NovelToon NovelToon

Sistema Todo Poderoso

uma noite muito quente

Ao acordar, Klaus estava completamente desnorteado. Ele olhou ao redor, confuso, e murmurou:

— O que houve aqui? Onde estou?

Aos poucos, as lembranças da noite anterior começaram a emergir. Ele havia dormido com uma bela mulher loira — uma das mais atraentes que já conhecera.

De repente, uma voz soou em sua mente:

"O Sistema Todo-Poderoso foi ativado."

Klaus ficou paralisado, tentando entender o que estava acontecendo. Mas logo percebeu que não estava alucinando — ele realmente havia despertado um sistema.

— Sistema? Para que você serve? — perguntou, ainda incrédulo.

"Anfitrião, eu sou capaz de conceder poder e riquezas ilimitadas. Tudo o que precisa fazer é se registrar diariamente. A cada login, você receberá um presente: podendo ser bens, dinheiro ou organizações."

DING!

"Você foi transformado em um Imortal. Agora possui a capacidade de transformar outras pessoas em imortais, desde que dê a elas seu sangue... e as mate pessoalmente."

O sistema então explicou:

"Os imortais são divididos em rankings: F, E, D, C, B, A, S e SS.

No nível mais fraco, eles já são capazes de matar com um simples pensamento.

Sua velocidade atinge 1000 km/h, sua força é equivalente a 10 toneladas e sua defesa é impenetrável — só pode ser rompida por alguém de rank superior.

Imortais de rank mais alto podem controlar os de ranks inferiores, e suas ordens não podem ser desobedecidas.

Como criador da raça, você pode matar qualquer um deles com apenas um pensamento — mesmo aqueles que não foram criados por você.

Você é indestrutível. Nenhum ataque pode lhe causar dano. Sua força física é de 10 toneladas e sua velocidade, de 1000 km/h."

Klaus sentiu seu corpo mudar. Algo novo havia despertado dentro dele. Sua mente se voltou para o rosto da mulher com quem estivera na noite anterior... e percebeu que agora estava completamente viciado nela. Ela era como uma chama que ele não conseguia apagar da memória.

Após alguns minutos de reflexão, ele decidiu fazer login no sistema.

DING!

"Você foi recompensado com uma base subterrânea na capital do país.

Recompensas adicionais:

1 membro de rank SS

10 membros de rank S

20 membros de rank A"

Logo em seguida, recebeu uma ligação do encarregado da base:

— Senhor, a base está operando, apesar de não termos recursos financeiros ou transporte no momento. Porém, não há com o que se preocupar quanto à alimentação. Como imortais, não precisamos comer. A base é autônoma.

Klaus ordenou de imediato:

— Mantenham-se discretos. Ninguém pode saber que existimos ainda. Treinem todos os membros até o limite.

Ele saiu da casa alugada em que estava e começou a andar pela rua. À medida que caminhava, notou os olhares se voltando em sua direção. Seus cabelos vermelhos e olhos azuis, somados ao corpo levemente musculoso, chamavam a atenção por onde passava.

Várias mulheres lhe lançavam olhares sedutores — nada sutis.

Klaus voltou para sua casa e foi dormir.

Na manhã seguinte, ao despertar, ele fez login no sistema.

DING!

"Recompensa diária:

1 bilhão de dólares depositados em uma conta segura.

Aquisição da Vila Esmeralda — a propriedade mais cara da cidade."

Klaus sorriu, satisfeito. A cada dia, os presentes ficavam mais absurdos.

Algumas horas depois, ele foi até uma concessionária de carros de luxo. Sem hesitar, escolheu um Rolls-Royce avaliado em 1 milhão e 700 mil dólares. O processo foi rápido, e os atendentes, encantados com o valor da compra, o trataram como realeza.

Logo após sair da concessionária, Klaus dirigiu direto para uma das maiores empresas imobiliárias da cidade. Queria receber os documentos oficiais da sua nova propriedade: a famosa Vila Esmeralda.

Ao chegar, no entanto, a recepção foi... inesperada.

Os funcionários o observaram com desdém. Suas roupas simples — uma camiseta escura e jeans — não condiziam com os trajes típicos dos milionários que costumavam frequentar o local. Alguns sequer o cumprimentaram. Outros simplesmente viraram o rosto, fingindo não vê-lo.

