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Se Entregando a um Novo Amor

Sinopse

Mariana era uma mulher de 28 anos que ficou órfã com 5 . Os seus tios, sem condições de criá-la, a deixaram sob a tutela do Estado, sendo enviada para um Lar Social.

Por ter mais idade, não teve a oportunidade de ser adotada, vivendo lá, até os seus 18 anos.

Muito esforçada e com o propósito de mudar de vida, estudava muito e aproveitava todos os cursos que apareciam para os órfãos. Destacava-se nas aulas e recebeu uma bolsa integral para cursar Psicologia numa faculdade particular.

Um casal que patrocinava o Lar, resolveu ajudá-la a manter-se até que concluísse a faculdade.

Mariana morava numa pensão familiar, próxima à faculdade. Fazia uns serviços extras de limpeza para a dona da pensão, onde recebia um valor baixo, mas que ela economizava tudo.

Formou-se com mérito e na clínica onde estagiou, pode efetivar-se e iniciar os seus atendimentos. A sua especialização era com crianças até 14 anos e amava o seu trabalho.

Com o passar do tempo, adquiriu uma boa reputação e grande clientela.

Felipe tinha 5 anos e a sua mãe faleceu há 2 anos num acidente. O seu pai, Marcelo, tinha 30 anos e não aceitava a perda da esposa. Com isso, Felipe ficava com a empregada, enquanto o pai, entregava-se a bebida e ao trabalho, sem se envolver com o pequeno.

Sem ter outros parentes próximos, o pequeno, era muito sozinho e tornou-se uma criança triste e arredia.

Após a empregada o matricular na escolinha próxima a casa deles, os professores começaram a perceber a tristeza do menino. Encaminharam o pequeno, para ser atendido por uma psicóloga chamada Mariana.

O pai não se preocupou com o atendimento e nem ouviu a empregada falar sobre a história.

Cansada disso, a empregada Laura, decidiu dar um choque de realidade no patrão. Pediu as contas e o deixou com o pequeno sozinho.

Sempre que Marcelo contratava alguém, Laura dava um jeito de assustar a empregada, até que se demitiam.

Sem saber mais o que fazer, Marcelo foi obrigado a ser um pai para o pequeno e assumir as suas responsabilidades.

Mesmo indo desarrumado ou com o lanche trocado, Felipe estava se animando em ver o seu pai cuidando dele.

Ao olhar, após tanto tempo a agenda do filho, viu o bilhete para o atendimento com a psicóloga. Sentiu-se mal, por saber que o pequeno também sofria a perda da mãe. Ligou para a clínica e marcou um horário para Felipe.

Marcelo era um homem bonito, mas o luto, o deixou desleixado e maltratado. A sua empresa era de transporte e tinha um bom capital.

No dia do acidente, havia brigado com a esposa, por isso, a culpa o consumia.

Assim, aprendendo a ser pai, Marcelo tentava fazer o melhor ao filho. Ver o menino sorrindo quando ia buscá-lo na escola, ou tentar fazer algo diferente para o jantar dos dois, estava fortalecendo a relação que ambos não tinham mais.

Enquanto isso, Mariana ao ver um novo paciente agendado, ficou bastante ansiosa para saber sobre ele e como podia ajudá-lo. Ao ler o nome Felipe, sentiu uma sensação diferente.

"Quem será esse garotinho?"

Então, ela lembrou do menino triste, que viu sozinho no banco do jardim, quando foi até a escola conversar com a diretora. Aquele olhar apagado, não saía da sua mente, porém não o viu mais quando foi embora.

*O que acontecerá quando conhecer Felipe?

* Mariana poderá ajudar essa família?

Uma história de superação, cura e amor.

Felipe

Marcelo

Capítulo 1

Mariana foi um bebê muito amado e planejado. Os seus pais Maicon e Adriana viviam numa fazenda, onde eram caseiros.

Adriana era filha única e órfã, Maicon, filho mais novo de 4 irmãos, não tinha muito contato com eles, que moravam em outra cidade.

A pequena Mariana era muito esperta e começou a andar muito cedo. O pai a levava no cavalo pelos campos e a menina sempre sorrindo, cativava a todos do local.

O tempo foi passando e a fazenda foi vendida. Os antigos donos, já idosos, foram embora com os filhos que não queriam a fazenda. Os novos donos, trouxeram seus funcionários e despediram o casal, que foi morar numa casa muito humilde na vila próxima.

Maicon trabalhava numa fábrica de fogos de artifício com a esposa. O salário era pouco, mas se ajeitavam e Mariana ficava na creche.

Certo dia, uma explosão, vitimou 4 funcionários dessa fabrica, entre eles, os pais de Mariana.

Os tios, foram avisados sobre o acidente e da sobrinha que ficou órfã. Sem o contato entre os irmãos, deixaram a pequena Mariana, com 5 anos, sob tutela do Estado. Ela foi parar num Lar Social para talvez ser adotada, visto que os parentes abriram mão da guarda, por alegarem não ter condições de criá-la.

Mariana muito sorridente, foi perdendo o sorriso lentamente. Não entendia porque os pais não voltavam para buscá-la e ficava tão sozinha naquele lugar. Sempre vítima de brincadeiras dos mais velhos, chorava muitas noites no quarto onde ficava sozinha, e o pior, no escuro.

