, mas ela parecia focada — e seu foco estava claramente em Scott.

Scott, em forma de alfa, segurava o Harrow com todas as forças. O choque entre eles era quase cinematográfico: garras contra garras, dentes expostos, músculos tensionados. O chão ao redor já estava destruído pelos impactos.

— STILES, SAI DAQUI! — Scott gritou, mas Stiles ignorou.

Ele correu até Lydia.

— Alguma novidade sobre como matar essa coisa?

— Sim, mas você não vai gostar. — Ela disse, respirando rápido. — O Harrow só morre se o coração do alvo — no caso, Scott — parar de bater. Só assim o vínculo de caça é quebrado.

Stiles arregalou os olhos.

— Isso não é uma opção!

— Então teremos que improvisar. — Lydia respondeu, séria.

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O Harrow lançou Scott contra a parede da escola com tanta força que o som ecoou como um trovão. Stiles sentiu o peito apertar ao vê-lo deslizar para o chão, gemendo de dor. Sem pensar, correu até ele.

— Ei, McCall! Olha pra mim! — Stiles segurou o rosto de Scott, tentando mantê-lo consciente. — Você não vai morrer hoje, ouviu?

Scott abriu um sorriso fraco, mesmo sangrando.

— Sempre… otimista.

— Não é otimismo, é teimosia. — Stiles respondeu, tentando soar firme, mas a voz falhava.

O rugido da criatura veio logo atrás. Stiles se virou e viu o Harrow avançando. Tudo aconteceu em segundos: Scott empurrou Stiles para o lado e recebeu o golpe no ombro, sendo jogado novamente contra o chão.

Foi então que Stiles percebeu algo — o brilho vermelho nas marcas do Harrow parecia pulsar em ritmo com o coração de Scott.

— Lydia! — Ele gritou. — O vínculo não é só simbólico, é físico! Talvez se a gente cortar essa conexão…

— Como?! — Ela respondeu.

— Aquelas marcas! Se a gente cortar as marcas, talvez o vínculo enfraqueça! — Stiles disse, já puxando um canivete que sempre carregava.

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O Harrow percebeu o movimento e avançou em Stiles, mas Scott, mesmo ferido, se colocou entre eles. Com um rugido de alfa, ele agarrou a criatura pelos braços e a manteve firme.

— AGORA, STILES!

O tempo pareceu desacelerar. Stiles correu, desviando das garras, e cravou a lâmina na marca mais brilhante no peito do Harrow. Um grito ensurdecedor explodiu da criatura, e o ar ao redor pareceu queimar. A pulsação vermelha ficou instável, e Scott aproveitou para cravar as garras na mesma marca.

O Harrow deu um último rugido, depois recuou, tropeçando como se tivesse perdido todas as forças. As marcas vermelhas apagaram, e ele caiu no chão, imóvel.

O silêncio que se seguiu foi quase tão ensurdecedor quanto a luta.

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Stiles caiu de joelhos, respirando ofegante. Scott se aproximou, ainda transformado, mas os olhos já voltando ao normal.

— Você conseguiu. — Ele disse, a voz rouca.

— A gente conseguiu. — Stiles corrigiu, olhando para ele. — Você me deu a chance.

Scott sorriu, mas logo cambaleou, quase caindo. Stiles o segurou pelos ombros.

— Ei, sem desmaiar agora, herói. — Disse, tentando manter o tom leve. — Você me deve pelo menos mais uns cinquenta anos de broncas idiotas e conselhos duvidosos.

Scott respirou fundo, o olhar preso em Stiles.

— Eu achei… que ia te perder.

— Não vai. — Stiles respondeu imediatamente. — Não importa o que apareça, eu não vou deixar.

O silêncio entre eles não era mais incômodo; era carregado de tudo que não precisava ser dito. E então Scott fez algo inesperado: segurou o rosto de Stiles e o beijou — não como na noite anterior, rápido e incerto, mas intenso, como se quisesse gravar aquele momento para sempre.

Quando se afastaram, Stiles piscou, um pouco zonzo.

— Isso foi… wow.

Scott sorriu de canto.

— Eu acho que você está preso comigo agora.

— Sempre estive. — Stiles respondeu, com um sorriso cansado, mas genuíno.

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Enquanto Lydia e Malia verificavam se a criatura estava realmente morta, Stiles e Scott ficaram lado a lado, observando a névoa da noite começar a se dissipar. Havia feridas, dores e perguntas sem resposta, mas também havia algo novo — algo que os tornava mais fortes.

O Harrow tinha sido derrotado, mas Stiles sabia que, em Beacon Hills, sempre haveria outro desafio. A diferença agora é que ele e Scott não eram apenas alfa e humano, ou amigos de longa data — eram parceiros, no sentido mais completo da palavra.

E isso, no fundo, era a maior vitória.

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