O som vibrava nas paredes, o baixo pulsava como se tentasse acompanhar a frequência do coração de Jenny. Luzes roxas, vermelhas e azuis cortavam o ambiente em flashes, como se a boate inteira respirasse sob a batida da música. O nome do lugar — Inferno — piscava em neon sobre o bar, iluminando de forma intermitente os rostos de quem estava ali pra esquecer.
Jenny se apoiou no balcão, o vestido preto colado desenhando seu corpo. O decote fundo, que ela antes escolhera com uma intenção específica, agora parecia só mais um lembrete do que não aconteceria.
— Uma tequila. Dupla — pediu ao barman, sem olhar muito.
Ao lado, Giovanna girou os olhos.
— Jenny… sério isso? — encostou no balcão também, cruzando os braços. — A gente saiu pra você respirar, não se afogar.
Jenny soltou um meio sorriso, amargo.
— Eu só quero esquecer, Gio.
— Elas não merecem nada de você — respondeu com firmeza. A frase caiu pesada, como se houvesse mais história por trás. E havia.
O barman colocou o copo na frente dela. Jenny virou de uma vez, sentindo a ardência rasgar o peito. Giovanna franziu o cenho.
— Vamos dançar. Melhor do que você ficar tentando se anestesiar.
Jenny hesitou um segundo, mas logo depois segurou a mão da amiga e foi puxada para o centro da pista.
Os corpos se misturavam sob a luz difusa. O chão tremia ao ritmo eletrônico que fazia os pés perderem o compasso e o juízo. Giovanna dançava com naturalidade, olhos fechados, cabelos castanhos balançando sobre os ombros. Jenny a acompanhava, tentando sorrir, tentando fazer o corpo esquecer o que o coração não conseguia.
— Isso! — gritou Giovanna, animada, girando no próprio eixo. — Assim que se vive, Jen. Não se explica, se vive!
Jenny soltou uma risada, meio verdadeira, meio fuga.
Foi então que um homem se aproximou. Alto, camisa aberta até o peito, aquele tipo de sorriso que já nasce confiante demais. Ele se inclinou e disse algo no ouvido de Giovanna. Ela arqueou a sobrancelha, ouviu mais um pouco e deu um riso debochado.
— Eu volto já — disse a Jenny, virando-se com o homem sem dar explicações.
Jenny ficou parada por um momento, observando os dois se afastarem em meio às luzes piscantes e os corpos colados. Sozinha de novo.
Virou-se devagar e caminhou de volta ao bar. Sentia os olhares — ou talvez fosse só paranoia. O vestido parecia mais curto agora, mais ousado. O som abafava os pensamentos, mas não os silenciava.
— Outra tequila — disse, sentando-se no banco alto.
Enquanto esperava, seus olhos vagaram pelo salão. Um grupo de mulheres riam perto da entrada VIP. Um casal se beijava encostado na parede. E então… um par de olhos.
Na penumbra de um canto reservado, ela sentiu algo. Um olhar fixo. Feminino. A mulher parecia não desviar, como se observasse Jenny há minutos.
Jenny desviou primeiro. Respirou fundo. Pegou o copo e virou mais uma dose.
Não era noite pra fazer escolhas boas.
Jenny respirou fundo e, sem saber ao certo o que a movia — se a tequila, a raiva ou o vazio —, virou os olhos novamente para o canto da boate.
A mulher ainda a encarava.
Cabelos curtos, lisos, bem alinhados em um corte moderno. Um vestido vermelho provocante, justo o suficiente para prender atenção, mas elegante o bastante para parecer no controle. Ela não sorria, mas também não desviava.
Jenny se levantou. A música parecia mais lenta agora, o ritmo do seu corpo se encaixando no som como se o ambiente inteiro a guiasse. Dançou de forma sutil, provocante, sem exagero, como quem sabe exatamente o efeito que tem. E, com passos calmos e leves, foi até o lounge onde a mulher estava sentada, como quem reina sobre tudo ao redor.
