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O Jogo dos Assassinos

A Inscrição

Capítulo 1: A Inscrição

Era uma manhã ensolarada na Universidade de Psicologia de Brookhaven, e a atmosfera estava carregada de expectativa. Alunos percorriam os corredores, discutindo teorias, trocando ideias e sonhando com o futuro. Entre eles, um grupo de cinco estudantes se destacava: Ana, João, Beatriz, Lucas e Carla. Amigos de longa data, eles sempre se apoiaram nas dificuldades acadêmicas e nas desventuras pessoais. Porém, daquela vez, algo diferente os unia.

“Vocês ouviram falar do jogo de simulação de crimes que vai acontecer na mansão Blackwood?” Ana perguntou, seus olhos brilhando com excitação. “Dizem que é uma experiência única! Temos que nos inscrever!”

João, sempre o cético do grupo, franziu a testa. “Simulação de crimes? Não sei se isso é uma boa ideia. Pode ser divertido, mas e se as coisas saírem do controle?”

“Ah, venha, João! É só um jogo,” Beatriz respondeu, animada. “Além do mais, somos estudantes de psicologia! Isso pode ser uma oportunidade incrível para aplicarmos o que aprendemos.”

Lucas, que sempre se deixava levar pela empolgação do grupo, sorriu. “Eu estou dentro! Vamos nos inscrever! Quem sabe podemos descobrir como o cérebro humano reage em situações de estresse!” Ele sempre fora o mais curioso do grupo, fascinado pelas complexidades da mente humana.

Carla, a mais cautelosa, estava hesitante. “Mas e se não for seguro? Uma mansão isolada… Não sei se gosto da ideia.” A preocupação em seu olhar não passou despercebida. Ela tinha uma intuição afiada e, muitas vezes, sua intuição a havia protegido de situações perigosas.

“Acho que você está exagerando, Carla,” João disse, tentando tranquilizá-la. “É apenas um jogo de simulação. Vamos nos divertir e aprender algo novo!”

Ana concordou, encorajando Carla. “Além disso, estarei ao seu lado. Se algo acontecer, estaremos juntos. Não há razão para ter medo!”

Após uma longa discussão, a empolgação de Beatriz e Lucas conseguiu convencê-los. As inscrições foram feitas, e a confirmação chegou rapidamente via e-mail. “Bem-vindos ao Jogo dos Assassinos. Preparem-se para uma experiência que testará seus limites e revelará a verdadeira natureza do ser humano.”

A data do evento se aproximou rapidamente, e as horas se transformaram em dias. Os amigos gastavam horas discutindo estratégias, observando documentários sobre psicologia criminal e analisando os detalhes do jogo. O que deveria ser uma diversão se tornava uma obsessão, e a adrenalina da expectativa começava a tomar conta deles. No fundo, cada um carregava suas próprias inseguranças e medos, mas a camaradagem e a excitação eram mais fortes.

Na noite anterior ao jogo, eles se encontraram em um café local, um lugar que costumavam frequentar durante os anos de faculdade. O aroma de café fresco e bolos quentes preenchia o ar, e o ambiente descontraído ajudou a aliviar a tensão. “Se tudo der certo, vamos sair como os campeões do jogo!” Lucas disse, levantando sua xícara como se fosse um troféu.

“E se der errado? E se alguém realmente se machucar?” Carla insistiu, seu tom sério cortando o entusiasmo do grupo. “Eu só quero que todos voltemos para casa em segurança.”

“Você está sendo muito negativa, Carla,” Beatriz disse, embora seu sorriso estivesse um pouco nervoso. “É um jogo! As chances de algo realmente ruim acontecer são mínimas.”

João, observando a tensão crescente, decidiu entrar no meio. “Carla, eu entendo sua preocupação, mas pense em tudo que podemos aprender. E se descobrirmos algo sobre nós mesmos que nunca soubemos? Isso pode ser incrível!”

A conversa fluiu entre risadas nervosas e alguns momentos de silêncio pensativo. Cada um deles refletia sobre a decisão que tomaram, mas, no fundo, estavam animados. O vínculo que compartilhavam se tornava mais forte a cada desafio enfrentado juntos.

