⚠️AVISO DE GATILHOS SENSÍVEIS
Este livro é uma obra de ficção voltada ao público adulto e contém cenas e temas que podem ser sensíveis para alguns leitores, incluindo, mas não se limitando a:
Violência física e psicológica
Tortura e abuso (implícito ou explícito)
Relações de poder e dominação
Tráfico e organizações criminosas (máfia)
Linguagem explícita
Conteúdo sexual (com cenas sensuais e sugestivas)
Situações de sequestro, cativeiro e trauma
A leitura é recomendada apenas para maiores de 18 anos.
A sua saúde mental importa— se algum desses temas for sensível para você, considere com cautela antes de prosseguir e, se por acaso, decidir continuar, a responsabilidade é unicamente sua.
⚠️PERSONAGENS/FAMÍLIAS
Família Costello 🇮🇹
Origem: Máfia Italiana — uma das tradicionais da Itália, com base em uma luxuosa mansão localizada na região de Verona.
Patriarca: Emiliano Costello
Matriarca (falecida): Katarina Costello
Descrição: Uma família marcada pelo poder, manipulação e falsa aparência de nobreza. Emiliano adotou Lúcia à força ainda criança, apresentando-a à sociedade como um gesto de caridade.
Membros:
Don Emiliano Costello – Patriarca cruel e estrategista.
Eleonora Costello – Filha legítima mais velha (26 anos) elegante e manipuladora.
Bianca Costello – Segunda filha legítima, doce por fora, venenosa por dentro (24 anos)
Lúcia (Moretti) – “Filha adotiva” sem laços de sangue, criada à margem (20 anos)
Família Orlov 🇷🇺
Origem: Máfia Russa — linha dura, fria e implacável, com sede nas regiões mais isoladas da Rússia.
Líder atual: Viktor Orlov (após a morte do pai)
Descrição:
A família Orlov é sinônimo de frieza, estratégia e disciplina. Liderada por Viktor após a morte do patriarca, a família mantém um império silencioso, porém letal. A chegada de Lúcia como “esposa de conveniência” causou reações inesperadas.
Membros:
Viktor Orlov – Líder atual (30 anos)
Dmitri Orlov – 29 anos, dois meses mais novo que Viktor. Sarcástico, protetor, o mais perspicaz da família.
Alexey Orlov – Irmão do meio, calculista, observador e reservado (25 anos)
Anya Orlov – A mais nova (22 anos), inteligente e espirituosa.
Família Moretti ☠️
Origem: Linhagem italiana poderosa, influente e antiga, dizimada por uma chacina misteriosa.
Líder (falecido): Don Salvatore Moretti
Descrição:
A família Moretti era temida e respeitada, considerada uma das linhagens mais nobres da máfia italiana. Carregavam segredos, alianças perigosas e um legado de sangue que atraiu inimigos mortais. Lúcia, a única sobrevivente, foi levada ainda criança após a chacina e criada sem saber sua verdadeira origem. Seu sangue, no entanto, carrega a herança de algo perigoso — algo que muitos ainda desejam controlar… ou destruir.
Membros:
Don Salvatore Moretti – Patriarca (assassinado)
Victtoria Moretti – Matriarca (também assassinada)
Lúcia Moretti – Única sobrevivente, arrancada do lar aos 5 anos, hoje peça-chave no jogo entre as máfias.
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...Nota da autora:...
...Espero, genuinamente, que se sintam satisfeitos com a leitura!!❤️🔥...
Villa Rossoverde, Toscana, Itália
Escondida entre as colinas douradas da Val d’Orcia, onde os vinhedos se perdiam no horizonte e o tempo parecia adormecer sob o calor do sol toscano, erguia-se a Villa Rossoverde. Uma construção grandiosa, silenciosa e cheia de segredos.