Sofá de couro preto. Iluminação baixa. Jenny se sentou ao lado da desconhecida, cruzou as pernas, o vestido subiu alguns centímetros e os olhos da mulher acompanharam o movimento — sem disfarçar.
— Me pagaria uma bebida? — perguntou Jenny, com um leve sorriso nos lábios.
— Com prazer — respondeu a mulher, fazendo um gesto discreto para um garçom que apareceu quase imediatamente.
Os olhos delas não se afastaram nem por um segundo.
— Confia em mim? — indagou a mulher, com um tom mais baixo, quase num sussurro.
Jenny inclinou levemente a cabeça.
— Talvez.
Quando a bebida chegou — algo âmbar e forte —, Jenny pegou o copo e virou em um único gole. A careta foi inevitável.
A mulher riu, sincera.
— Não é seu estilo?
Jenny olhou para o fundo do copo vazio por um instante antes de responder:
— Meu estilo… é sentir algo novo.
A mulher sorriu. Lenta e perigosa. Estava prestes a se inclinar para mais perto quando uma terceira presença surgiu — alta, ruiva, vestido colado, batom vermelho escuro. Um tipo de alerta em forma humana.
— Desculpe… — disse Jenny… acho que confundi.
Sem pensar muito, Jenny começou a se levantar, pronta para desaparecer naquela multidão de novo.
Mas antes que pudesse dar um passo, sentiu os dedos firmes da mulher de vermelho segurando seu pulso com suavidade.
— Espera.
A voz era diferente agora. Mais firme. Mais íntima.
— Dança comigo?
A mulher se virou para a ruiva e disse que voltaria depois. A ruiva ergueu o copo e sorriu em um brinde silencioso.
Antes que Jenny pensasse em dizer não, a mulher já estava de pé, conduzindo-a pela mão, com um toque seguro demais para ser negado. O calor daquela mão percorria o braço de Jenny como eletricidade.
Na pista, os corpos se perderam um no outro.
A música parecia abafada agora. As luzes oscilavam em tons lilás e vinho. A mulher posicionou-se atrás de Jenny, seus quadris colados. As mãos, firmes, pousaram em sua cintura. E os lábios — macios, quentes — encostaram no lóbulo da orelha de Jenny, beijando com lentidão naquele ponto que arrepia até a alma.
Jenny fechou os olhos, entregue ao momento, ao toque, ao cheiro — algo entre madeira e pecado.
Então veio o sussurro.
— Você quer fugir comigo por uma noite?
Jenny abriu os olhos, ainda de costas. Não respondeu de imediato. O coração acelerado, a respiração presa. Estava ali pra esquecer… e agora talvez tivesse encontrado algo que a fizesse lembrar.
Virou lentamente o rosto, tentando ver o olhar por cima do ombro.
— Quero.
A mulher dirigia com firmeza e pressa, como se o volante fosse extensão do próprio desejo. Jenny, no banco do passageiro, mal conseguia focar nos detalhes — o painel iluminado, as luzes da cidade refletindo nos vidros, a respiração presa no peito. O silêncio era absoluto. Bastava um olhar entre elas e o mundo se dissolvia.
Minutos depois, o carro parou diante de um edifício elegante, de fachada envidraçada e entrada discreta. Jenny não teve tempo de absorver a sofisticação do lugar — nem do saguão, nem da arquitetura refinada. Mal tinham passado pela portaria e já estavam no elevador, onde os espelhos refletiam dois corpos que se buscavam como se já tivessem se separado por tempo demais.
Beijos quentes. Mãos explorando costas, coxas e cintura. Jenny encostou-se contra a parede espelhada, sentindo a respiração da mulher misturar-se à sua. A música da boate ainda ecoava em sua mente, mas agora era substituída por um novo ritmo: o da pele, do toque, do arrepio.