Quando a noite chegou, o grupo decidiu fazer uma caminhada pelo campus, conversando sobre suas esperanças e medos para o jogo. “E se a gente se perder na mansão? Ou se as portas ficarem trancadas?” Ana perguntou, tentando brincar, mas seus olhos traíam um certo receio.

“Se formos inteligentes e trabalharmos juntos, nada pode dar errado,” Lucas respondeu, firme em sua crença. “Além disso, temos psicólogos em formação aqui. O que pode ser mais seguro do que isso?”

Finalmente, eles se despediram, cada um indo para suas casas, mas a ansiedade os acompanhou. Naquela noite, enquanto tentavam dormir, os pensamentos sobre a mansão Blackwood e o jogo de simulação faziam ecoar em suas mentes. O que aconteceria quando cruzassem o limiar daquele lugar? A linha entre a diversão e o perigo parecia mais tênue do que nunca

A Mansão Blackwood

Capítulo 2: A Mansão Blackwood

A neblina espessa envolvia a estrada sinuosa que levava até a Mansão Blackwood, fazendo com que cada curva parecesse um portal para outra dimensão. À medida que o grupo de estudantes se aproximava, o céu escurecia, cobrindo o local com um manto de mistério. A mansão, uma construção vitoriana imponente, erguia-se como um monumento ao passado, suas janelas altas refletindo um brilho sinistro sob a luz da lua. Era um lugar que parecia ter vida própria, guardando segredos que estavam enterrados há muito tempo.

“Uau, isso é… diferente do que eu imaginava,” disse Beatriz, sua voz tremendo ligeiramente, enquanto observava a mansão que se erguia diante deles. O grupo parou na entrada da propriedade, admirando a grandiosidade do edifício, mas também sentindo um calafrio percorrer suas espinhas.

“Parece o cenário perfeito para um filme de terror,” comentou João, cruzando os braços em um gesto defensivo. Ele estava claramente nervoso, mas sua tentativa de humor disfarçava a ansiedade crescente.

“Vamos lá, pessoal! É só um jogo,” disse Ana, tentando manter o ânimo do grupo. “Lembrem-se do que estamos aqui para fazer. Isso vai ser incrível!” Sua voz estava repleta de entusiasmo, mas mesmo ela não conseguia ignorar a sensação de que algo estava errado.

Enquanto caminhavam pela trilha de pedras que levava à entrada principal, Lucas olhou em volta, absorvendo a atmosfera. “É interessante como esse lugar tem um ar de mistério. Aposto que tem uma história fascinante por trás dele. Imaginem quantas pessoas já passaram por aqui.” Ele estava sempre intrigado por histórias e mistérios, e a mansão Blackwood parecia ser o cenário perfeito para suas especulações.

Carla, a mais cautelosa, estava absorta em seus pensamentos. “Mas e se essa história for sombria? A mansão pode ter segredos que não queremos descobrir…” Sua voz falhou, e os outros a encararam com uma expressão de preocupação. O olhar de Carla, muitas vezes mais perceptivo que o dos outros, parecia captar uma estranheza no ar que os demais não podiam ver.

Assim que chegaram à porta da frente, um som ecoou através da mansão, como se a própria casa estivesse respondendo à sua chegada. A porta se abriu lentamente, revelando um homem alto e magro, vestido de maneira formal, com um olhar penetrante que parecia analisar cada um deles.

“Bem-vindos à Mansão Blackwood. Meu nome é Victor, e serei seu anfitrião durante esta experiência,” ele disse, sua voz suave e controlada. “Entrem, por favor. O jogo começará em breve.”

Ao atravessar o limiar, o grupo foi recebido por um interior ricamente decorado, com móveis antigos e quadros emoldurados que pareciam observar cada movimento. O cheiro de madeira polida e cera de abelha permeava o ar, e o som do creak das tábuas do piso ecoou como um aviso distante. Mas havia algo mais, uma sensação de inquietação que permeava o ambiente, como se as paredes estivessem sussurrando segredos.