Uma noite, uma forte tempestade assolou o lugar. Com muito medo, Mariana chorava e abraçava suas pernas, mas não havia ninguém para consolá-la. Dormiu de cansaço. Durante o sono, sonhou com a mãe, que lhe dizia para ser forte, que nada daquilo duraria para sempre e ela encontraria alguém para fazê-la feliz.

Mariana, não contou para ninguém do seu sonho, mas sentia-se mais forte e quando desanimava, sempre ouvia a voz da sua mãe lhe confortando.

Assim, ia crescendo, pois não foi adotada.Sabia, que talvez, foi melhor mesmo, pois teve criança que foi devolvida, como uma mercadoria.

Ela ajudava na limpeza, na cozinha e cuidava dos pequenos que chegavam. Conversava e ouvia muitas histórias dos menores e isso, ela amava fazer

Estudava com empenho e determinação, pois sabia que conseguiria sair dali. Sempre que surgia um curso, ela fazia o seu melhor. A escola que frequentavam, era a do bairro onde ficava o Lar e todos iam numa Van. Lá, sofreu muito bullying, assim como os outros internos, mas concluiu o Ensino Médio e ganhou uma bolsa numa faculdade particular. Agora, com 18 anos, poderia seguir o seu destino.

Foi morar numa pensão próxima à faculdade. Como não tinha gastos, pois, um casal a apadrinhou, ajudava a dona da pensão fazendo a limpeza ou até na cozinha. Recebia por seus serviços e economizava.

Mariana, conseguiu se formar com mérito e na clínica onde fez os seus estágios, foi contratada. Ela fez especialização para atender crianças e adolescentes até 14 anos.

Com o jeito muito atencioso, conquistava os seus pacientes e na sua agenda, muitos atendimentos iam sendo agendados.

Fazia um serviço voluntário na escola próxima à clínica. A diretora era muito querida e sempre que precisava, conversava com Mariana.

Capítulo 2

Marcelo era um menino muito feliz. Cresceu numa família de 3 irmãos, sendo o caçula. Vivia em uma cidadezinha do interior e a fazenda onde moravam era muito boa. Ao atingir a maioridade, seus dois irmãos já estavam casados e morando em outras cidades. Os seus pais já idosos, haviam falecido por problemas de saúde. Ele morava sozinho na casa que era dos pais e trabalhava muito para tentar algo melhor na vida.

Apesar de ter pouco estudo, não desanimava e trabalhava duro com o que aparecesse.

Conseguiu uma vaga para trabalhar para o dono de um mercado. Teve de fazer a habilitação e assim, começou a dirigir o caminhão. Tomou gosto pela coisa. Concluiu o Ensino Médio e fez vários cursos. Decidiu comprar um pequeno caminhão usado e fazer pequenos fretes. Foi economizando e comprou um melhor. Após 4 anos, já iniciava com a sua empresa de transportes.

Nesse período, conheceu uma moça muito bonita chamada Luana. Ela o ajudava na empresa e os dois começaram a namorar sério. Ao saberem que ela engravidou, resolveram se casar.

No começo do casamento estava tudo bem, mas Marcelo era muito seguro e não gastava com bobagens. Luana vivia implicando por querer fazer compras nas lojas mais caras e por isso, começaram as brigas do casal.

Certo dia, Luana deixou o pequeno Felipe com a empregada e foi até a empresa falar com o marido, pois queria fazer uma viagem com as amigas.

Marcelo não concordou e os dois acabaram brigando. Ela saiu muito brava e foi dirigindo sem prestar atenção. Num cruzamento, furou o sinal e chocou-se com um caminhão. Infelizmente, ela morreu no local.

Marcelo, sentindo-se culpado, entregou-se a bebida e ao trabalho. Saía cedo e voltava muito tarde. O pequeno Felipe, com então 2 anos, ficava com a empregada. Ele não conseguia olhar para o filho sem sentir remorso.

Assim, os dias iam passando e o pequeno ia sempre ficando com a empregada Laura.

Numa sexta-feira, Laura comunicou que não viria mais e Marcelo resolveu contratar outra funcionária. Após algumas candidatas desistirem da vaga, precisou tomar a frente e cuidar do filho que agora tinha 5 anos.

Ele teve de reorganizar a sua rotina e o filho parecia muito diferente. Não sorria e estava muito arredio.

Sem saída, começou a fazer o serviço da casa e cuidar do seu pequeno. Percebeu amargurado que o menino estava sofrendo muito a perda, pois ficou praticamente sem os pais cuidando dele por quase 3 anos.

A noite, no silêncio do quarto, Marcelo chorava e pedia perdão, por fazer Felipe sofrer por tanto tempo.

No começo, era até engraçado...

O menino ia desarrumado, pois perdiam a hora. Um dia, o pequeno levou o pote do lanche trocado.

Marcelo esquecia de lavar os uniformes e as roupas.

Mas, com a necessidade, foi se organizando e aos poucos, os dois iam se ajeitando.

Numa noite, ao arrumar a mochila do filho, resolveu ver a agenda dele. Havia um bilhete de aproximadamente 1 mês atrás, onde solicitavam que o pequeno tivesse atendimento com uma psicóloga. Marcelo guardou o bilhete com cuidado dessa vez e ligaria no dia seguinte.

Após deixar o pequeno na escola, pegou o bilhete e agendou o atendimento com a psicóloga chamada Mariana.

Precisava correr atrás do mal que estava fazendo ao filho, pois ele, não merecia ter sido tão abandonado assim. Faria o possível para provar o quanto o amava e lutaria para serem felizes novamente.

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