O elevador chegou ao último andar com um tilintar discreto. A mulher segurou sua mão e a conduziu pelo corredor até uma porta dupla. Assim que entraram na cobertura, a porta mal fechou e Jenny foi empurrada gentilmente contra ela.
O beijo veio antes da respiração.
As mãos firmes da mulher exploraram seu corpo com urgência, subindo pelas laterais do vestido colado até encontrarem a barra. Em um só gesto, o tecido subiu pelas coxas, pela cintura, foi puxado com decisão pelos braços e retirado por completo.
Jenny ofegou, mas não hesitou.
A mulher afastou-se por um segundo, os olhos percorrendo cada centímetro nu diante dela. Um sorriso enviesado surgiu nos lábios carmesim.
— Hum… preparada. Sem sutiã. — murmurou, a voz rouca roçando contra o pescoço de Jenny, que fechou os olhos ao sentir o calor do hálito em sua pele.
Jenny estava ali, entregue, crua. Um misto de ousadia, desejo e necessidade pulsava sob sua pele. Não pensava em amanhã. Não pensava em nada.
Só queria esquecer — ou talvez, só por essa noite, ser outra versão de si mesma.
A mulher a segurou pela cintura e a girou devagar, pressionando suas costas contra a porta com firmeza. Beijos foram deixados em sua clavícula, no centro do peito, na barriga. Jenny gemeu baixo, os dedos agarrando os cabelos curtos da mulher.
E então, ela parou. Só o suficiente para encarar Jenny nos olhos, séria, intensa.
— Eu gosto de controle — disse, a voz vibrando entre elas. Quente. Real.
Jenny mordeu o lábio inferior, sentindo o corpo vibrar inteiro com aquela frase.
— Você está disposta a se entregar?
O mundo parecia parado. O ar rarefeito. Jenny não pensou. Não refletiu. Só sentiu.
— Totalmente — respondeu, sem hesitar.
A mulher segurou sua nuca e a puxou para mais um beijo. Selvagem. Quente. Molhado. Jenny moveu os quadris, sentindo o tecido do vestido da outra entre elas, e gemeu de novo, agora contra a boca da mulher.
Logo estavam na cama. O quarto, amplo e escuro, com cortinas pesadas, parecia um teatro para os dois corpos que se procuravam como se o mundo fosse acabar naquela noite.
A mulher assumiu o ritmo. Prendeu os pulsos de Jenny sobre a cabeça, montou sobre ela com os cabelos curtos desalinhados, os olhos fixos nos seus. Cada movimento, cada toque, era uma promessa de prazer absoluto.
As mãos da mulher exploravam com domínio. Sabia exatamente onde tocar. Onde pressionar. Quando parar. Quando acelerar.
Jenny se arqueou quando a boca encontrou sua barriga, e então mais abaixo, com uma língua impiedosa, firme, incessante.
— Olha pra mim — ordenou.
Jenny obedeceu. Os olhos marejados, a boca entreaberta. — Por favor… — sussurrou, sem nem saber o quê.
Foram duas, três ondas de prazer. Uma em cima da outra, uma dentro da outra. Como se aquela mulher tivesse desligado o mundo exterior e só restasse o que faziam naquela cama, naquela noite.
Quando o silêncio caiu sobre elas, só restavam os corpos suados, os lençóis bagunçados, e uma respiração pesada compartilhada entre beijos e toques lentos.
[…]
O amanhecer chegou cortando a penumbra do quarto com um filete de luz dourada pelas cortinas.
Jenny despertou com preguiça, os músculos ainda relaxados, o corpo quente, a boca seca. Espreguiçou-se levemente e abriu um sorriso bobo ao lembrar da noite que tivera. Uma daquelas noites que fazem a gente esquecer o que veio antes.
Olhou para o lado.
A cama estava vazia.
Ela franziu a testa, mas ao ouvir o som do chuveiro vindo do banheiro, relaxou. Deixou-se cair de novo sobre os lençóis, rindo sozinha.
— Que loucura… — murmurou. — O que foi isso, Jenny?