“Este lugar é incrível!” exclamou Beatriz, enquanto admirava um grande lustre de cristal pendurado no teto. Mas, mesmo enquanto falava, um arrepio percorreu sua espinha. Algo na mansão a deixava desconfortável.

Victor os conduziu a uma sala ampla, onde uma mesa estava disposta com bebidas e petiscos. “Antes de começarmos, gostaria que todos se apresentassem,” ele disse, olhando para cada um deles. “É importante que vocês se conheçam, pois isso pode ser crucial para o jogo.”

Enquanto cada um se apresentava, compartilhando um pouco sobre si e suas motivações para participar do jogo, a tensão começou a se dissipar. Mas a curiosidade e o nervosismo aumentavam à medida que Victor explicava as regras do jogo.

“Vocês estão aqui para participar de uma simulação de crimes, onde cada um de vocês terá um papel a desempenhar. Algumas tarefas exigirão que vocês analisem a mente humana e façam deduções baseadas no comportamento dos outros. Mas lembrem-se, o jogo é baseado na confiança. Vocês não sabem quem é o verdadeiro assassino entre vocês.”

As palavras de Victor ecoaram na mente de cada um. Um verdadeiro assassino? O que isso significava? A atmosfera na sala mudou instantaneamente. O que deveria ser uma experiência divertida agora se tornava um jogo de vida ou morte.

“E se alguém realmente morrer?” perguntou João, sua voz carregada de incredulidade. O murmúrio de risadas nervosas se transformou em silêncio. A tensão cresceu, e o olhar sério de Victor fez com que todos sentissem o peso da verdade em suas palavras.

“Se isso acontecer, o jogo se tornará muito mais interessante,” Victor respondeu, sem perder a compostura. “Mas não se preocupem. O objetivo é que todos completem suas tarefas e descubram quem é o assassino, antes que ele escolha mais uma vítima.”

O clima na sala tornou-se pesado, e os rostos dos estudantes mostraram uma mistura de medo e excitação. Eles estavam prestes a embarcar em uma jornada que desafiaria não apenas suas habilidades, mas também seus limites morais e emocionais.

“Agora, vamos começar,” disse Victor, com um sorriso enigmático nos lábios. “O jogo está prestes a começar, e as regras são simples: se você for eliminado, sairá da mansão sem saber a verdade. Preparem-se, pois a escuridão pode estar mais próxima do que imaginam.”

Com essas palavras, a porta da sala se fechou com um estrondo, ecoando como um prenúncio do que estava por vir. O jogo havia começado, mas a verdadeira luta pela sobrevivência estava apenas começando.

Enquanto a tensão pairava no ar, cada um dos estudantes começou a refletir sobre o que estava prestes a acontecer. O medo e a adrenalina começaram a se entrelaçar, criando um fio invisível que os unia em um destino incerto.

“E se o verdadeiro jogo não for apenas descobrir quem é o assassino, mas também enfrentar nossos próprios medos?” sussurrou Carla, olhando fixamente para a porta fechada. A frase pairou no ar, e todos sentiram um calafrio percorrer suas espinhas. O que eles estavam prestes a descobrir poderia mudar suas vidas para sempre.

Preparativos para o Jogo

Capítulo 3: Preparativos para o Jogo

Quando a porta se fechou com um estrondo, um silêncio pesado tomou conta da sala. O grupo se olhou, os rostos iluminados apenas pela luz tênue do lustre de cristal que balançava lentamente, como se a própria mansão estivesse respirando. A tensão era palpável e, por um breve momento, cada um deles se sentiu à mercê do desconhecido.

Victor, a figura enigmática que havia dado as boas-vindas ao grupo, agora estava à frente deles, sua expressão inabalável. “O jogo começa em cinco minutos,” anunciou, sua voz soando como um eco no interior da mansão. “Preparem-se para o que está por vir. Lembrem-se de que a chave para vencer é a observação. Cada um de vocês terá que usar suas habilidades para descobrir a verdade.”

