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Pura Tentação

Primeira noite

As batidas da música já estavam deixando meus ouvidos surdos.

- Não podemos ir para outro lugar? - pergunto a Jace.

- Larga de ser chato Lin, é seu aniversário, aproveita. - Jace estava com uma jovem moça sentado no seu colo.

- Se a nossa mãe te visse, ela te daria um soco. - digo.

- Se ela visse qualquer um de nós, estariamos mortos. - diz Shina.

- Não contamos nada a ninguém e ficamos longe de escândalos. - diz Tony voltando do bar com alguns drinques e todos concordamos.

- Podiamos ter ido em um lugar menos barulhento.

- Cara para de ser tão chato. Esquece a Luísa. Olha o tanto de mulher bonita que tem por aqui. Aproveita.

Olho ao redor e vejo que muitas dessas mulheres não tiravam os olhos do nosso pequeno grupo.

- Só uma noite não vai te matar irmão. - Tony me da um tapinha no braço e se senta ao meu lado.

- Vocês sabem que nossos pais já vão dar uma festa para comemorar meu aniversário. Podiamos ter esperado.

- Lin Fan, você é um pé no saco. - Jace grita. - Beba isso e seja feliz pelo menos por uma noite. - ele coloca um copo de dose na minha frente e eu o viro.

Deixo o álcool levar minha tristeza. Sinto a bebida descer queimando pela a minha garganta.

- Ahhh olha quem chegou. - Tony grita.

- E ai pessoal, desculpa a demora. - Jonh se senta ao lado de Shina. - Como assim vocês ja começaram antes de mim?

- A Cinderela chegou tarde meu amigo. - Jace ri.

Vejo mais duas moças se proximando de nós, uma se senta ao lado de Jonh e outra no colo de Shina.

- Parece que ficamos sobrando. - diz Tony.

Olho para a multidão de pessoas dançando, meus olhos se focam em uma mulher alta de cabelos escuros. Ela era linda. Mas assim que pisco ela desaparece.

- Eii cara, acorda. Essas belas moças querem se sentar com a gente. - olho para cime e vejo duas moças bem maquiadas, com enormes decotes e cabelos arrumados. Aceno com a cabeça e elas se sentam.

- Oi querido, como se chama?

- Lin.

- Um belo nome. - ela passa a mão pela minha camisa e segura a garvata. - Você não quer pagar um drink para mim?

- Não quero não. - digo rígido.

- Lin seja mais educado com a moça. - diz Tony. - Desculpa amorzinho, ele ta com dor de cotovelo. Sabe com é, a namorada meteu o pé na bunda dele.

- Me deixe te fazer esquecer dela então. - diz com uma voz melada.

- Não obrigado, eu me viro sozinho.

Passo a noite enchendo a cara e vendo meus irmãos e meu primo se agarrando com outras mulheres.

- Isso já tá um saco. - digo para mim mesmo. - Vou para casa.

- Eii você ta doido de ir para casa nesse estado? - Jace me impede. - Vamos para o hotel aqui do lado. Já deixei os quarto reservados.

- Jason Fan, o homem precavido. - brinco, ele revira os olhos.

- Vamos. Eu te levo. - ele me ajuda a sair da boate evamos para o hotel. Ele me ajuda a ir para o meu quarto.

- Aqui, essa é a chave. Não vá embora sem a gente, me entendeu?

- Ta ta, saimos juntos, voltamos juntos. - pronuncio uma das regras do grupo.

- Ótimo, agora vai e toma um banho, você ta fedendo a álcool.

Ele me deixa no corredor e vai embora. Entro no qiarto meio tonto e vejo um vulto se mexendo na cama. Fiquei louco agora.

Fecho a parta e vou até a cama e vejo uma linda mulher deitada.

- Estou com muito calor. - ela começa a tirar a blusa.

Me lembro de te-la visto na boate. Chego mais perto dela e ela me puxa para a cama. - Me ajude a acabar com esse calor. - ela sobe em cima de mim.

- Como quiser senhorita. - dou um sorriso travesso e começo a tirar minhas roupas.

