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Eu Sou o Seu Anjo

Quem sou eu.

Como a areia do mar que as ondas levam para onde querem, assim vivi. Algo mudou? Silêncio.

Sinto algo me puxando... Ouço uma voz me chamando baixinho...

Não consigo ver o que ou quem está a me chamar, pois, os meus olhos estão fechados. Ergo os meus braços para cima e solto um longo suspiro.

Levemente abro os meus olhos e vejo uma luz vindo de cima. Ergo-me do chão e fico na ponta dos pés, olhando para cima.

As grandes cortinas se abrem, e um calor me atinge. Começo a dançar calorosamente, dando giros e saltos no ar. A multidão de pessoas que me assiste vai à loucura.

Dou vários giros e giros de olhos fechados. Aquilo parecia fácil para mim. Abro os meus olhos, e percebo um olhar familiar.

Me alegro, assim que reconheço a pessoa. Dou meu último passo e pouso, no final. A multidão aplaude e as grandes cortinas se fecham novamente.

Eu solto todo o ar que estava preso e corro para o camarim. Algumas meninas estão lá me esperando e se alegram quando me vêem se aproximar.

Uma delas vem até mim e se joga nos meus braços.

Ela me parabeniza e diz que me saí bem. Que coisa, elas também são boas nisso. São minhas alunas, afinal de contas.

Eu finjo uma tosse e me posiciono, olhando para cada uma delas, com as mãos na cintura.

Eu: Não há nada para se maravilhar. Estou treinando todas vocês para isso, certo? Se aprontem. Em alguns instantes serão vocês.

As garotas batem palmas e saem do camarim, me deixando sozinha. Eu abro um sorriso e me sento numa cadeira.

A porta do camarim se abre e eu olho para lá. A minha irmã está lá, parada me olhando, com um sorriso largo no rosto. Eu faço sinal para ela entrar, e ela vem até mim.

Ela põe as mãos sobre os meus ombros e massageia.

Irmã: Ai! Você se saiu tão bem, Nathi! Estou orgulhosa de você.

Eu sorrio e seguro a mão dela sobre o meu ombro.

Eu: Obrigada por isso.

Ela sorri e se aproxima de mim.

Irmã: Após isso, vamos num lugar para comemorar.

Eu: Comemorar isso? Que besteira, hein? Eu só espero comemorar o progresso de minhas alunas.

Digo, enquanto tiro a maquiagem pesada no meu rosto. Ela faz biquinho.

Irmã: Ah, por favor! Faz tempo que não saímos juntas. Você só liga para trabalho, poxa!

Eu reviro os meus olhos.

Eu sou assim mesmo, bastante séria com o trabalho e outras coisas. Sou o tipo de pessoa que muitos chamam de "Chata". Mas eu não me importo com isso. Ser empoderada é o meu nome do meio. Eu removo toda a maquiagem e me levanto da cadeira.

Eu: Ok. Posso quebrar o seu galho hoje. E aí? Onde vamos?

Ela se alegra e me abraça com força. Minha irmã é mais velha que eu. Seu nome é Edith, mas chamo ela de "It". Por quê? Sei lá. É legal?

"Algumas coisas acontecem na nossa vida. Coisas que não podemos evitar, mas cabe à nós decidir permanecer naquilo, ou tentar algo novo. Todos os dias..."

Anjos existem?

Saímos do estúdio de ballet, após as apresentações. It me leva num bar, que por alguma razão está lotado. Nos sentamos em bancos e pedimos nossas bebidas. Ela olha para mim com um sorriso no rosto. Lá vem...

Edith: E aí? Recebeu alguma coisa?

Eu dou um gole da minha bebida.

Eu: O que? Tem algum presente para mim?

Ela ri.

Edith: Me refiro à presentes de seus admiradores secretos, sabe? Tipo o Alistair.

Eu faço careta, assim que ouço o seu nome ser pronunciado.

Eu: O que aquele filhote de "cruz credo" tem a ver comigo? Eu quero distância daquele viciado em álcool.

Ela gargalha e pega a bolsa dela. Ela enfia a mão dentro da bolsa e tira um envelope branco com um coração vermelho na frente. CORAÇÃO VERMELHO!

Ela olha para mim com um sorriso largo no rosto e me entrega o envelope. Eu apenas olho e não recebo.

Eu: É o que eu penso que é? Se for, pode queimar.

Ela abre o envelope.

Edith: Eu leio para você.

Eu reviro os meus olhos e dou mais um gole da minha bebida.