Ana, sentindo a pressão, respirou fundo. “E se não soubermos o que fazer? O que exatamente está em jogo?” Sua voz tremia, mas ela estava determinada a manter a compostura. A incerteza era como um peso em seu estômago, e a adrenalina começava a disparar.

“Vocês receberão instruções detalhadas em seus papéis,” Victor respondeu de forma calma. “Mas, antes de mais nada, é essencial que entendam que a confiança é a moeda mais valiosa neste jogo. Se não confiarem uns nos outros, serão eliminados. Compreendam que a mente humana é um labirinto, e a verdade pode estar escondida em um canto escuro.”

“Isso é tudo muito intrigante,” disse João, tentando usar seu humor para aliviar a tensão, “mas e se o labirinto ficar muito complicado? Podemos acabar perdidos, e não apenas no jogo.”

“Ou talvez, perdidos em nós mesmos,” Carla acrescentou, sua voz suave, mas carregada de um tom sério. Ela sempre teve uma percepção aguçada, e agora não era diferente. “O que sabemos sobre as verdadeiras intenções uns dos outros?”

Victor observou os cinco estudantes, um sorriso enigmático cruzando seu rosto. “Essa é a essência do jogo. As pessoas muitas vezes escondem suas verdadeiras intenções. Agora, façam seu melhor para descobrir a verdade, mas lembrem-se: o que parece ser a verdade pode ser apenas uma ilusão.”

Com essas palavras, Victor passou a distribuir os papéis que cada um precisaria para o jogo. Cada folha estava marcada com um nome e um papel específico: investigador, suspeito, testemunha, e, claro, o papel mais temido de todos, o assassino.

Ana recebeu o papel de investigadora. Ela sempre teve uma mente analítica e, embora estivesse nervosa, sentia uma onda de confiança ao saber que poderia usar suas habilidades para desvendar o mistério. João, por outro lado, recebeu o título de suspeito, o que o deixou inquieto. “Por que eu sou o suspeito? Isso não faz sentido!” exclamou, sua frustração evidente.

“Calma, João. Isso só significa que você terá que provar sua inocência,” Beatriz disse, tentando tranquilizá-lo. “Apenas faça o que for necessário para se manter no jogo.”

Lucas, que estava empolgado com a ideia de ser testemunha, sorriu. “Isso significa que posso observar tudo sem ser diretamente implicado! Vou coletar informações!”

Carla pegou seu papel, e seu coração disparou ao ver que era a assassina. “O que? Isso não pode ser verdade,” ela disse, sua voz trêmula. “Como eu posso fazer isso? Sou a última pessoa que poderia machucar alguém!”

“Lembre-se, Carla,” Victor interveio com uma calma inabalável, “tudo isso é uma simulação. Você não precisa levar isso para o lado pessoal. Apenas jogue o seu papel, e a narrativa se desenrolará. Além disso, não esqueçam que todos têm um papel a desempenhar nesta história, e, às vezes, é preciso entrar em um personagem para realmente entender a mente humana.”

A ideia de “entrar em um personagem” intrigou Ana. Ela sempre estudou a psicologia dos outros, mas agora teria que se colocar no lugar de alguém que poderia ser um assassino. O dilema moral começou a pesar em sua mente, mas a adrenalina da competição também a impulsionava.

“Vocês têm cinco minutos para se prepararem,” Victor disse, olhando para o relógio em seu pulso. “Decidam como se comportar, como se relacionar uns com os outros, e como vão jogar seus papéis. O jogo começa agora.”

Os estudantes se dispersaram pela sala, cada um mergulhando em seus próprios pensamentos. Ana se afastou para um canto, tentando se concentrar. “Eu posso fazer isso,” sussurrou para si mesma. “Basta confiar em minhas habilidades e em meus instintos.”

Enquanto isso, João caminhava nervosamente, seus olhos se movendo entre os outros. Ele começou a falar com Beatriz. “Você não acha que isso é uma má ideia? O que acontece se as coisas ficarem sérias? Eu não estou pronto para ser um suspeito.”

“Não se preocupe, João. Vamos descobrir a verdade juntos,” Beatriz disse, tentando convencê-lo. “Se todos nós jogarmos abertamente, podemos descobrir quem é o verdadeiro assassino antes que seja tarde demais.”

