Introdução:
A história começa com a protagonista criada com uma forma diferente do “normal”.
Foi criada para aprender a se defender de todas as formas.
Suas características principais são:
Tem uma língua afiada, não leva desaforo, mas sabe dar o troco na hora certa.
Mesmo tendo a língua afiada, ela é uma pessoa com um coração enorme. Quando ela se torna amiga de alguém, ela mostrava um lado dela que poucos conhecem. Para pessoas que olha ela acham que ela é legal, boazinha e sorridente. Mas eles não sabem como ela é por dentro.
A sua família a criaram para saber se defender do mundo. Mundo nesse que ela tem que lidar com demônios, maldições e alguns valentões na escola.
Capítulo 1
NARRAÇÃO (voz interna de Valentina):
Nasci numa família conservadora, dona de uma loja de roupas... Mas isso é só a fachada.
Por trás dos provadores, nos fundos do estoque, entre etiquetas e manequins —
somos os guardiões do Véu.
O Véu... é uma membrana invisível entre o mundo físico e o espiritual. Uma película fina, frágil,
que se rompe cada vez que o equilíbrio é ameaçado.
E quando se rompe... algo escapa.
Vocês já se perguntaram por que pessoas simplesmente somem? Sem rastros, sem lógica?Elas atravessam o Véu. Ou pior — são engolidas por ele.
Lá dentro, existem criaturas que devoram tudo: humanos, animais, o próprio tempo.
Minha família existe para impedir isso.
Servimos nas sombras. Agimos em silêncio.
E agora... “Chegou a minha vez.”
Faz mais de cem gerações que não, nascia alguém como eu.
Fui abençoada pelos deuses no momento em que respirei pela primeira vez.
Cabelos longos, ruivos, que brilham como fogo vivo.
Olhos que queimam na escuridão como brasas.
Uma marca de nascença em forma de chama gravada na minha coxa.
Sou Valentina.
A última Guardiã da Linhagem Ardente.
Era para ser só mais um dia comum. Aula, tédio e suspiros no corredor.
Então eu senti... o ar rasgar.”
(Valentina olha discretamente para o relógio. 10:47.)
“O Véu estava abrindo. E estava perto.”
Ela caminha até a sala de dança vazia. O som desaparece. O chão vibra. O teto range.
“Atrás da música... estava a ruptura.”
(A atmosfera distorce). O ar ao redor dela parece ondular como calor.
“É aqui.”
(Ela solta os cabelos. Os fios ruivos se espalham como labaredas. Seus olhos brilham.)
Valentina entra em silêncio. Fecha a porta atrás de si. Cabelo solto. A luz fraca reflete nos fios ruivos como se fossem brasas.
Valentina — Venha, criatura do vazio. Vamos dançar.
A criatura surge: sem forma definida, feita de sombra líquida e ossos desconexos. Vários olhos acesos como faróis vermelhos.
Valentina não se move. Somente observa.
A criatura ruge, lançando-se para frente com garras feitas de fumaça sólida.
Com um giro suave. Valentina escapa do ataque como se estivesse dançando. Seu corpo gira, o cabelo acompanha como uma labareda viva.
Dos dedos dela, fios incandescentes surgem — finos como seda, cortantes como aço.
Ela desfere um golpe com os fios em arco, cortando o ar. A criatura salta para trás, mas parte do seu ombro é rasgado.
SFX: ZAAAK
Ela gira no chão, os fios traçam padrões no ar.
A criatura ataca com velocidade brutal. Ela desvia como se a criatura estive-se lenta.
Um salto com o corpo torcido no ar — os fios a seguem como tentáculos flamejantes.
Valentina para no centro da sala. Respiração calma. Os fios formam um círculo em volta dela.
Ela estende o braço (aparentando uma imagem de uma menininha indefesa). Os fios se contraem.
Valentina (fria):
“Você vai apagar… sem nunca ter existido.”
A criatura é cercada pelos fios. Um último movimento de Valentina — ergue um dos braços no ar, depois puxando com força.
SFX: SHHHK-KRAAAK
A criatura se dissolve. Pedaços viram fumaça escura e desaparecem. Silêncio.
A criatura já desapareceu. Valentina permanece de pé no centro da sala.
Ela respira devagar. Seus fios incandescentes somem, um a um.
A brasa em seus olhos apaga.
Ela ainda não notou o estrago ao redor.
Valentina olha ao redor...
Espelhos estilhaçados, o chão queimado em círculos, paredes chamuscadas como se tivessem sido queimada por fogo.
Valentina (pensamento):
“... Fui longe demais”.
Sem perder a postura, respira fundo.
Amarra o cabelo ruivo novamente, prendendo o caos dentro de si como se fosse só mais uma parte do uniforme.
Ela caminha calmamente. Nenhum aluno notou. Ninguém imagina.
O cheiro de fumaça começa a se espalhar, mas a direção contrária.
Valentina senta, abre o caderno. A aula segue. Professores distraídos. Alunos entediados.
Tudo segue... Como se o mundo não tivesse tremido minutos atrás.