Edith: Aqui diz; "Olá, Nathi! Espero que esteja bem! Estive pensando em você nesses últimos dias. Se receber essa carta, significa que tenho chances contigo...

Estou te esperando aqui na minha boate. Do seu querido Alistair."

Eu me engasgo e arranco a carta da mão dela. It me olha com um olhar assustado, enquanto rasgo a carta em pedacinhos.

Eu: Eu já falei que não quero ouvir nada que venha dele! Ele é um mulherengo, safado e infeliz!

It revira os olhos.

Edith: Para de ser louca! Você precisa se permitir amar alguém. Olha só, o que você tem?! Por que odeia tanto relacionamentos?

Eu respiro fundo, enquanto olho para longe.

Eu: It. Vamos beber em paz? Me faz esquecer esse idiota. Você me trouxe aqui para isso, né? Por que encher meu saco com isso? Aff.

Ela realmente não entende. Depois de tudo que passamos, depois de tudo que a nossa mãe passou, ela realmente não sabe?

A nossa mãe passou por um relacionamento abusivo, onde o cara batia nela na nossa frente. Presenciar aquilo, me fez perder toda a fé e confiança em homens, fora que ele causou a morte da nossa mãe, e ainda está solto por aí! It vive me apresentando caras para me conhecer, mas no final, eu sempre arrumo uma desculpa.

Ela serve mais bebida no meu copo e no dela.

Edith: Fica calma. Aqui, vamos beber um pouco e em seguida vamos para casa.

Finalmente disse algo que preste...

Nós bebemos um pouco mais, enquanto conversamos. Não sei se já estou bêbada, ou estou vendo o diabo do Alistair do outro lado do balcão, sentado e olhando para nós. Eu coço os olhos e percebo que realmente é ele. Olha para It e ela disfarça.

Já entendi tudo. Ela me trouxe de propósito, que esperta! Ah! Mas eu sou mais ainda. Eu suspiro e me levanto do meu banco, e pego uma bebida. It me olha sem entender.

Eu: Vou refrescar uma pessoa ali. Estou vendo que ela está no seco...

It segue a minha visão e fica nervosa. Ela segura o meu braço.

It: Não! Não faz nada, Nathi! Por favor!

Eu forço um sorriso.

Eu: É apenas uma bebida. Tenho certeza que ele está com sede! Já volto.

Ela segura o meu braço com mais força.

It: Nathi! Por favor!

Eu me solto do seu aperto e vou até Alistair, do outro lado do balcão. It tapa o rosto com medo do que pode ver. Ele está de costas, rindo com outros caras, portanto não me vê se aproximando.

Eles riem alto e conversam.

Voz: Tem certeza que ela leu a sua carta?

Alistair gargalha.

Alistair: Mas claro! Nenhuma mulher resiste à mim! Eu tenho todo o charme do mundo, e mm breve ela estará nos meus braços, vai ver!

Um de seus amigos me nota e avisa a ele. Alistair me olha com surpresa e abre um sorriso. Aquele sorriso maníaco, manipulador!

Eu paro na frente deles, segurando a bebida nas mãos. Ele se inclina um pouco para frente, e arqueia uma sobrancelha.

Eu: Realmente eu li a sua carta.

Alistair: Eu sabia! Mas e aí? O que acha?

Ele se levanta e fica na minha frente. Eu olho fundo nos seus olhos, e ele mantém o olhar descarado sobre mim.

Alistair: Arrisco dizer, mas está muito gata hoje.

Eu forço um sorriso e ergo a bebida.

Eu: Quer?

Ele lambe os lábios e sorri.

Eu me aproximo mais dele e derramo a bebida em cima da cabeça dele. Ele leva um susto e os outros riem dele. Ele olha para mim com um pouco de irritação e eu dou um passo para trás.

Alistair: Nathi! Está maluca?!

Eu empurro a conta e o copo para ele, e claro, ele pega.

Eu: Maluca é o meu nome do meio.

Ele olha para mim, totalmente incrédulo e eu dou as costas para ele, desfilando para longe e paro à alguns metros. Eu me viro para ele novamente e inclino a cabeça.

Eu: Você veio de carro, né?

Ele não diz nada, apenas pisca várias vezes.

Eu: Espero que você bata com ele na volta.

Me viro novamente e vou embora. Ele fica lá parado, e os amigos riem dele. It vem atrás de mim.

It: Nathi! Como você é mau.

Eu rio.

Eu: Ué? Eu nunca dei satisfação para ele e muito menos moral. Você sabe que eu não estou interessada em relacionamentos e que não confio em homens, né?

It: Você é louca!

