Abri meus olhos para o céu noturno, a paisagem mais linda que poderia ver hoje. Sempre em momentos assim, paro para refletir sobre a minha vida.
Nasci em um orfanato do templo, que destino cruel eu tive, não sei qual seria a pior opção, ser escrava do templo ou ter sido adotada por uma família de loucos.
Acabei sendo adotada por essa família de loucos, que potencial o conde Neirim viu em mim? todos que naciam nessa família tinha o dom de controlar o vento, e o meu poder era o de um escudo refletor, eu conseguia refletir tudo que viesse em minha direção.
Conforme o conde Neirim, no futuro eu poderia absorver e usar o poder de outras pessoas, mas no momento, só conseguia usar o escudo quando passava por algum perigo.
De repente meu corpo balançou, de um lado para o outro. Olhei ao redor, madeiras velhas estavam encaixadas umas na outras, percebi que eu estava dentro de um barco a remo.
O vento balança cada vez mais forte, ouvi vozes e risada vidas de longe, fui identificado cada uma gradualmente, inclusive os sons de rosnados de cachorros, me senti tentada a olhar o que estava acontecendo, já que minha última lembrança, era dormindo em minha cela.
— Essa aposta está divertida. — Disse Róger, enquanto ria. Róger era o filho mais velho do conde Neirim.
— Divertido para quem? Meu barco é o do Tomás, está com dois cachorros, o peso e muito desigual. — respondeu Téo. Téo e Tomás eram gêmeos com a outra filha do conde, a Tânia.
Comecei a fazer o cálculo, se nesse momento eu estava em um barco a remo, o único lugar possível, seria o rio que dividi a propriedade do conde Neirim e a propriedade do Arquiduque Ranzel.
Era proibido entrar na propriedade do Arquiduque, eles mantinham a vigilância rigorosa.
O vento foi se intensificando cada vez mais, nuvens escuras cobriam o céu rapidamente, raios clareavam o céu, enquanto o ar se tornavam trêmulos.
— Mais rápido, vai chover. Quero voltar para casa. — Tomás, finalmente falou.
Não consegui segurar a curiosidade e sentei no barco para poder vê-los. Aqueles cabelos castanhos me davam raiva, o conde sempre deixou os seus filhos me usar como quisesse, ele defendia a ideia de que quanto mais eles me atacavam, mas resistência e forte ficava o meu poder.
— Olha ali irmão, a inútil acordou. — Téo pulava e ria, feito um idiota.
Eu tinha apenas 8 anos, é cada um deles eram 4 anos mais velhos que eu.
— Dessa vez eu vou ganhar. — Disse Róger, apontando suas mãos para mim, controlando o vento para meu barco alavancar.
Olhei para os lados, observando quanto fui jogada para fora do barco em cima da areia molhada e fria da propriedade do Arquiduque.
Encarei os outros dois barcos que viam em minha direção, cada um com dois cachorros mágicos, que chegavam a ultrapassar a minha altura, seus olhos vermelhos me olhavam sedentos.
Ao me levantar, senti uma pontada em meu joelho direito, nesse momento entendi porque os cachorros estavam tão impaciente.
Eu ouvia as vozes do outro lado do lado, gritando e rindo. Eu não podia esperar os barcos chegarem na área. Virei para trás é encarei grandes árvores escuras, não pensei duas vezes, levantei o capuz e comecei a correr.
Corri o, mas rápido que pude em direção a floresta, as folhas secas das pequenas árvores recocheteavam o meu corpo, embora eu não sentisse muito agora, mais tarde iria doer muito.
Os sons dos trovões rasgavam no céu, fui implorando para que não chovesse, pois, dificultaria a correr descalça no chão molhado.
Coloquei mais forças em minhas pernas para correr mais rápido, logo á frente vi ter um clareia, no momento não consegui pensar se era ou não algo bom, ou ruim, um clarão de luz se formou a frente.
Ouvi os uivos dos cachorros, que provavelmente já chegaram a areia do lago. Quando cheguei no começo da clareia fiquei em choque e parei, no centro havia um casebre pequeno, feito deconcreto, em frente a ela tinha um garoto parado de pé, com uma mão aos céus ao céus, os raios desciam e percorriam pelo corpo do garoto iluminado, os raios eram direcionados a pequena casa.
Fiquei por tanto tempo parada observando a cena dos raios, eu esqueci que estava fugindo, já eram possíveis ouvir os sons das patas dos cachorros, vindo em minha direção.
Comecei a correr agora em direção ao garoto, assim que eu entrasse na clareia os cachorros iriam atacar ele também, gritei ainda de longe, "corre!".
Ele me olhou, fui observando-o, a cada vez que me aproximava dele, ele estava vestido todo de preto, inclusive os seus cabelos eram pretos, mais o que me chamou atenção foi seus olhos azuis, tão marcantes como o próprio raio que envolvia o seu corpo.
— Você invadiu uma propriedade privada, saía antes que eu te mate. — A voz dele ecoou firme e forte.
Infelizmente eu não tinha opção, continuei correndo em sua direção, olhei para trás e vi os cachorros que se aproximavam cada vez mais.
O garoto apontou a palma da mão em minha direção, e como eu já sabia que esses era o jeito comum de atacar alguém com os seus poderes, levantei a minha em sua direção, eu esperava fortemente, que minha habilidade do escudo funcionasse.