Cercada por muros cobertos de hera e protegida por homens que não usavam uniforme, mas cujos olhos vigiavam cada folha que caía, a mansão era conhecida apenas pelos locais como “a casa do vinho”. Mas ali dentro, entre bibliotecas subterrâneas e corredores de pedra fria, fermentava algo muito mais denso que uvas esmagadas.
Foi ali, cercada por muros altos e verdades ocultas, que crescia uma garotinha — silenciosa, solitária, e rodeada por inimigos. Lúcia.
Tinha os cabelos ruivos como chamas adormecidas, longos e finos, sempre escapando de tranças frouxas como se se recusassem a ser domados. A pele era tão pálida que parecia lutar contra o sol todas as manhãs — delicada demais para aquele mundo, como porcelana esquecida no escuro. Os olhos, de um verde quase líquido, carregavam a doçura dos que ainda não conhecem a maldade do mundo — ou fingem não conhecer.
Havia nela algo de irreal, como uma pintura antiga emoldurada pela pena. Uma beleza terna, quase angelical... que escondia, nas entrelinhas, o eco perigoso de uma linhagem esquecida, mas jamais extinta.
Criada e moldada pela família Costello. Emiliano, o patriarca da família, dizia para os quatro cantos que a tinha adotado por pena. Que a família mafiosa italiana, conhecida por sua frieza e código implacável, havia aberto um raro espaço para caridade. Mas as paredes da Villa Rossoverde sabiam a verdade: Lúcia não era uma mera filha postiça — era um segredo.
Don Emiliano, conhecido como “O Magnânimo” entre seus aliados, era um homem de aparências. Duro com seus inimigos, mas teatral diante da sociedade. Tinha duas filhas legítimas: Eleonora e Bianca, ambas não ligavam para a diplomacia e o jogo político, o que acabou enfraquecendo o legado dos Costello. Lúcia não era uma Costello de sangue, mas fora colocada entre as herdeiras como uma peça dissonante num tabuleiro de mármore. Um enigma incômodo, sem lugar, sem raízes — e, por isso mesmo, útil.
A menina cresceu como uma sombra, uma princesa sem reino presa na própria torre. Não lhe era permitido sair sozinha. Nem estudar fora, nem fazer amizades, nem sequer sonhar com a liberdade. Ela era bela, brilhante, inteligente e era herdeira de um sangue que não perdoava — e por isso, perigosa. Quanto mais crescia, mais sorrisos se tornavam tensos ao seu redor. Quanto mais suas perguntas ganhavam forma, mais portas se fechavam. Cresceu com livros ao invés de amigas, com silêncios ao invés de histórias sobre seus pais.
Ninguém ousava dizer quem ela realmente era. Mas todos sabiam que ela não era uma Costello de verdade. Avisos foram dados a Emiliano, de que ele estaria criando uma serpente em seu território e que logo lhe seria dado o bote, mas o patriarca não se absteve. Para ele, Lúcia seria a sua moeda mais preciosa de troca. A peça final para selar uma aliança que nem o sangue seria capaz de quebrar — Ou pelo menos era o que ele achava.
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...Três anos atrás, Mansão Emiliano...
Na mesa longa da sala de jantar, coberta por castiçais de prata e guardanapos dobrados com perfeição militar, as filhas de Don Emiliano sorriam em sincronia. Sorriam demais. Sorriam como se estivessem treinadas para isso. Como se soubessem que, ao lado da perfeição, o erro seria sempre dela. De Lúcia. E realmente sempre era, não importava o que as irmãs fizessem, a culpa sempre recairia sobre Lúcia.
Lúcia mantinha a postura, a coluna ereta, os olhos atentos, se forçando a não ligar as provocações. Já havia completado 17 anos, já tinha a idade mais do que suficiente para saber exatamente onde deveria estar. E onde não era desejada. E até mesmo quando cometia erros hediondos.