Klaus percebeu o desprezo. Por um momento, pensou em explodir ali mesmo — mostrar o poder que agora habitava dentro dele. Mas conteve-se.

Estava prestes a reclamar quando uma jovem garota se aproximou. Era bonita, de cabelos castanhos presos em um coque elegante e um olhar gentil, mas atento.

— Olá, senhor — disse ela com um sorriso educado. — Está interessado em comprar uma casa?

Klaus olhou para ela por alguns segundos, avaliando sua atitude. Diferente dos outros, ela não o julgou pela aparência.

Ele respondeu com um leve sorriso:

— Na verdade... já comprei. Só vim buscar os papéis da Vila Esmeralda.

O rosto da garota congelou por um instante.

— A... A Vila Esmeralda? — repetiu ela, surpresa. — O senhor... é o novo proprietário?

Ele apenas assentiu com a cabeça, tirando do bolso um pequeno cartão digital com o selo do sistema — invisível aos olhos comuns, mas reconhecido por sistemas inteligentes conectados à rede global.

O cartão brilhou por um segundo.

DING!

"Identificação confirmada: Klaus — proprietário legítimo da Vila Esmeralda."

Agora, toda a empresa saberia quem ele era.

O caos começaria em 3... 2... 1

Assim que o cartão brilhou e o sistema confirmou sua identidade, uma notificação silenciosa percorreu todos os computadores e tablets da empresa imobiliária:

[ALERTA: Cliente VIP nível Ouro Negro presente na recepção. Nome: Klaus. Propriedade vinculada: Vila Esmeralda.]

Em segundos, a recepção virou um palco de caos e arrependimento.

Os mesmos funcionários que antes o ignoraram agora corriam para atendê-lo. Homens de terno surgiram de portas laterais, e uma mulher mais velha, com crachá de “Gerente Regional”, quase tropeçou ao se aproximar.

— Senhor Klaus, peço desculpas! Não sabíamos que o senhor era... o senhor! — disse ela, forçando um sorriso nervoso.

Klaus nem se virou para ela. Apenas olhou para a jovem que o havia atendido antes, a única que o tratou com respeito sem saber quem ele era.

— Qual o seu nome? — perguntou calmamente.

— Júlia... — respondeu ela, um pouco surpresa. — Júlia Ferreira.

— Você será promovida. A partir de agora, é minha gerente de confiança dentro desta empresa.

A gerente regional arregalou os olhos.

— Mas senhor, isso não é permitido sem o aval da diretoria...

Klaus a interrompeu com um olhar frio.

— Não se preocupe, isso vai mudar agora.

Ele pegou seu celular e fez login no sistema novamente.

DING!

"Você recebeu controle acionário majoritário da empresa imobiliária RealPrime (72% das ações). Deseja nomear um novo CEO?"

Klaus sorriu.

— Nomear Júlia Ferreira como nova CEO da RealPrime.

DING!

"Requisição confirmada. Nomeação oficializada. Cargo efetivado em 30 segundos."

Os funcionários ficaram boquiabertos. A gerente regional cambaleou para trás, pálida.

Júlia, por sua vez, estava paralisada.

— Eu... eu sou a nova CEO?

— É. E seu primeiro ato como CEO — disse Klaus, apontando para os funcionários que o desprezaram — é demitir todos esses inúteis. Hoje.

Júlia respirou fundo, tentando se recuperar do choque.

— Claro, senhor Klaus. Considera isso feito.

Enquanto os ex-funcionários saíam envergonhados, Klaus se dirigiu ao andar executivo com Júlia ao seu lado. Os papéis da Vila Esmeralda foram assinados em minutos e transferidos oficialmente para seu nome.

Na saída, Klaus lançou um último olhar ao saguão da empresa — agora silencioso, reverente.

— Esse é só o começo — murmurou para si mesmo.

Ele entrou em seu Rolls-Royce, ligou o motor com um toque suave e partiu em direção à sua nova mansão...

loira envergonhada

No final da tarde, Klaus observava discretamente pela janela da sala, com uma taça de vinho na mão. A luz dourada do pôr do sol iluminava os cabelos loiros de Elena, que ainda ajudava os funcionários a organizarem os móveis em sua nova casa.

Ela parecia natural... mas, de tempos em tempos, lançava olhares rápidos na direção da casa dele. Como se esperasse... ou temesse... um reencontro.

Então, aconteceu.

