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Lavínia sentiu o mundo desabar ao seu redor.
A data de amanhã, 17 de setembro, não era mais o dia do seu casamento, mas sim o dia em que sua vida se transformou em um pesadelo.
Ela havia chegado mais cedo para uma última prova do vestido de noiva e, ao passar pelo escritório de Ricardo, ouviu vozes.
A curiosidade a impeliu a abrir a porta.
E então, o mundo dela parou. Ricardo estava beijando outra mulher. O beijo era apaixonado, e as palavras que se seguiram foram como facadas no coração de Lavínia.
- Ela nunca vai saber, Vikia... Ricardo sussurrou.
- E você é a única que eu amo!
Vikia... a melhor amiga e madrinha de casamento de Lavínia.
A mulher em quem ela confiava. A traição era profunda e dolorosa.
Lavínia fugiu do local sem ser vista, ou pensado que não, com o coração em pedaços e o vestido de noiva nas mãos, em direção à sua casa, não muito longe dali.
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Vikia viu o reflexo de Lavínia no espelho próximo à porta, e sorriu maleficamente, dando o golpe final.
Nas mãos de Lavínia, o celular pesava como chumbo, a tela exibindo a prova irrefutável de sua ruína: uma foto de Ricardo, seu noivo, na cama com sua melhor amiga, Vikia. A imagem, uma selfie maliciosa de Vikia, trazia um sorriso triunfante, como se a felicidade de Lavínia fosse um prêmio a ser roubado. A legenda:
"Começando a festa de casamento"... era a facada final, a afronta cruel que a derrubou completamente.
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Aos 25 anos, Lavínia Slaviero era uma mulher de fibra. Órfã desde a adolescência, ela havia construído sua vida sozinha, com esforço e dedicação. Formada em Administração, trabalhava duro para honrar a memória de seus pais.
Ricardo Silva, no auge dos seus 27 anos, era diretor de marketing da empresa concorrente à sua, havia entrado em sua vida há três anos, prometendo um futuro de amor e segurança. Ele parecia ser tudo o que ela sempre sonhou, o porto seguro que ela nunca teve.
A vida parecia finalmente estar se ajeitando, e o casamento era a cereja no bolo, a prova de que ela merecia ser feliz.
Mas agora, com a foto diante de seus olhos, a realidade era um borrão doloroso.
As lágrimas escorriam incontrolavelmente, misturando-se com a maquiagem da prova final, borrando o rímel e a base.
O vestido de noiva, agora jogado em qualquer lugar no sofá, brilhava com uma ironia cruel, um símbolo de uma promessa quebrada.
A casa, antes um lar de expectativa e alegria, tornara-se um mausoléu de sonhos despedaçados.
Ela não aguentava mais. Precisava sair dali, precisava de ar, precisava de qualquer coisa que a fizesse esquecer o que acabara de ver.
Pegou a primeira roupa que viu, jeans e uma blusa qualquer, e saiu sem olhar para trás.
Correu pela noite, os saltos batendo no asfalto em um ritmo de desespero. Não sabia para onde estava indo, apenas sentia a necessidade de fugir. A cidade, antes um refúgio, parecia sufocá-la com suas luzes e sons.
Desolada, ela caminhou sem rumo, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Seus pés a levaram a um barzinho no centro, com luzes fracas e música baixa.
O ambiente, que em outro momento seria convidativo, agora era um abrigo para a sua dor.
Sentou-se em um canto e pediu a bebida mais forte que o barman tinha. A primeira dose queimou em sua garganta, mas o alívio momentâneo foi bem-vindo.
Ela bebeu mais, e mais, a voz de seu coração gritando para parar, enquanto a de sua mente mandava continuar, para que a dor finalmente fosse embora. A cabeça de Lavínia girava, e as luzes do bar começavam a se confundir.
Foi nesse momento de vulnerabilidade que um homem, com um olhar predatório, se aproximou. Lavínia, já em um estado de quase inconsciência, não percebeu a mão dele se estendendo em direção ao seu copo. O rosto dele era um borrão, mas o sorriso era nítido, perigoso. O líquido, uma pequena cápsula branca, deslizou para dentro de sua bebida, diluindo-se quase que instantaneamente.
Quando a bebida fez efeito, ela se sentiu tonta e confusa. Quando o homem estava prestes a se aproximar de Lavínia, uma mão forte o segurou pelo colarinho.
- Acho que ela não está interessada, disse uma voz grave e firme. Era Tiago Alencar, CEO bilionário da Holding Alencar.
...(Tiago Alencar)...
Ele havia entrado no bar para um drinque tranquilo após um dia exaustivo de trabalho.
Sua atenção foi atraída pela figura solitária de Lavínia, cuja aura de tristeza era palpável. Ele a observou por alguns minutos, e viu quando o homem colocou algo em seu copo.
Sem hesitar, Tiago interveio, afastando o predador de Lavínia e o forçando a sair do bar. Ele se virou para a mulher, que já estava quase desacordada, a cabeça tombando sobre o balcão.
Tiago sabia que não podia deixá-la ali, exposta e vulnerável.