Levantou-se devagar, o corpo ainda sensível. Vestiu apenas a calcinha, os pés descalços sobre o chão de madeira impecável, frio. Caminhou até a janela para observar a vista. Era alta. Muito alta. Agora, com a luz do dia, percebia o luxo do lugar — os móveis de design, os quadros discretos, o aroma leve de lavanda no ar.
Ao voltar para a cama, sentou-se sorrindo, embriagada ainda pela sensação daquela noite. Até virar o rosto para o criado-mudo.
Ali, repousando como se sempre tivesse estado, estava uma aliança de ouro. Simples, lisa, tradicional. Brilhava no reflexo suave da manhã.
O coração de Jenny parou por dois segundos.
“Não… não pode ser…”
Sentiu a garganta secar. O sangue gelar.
— Puta merda… — sussurrou.
A mulher com quem dormiu. Aquela noite intensa. Aquela entrega.
Ela era casada?
Jenny levantou de súbito, os pés tropeçando nas roupas jogadas no chão. Vestiu o vestido preto com pressa, o zíper mal fechado. Enfiou os sapatos nas mãos e prendeu os cabelos com os próprios dedos.
Não queria saber mais nada.
Nem o nome.
Nem a explicação.
Nem o fim.
Saiu em silêncio.
Sem olhar para trás.
Sem sequer fechar a porta direito.
Era melhor esquecer.
Antes que aquilo virasse outra cicatriz.
— Você não me disse o seu nome... — murmurou Olívia, saindo do banheiro envolta em um roupão branco, ainda com os cabelos úmidos escorrendo pelas têmporas.
Olhou em volta. A cama desfeita, os lençóis ainda mornos, o cheiro da noite anterior no ar — e nenhum sinal da jovem.
Olívia franziu o cenho.
— Foi embora...
Seu olhar caiu sobre a mesa de cabeceira. A aliança. Estava ali, solitária, feita de ouro fosco. Discreta, mas marcante. Ela fechou os olhos, praguejando em silêncio.
— Ela viu?
Caminhou até a sala. Nada. Nenhum vestígio da jovem — nem bilhete, nem número, nem perfume.
Apenas o eco do desejo mal resolvido.
Por alguns segundos, ficou parada, mãos nos quadris, sentindo algo estranho crescer dentro do peito. Desapontamento?
— Besteira... — murmurou. — Melhor assim. Assim nenhuma de nós se apega.
Ela apertou o nó do roupão, como quem tenta reafirmar o controle de si.
Afinal, Olívia Stanford não se apaixona.
[…]
Oito em ponto.
Olívia entrou no prédio imponente da J&O Construtora. Seus saltos ecoaram pelo saguão de mármore claro. Elegante, decidida, como sempre — vestia um conjunto alfaiatado azul-escuro com uma blusa de seda branca, o colar fino com um único diamante no centro do peito. Cabelos soltos, secos e perfeitamente escovados, como se a noite anterior nunca tivesse acontecido.
— Senhora Stanford — disse Camila, sua assistente pessoal, aproximando-se com passos apressados.
— O senhor O’Neil a espera no auditório para recepção dos novos colaboradores.
— Julian, sempre pontual... — Olívia suspirou, caminhando em direção aos elevadores. — Diga a ele que ainda estou me habituando ao fuso horário.
Anos fora, lembra?
— Claro, senhora — respondeu Camila, com um sorriso cúmplice.
[…]
Jenny ajeitou-se na segunda fileira do pequeno auditório.
Tentava se manter discreta. Sem chamar atenção.
Só queria passar aquela manhã de integração sem tropeçar. Usava uma camisa de botão branca, calça social e um rabo de cavalo baixo, perfeitamente alinhado.
Ainda sentia o gosto da tequila nos lábios.
Ainda sentia as mãos daquela mulher na sua pele.
Ainda se perguntava o nome dela.
O celular vibrou. Pegou discretamente e sorriu ao ver o nome de Giovanna.