Ter escolhido o vestido simples florido para a comemoração de mais um negócio da família Costello, não foi a melhor opção. Mas Lucia não fazia ideia de que seria um evento chamativo, em seu pensamento, a família estava quase falindo para dar uma festa tão grande, então seria mais viável uma roupa mais singela. E, de certo modo, a roupa está aceitável, mas para Constanza e suas exigências, não.
Na verdade, nada nunca estava bom o suficiente para Constanza.
— Vista-se melhor da próxima vez, Lúcia — sibilou Dona Constanza, a governanta da casa, enquanto segurava a taça de vinho com frieza — Desse jeito irão pensar que somos um orfanato, querida.
As filhas biológicas do Don riram mais uma vez. Lúcia não. Nunca ria. Não ali. Mas se prontificou a concordar com a cabeça apenas para que a deixassem em paz.
"Você é uma Emiliano agora", diziam. Mas a alcunha nunca veio sem espinhos e alem do mais, Lucia odiava esse sobrenome, não gostava da combinação silábica, muito menos de quem o carregava.
Ela aprendeu a se mover em silêncio, como os fantasmas que assombravam os corredores escuros da mansão. Assistia às reuniões do Don pela fresta da porta. Ouvia nomes. Adivinhava negócios. E às vezes, via sangue.
Naquela noite, ao deixar o salão de festa a procura de um lugar que pudesse descansar sem a presença de Constanza a policiando e as irmãs postiças insuportáveis, Lúcia, por acaso, acabou ouvindo mais do que devia ao passar perto de uma janela fechada do lado de fora da mansão, janela da qual se encontrava o escritório de Emiliano.
Ela parou, se agachou, e tentou olhar pela fresta quase tão pequena quanto seu mindinho.
— O russo aceitou — disse Emiliano, sentado no escritório com copo de uísque em punho. — Viktor Antonov quer a garota. Em troca, teremos acesso ao porto de São Petersburgo.
Lúcia, escondida atrás da fresta, apertou os olhos.
"A garota?" Pensou e seu coração acelerou. Talvez fosse dela que estavam falando, ou talvez não.
— Ela é valiosa — completou Emiliano. — Foi criada para isso.
Silêncio.
Ela teria ficado mais tempo se não fosse por ouvir os gritos ao longe de Constanza a procurando e a mandando direto para o seu quarto.
Lúcia voltou para seu quarto com os passos firmes, se negando a voltar para o grande salão. Ninguém notaria sua falta de qualquer forma, Constanza logo se cansaria de procurá-la. Naquela noite, além de medo, Lúcia sentiu algo mais denso. Algo mais quente.
Algo que queimava por dentro. E isso, mais cedo ou mais tarde, ela desejava que se tornasse em fúria.
E ela não sabia — ainda —, mas o tempo da torre estava prestes a acabar.
Porque longe dali, no leste gelado da Rússia, Viktor Orlov, o homem que mudaria tudo, já traçava os fios de um destino que viria buscar a garota esquecida da Itália. Um homem criado entre lobos, endurecido por guerras silenciosas, e que aprendeu desde cedo que sentimentos eram fraquezas — Viktor não fazia promessas, fazia pactos. E, mesmo sem saber, Lúcia seria o próximo.
E no instante em que seus caminhos se cruzassem, nenhum dos dois jamais seria o mesmo.
...Dias atuais...
...Mansão Emiliano — Toscana, Itália...
Os dias na mansão começavam cedo, mas para Lúcia, nunca acabavam.
Ela sempre acordava antes das outras meninas. O chão de mármore gelado era a pronta coisa que seus pés tocavam assim que descia da cama. Não havia empregados designados para ela — Pelo menos não tanto quanto para Emiliano e suas filhas.
Enquanto Eleonora e Bianca, filhas legítimas de Don Emiliano, tomavam café em porcelanas pintadas à mão, na sala própria para refeições. Lúcia comia em pé, na cozinha, com os funcionários. Não que essa fosse uma exigência de Emiliano, Lúcia tinha acesso livre à propriedade, mas não é porquê ela podia, que devia.
