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Entre a Cor e o Amor

introdução

A história começa na cidade de Salvador, bahia no ano de 1998 onde conta a história de dora uma jovem batalhadora que sonha alto e tem um sonho de abrir o seu próprio restaurante. gentil,forte e humilde que não mede esforços para conseguir o que tanto deseja, marando com seu avô, ela trabalha dia e noite para realizar seu sonho, sem pausas, sem aproveitar o melhor da vida oferece na sua idade.

Diogo um homem que sabe aproveitar o bem que a vida lhe oferece, sempre em farras e festas, bancada pelos pais visto como "playboyzinho" não liga para nada e a sua única preocupação é bebidas e mulheres.

A vida dos dois muda no momento que se conhecem aos olhos dela ele é um riquinho mimado, aos olhos dele ela é uma bela mulher que não sabe aproveitar.

mas com o tempo o coração de ambos vai começando a mudar e um novo sentimento totalmente novo para eles aparecerá.

um amor que é visto como inapropriado conseguirá passar por tantos desafios, será que o preconceito vencerá esse amor?

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continua ...

capitulo 1

o sol já começar a raiar na cidade de Salvador que já tão cedo estava começando a se movimentar aos poucos lojas iam se abrirando e pessoas saiam de suas casas para trabalhar. O mesmo acontecia com dora que andava calmamente pelas ruas quase desertas a caminho do seu trabalho, dora conhecia bem a cidade e todos ja a conheciam como neta de seu José então não se preocupava de andar pelas ruas desertas.

pessoas conhecidas de longe reconheceram dora subindo uma rua íngreme com pedras de paralelepípedo, dora com o brilho da sua pele negra, seus cabelo cacheado preso em um coque bem feito estava a caminho da padaria onde trabalhava para mais um dia duro de trabalho.

para as pessoas que a conheciam e passavam do seu lado a viam como uma garota sonhadora e batalhadora que queria realizar o seu sonho.

depois de alguns minutos andando dora finalmente chega a padaria onde já estava aberta ao entrar ela logo via dona Joana a dona da padaria uma das pessoas que mais apoia dora.

dona joana: bom-dia dora!

dora: bom dia dona Joana como vai ?

dona Joana: bom temos que ir né.

sendo assim com algumas conversas e outras dona Joana e dora começaram a arrumar a padaria para os clientes, hoje a padaria estava extremamente lotada com muitos clientes em busca do famoso bolo de caçarola de dora que está fazendo o maior sucesso na cidade pessoas de todos os lugares iam para comprar e provar o seu bolo.

E com isso dora não parava de sorrir a cada venda a cada prova de seu bolo ela alargava ainda mais o sorriso, a padaria da dona Joana ficou conhecida pelo bolo de caçarola e pela funcionária simpática e sorridente.

A dona Joana ficava feliz de ver a sua melhor funcionária feliz e prestes a realizar um sonho.

já eram umas 18:00hs e a padaria ainda estava cheia não como antes. mas estava. por mais que estivesse cansada dora ainda insistia em sorrir. E aos poucos a padaria ia esvaziando e o alívio percorreria os corpos de dora e dona Joana.

dona joana: sabe dora, você lembra eu quando eu tinha a sua idade o meu sonho era ter a minha padaria e Olha só (disse apontando pra tudo) eu consegui e é por isso que eu te apoio minha filha, se eu consegui você também consegue.(disse segurando minha mão)

dora: pra falar a verdade dona Joana, a senhora é uma das minhas inspirações, eu me inspiro na senhora sempre que as coisas estão difíceis eu lembro que a senhora batalhou e conseguiu tudo que tem hoje e eu fico muito grata por a senhora me apoiar.

dona Joana: é claro que eu vou te apoiar, e sempre vou, você é como uma filha pra mim.

elas se abraçam por segundos

dona Joana: agora vamo terminar fechar a padaria que ela não se fecha sozinha.(disse com um sorriso)

elas começam a arrumar as coisas e fecham a padaria dona Joana acompanhou dora até sua casa pois moravam perto uma da outra.

em poucos minutos já estava na rua da casa de dora

dora: quer entrar dona Joana, aproveita e janta.

dona Joana: não não mas obrigada preciso ir pra casa, fica com Deus querida.

dora entrou e começou a preparar a sua janta.