Com cuidado, ele a pegou nos braços, sentindo o peso de seu corpo frágil e a tristeza que emanava dela. Era uma estranha, mas ele sentia uma necessidade incontrolável de protegê-la.
Tiago a levou para o seu apartamento, o lugar mais seguro que ele podia oferecer naquele momento, sem saber que aquela noite de desespero e compaixão seria o ponto de partida de uma história que mudaria suas vidas para sempre.
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Lavínia despertou com a cabeça latejando, uma dor surda que parecia ecoar a dor em sua alma.
A luz suave da manhã filtrava-se por persianas elegantes, e ela levou alguns segundos para perceber que não estava em sua própria cama.
O cheiro de café fresco invadiu o ambiente, e ela se sentou, confusa, em uma cama king-size com lençóis de seda. Percebeu que ainda estava com a roupa que usara no dia anterior.
Havia uma garrafa de água e um comprimido sobre a mesa da cabeceira, acompanhados por um pequeno bilhete:
- Peguei levemente para a sua ressaca. Está com a chave para sair quando quiser. A porta da frente, é a da esquerda. Sinta-se à vontade. Tiago.
O nome ressoou em sua mente. Tiago. O homem que a havia salvado.
A onda de alívio foi seguida por uma vergonha avassaladora. Ela, a mulher que sempre teve tudo sob controle, havia se tornado uma cena patética em um bar.
Lavínia se levantou, cambaleando levemente, e foi até o banheiro. Olhou-se no espelho e quase não se reconheceu. Os olhos estavam inchados e vermelhos, a maquiagem borrada, e seu cabelo, uma bagunça.
Um nó se formou em sua garganta.
A dor da traição, que o álcool havia anestesiado por algumas horas, agora voltava com força total.
A memória da noite anterior voltou em flashes dolorosos: a traição de Ricardo, um borrão de desespero, bebidas, a tontura, a sensação de estar sendo carregada por braços fortes, por fim, um rosto. O pânico a atingiu. Seu coração começou a bater rápido. — Onde ela estava? O que havia acontecido?
Ao caminhar em direção à porta, seguindo o cheiro do café fresco, a porta se abriu e por ela passou Tiago, com uma bandeja nas mãos. Ele a olhou com uma expressão de alívio e preocupação.
- Bom dia, disse ele, sua voz grave e suave.
- Como você está se sentindo?
Lavínia, parou próxima a cama em pânico, e puxou os lençóis para cobrir o corpo.
- Quem é você? Onde estou?
— Calma!... ele respondeu, pousando a bandeja em uma mesa de cabeceira.
- Meu nome é Tiago Alencar. E você está segura. Ontem à noite, no bar, alguém tentou se aproveitar de você. Eu a encontrei e a trouxe para cá. Você estava quase inconsciente!
A lembrança do homem no bar, com o sorriso predatório, a fez tremer. Ela tentou se levantar, mas a tontura era forte.
Tiago se aproximou com cuidado, oferecendo um copo com café.
- Beba isso. Você ficará mais desperta!
Ela hesitou, mas a sinceridade em seus olhos a acalmou. Ele não parecia ser uma ameaça.
Tiago contou brevemente o que aconteceu, e o alívio de Lavínia foi substituído por uma imensa vergonha.
- Eu sinto muito… por todo o trabalho, ela sussurrou, a voz embargada.
- Não há trabalho algum, ele respondeu com gentileza.
- Você precisava de ajuda. E eu estava lá!
Sentado na beira da cama, Tiago a ouviu.
Lavínia, quebrando em lágrimas, começou a falar. Falou sobre Ricardo, sobre Vikia, sobre o casamento que seria no dia de hoje. A cada palavra, a dor dela se tornava mais tangível, e Tiago ouvia em silêncio, sem julgamento, com uma empatia que ela jamais havia sentido. Ele não tentou minimizá-la, nem a interrompeu com conselhos vazios.
Ele apenas a deixou desabafar.
- Eu não sei o que fazer, ela disse, a voz quase inaudível.
Minha vida acabou 😭😭
Tiago se levantou e, com delicadeza, sentou-se ao lado dela.
- Sua vida não acabou. Ela apenas mudou de rumo. O que você viveu foi uma traição, e isso é devastador. Mas não é o fim. É o começo de algo novo. E você é forte. Eu vi isso em você, mesmo naquele estado.
As palavras dele foram um bálsamo para a sua alma ferida.
Ele a ajudou a se levantar, deu a ela uma muda de roupa limpa — uma camisa branca grande e confortável, enquanto ele levava a roupa dela pra lavar — e a levou para a cozinha.
O apartamento, com uma vista deslumbrante da cidade, era elegante e minimalista, mas a sua presença o tornava acolhedor.
Eles tomaram café da manhã juntos, e pela primeira vez em muito tempo, Lavínia se sentiu vista. Não como a noiva traída, mas como uma mulher com uma história, com sonhos e dores.
Tiago contou sobre si mesmo, sobre a Holding Alencar, sobre a pressão de ser um CEO, mas de uma forma que, a fez sentir que ele também era apenas um ser humano.