Assim que terminamos de transar, eu me levanto e vou tomar um banho. Saio do banheiro com a toalha enrolada na minha cintura, antes o quarto estava escuro e eu não pude ver o rosto da mulher deitada na cama. Mas agora, com a fraca luz que saia do banheiro eu pude vê-la e eu a reconheci. Era a minha irmã.

Que merda que eu fiz.

QUE MERDA EU FIZ

Lia estava deitada na cama a minha frente desacordada.

Que idiota você é Lin, você acabou de transar com a sua irmã.

Visto minha roupa e vou até ela e começo a por sua roupa de novo.

- Tente não acordar ela. - digo para mim mesmo.

Quando faltava so a blusa, ouço alguns resmungos.

- Hnnn, minha cabeça dói. - ela leva a mão a cabeça, quando ela percebe minha presença ela grita. - Ahhhh.... quem é você?

Dou um passo na sua direção mas ela ameaça tacar um abajur em mim.

- Não se aproxime ou eu te mato com esse abajur.

- Lia sou eu. - chego ao interruptor e ligo a luz.

- Lin? O que......- ela percebe que estava sem camisa. - O que foi que....nós dois...?

Eu não poderia dizer a verdade.

- Eu acabei de chegar, e encontrei você assim. Ia colocar sua camisa de volta e te levar para casa.

- Então a gente não....

- Não aconteceu nada, eu sou seu irmão.

- Meu irmão adotivo. - ela lembra.

- Você precisava mesmo dizer isso? - passo a mão pelo rosto, tento disfarçar meu desespero, meu coração estava a mil. - Olha você ja estava aqui quando entrei, só sei disso. - levanto as mãos.

- Minha cabeça dói.

- Coloque sua blusa, vou te levar para o hospital.

Me viro e espero ela se vestir.

- Pronto.

- Como você veio parar aqui? Pensei que estivesse em casa. - digo assim que saimos do quarto.

- Eu sai com alguns amigos, estavamos no Damon.

- Você também estava lá, como eu não te vi?

- Aposto que você estava lá com alguma vadia tentando esquecer sua ex.

- Estava comemorando meu aniversário com os rapazes. - reviro os olhos.

- E vocês me deixaram fora dessa de novo. Eu poderia te dar um soco. Mas por algum motivo meu corpo todo dói.

Observo ela e vejo algumas marcar em seu pescoço, droga eu precisava ter feito isso. 🤦‍♀️

- Vamos ao hospital e ver como você está.

Chegamos ao hospital e logo fomos atendidos pelo médico.

- Você tem um quantidade significativa de Flunitrazepam ou como é conhecido "boa noite cinderela". - o médico olha de mim para Lia preocupado.

- Não fui eu que fiz isso. Eu so encontrei ela e a trouxe para cá.

- Doutor ele não fez nada, ele é meu irmão. - Lia tenta me defender.

- Certo. - o olhar do médico se suaviza. - Sua dor de cabeça é um efeito colateral. Você so precisa se hidratar bastante, descansar um pouco e tomar mais cuidado.

- Obrigado. - dizemos juntos.

- Você lembra de alguma coisa? - pergunto assim que saimos do hospital.

- Eu só me lembro de esta dançando com algumas amigas, comecei a ficar tonta e Lili disse que me levaria para casa, depois eu acordei na sua cama. - ela me olha de rabo de olho.

- Quem é essa Lili? Pensei que conheciamos todos os seus amigos.

- Ela é só uma colega. - diz Lia entrando no carro.

- Você sabe que precisa tomar cuidado. - digo, e dou partida.

- Eu não sou uma bonequinha Lin, tive treinamento assim como vocês. - Lia estava brava.

Quando eramos criança Lia e Jace tinha sido sequestrados, depois disso, nossos pais decidiram que seria melhor se soubessemos nos defender sozinhos e nós mandaram para a Elite, para treinarmos.

- Eu sei, mas olha o que conteceu com você.

- Só quero ir pra casa Lin. - ela se vira para a janela e observa a luzes da cidade.

3

Chegamos em casa o sol ja estava quase nascendo.

- Não faça barulho, se não alguém pode acordar. - sussuro.

Lia concorda.

Subimos as escadas da forma mais silenciosa possível, deixo Thalia na porta do seu quarto e vou para o meu.

Acordo e vou para o banheiro, jogo uma água no rosto e me olho no espelho.