E assim seguiu a noite .

capítulo 2

Salvador, 1996.

O sol mal tinha nascido direito, mas o calor já começava a pintar o céu com tons dourados. O cheiro de maresia ainda se misturava com o do pão recém-saído do forno, e pelas ruas de paralelepípedo do bairro da Liberdade, a cidade acordava devagar, no ritmo baiano.

Dora caminhava apressada, segurando as alças da bolsa surrada de lado. Seu uniforme de padaria estava limpo, mas gasto — como quase tudo que ela usava. Ainda assim, ela andava com postura firme, o olhar sonhador de quem tinha algo grande dentro do peito.

Chegando à Padaria Dois de Julho, já dava pra ouvir a voz de Dona Joana, a chefe e figura quase materna, gritando lá de dentro:

— Ô menina, corre que o pão tá saindo e os clientes já tão na porta!

Dora riu sozinha e entrou.

— Bom dia, Dona joana!

— Bom dia nada! Bora, que hoje é quarta, dia de feira, o povo vem faminto!

Dora amarrou o avental, lavou as mãos e já começou o corre. Servia o povo com sorriso no rosto, trocava dois dedos de prosa com cada freguês, e sonhava — entre uma fornada e outra — com o futuro. Seu restaurante. Um lugar pequeno, mas com comida boa, feita no capricho. Pratos com gosto de infância, de casa de vó, com tempero de raiz baiana.

Mas o salário da padaria era curto, e cada moedinha que sobrava, ela guardava num pote de vidro em casa, escrito à mão:

“Sonho de Dora — Restaurante”

Já perto das 10h, no meio do burburinho de clientes, quem surge na porta com o cabelo preso num turbante colorido e um sorriso travesso?

— Letícia...

Letícia era sua amiga desde a infância, crescerão juntas e hoje em dia são quase irmãs

— Ô minha filha, que calor da moléstia, viu? — disse Letícia, abanando o rosto. — Tô passando só pra te dar um recado que vai mudar sua vida.

— Oxi, que é agora? — Dora riu do jeito descontraído de sua amiga enquanto entregava um pão doce pra uma senhora.

Letícia chegou mais perto do balcão e sussurrou, com os olhos brilhando:

— Vai ter pagode hoje à noite no Bar do Nelsão, ali no final da ladeira. E não é qualquer pagode, não. Vai ter o grupo Swing da Cor, aquele que a gente ama!

Dora arqueou a sobrancelha.

— Hoje? Letícia, pelo amor… você sabe que eu tô guardando dinheiro, né? Um chopinho ali, um acarajé aqui… Quando vejo, já gastei vinte reais que poderiam ir pro meu potinho.

Letícia cruzou os braços, indignada.

— Dora, você trabalha igual uma condenada! Você é a mais nova daqui e vive que nem uma mulher de quarenta. Vai me dizer que uma noite vai atrapalhar teu sonho?

Dora respirou fundo. O cheiro de pão quentinho enchia o ar, misturado com o som das conversas e o tilintar das moedas no caixa.

— Eu sei que é só uma noite… mas cada noite conta.

Letícia não se deu por vencida.

— E cada alegria também conta, Dora. Você não vai abrir esse restaurante triste, vai? Vai abrir com as lembranças de uma juventude vivida. A gente dança, ri, volta cedo. Eu te pago o primeiro copo. Por favor…

Dora olhou pra amiga e pensou. Lembrou das noites sozinha contando moedas, dos cadernos com receitas rabiscadas, do cansaço no corpo. Mas também lembrou de como era bom ouvir um pandeiro, sentir o corpo solto, rir até a barriga doer.

— Tá bom, Letícia. — disse ela, enfim, com um meio sorriso. — Mas só até meia-noite. Depois disso, viro abóbora.

Letícia vibrou.

— Ôxe! Vai ser lindo, amiga. Você vai ver.

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