Ele a fez rir com histórias de suas viagens e a incentivou a falar sobre seu trabalho em Administração, e a paixão em sua voz reacendeu uma faísca dentro dela.
Depois do café, Tiago a levou para casa.
No carro, o silêncio era confortável, e Lavínia sentia uma paz estranha.
Quando ele a deixou na porta de seu apartamento, ela sentiu a necessidade de agradecê-lo de verdade.
- Tiago, eu não sei como te agradecer por tudo. Você salvou minha vida!
Ele sorriu, um sorriso genuíno que iluminou seu rosto.
- Apenas prometa que vai se cuidar. E que não vai desistir de si mesma!
Ela concordou com a cabeça, e quando ele estava prestes a ir embora, ela teve um impulso.
- Annn, Tiago… você pode me dar seu número? Para que eu possa te devolver o favor.
Ele hesitou por um momento, mas um brilho de esperança apareceu em seus olhos.
- Claro!
Lavínia entrou em casa, a cabeça ainda girando, mas com uma sensação de luz em seu peito.
O apartamento, que antes era um mausoléu, parecia menos sombrio. E em seu celular, o contato de Tiago Alencar era a prova de que, talvez, a vida não tivesse acabado.
Ela tinha sido salva não apenas de uma situação perigosa, mas também de si mesma.
E o futuro, pela primeira vez em dias, parecia ter uma pequena e tênue promessa.
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O apartamento que ela compartilhava com Ricardo...O coração batendo com um medo novo, o medo de enfrentar a realidade.
E tão logo, vieram flashs dos momentos de apoio e conversa dela com Tiago... 💭💭
Flash On 💭
💬 O abraço de Tiago que foi o ponto de virada que Lavínia precisava. Onde a deixou chorar sem pressa, sem fazer perguntas invasivas. Era um consolo silencioso, mas poderoso. E quando ela finalmente se afastou, o rosto molhado de lágrimas e a alma um pouco mais leve, ele a olhou com uma calma que era quase palpável.
- Você não precisa me contar nada se não quiser, ele disse, a voz suave.
- Você é o Tiago Alencar, CEO da Holding Alencar, ela disse, a voz ainda fraca.
- Eu li sobre você nos jornais. Meu... meu noivo trabalhava em marketing.
A menção de Ricardo ainda era como uma facada, mas ela se forçou a continuar.
- Você... me salvou!!
Tiago tomou um gole de seu café.
- Eu vi você no bar. Achei que algo estava errado, e... bem, eu não podia deixar aquilo acontecer. Eu não fiz nada além do que qualquer pessoa faria!!
- A maioria das pessoas teria ignorado ou se aproveitado da situação, Lavínia retrucou, com um toque de amargura.
- Talvez... ele admitiu, sem dar mais detalhes...
- Mas eu não sou a maioria das pessoas!!
O silêncio confortável que se seguiu, foi preenchido apenas pelo som do tilintar de suas xícaras.
Lavínia, com a cabeça mais clara, começou a se sentir mais à vontade.
Flash Off💭
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De volta a realidade...
Quando abriu a porta do quarto, a primeira coisa que viu, foi o envelope sobre a mesa de centro. Era uma carta, com a caligrafia de Ricardo.
As mãos de Lavínia tremeram ao abri-la.
📝
Lavínia, sinto muito.
Eu sei que você provavelmente já sabe a verdade. A Vikia e eu estamos juntos há um tempo. Eu... Eu não queria te machucar. Eu realmente te amei, mas Vikia... ela é a única.
Nós já fomos embora para outro lugar. Não precisa me procurar.
As chaves do apartamento estão com o porteiro, e a documentação de divórcio (embora não tenhamos casado) está com o advogado.
Sinto muito, mas é o melhor para todos nós.
Ricardo
A carta, fria e direta, foi a confirmação oficial.
Ricardo e Vikia não apenas a traíram, mas fugiram juntos, deixando para trás um rastro de destruição.
Lavínia se sentou no chão, a carta ainda em suas mãos.
As lágrimas já não eram de tristeza, mas de uma raiva fria e calculada. A dor havia se transformado em um motor. Ela não era mais a noiva traída. Ela era uma mulher que acabara de ser jogada no fogo, mas que não ia se queimar. Ela ia sair mais forte.
A jornada de reconstrução de Lavínia estava apenas começando, e ela sabia, no fundo de sua alma, que a gentileza inesperada de um bilionário chamado Tiago Alencar, seria o primeiro tijolo dessa nova fundação.
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Nos dias que se seguiram, Lavínia se permitiu sentir tudo. A dor, a raiva, a humilhação.
Mas, em meio ao caos de suas emoções, uma determinação fria começou a se instalar. Ela se recusou a ser a vítima. A carta de Ricardo, com sua frieza calculada, a libertou. Ele e Vikia não apenas a traíram, eles a descartaram como um incômodo. E Lavínia não seria mais um incômodo.
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...Que frieza desse Ricardo hein?! E essa Cobriga da Vikia?? Esses dois inda vão aprontar... não deixe de acompanhar!!...
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