Já com a mudança praticamente finalizada, ela tomou coragem, atravessou a pequena trilha de pedras que separava as duas mansões e tocou a campainha.

Klaus abriu a porta antes mesmo do segundo toque.

Elena parou, um pouco sem jeito, e forçou um sorriso.

— Eu... estava pensando em te convidar para um café. Só... como vizinha, sabe?

Ele não respondeu de imediato. Seus olhos a prenderam ali por alguns segundos. Havia algo na forma como ela olhava para ele... um brilho de reconhecimento contido.

— Você lembra — disse Klaus, direto, com voz baixa.

Ela mordeu o lábio inferior, envergonhada, e desviou o olhar.

— Lembro...

Silêncio.

— Foi só uma noite... mas ficou marcada — completou ela, num sussurro. — Não achei que nos veríamos de novo. E agora... você é meu vizinho.

Klaus deu um passo à frente. Elena instintivamente recuou meio passo, mas não fugiu.

— Não foi só uma noite pra mim — disse ele, firme. — Desde então, você não saiu da minha mente. E agora que sei que está aqui... não vou deixar você escapar de novo.

Elena arregalou levemente os olhos. Havia intensidade no olhar dele — uma mistura de desejo, saudade e... posse.

— Klaus... você está sendo intenso.

Ele estendeu a mão e acariciou levemente o rosto dela.

— Porque você me pertence. Mesmo que ainda não saiba disso. E eu... pertenço a você.

Elena sentiu o coração disparar. Não sabia o porquê — mas estar perto dele despertava algo que nem ela conseguia explicar. Era como se seus corpos se reconhecessem antes da mente.

— Você quer entrar? — perguntou ela, baixinho, quase como um pedido.

Klaus assentiu, mas antes de atravessar o portão disse, em tom baixo:

— Se alguém tentar te tocar... ou te tirar de perto de mim... vai se arrepender.

Ela o encarou, surpresa com a declaração, mas parte dela se sentia estranhamente protegida, não ameaçada. Como se aquela posse tivesse mais a ver com instinto do que com controle.

E por algum motivo, ela gostava disso.

.

A noite estava tranquila — ao menos, à primeira vista.

Elena havia preparado um jantar simples, mas caprichado, com velas acesas, vinho tinto e música suave preenchendo o ambiente. A presença de Klaus a deixava um pouco nervosa, mas também estranhamente confortável.

— Ainda não acredito que você aceitou jantar aqui — disse ela, sorrindo timidamente.

— Nem eu acredito que você cozinha tão bem — respondeu Klaus, provocando um leve riso.

Elena riu, tímida, sem conseguir sustentar o olhar dele por muito tempo. Klaus, por outro lado, a observava com atenção, fascinado com cada detalhe — o modo como ela gesticulava, os olhos que brilhavam quando sorria, o leve rubor nas bochechas quando tentava disfarçar a timidez.

Mas ele sentiu.

Um ruído sutil.

Um cheiro estranho no ar.

Intenção assassina.

Seus olhos mudaram imediatamente. Não foi visível para ela — mas Klaus havia entrado em modo de alerta total.

CRASH!

A janela da cozinha explodiu em estilhaços. Um homem mascarado invadiu a casa, armado com uma faca longa e um olhar direto para Elena.

— NO CHÃO, AGORA! — gritou o agressor.

Elena gritou, em pânico, derrubando a taça de vinho. Antes que pudesse reagir, Klaus já estava de pé, imóvel... entre ela e o assassino.

O agressor hesitou. Não esperava que alguém ficasse parado na sua frente. Muito menos com aquele olhar calmo e impiedoso.

— Última chance — disse Klaus. — Fuja... ou morra.

— Você pensa que pode me parar?! — gritou o homem, avançando com a faca.

Erro fatal.

Com um movimento quase invisível, Klaus agarrou o pulso do assassino e o torceu, quebrando-o com um estalo seco. A faca caiu no chão, mas Klaus não parou por aí — golpeou o peito do homem com tanta força que o jogou contra a parede. O impacto quebrou o reboco.

O agressor tossiu sangue, mas ainda respirava.

BANG!

Outro homem apareceu na porta, armado com uma pistola. Sem hesitar, disparou direto no peito de Klaus.

Elena gritou:

— KLAUS!

O impacto fez Klaus dar um passo para trás. A camisa rasgou, mas... nenhum sangue escorreu.