A menina sabia que não era bem vinda pelas filhas legítimas, ela sentia nas provocações, nos olhares, nas risadinhas sinicas e em todas as tentativas de Eleonora e Bianca em colocar ela numa situação vergonhosa ou problemática. Diferente dos funcionários da casa. Nenhum deles ousava tratá-la mal, mas também não se aproximavam. Sabiam que ela era propriedade de Emiliano. Uma peça silenciosa do seu jogo, algo que não podia ser tocado e, que ir contra as ordens do patriarca era o mesmo que posicionar uma guilhotina no próprio pescoço.
Lúcia não pedia nada, aprendeu da pior forma que não tinha esse direito. Em troca, ela observava. Aprendia como a roda girava, evitando problemas que colocassem em risco a sua vida.
Quando ninguém via, ela entrava na biblioteca e lia os livros que ninguém tocava. História de acordos criminosos que moldaram a história da Itália, códigos cifrados, italiano jurídico, mas, claro, como uma jovem na flor da idade, não podia deixar de ler os seus prediletos, fantasias e ficções. Aprendeu a escutar e calar. A memorizar detalhes que pareciam insignificantes.
— Você nunca pergunta nada — comentou certa vez um dos capangas de Emiliano, meio embriagado quando Lúcia tinha apenas 12 anos e fora obrigada a ficar sentada nos fundos do grande salão durante a festa de aniversário inteira de Bianca. — Criança estranha.
Ela apenas sorriu. Aquele sorriso enigmático e doce que todos confundiam com submissão. Mas não era.
Lúcia estudava os passos de cada membro da casa como se estivesse montando um quebra-cabeça. Sabia onde Emiliano escondia os documentos de negócios com a máfia —nem mesmo as filhas de Emiliano se importavam em saber disso. Sabia qual empregado se encontrava às escondidas com a governanta Constanza e que ela também mantinha uma relação de sexo casual com Emiliano. Sabia que o segurança da ala leste dormia em serviço às quartas-feiras exatamente no horário das dezoito horas.
Sabia mais do que deixava transparecer.
E escondia mais do que qualquer um poderia imaginar.
À noite, enquanto as filhas do Emiliano iam a festas escoltadas, Lúcia vagava pelos corredores com a leveza de uma sombra, era um dos raros momentos em que ela andava pela casa sem ter que suportar a presença das duas garotas. Colecionava segredos como quem coleciona joias.
Todavia, mesmo com todo esse esforço e tendo conhecimento até de quantos buracos haviam nas paredes mansão, Lúcia não sabia da informação que mais lhe era preciosa: sua família, de onde ela veio e porquê. Quem são seus pais e se é que estão vivos, porque a deixaram crescer em um lar alheio. Saber com quem Eleonora foge todas as noites, pulando pelos muros para fora, não era útil para Lúcia, apesar de que facilmente, essa informação seria interessante para Emiliano.
Naquela casa, Lúcia era subestimada por todos. Até mesmo por Emiliano, que via nela apenas um investimento a longo prazo.
No entanto, para ela, era vantajoso até certo ponto. Se eles não sabem do que ela é capaz, significa que ela não é o alvo principal deles. Era melhor e mais fácil apenas fingir. Mas no momento, agora que estava prestes a completar 20 anos, a jovem estava farta, por mais que não gostasse de admitir para si mesma, havia exaurido a sua saúde mental naquela casa. Precisava de mais.
Mesmo sabendo de Emiliano tinha planos futuros para ela, não suportava mais ver as mesmas paredes, as mesmas pessoas, as colinas que se estendiam ao norte, da qual ela foi permitida ir uma única vez, e inúmeras situações que faziam parte de sua rotina demasiadamente repetitiva.
Ela precisa tentar. Estava disposta a pedir pela primeira vez na vida algo a Emiliano.