Lucas, agora mais calmo, começou a observar as interações entre os amigos. Ele queria se certificar de que ninguém estava se distanciando, que todos estavam juntos. “Pessoal, vamos nos manter unidos. Se formos um grupo, será mais difícil para o assassino nos pegar.” Sua determinação era contagiante, e os outros começaram a se sentir um pouco mais seguros.

A contagem regressiva começou e, com isso, cada um deles sentiu um misto de excitação e temor. Quando o relógio finalmente atingiu zero, um sinal sonoro ecoou pela sala, e as luzes se apagaram por um momento. Quando voltaram, tudo estava diferente.

O ambiente da mansão parecia ter mudado. As sombras dançavam pelas paredes, e o ar estava carregado de uma tensão palpável. Victor, agora em um novo papel — o narrador, o mestre do jogo — começou a descrever o cenário.

“Vocês estão agora no coração do jogo. Cada um de vocês tem uma tarefa a cumprir. Lembrem-se de que a confiança pode ser sua maior aliada, mas também pode ser sua maior fraqueza. O assassino está entre vocês, e o tempo é essencial. O jogo começou!”

As palavras de Victor ecoaram na mente de Ana. Ela olhou para os seus amigos e percebeu que, embora estivessem juntos, o medo havia começado a se infiltrar em suas interações. O que antes era um jogo de simulação agora parecia algo muito mais sério.

Logo, começaram a se dispersar pela mansão, cada um em busca de pistas que pudessem ajudá-los a desvendar o mistério. Ana se dirigiu à biblioteca, um lugar que parecia esconder muitos segredos. As estantes estavam repletas de livros antigos, e o cheiro de papel envelhecido a envolvia como um abraço familiar. Ela começou a examinar os títulos, na esperança de encontrar algo que pudesse indicar a natureza do jogo.

Enquanto isso, João e Beatriz exploravam os corredores escuros, tentando decifrar o que poderia ter acontecido no passado da mansão. Beatriz, com seu espírito curioso, estava particularmente interessada em um quadro que retratava uma cena de um banquete de gala. “Olha, João! Essa pintura parece tão viva. Pense em todas as histórias que essas paredes poderiam contar.”

“Ou todos os segredos que ainda estão escondidos,” João murmurou, olhando ao redor com um ar de desconfiança. “Precisamos ter cuidado. Se o assassino estiver entre nós, ele pode estar observando cada movimento que fazemos.”

Lucas, por sua vez, decidiu investigar a cozinha, um espaço que poderia conter elementos que revelassem mais sobre o jogo. Enquanto examinava as prateleiras, encontrou uma faca de chef que parecia fora do lugar. “Isso é interessante,” pensou, segurando a faca nas mãos. “Se alguém quisesse fazer dano, essa poderia ser uma boa escolha.”

De volta à biblioteca, Ana folheava um livro de casos de assassinatos famosos, quando uma passagem chamou sua atenção. Fala sobre a psicologia por trás de assassinatos em série e os padrões de comportamento dos criminosos. “Isso pode ser útil,” ela sussurrou para si mesma, anotando algumas ideias em seu caderno.

Conforme o tempo passava, o jogo se tornava cada vez mais intenso. Os estudantes começaram a fazer perguntas uns aos outros, buscando entender as motivações e os medos que cada um carregava. A confiança, antes uma moeda forte entre eles, começou a se desgastar. “Não posso acreditar que confiei em você!” Ana gritou para João quando ele a acusou de esconder informações.

“Eu só estou tentando entender o que está acontecendo! Você não pode simplesmente se ofender!” João respondeu, sua voz elevada. Carla, que estava na sala, observou a cena com preocupação. “Pessoal, precisamos manter a calma. Se começarmos a nos atacar, o assassino já ganhou.”

As tensões aumentaram à medida que cada um começou a se sentir mais vulnerável. As conversas se tornaram mais acaloradas, e os olhares desconfiados começaram a se multiplicar. “Precisamos de um plano. Vamos nos reunir e discutir o que encontramos,” sugeriu Lucas, tentando trazer um pouco de ordem ao caos que começava a tomar conta.