- Tomara que tudo não tenha passado de um sonho. - digo para o meu reflexo.

Desço as escadas e vejo a porta da frente de casa se abrir. Jace me lança um olhar assassino.

- Ahh então você ta aqui seu filho da mãe. - ele vem na minha direção. - Ficamos te esperando no saguão do hotel por 1 hora.

- Jace não grita, nossos pais ainda estão dormindo. - Shina para ao lado de Jason. - Você sabe que a mamãe odeia ser acordada. - percebo o tom de medo na voz de Shina, mesmo depois de tantos anos, todos já estavamos adultos, mas nossa mãe ainda dava medo.

- Você deveria ter ligado cara. - diz Antony aparecendo na sala. - O Jace aqui quase morreu achando que você tinha sido sequestrado.

- Eu tive que vir embora. - tento explicar.

- É seu telefone não funciona não? - Jace estava furioso.

- Cara ele já é bem grandinho. - Shina diz. - E pelo amor de Deus, não grita. Hoje é domingo, se a mamãe acorda a gente ta ferrado.

- Vocês já estão ferrados. - Anne aparece no pé da escada. - Acabei de passar pela porta do quarto dos nossos pais, a mamãe ja vai descer. - ela abre um sorriso macabro. - É melhor vocês terem uma boa desculpa por terem sumido a noite toda e não ter avisado ela. Tchauzinho. - ela sai e vai para a cozinha.

- O que a gente faz agora? - olhamos assutados uns para os outros.

- Parece que vocês viram um fantasma. - me viro e vejo Lia descendo as escadas.

- Se eles viram eu já não sei, mas ja ja eles vão ser fantasmas. - minha mãe estava parada na ponta da escada, nossa mãe era uma mulher de uns 46 anos, mas ainda era a mulher mais linda do mundo, alta de cabelos escuros, mesmo ela sendo um pouco mais baixa do que os filhos homens, só com um olhar nós ja tremiamos. - Espero que vocês tenham uma ótima explicação por terem sumido noite passada. - ela diz descendo as escadas.

- Vocês estão mortos, eu vou nessa. - Lia sai de fininho.

- Você pode ficar parada bem ai mocinha. Ou você acha que eu não percebi que você também saiu sem dizer nada ontem?

Todos olham para Lia. As lembranças da noite passada voltam com tudo na minha cabeça, Lia deitada na cama, sua voz ofegante, seu corpo suado no meu. Sinto meu rosto queimar.

- Vocês tem 5 segundos para se explicarem.

Em meio ao desespero todos começam a falar ao mesmo tempo, não consigo tirar os olhos de Lia.

- Eiiii já chega. - nossa mãe grita. - Lin, pode falar. - minha mãe me tirar de meus devaneios.

- Oi??

- Explique-se. Por todos vocês.

- Ann.....nós saimos ontem para comemorar meu aniversário. - digo por fim.

- Todos vocês sairam?

- Sim. - dizem todos juntos.

- A Lia não estava....- piso no pé de Tony. - Aii.

- A Lia não voltou com a gente.

Nessa hora aporta se abre.

- Ahhh Lia, finalmente eu te achei, fiquei tão preocu.....- Mari para e observa acena. - E.....oi tia. - ela da um sorriso tímido e balança a mão.

- Oi Mari.

Percebo que Lia olhou para Mari de forma suplicante.

- Eu volto depois. - ela da meia volta.

- Pode ficar ai. Você saiu com eles ontem também?

- Eu.....- Mari olha o rosto de cada um de nós para saber o que fazer. - Sim, estava sim. - ela abre um sorriso alegre.

Minha mãe respira fundo.

- Vocês já são adultos, mas isso não significa que podem sair e me deixar aqui preocupada. Entenderam? - todos balançam a cabeça. - Ótimo. Mari fique e tome café com a gente. - ela se aproxima de nós. - Bom dia meus amores. - ela da um beijo no rosto de cada um. Ela para na minha frente. - 25 anos, parece que foi ontem que você corria pelado pela casa. - ela coloca a mão no meu rosto.

- Mãe...- digo envergonhado.

- Relaxa Lin, a gente sabe que você era um menininho livre. - todos riem.

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