O som dos passos de Lúcia ecoava pelos corredores de mármore como um relógio de tortura. Cada batida, um lembrete de que ela ganharia um não, mas não era só isso que ela buscava.
Diminuiu a velocidade quando notou que já estava no corredor do escritório do patriarca. E, ao bater com dois toques cronometrados, ouviu um "Entra" vindo do lado de dentro. Assim o fez.
Ele nem sequer se deu ao trabalho de olhá-la, apenas continuo o que já estava fazendo.
O cheiro do charuto ainda pairava no ar, misturado ao couro velho da poltrona e ao silêncio espesso da sala. Lúcia estava de pé, mãos unidas à frente do corpo, esperando o momento certo para falar. Emiliano escrevia algo com calma excessiva, apenas para deixá-la impaciente.
Ela respirou fundo.
— Don... — começou, com a voz firme. Don, era um tratamento simbólico, é assim que todos na casa o devem chamar, com excesso de suas filhas, que o chamam de "pai", mas apenas quando querem algo em troca. — Eu gostaria de conversar sobre... meu futuro.
Emiliano levantou os olhos, as sobrancelhas arqueadas, como se aquilo fosse uma surpresa absurda.
— Futuro? — ele repetiu, entre dentes. — E o que exatamente te preocupa, Lúcia?
Ela se aproximou com cautela, como se atravessasse um campo minado — E, na verdade, era. Mas apesar da tensão na sala, Lúcia não tinha temor. Ela sabia que poderia receber um "não", o que ela queria, na realidade, era algo que iria além do não. A resposta que ela daria depois, mesmo que não explicasse muito.
— Eu concluí o Liceo com os professores particulares há seis meses. Tenho boas notas. Quero tentar ir à universidade, algo que... Sabe, me profissionalize. Posso estudar durante o dia e continuar aqui, sem atrapalhar em nada.
Don Emiliano riu. Não foi um riso de deboche. Foi algo pior — um riso paternalista. Daqueles que diminuem.
— Você é esperta, não nego — disse ele, encostando-se na cadeira. — Mas está confundindo as coisas.
— Confundindo as coisas? — Ela questionou.
— Não precisa da universidade. Tenho outros planos pra você, mia ragazza. E garanto que uma garota como você, — Ele apontou para ela — não precisa se preocupar muito com o futuro.
Ela tentou conter a onda gelada que subiu para sua espinha. Seu rosto não se moveu — treinado para ser neutro. Mas por dentro, algo estalou. Talvez fosse a curiosidade e a ansiedade andando de mãos dadas por dentro dela. Mas Lucia já havia conseguido o que queria, porém, por que não tentar ir mais fundo? Ela odiava a forma como Emiliano falava dela, como se ela fosse um objeto.
— E posso saber que planos são esses? — Instigou, mais uma vez.
— Não. — A resposta foi seca. — Só precisa confiar. Eu cuido de você desde que era uma garotinha. Não é agora que vou deixá-la tomar decisões erradas. Você é parte desta família...
"Família?"" A palavra pesou como chumbo em seu peito. Não havia laços de sangue. Não havia afeto. Havia posse. Havia utilidade. Não tinha nada de família, e até os ratos queroem o forro da mansão sabiam disso.
— Como quiser — ela disse, recuando com elegância. — Só achei que fosse a hora de, talvez, crescer.
Don Emiliano sorriu, mas seus olhos escureceram.
— Crescer é obedecer.
Lúcia saiu do escritório com passos calculados, sem virar o rosto. Assim que fechou a porta atrás de si, seus dedos apertaram o colar fino no pescoço — presente da esposa do Don. Um símbolo de controle. Um lembrete silencioso de onde estava.
Ela não iria cursar faculdade.
Ela não iria escolher seu futuro.
Mas ela ainda escolheria o fim de todos eles.
Iria encontrar uma forma de sair desse cativeiro infernal e ela mal podia esperar para saber como iria usar os planos de Emiliano contra ela, ao seu favor.
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