Ana concordou. “Sim, vamos nos reunir no salão. Precisamos compartilhar informações antes que seja tarde demais.” O grupo se dirigiu ao salão, onde uma grande mesa estava disposta, e a atmosfera ficou mais tensa. Cada um começou a compartilhar o que tinha encontrado, mas as desconfianças pairavam no ar.

“Eu encontrei uma faca na cozinha,” disse Lucas, levantando-a para que todos vissem. “Acho que isso pode ser uma pista.”

“Ou uma armadilha,” João interveio, olhando para Lucas com suspeita. “Você pode estar apenas tentando desviar a atenção de si mesmo.”

A acusação fez com que todos ficassem em silêncio. A tensão era palpável, e cada um começou a se perguntar: quem realmente era confiável? O que estava em jogo era muito mais do que um simples jogo de simulação; era uma luta pela sobrevivência.

“Precisamos de mais informações,” Ana disse, sua voz firme. “Vamos fazer perguntas e observar o comportamento uns dos outros. Se o assassino estiver entre nós, ele pode revelar suas intenções sem querer.”

O grupo concordou e, em uma tentativa de se manter unidos, começaram a formular perguntas. No entanto, a desconfiança se tornava cada vez mais evidente. Cada resposta era analisada, cada gesto era observado. As interações que antes eram amistosas agora estavam carregadas de tensão, e o sentimento de camaradagem que antes existia estava se desfazendo.

À medida que o jogo avançava, o grupo começou a perceber que cada um deles tinha seus próprios segredos e medos. Ana se lembrava de um momento em que havia mentido para seus amigos sobre uma prova e como essa mentira havia afetado sua amizade. “Eu nunca fui completamente honesta com vocês,” ela confessou, olhando para os outros. “E isso me faz pensar… o que mais estamos escondendo?”

“Todos nós temos nossos segredos,” Beatriz respondeu, sua voz suave. “Mas o que realmente importa é o que fazemos com eles. Precisamos ser honestos agora. Se quisermos sobreviver, devemos nos unir e enfrentar nossos medos juntos.”

Ouvindo as palavras de Beatriz, João começou a se sentir mais vulnerável. “Eu… eu também tenho medo de ser considerado culpado, mesmo quando não sou. O que acontece se o assassino realmente me incriminar?” As inseguranças começaram a transparecer, e a amizade entre eles parecia estar sendo testada a cada palavra.

“Precisamos manter a calma e agir com estratégia,” Lucas disse, tentando ser o racional do grupo. “Se não formos cuidadosos, podemos acabar nos prejudicando ainda mais.”

A conversa continuou, e cada um começou a se abrir sobre seus medos e inseguranças. As revelações tornaram-se uma espécie de catártico, onde cada um se sentia um pouco mais leve, mas a desconfiança ainda pairava sobre eles como uma nuvem.

A tensão estava no auge quando, de repente, uma das luzes da sala começou a piscar. O grupo parou, olhando em volta, e um arrepio percorreu suas espinhas. O que estava acontecendo na mansão?

Victor apareceu na porta, sua presença imponente interrompendo o clima tenso. “O jogo não espera por ninguém. O tempo está se esgotando, e vocês precisam agir. O próximo movimento é crucial. O assassino pode estar ouvindo.”

As palavras de Victor soaram como um alerta, e o grupo se uniu, determinado a descobrir a verdade antes que fosse tarde demais. Eles estavam prontos para enfrentar o desconhecido, certos de que, se quisessem sobreviver, precisariam enfrentar não apenas o assassino, mas também seus próprios medos e inseguranças.

“Vamos juntos,” Ana disse, olhando nos olhos de cada um deles. “Precisamos ser honestos e nos apoiar. Essa é a única maneira de sobreviver a esta noite.”

Com um aceno de concordância, eles se prepararam para o que estava por vir. O jogo havia começado, e a verdadeira luta pela sobrevivência estava apenas começando.

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