Os braços dele se iluminaram, me preparei para receber a carga elétrica enquanto corria. O raio veio rápido em minha direção, assim que entrou na palma da minha mão, senti meu braço tremer, era tão forte que não conseguia segurar por muito tempo, virei para trás, apontei para os cachorros mais infelizmente o raio caiu no chão.
Os cachorros param de correr junto comigo, ele me encararam por um momento. Talvez estivesse esperando por mais, virei rápido para o garoto, o capuz saiu de minha cabeça nessa hora, pude sentir as gotas geladas da chuva.
O garoto me olhava arregalados. " corre!" falei mais uma vez. Comecei a Correr de novo na direção dele de novo, assim que cheguei perto o bastante dele, falei.
— Eu disse para você correr!
Peguei em seu braço esquerdo e puxei junto comigo, afinal aqueles eram cachorro de magia, não seria fazer derruba-los, a opção que tínhamos era correr o máximo que pudéssemos.
O corpo dele virou bruscamente com o meu, o garoto travou o seu braço, na altura de seus ombros, e me puxou para perto de seu corpo, senti os raios fluírem, atravessando o meu em cada centímetro de mim, era tão forte estava difícil de respirar, ele virou para encarar os cachorros, eles rosnavam em nossa direção.
O garoto levantou a mão e deferiu uma chuva de raios contra os cachorros, que viram pó e sumiram com o vento da chuva.
O garoto respirou fundo, provavelmente ele tinha excedido seu limite de magia.
Minhas pernas estavam trêmulas, pelo esforço de tanto correr, é minha respiração estava pesada. Comecei a perder o foco do lugar.
Senti meu corpo girando para o garoto, olhei para os seus lindos olhos azuis, que me encaravam.
— Quem é você? É o que estava fazendo em minha propriedade? — Ele me questionou.
— Me chamo Érina, eu apenas estava fugindo dos… - Respirei fundo, sentido que minha consciência se esvaia. — Cachorros.
— Como você desviou o meu poder? Como conseguiu ficar perto de mim com tantas cargas elétricas? — Ele me olhava curioso.
— Seus olhos são como a luz dos raios... que rasgam o céu...- Respirei fundo mais uma vez. — Escudo… Refletor. - Encostei minha cabeça em seu ombro. — Sou um espelho.
Senti minha visão se fechar lentamente, até perder completamente a consciência.
Eu estava voltando a cidade da qual não gosto, a cidade de Lumeri, era onde a maior catedral do templo ficava, e como nenhum de nossa família era associada a fins religiosos, se tornava um incómodo está por perto deles.
De tanto se esforçar em guerra, o núcleo de magia do meu pai estava enfraquecido, viagens longas o deixaria mais doente, então vim com ele para facilitar o seu trabalho e ele poder descansar mais.
Assim que cheguei a mansão, fui ao bosque, lá havia um grande gerador de energia, era o único lugar em que eu conseguia usar meu poder sem me preocupar com a força.
Embora eu tenha sentido um pouco de pena, pois a noite estava muito bonita, uma vista da qual a cidade nunca teria, um céu estrelado.
Canalizei o máximo de poder que conseguisse, levantei meus dois braços para o alto e comecei a mudar a temperatura, para formar uma tempestade.
Embora poucos soubessem, o poder da nossa família não era simplesmente os raios, nós também conseguíamo mudar o tempo.
A chuva se aproximava, as nuvens se formaram escuras no céu é o logo o barulho dos trovões ecoavam por todo o lugar, os raios iam e vinham sobre meu corpo, uma ótima sensação de poder.
De repente escuto uma voz baixa vinda do começo da clareia. "corre" a voz gritava. Ela era pequena e usava uma capa com capuz preto, olhei para a direção em que ela estava vindo, ela só podia está vindo do condado.
— Você invadiu uma propriedade privada, saía antes que eu te mate. — Ameacei, mais ela parecia não se importar.
Apontei meu braço para a sua direção, controlei para que o raio fosse fraco, afinal não precisaria de tanto, para uma pequena criatura.
Ela esticou seu braço em minha defesa volta para mim, como se ela pudesse fazer algo contra ao ataque.
Disparei o raio em sua direção, ele simplesmente sumiu como se tivesse sido salgado por ela, então virou para trás e atirou em uma matilha de cachorros que a seguiam.
Surpreendi-me, embora tenha sido uma pequena voltagem, era o suficiente para matar alguém. Ela voltou a olhar em minha direção, o capuz saio de sua cabeça devido ao vento.
Seus cabelos loiros dançavam ao vento, os olhos dela eram azuis claros, ela parecia uma boneca de porcelana, de tão branca que era a sua pele.
" Eu disse para você correr." Ela falou, em simultâneo, ela segurou em meu braço esquerdo e me puxou. O desespero dela era tão grande que, não passou pela cabeça dela que eu poderia facilmente vencer aqueles cachorros.
Segurei firme nos ombros dela e puxei para mais perto de mim, queria testar se ela realmente conseguia ficar perto de mim, virei para os cachorros os matei sem piedade.
Senti o corpo dela amolecer em meus braços, então virei olha-la, seu olhar estava perdido. "Érina" , ela,isse seu nome, e antes de explicar o que eu queria, ela desmaiou.
Érina balbuciou algo, como "escudo refletor" e "eu sou um espelho", com isso já fui capaz de entender o poder dela.
Segurei ela em meus braços e levei ela para a mansão.
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