Eu me sinto mais revigorada agora. Voltamos para casa, eu para a minha e ela para a dela, claro. Ao chegar, eu tomo banho, e preparo pipoca. Ainda vou ver um filme.

Ligo a TV e me jogo no sofá.

Isso que é vida! Total independência de homens! Posso sair e voltar quando quiser, e o melhor, tenho paz.

Eu me estico no sofá e dou play no filme. O filme começa e eu como pipoca. Ouço um ruído vindo de cima. Olho para cima e não vejo nada. Deve ser os vizinhos arrastando móveis a essa hora... Um dia ainda moro numa floresta!

O mesmo ruído, mas desta vez, acompanhado de uma rachadura. Olho para cima novamente e nada. Suspiro e presto atenção na TV novamente. De repente, o enorme lustre da minha sala escorrega e cai sobre mim. Nem dá tempo de gritar!

Anjos existem? Parte 2

Tudo acontece tão rápido que nem tenho tempo de sair ou gritar. Fecho os olhos com força.

Aí que demora! Demora?! Abro os olhos novamente, e percebo que nada aconteceu. Abro um sorriso triunfante no rosto, mas espere! O que aconteceu?

Olho para cima e vejo algo sobrenatural. Meus olhos se arregalaram. Acima de mim, vejo duas asas brancas e enormes.

O que é isso?! Eu morri?

A criatura se move, revelando um anjo. Ele olha para mim, com olhos claros e brilhantes, enquanto segura o grande lustre nos braços.

Eu continuo em choque, quando ele desce e apoia o lustre no chão, como se fosse algo leve! Eu morri. Com certeza.

Ele limpa as mãos nas próprias roupas e olha para mim com um sorriso reluzente.

Anjo: Saudações. É um prazer conhecê-la, depois de muitas tentativas.

Eu tento falar, mas ainda estou em choque! Ele se inclina em minha direção e estende a mão para que eu me levante. Eu olho entre a sua mão e ele e franzo a testa.

Eu: O que está acontecendo? Eu morri? Você é o anjo que veio buscar minha alma? Logo agora?!

Ele toma a mão e me olha.

Anjo: Você não morreu, Nathi.

Eu olho para ele com as sobrancelhas franzidas.

Eu: Como sabe o meu nome? Ah! Já sei! Deve ser algum cara desesperado, né?

Ele ri. A sua risada é leve e delicada. Os seus olhos se fecham um pouco quando ri. Me levanto do sofá e dou alguns passos para longe.

Anjo: Se não percebeu, eu sou um anjo. Eu me chamo Asten. E eu sou o seu anjo.

Eu fico boquiaberta. Cada palavra que ele diz, me deixa mais confusa ainda.

Eu: Anjo? Tipo, o meu anjo da guarda?

Ele sorri e inclina a cabeça.

Asten: Da guarda não. Mas da morte...

Eu engulo seco e dou mais passos para trás, horrorizada.

Ele ri e balança as mãos no ar. Que cara mais idiota!

Asten: Calma. É brincadeira. Eu sou o seu cupido. Vim para te ajudar na sua vida amorosa.

Eu fico ainda mais em choque e dou risada. Ele fica sério, enquanto me olha.

Eu: Eu não preciso de cupidos e muito menos de homens! Homens tem uma natureza horrível e pensam que tem domínio sobre as mulheres. Eu não quero isso para mim!

Asten suspira.

Asten: Eu bem sei. Você é mesmo uma cliente difícil...

Ele diz, enquanto caminha indo em minha direção. Eu olho desconfiada para ele e ele começa a me arrodear. Esse cara! Por que eu ainda não matei ele?!

Eu: Eu só posso estar sonhando...

Ele para na minha frente.

Asten: Por isso, vou te ajudar com isso. Vou te ensinar a tratar bem um homem e te colocar em um relacionamento.

Eu olho para ele com surpresa e dou gargalhada.

Eu: Isso? Você não vai conseguir mudar! Olha, quer saber? Vai embora, e finge que nunca me viu. Eu não preciso disso.

Asten: Tarde demais! Você vai conhecer alguém que irá amar, e será amada. Eu vou ser o seu professor.

Ele diz com animação e eu reviro os olhos.

Asten: Hoje está tarde, então amanhã podemos começar.

Ele se afasta, indo em direção à porta e olha para mim.

Asten: Vai ver. Em breve você estará apaixonada.

Eu mostro a língua pra ele e ele ri. Ele acena e sai de casa, me deixando sozinha, finalmente!

Eu tranco a porta e suspiro. O que aconteceu aqui? Será que estou bêbada? Só pode.