Nada.

Klaus olhou para o próprio peito, depois para o novo agressor, com o mesmo olhar calmo — agora com uma pitada de desprezo.

— Sério?

O agressor engasgou de medo.

— N-não pode ser... Eu atirei! Eu vi o impacto! Isso devia ter te matado!

— Devia — respondeu Klaus. — Mas não sou alguém fácil de matar.

Ele deu dois passos à frente. O agressor tentou recuar, mas Klaus já estava diante dele. Um soco certeiro. Crack! A arma voou longe. Outro golpe. O corpo caiu.

Silêncio.

Elena estava no canto da sala, encolhida, os olhos arregalados. Tremia. Não pelo que tinha visto... mas pelo que ainda não conseguia entender.

— Você... levou um tiro... e... — ela balbuciava.

Klaus caminhou até ela lentamente, sem ferimentos, e se ajoelhou ao seu lado.

— Eu estou bem.

— Mas... mas isso não é possível — disse ela, olhando para o buraco na camisa dele e a pele intocada. — Quem... o que é você?

Ele hesitou. Não queria mentir. Mas também não podia contar tudo ainda.

— Sou só alguém que não vai deixar que ninguém te machuque. Nunca.

Ela olhou para ele, assustada, confusa... mas parte de si, lá no fundo, confiava nele.

Mesmo sem entender como, sentia que, ao lado dele, estava mais segura do que em qualquer outro lugar do mundo.

A casa estava em silêncio após o ataque.

O corpo do agressor jazia no chão, morto com um único golpe de Klaus. Elena tremia, tentando compreender o que acabara de acontecer — não só o atentado, mas o que Klaus era capaz de fazer. Ela o havia visto tomar um tiro... e não só sobreviver, mas continuar de pé, ileso, como se nada o pudesse ferir.

Antes que ela conseguisse formular uma pergunta, duas figuras apareceram na sala.

Um homem de terno escuro, alto, expressão fria.

E uma mulher elegante, de olhos prateados e rosto sereno, mas com presença mortal.

Ambos se ajoelharam diante de Klaus, com a cabeça baixa.

— Mestre Klaus. Respondemos à sua convocação. — disseram em uníssono.

Elena recuou um passo, pasma.

— Eles se ajoelharam... diante de você?

Klaus apenas assentiu, impassível.

— Levantem-se. Relatório.

O homem falou primeiro:

— O ataque não teve ligação com o senhor, Mestre. Foi direcionado à mulher. Descobrimos a origem da ordem de execução.

A mulher prosseguiu:

— O mandante é Leonhart Dalvermont, jovem mestre da Casa Dalvermont — uma das famílias aristocráticas mais antigas do país. O contrato foi executado por um grupo de mercenários associados à Guilda Escarlate, mas sem envolvimento direto da organização.

Elena sentiu o chão sumir sob os pés.

— Leonhart...? Não... não pode ser...

Klaus virou-se lentamente para ela.

— Você o conhece?

Ela assentiu, atônita.

— Ele é meu primo...

Klaus permaneceu em silêncio por alguns segundos. Os membros da organização apenas aguardavam, imóveis.

Elena passou a mão pelo rosto, tentando assimilar tudo.

— Isso... isso não faz sentido. Por que ele mandaria me matar? Somos da mesma família. Eu nunca fiz nada contra ele...

O agente olhou para Klaus, que autorizou com um aceno. Ele ativou uma pequena tela holográfica, exibindo documentos e registros antigos.

— Há dois anos, a senhorita Elena trabalhou em uma obra financiada por empresas ligadas à Casa Dalvermont. Uma denúncia anônima, registrada por sua senha interna, alertou a Receita Federal sobre desvio de verbas e superfaturamento. Leonhart perdeu milhões em contratos ocultos. Sua posição dentro da família foi abalada. Ele jurou vingança, mas manteve o nome da senhorita fora dos arquivos públicos.

Elena levou as mãos à cabeça, em choque.

— Eu só... fiz o que era certo...

Klaus se aproximou, seus olhos intensos sobre ela.

— E agora ele quer apagar o que restou do problema. Você.

Ela olhou para ele, trêmula.

— E você... você tem pessoas que se ajoelham... que limpam cenas de crime... que rastreiam aristocratas...

— Tenho — respondeu Klaus, sem hesitar. — Porque eu sou mais perigoso do que qualquer nobre mimado tentando brincar de senhor feudal.