Best Gio: Jen, você não tomou café, sua louca. E nem dormiu no meu apê. Quero detalhes. Urgente.
Jenny digitou rápido.
Jen: Te conto depois. Tentando me concentrar na integração. Beijos.
Respirou fundo e guardou o celular.
Ao lado, dois estagiários falavam sobre como conseguir uma vaga efetiva. Jenny apenas balançava a cabeça, fingindo não ouvir. Na verdade, estava num limbo entre a ressaca e a lembrança daquela voz rouca perguntando se ela queria fugir por uma noite.
[…]
— Sejam muito bem-vindos à J&O Construtora. — A voz de Julian O’Neil preencheu o auditório. Firme, calorosa, segura. — Hoje começa uma nova fase para todos vocês. Aqui, não buscamos apenas talento técnico, mas gente que queira transformar ideias em espaços, em histórias, em marcas no mundo.
Jenny fingia anotar algo, mas o olhar vagava. Seu pai estava no palco, falando com entusiasmo — ela sabia que ele era bom nisso, carismático e inspirador — mas a cabeça dela estava a quilômetros de distância. Mais precisamente… em uma cama desfeita, com lençóis brancos e cheiro de perfume amadeirado.
Suspirou.
— Essa empresa nasceu de uma amizade improvável, de uma parceria construída na base da confiança — dizia Julian. — E é com muito orgulho que divido essa jornada com a mulher que vocês conhecerão agora.
Jenny levantou os olhos, distraída.
— Com vocês, Olívia Stanford.
A porta do fundo do auditório se abriu suavemente. O som dos saltos sobre o piso de madeira pareceu marcar cada segundo da entrada. E então ela apareceu.
Jenny congelou.
Cabelo castanho escuro, liso, impecavelmente solto abaixo das orelhas. A pele dourada, o rosto firme e elegante. A mulher do vestido vermelho agora usava um conjunto azul marinho que moldava o corpo com sofisticação e poder. O mesmo andar firme. O mesmo olhar cortante.
A respiração de Jenny falhou por um segundo.
Não. Não pode ser.
Olívia parou ao lado de Julian no palco, mantendo o semblante profissional. Mas o olhar dela… o olhar varreu o auditório, como uma profissional, mas não esperava que iria encontrar.
Ali, sentada na segunda fileira. Vestida de branco, pálida, com os olhos arregalados e os lábios entreabertos. Olívia sentiu o estômago revirar, mas não deixou transparecer. Seus anos de autocontrole a treinaram para não demonstrar fraquezas.
Mas por dentro, gritava.
— Olívia? — chamou Julian, notando a hesitação da amiga. — Pode seguir?
Ela pigarreou.
— Claro. — A voz saiu limpa, como se nada tivesse acontecido. — Bom dia. A J&O é mais do que uma empresa, é uma visão sobre o futuro urbano. Aqui, prezamos pelo rigor, pela excelência, e... — seus olhos voltaram para Jenny, que não piscava — ...pela discrição.
Jenny sentiu o rosto arder. O que estava acontecendo? Como isso era possível? A mulher da noite passada era sócia do pai dela?
Não. Não, não, não…
Olívia respirou fundo.
— Para nós, vocês não são apenas números. São criadores. E esperamos que estejam preparados para desafios reais.
O discurso continuou, mas Jenny não ouvia mais nada. Cada palavra era abafada pelo som do próprio coração acelerado. O mundo parecia comprimido numa bolha de vergonha, confusão… e desejo. Porque, apesar de tudo, a imagem da noite passada queimava na pele como ferro quente.
Quando a apresentação terminou, Julian anunciou:
— Os novos colaboradores receberão agora uma visita guiada pelos setores. E, para encerrar, nossa diretoria fará uma recepção informal no terraço.
Jenny foi a primeira a levantar, ainda trêmula. Mas antes que conseguisse dar dois passos, ouviu a voz grave e baixa ecoar ao seu lado:
— Filha, pode vir aqui um minuto?
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