Eu corro para o meu quarto e tento dormir.

No dia seguinte, me preparo para ir ao trabalho. Chego no estúdio de ballet e as minhas alunas já estão lá me esperando. Ah! Isso é tão bom.

Eu vou para a minha sala para por a roupa de ensaio e a minha colega Ana vem até mim.

Ana: Que bom que veio cedo. O seu amigo está te esperando, sabia que ele tem jeito para ser professor de ballet?

Eu arregalo os olhos e olho para ela com confusão no rosto.

Eu: Como assim amigo?! Que amigo?

Ana: O seu amigo Asten. Ele não avisou que vinha?

Eu tento segurar a raiva, mas é impossível.

Eu: Aquele idiota!

Eu abro o armário da minha sala e guardo a bolsa, antes de sair da sala. Ana me para.

Ana: Calma, Nathi. Não faz nada com ele, ele é tão legal.

Eu forço um sorriso.

Eu: Estou animada para vê-lo! Me dê licença, sim?

Ela sorri e permite que eu vá. Ela acha mesmo que ele é meu amigo?

Eu vou às pressas para a sala de ballet e encontro ele conversando com as minhas alunas. Algumas babam e sorriem. Ele mostra alguns passos de dança. Eu vou até ele pisando forte.

Quando se me vê, ele abre um largo sorriso.

Asten: Aí está ela! Bom dia, Nathi.

Eu olho para ele com cara feia e braços cruzados.

Asten: Que cara é essa?

Eu: Podemos conversar? A sós.

As minhas alunas ficam tristes, mas Asten consegue acalmar elas. Ele me segue até a minha sala e eu fecho a porta, garantindo que ninguém nos veja. Eu me viro para ele.

Eu: O que pensa que está fazendo aqui?

Asten: Então você não lembra? Eu te disse que-

Eu: Eu lembro! É por isso que estou com raiva! Que coisa...

Asten: Não percebe? Você precisa mudar isso. Nathi, você é especial e merece ser tratada bem.

Eu reviro os olhos e tento ficar calma.

Eu: Asten. Você é... Até que é legal... Mas eu não sei se posso.

Ele me olha com um pouco de surpresa e eu relaxo um pouco.

Asten: Nunca te vi tão calma.

Eu bufo.

Eu: De qualquer forma eu não preciso. O que eu preciso é trabalhar.

Ele sorri e se aproxima, colocando as mãos no meu cachecol. Eu fico surpresa com tamanha audácia! Ele tira o meu cachecol e o guarda de lado.

Asten: Agora pode ir. Bom ensaio.

Eu aceno e saio da sala, deixando ele sozinho.

O ensaio foi um sucesso. Após o trabalho, eu faço uma visita para a minha irmã It. Chegando lá, toco a campainha para saber se ela está em casa. A porta se abre e revela a minha doce e querida sobrinha, seu nome é Tiffany. Ela sorri assim que me vê. Eu me agacho na frente dela.

Eu: Ei. Cadê a sua mãe, hein?

Tiffany: Lá dentro. Trouxe algo para mim?

Eu faço cara de suspense.

Eu: Advinha! Eu trouxe algo para a minha sobrinha preferida!

Tiffany: Ah, mas eu sou a sua única sobrinha.

Eu rio e pego ela nos braços.

Eu: É a criança mais linda do mundooooo!

Eu digo enquanto giro com ela nos braços e ela gargalha. It vem de dentro de casa.

It: Ah! Você chegou.

Eu: Tranquilo. Só vim ver essa coisa fofa!

Ela ri e cruza os braços.

It: Já jantou?

Eu: Nossa, to faminta.

Coloco Tiffany no chão e entramos dentro de casa. Após conversar e jantarmos juntas, eu vou embora para casa. Estou cansada e com sono. Assim que chego, mal tiro a chace de casa de dentro da bolsa, e começa a chover. Eu abro a porta às pressas e entro.

Eu: É refrescante, mas tenho medo de pegar um resfriado.

De repente, asas me cercam. Eu dou um pulo com susto e vejo quem é.

Asten: Chegou, né?

Eu olho para ele com surpresa.

Eu: Como...?

Asten: Trouxe o seu cachecol. Esqueceu no estúdio.

Eu: Porcaria. Poderia ter deixado lá, sem problemas.

Asten: Sério? Ok então.

Ele coloca o cachecol no porta casacos e eu observo.

Eu: Pode guardar as suas asas? Elas tomam o espaço do meu apartamento, ou melhor, pode ir embora?