Ela recuou um passo, confusa, atônita.

— Quem é você?

Ele se aproximou, sua voz agora mais baixa, porém carregada de convicção.

— Eu sou o que protege você agora, Elena. Isso é tudo o que precisa saber por enquanto.

Klaus então se virou para seus dois subordinados:

— Preparem tudo. A senhorita Elena vai se mudar amanhã para a Vila Esmeralda. Quero segurança tripla. Ninguém entra, ninguém sai sem minha autorização.

Os dois assentiram.

— E quanto ao jovem mestre Leonhart? — perguntou o agente.

Klaus olhou para ele com frieza.

— Ainda não. Antes quero que ele sinta medo. Quero que comece a duvidar da própria sombra. Quando estiver dormindo com uma arma embaixo do travesseiro... aí sim, eu apareço.

Os dois agentes sorriram de leve, assentindo. Depois, desapareceram na noite como fantasmas.

Elena sentou-se no sofá, sem saber o que pensar.

Klaus, agora mais calmo, se sentou ao lado dela.

— Você está segura, Elena. Comigo, ninguém mais vai te tocar.

Ela o olhou, assustada... e ao mesmo tempo fascinada.

— O que você é...?

Ele não respondeu de imediato. Apenas a encarou, sério.

— Um monstro, talvez. Ou apenas um homem... que nunca vai deixar ninguém te machucar de novo.

morando juntos

Chegada de Elena à Vila Esmeralda

O portão principal se abriu devagar, revelando a Vila Esmeralda, uma propriedade monumental cercada por jardins perfeitamente esculpidos e muros altos com sensores de segurança. Elena olhava pela janela do carro em silêncio, seus olhos arregalados e o coração apertado no peito.

— Isso... tudo isso é seu? — ela perguntou, sem conseguir disfarçar o espanto.

Klaus, sentado ao lado dela no banco traseiro do Rolls-Royce, respondeu com naturalidade:

— Nosso. Agora você mora aqui comigo.

Ela o encarou, confusa.

— Mas por quê? Por que está fazendo tanto por mim?

Ele não respondeu de imediato. Apenas segurou o queixo dela com delicadeza, fazendo com que seus olhos se encontrassem.

— Porque eu quero você do meu lado, Elena. Não como uma hóspede. Nem como uma protegida. Como minha mulher.

Ela sentiu o coração parar por um instante.

Antes que pudesse reagir, o carro estacionou em frente à porta principal. Dois seguranças se curvaram discretamente ao ver Klaus sair e abrir a porta para Elena. O interior da mansão era ainda mais impressionante: mármore escuro, lustres de cristal, corredores amplos e um silêncio absoluto, quase reverente.

— Venha — disse Klaus, estendendo a mão.

Ela segurou, hesitante.

Subiram juntos a escada de mármore até o andar superior. Ele a guiou até o quarto principal — amplo, com uma cama enorme de lençóis brancos, varanda com vista para a cidade e um armário repleto de roupas novas esperando por ela.

— Esse é o nosso quarto — disse ele, firme.

— Nosso...? — ela repetiu, surpresa.

Klaus assentiu.

— Eu não escondo o que quero, Elena. Desde o momento em que te vi, soube que você seria minha. Quero você aqui, comigo. Dormindo ao meu lado. Fazendo parte da minha vida. Como minha mulher.

Ela recuou um passo, o rosto corando.

— Você está indo rápido demais... eu ainda nem entendo quem você é.

Klaus se aproximou, sem invadir o espaço dela.

— E você vai ter tempo pra entender. Mas já deixo claro: eu não brinco com isso. Não sou um homem que age por impulso. Quando decido por alguém... é definitivo.

Silêncio.

O olhar dele era intenso. Protetor. Real. Elena sentia o corpo tremer — mas não de medo. Era uma mistura de emoção, surpresa e algo novo... um sentimento quente e confuso que ela ainda não conseguia nomear.

— Eu posso dormir aqui hoje, só... só pra me acostumar? — ela perguntou, num fio de voz.

Klaus sorriu, breve.

— Pode. E todas as outras noites também.

Ele se afastou, indo até a porta do banheiro.

— Vista algo confortável. Eu já volto. Hoje, só quero você aqui. Por perto. Sem ameaças. Sem medo.