Ele ri e olha para mim.

Asten: Eu tenho algo para-

Nessa hora, a campainha toca e eu olho para trás.

quem será? Ah! mas ele precisa se esconder.

Eu: Se esconde!

Ele corre para se esconder e eu vou abrir a porta. Me arrependo de não ter olhando pelo olho mágico. Assim que abro, vejo a pessoa que eu menos esperava esta lá, do lado de fora.

Alistair: E aí, bebê?

Eu faço careta e fecho a porta novamente. Ele grita do lado de fora.

Eu: Vai embora! Eu não quero ver tua cara!

Alistair: Aí, gata. Eu só quero conversar e pedir desculpas para você.

Desculpas?

Eu: Tá bom, pode pedir.

Alistair: Foi mal. Eu fui infantil e isso com certeza não combina com você.

Eu: Ok. Desculpado. Agora vai embora.

Alistair: Ah, sério?! Nem um abraço?

Eu reviro os olhos.

Eu: Já te descupei, vai embora agora.

*Silêncio*

Eu espero um pouco e abro a porta de leve e olho para fora. Será que ele já foi?

Alistair: Saiu?

Eu dou um pulo, ao ouvir a voz dele e entro para dentro de casa novamente, mas ele é mais rápido e segura a minha porta. Droga!

Alistair: Não estava mentindo. Eu realmente sinto muito por isso.

Eu: Tá, eu sei! Mas agora você já pode ir embora, né?!

Ele ri.

Alistair: Eu realmente quero me aproximar de você, Nathi. Uma mulher bonita assim como você, tem que estar acompanhada de um bom homem feito eu.

É sério? Eu respiro fundo, pedindo paciência.

Eu: Certo, certo. Está perdoado. Mas sinto muito. Eu não sou esse tipo de mulher.

Alistair: Se você tentar sair comigo apenas uma vez, irá gostar de mim.

Ele se aproxima e eu dou um passo para trás.

Alistair: Eu adoro mulheres bravas.

Ele sorri.

Eu: Vai embora, já insistiu demais. Já deu, tá?

Ele sorri mais uma vez e se afasta para ir embora. Graças!

Alistair: Até mais, gata. Foi bom te ver.

Ele finalmente vai embora e eu fecho a porta, escorando nela em seguida. Eu suspiro e fecho os olhos. Ouço passos suaves e abro os olhos, vendo Asten me olhando com um sorriso no rosto.

Eu: Ainda tenho que me livrar de você...

Asten: Eu já tenho um plano. Vou juntar você e o Alistair.

Eu arregalo os olhos.

Eu: Quê?! Só pode ser piada! Não tem como ser real! Você sabe que eu não gosto dele, nem que me paguem!

Eu saio de lá, indo em direção ao meu quarto e ele me segue.

Que coisa!

Asten: Não será do dia pra noite. Você precisa conhecer alguém para poder se apaixonar por ela. Nathi.

Ele corre e fica na minha frente.

Asten: Você não tem nada a perder. É linda e inteligente.

Eu: Obrigada por isso, vou raspar o meu cabelo agora.

Ele ri e balança as mãos.

Asten: Por favor, me dá uma chance de te ajudar nisso! Você não vai se arrepender. Eu já ajudei muitas pessoas assim antes.

Eu reviro os meus olhos. Não sei porque, mas não consigo ficar totalmente brava com ele. Ele realmente é um anjo.

Eu: você disse que eu não tenho nada a perder, mas e o meu tempo? E se eu perder o meu tempo com você?

Asten: Você não vai precisar dar tempo no trabalho e nas suas tarefas diárias, eu vou te ajudar daqui de casa mesmo. Só me permita.

Eu olho para os meus pés colados no chão.

Eu: Não precisamos correr atrás de ninguém, né?

Ele balança a cabeça em negação.

Asten: Você irá apenas aprender e se quiser, poderá ir à encontros.

Eu suspiro.

Eu: Tá bom, vai. Já que é assim.

Ele sorri e joga um punho no ar. Que coisa! Isso é mesmo importante?!

Asten: Você vai me deixar ficar? Eu não tenho casa...

Eu dou risadas.

Eu: O que fazer, né? Pode ficar no quarto de hóspedes, ou tanto faz. Mas não quero homens no meu quarto, ouviu?

Asten: Pode deixar! Obrigada por me dar a chance. Boa noite.

Eu reviro os olhos e subo para o meu quarto.

Entro no meu quarto e vou direto para a cama dormir.

Como será viver com um anjo? E mais, será que ele vai conseguir me "ajudar" com isso?

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