Elena assentiu lentamente. Quando ele saiu, ela se jogou sentada na beira da cama, tentando entender como a vida dela havia mudado tão rápido.

Mas uma coisa era certa:

Ao lado de Klaus, ela se sentia mais segura do que jamais havia sentido.

Claro! Abaixo está uma cena envolvente e emocionalmente carregada, equilibrando o mistério de Klaus, a curiosidade de Elena, e um toque de tensão romântica quando ela fica afetada ao vê-lo sem camisa, enquanto tenta entender por que ele não sente fome.

Manhã seguinte na VilaEsmeralda

O sol da manhã atravessava as cortinas de linho claro, banhando o quarto com uma luz suave e dourada. Elena despertou lentamente, ainda envolta no calor dos cobertores e no perfume marcante que permanecia nos lençóis.

Ela virou-se de lado e viu Klaus, deitado ao seu lado, com o peito exposto, nu, respirando calmamente. Seu corpo parecia esculpido, forte e definido, mas ao mesmo tempo, sereno. Como se nenhum perigo do mundo pudesse tocá-lo — ou tocá-la, enquanto ele estivesse por perto.

Elena sentiu o rosto corar. Seu coração bateu um pouco mais rápido.

“Como ele consegue ser tão... perfeito?”, pensou, sem conseguir tirar os olhos dele por alguns segundos.

Ela então se levantou com cuidado, pegou o robe e desceu até a cozinha. A mesa já estava posta com frutas frescas, sucos, pães e café quente. Sentou-se, pegou um pedaço de pão e começou a comer devagar, ainda com a mente na imagem de Klaus dormindo, tão imperturbável.

Logo ouviu passos leves atrás de si.

— Bom dia — disse a voz grave que ela já começava a reconhecer até de olhos fechados.

Ela se virou. Klaus estava sem camisa, usando apenas uma calça de pijama escura, os cabelos bagunçados, a expressão serena.

— B-bom dia — respondeu, apressadamente desviando o olhar... mas não antes de lançar um relance a mais em seu abdômen definido.

Ele se sentou à mesa com tranquilidade, pegando apenas uma xícara de café.

Elena franziu a testa, intrigada.

— Você... não vai comer nada?

— Não sinto fome — respondeu ele, olhando calmamente para ela.

— Como assim...? Você não jantou ontem. Vai ficar só no café?

Klaus sorriu, aquele sorriso pequeno e quase perigoso.

— Eu não como, Elena.

Ela piscou, confusa.

— Como assim “não come”? Está de jejum? Dieta?

Ele balançou a cabeça.

— Não. Meu corpo não precisa disso. Não sinto fome há muito tempo.

Ela parou de mastigar.

— Espera... isso não é normal. Você é algum tipo de... criatura sobrenatural? — disse ela, meio brincando, meio séria.

Klaus apenas a encarou, sem responder. Seus olhos azuis a prenderam, como se estivessem sondando sua alma.

— Eu sou... algo que você ainda não entende. Mas vai entender. Aos poucos.

Elena ficou em silêncio. O mistério, o tom seguro da voz dele... e o fato de estar sentado ali, tão natural, tão absurdamente bonito com o corpo parcialmente exposto, faziam seu estômago se revirar — e não era por causa da comida.

Ela tentou focar nos morangos no prato, mas a imagem dele ali, tão perto, tão poderoso... e ao mesmo tempo calmo, protetor... era demais.

— Elena — ele disse de repente, percebendo o olhar dela escapar. — Está tudo bem?

Ela balançou a cabeça, tentando disfarçar.

— T-tá sim... só... ainda me acostumando com tudo isso.

Ele se levantou lentamente e foi até ela, parando atrás da cadeira.

— Se você quiser voltar pra sua antiga vida... eu não vou impedir.

Ela olhou para ele por cima do ombro. Os olhos dele estavam sérios, mas havia algo mais — um desejo silencioso, um sentimento crescendo ali.

— Não — ela respondeu, firme. — Não quero voltar. Quero entender você. Quero... ficar.

Por um momento, Klaus apenas a encarou, como se a resposta dela tivesse significado mais do que ela imaginava.

— Então fica — disse ele, com a voz baixa, quase sussurrando. — E um dia... vai ser minha por completo.

Elena sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

Ela não sabia o que Klaus realmente era — mas sabia que estava, pouco a pouco, sendo puxada para o centro de um mundo que jamais imaginou conhecer.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!