Na volta para casa. Valentina caminha sozinha. Sol caindo, sombras longas.
Ela lembra do movimento final: a explosão dos fios, o clarão laranja, o som do fogo consumindo.
Valentina (pensamento):
“Minhas chamas… não obedeceram. Elas... me dominaram.”
A mãe atende o telefone com um sorriso educado.
Do outro lado, a voz da diretora da escola.
Diretora (voz no telefone):
“Infelizmente... houve um curto-circuito. Um incêndio. Ninguém se feriu, mas as aulas estão suspensas por tempo indeterminado.”
Eles não dizem nada, mas entendem.
Pai (sussurra):
“Foi ela.”
Valentina entra na loja dos seus pais. O sino da porta toca baixinho.
Ela olha para os pais, parados no balcão. Nenhum cliente agora.
Valentina (séria):
“Eu... perdi o controle.”
Ele não se surpreende. Somente se vira, caminha até sua casa no funda da loja.
Pai (sério, em voz baixa):
“Chame o Ancião Igor. Agora.”
O homem entra pela porta dos fundos. Alto, magro, vestindo um casaco antigo cheio de bordados estranhos.
Os olhos dele são profundos, como se tivessem visto mais do que qualquer humano deveria.
Ele não cumprimenta, não sorri.
Ancião Igor (com voz baixa, firme):
“Valentina… venha comigo.”
Eles caminham por um corredor de pares de madeiras envelhecidas, muito mais velho do que qualquer estrutura da loja moderna.
Luzes nas paredes acendem sozinhas à medida que passam.
Uma porta de madeira ancestral, entalhada com símbolos em forma de chamas, olhos e espirais.
No centro da porta, o mesmo símbolo da queimadura de Valentina.
Ela se aproxima… sua marca brilha suavemente em resposta.
Ancião Igor:
“Esse lugar só se abre quando alguém da Linhagem Ardente... desperta fogo demais.
A porta range ao abrir.
Lá dentro, uma sala redonda, com paredes cobertas de tapeçarias, livros e armas antigas.
Nessa sala o tempo não passava normalmente. Lá dentro 1 semana, lá fora 5 minutos.
Valentina (pensando):
“Naquela noite… deixei de ser só herdeira.
Me tornei o que eles passaram gerações escondendo.
Um perigo.
Uma promessa.
Uma Guardiã desperta.”
Assim que ela entra, o símbolo na sua perna brilha intensamente — e o som ao redor parece se apagar.
O tempo desacelera. — e o som ao redor parece se apagar.
Narração (Valentina em pensamento):
“Dentro daquela sala… o tempo não era o mesmo.”
“Lá dentro, sete dias passam... e aqui fora, só cinco minutos respiram.”
O Ancião Igor a observa com expressão séria, mas não de medo — de cautela cerimonial.
Ele já viu isso antes? Talvez só uma vez? Talvez nunca.
Ancião Igor:
“Tudo o que você é… está gravado neste lugar.
Mas também tudo o que pode destruir.”
Enquanto ela se aproxima do centro da sala, ela se vê envolta de uma névoa
escura, começa aparecer imagens. Ela fica concentrada.
Ela vê o próprio reflexo distorcido: com olhos em chamas, cabelos dançando sozinhos, e uma segunda marca surgindo no ombro.
Valentina:
“Eu me vi. Não como sou. Mas como posso ser.
Uma Guardiã completa… ou uma ameaça sem freios.”
A névoa se dispersa depois de um tempo.
A caverna é vasta. O chão é de pedra negra, e no centro há um círculo de runas com uma chama flutuando no ar — viva, girando, consciente.
Essa é a Chama da Prova, um fogo espiritual deixado por antigos Guardiões.
Ancião Igor:
“Fique dentro do círculo.
Se a chama te aceitar, ela vai te guiar.
Se não... ela vai te consumir.”
Ela tira o casaco, de pé, somente com o uniforme ajustado, os pés descalços no chão frio.
O símbolo em sua perna começa a queimar suavemente.
O fogo no centro responde — se curva, gira, se ergue.
Valentina (pensamento):
“Não é só poder.
É identidade.”
Fagulhas dançam ao redor dela. A chama começa a se mover como se imitasse seus passos.
Ela gira levemente, e o fogo acompanha.
Não é uma luta. É uma coreografia.
Nas paredes da caverna tem coreografias entalhadas.
Valentina usando os fios flamejantes.
Criaturas do Véu tentando atravessar.
Ela perdendo o controle...
E depois recuperando, com respiração profunda e precisão nos movimentos.
Ela dança com o fogo como nas imagens na parede.
A chama toca seu peito.
Por um instante, ela grita, caída de joelhos.
Mas em vez de dor… ela sorri.
Ela aceita o fogo. E o fogo aceita ela.
Com isso o treinamento começa.
Ela treinando com fios flamejantes no ar.
Meditando flutuando a centímetros do chão.
Selando pequenas brechas do Véu com um simples gesto de mão.
Enfrentando projeções de antigos Guardiões... E vencendo todos.
Depois de tudo o fogo ao redor se curva, e depois apaga.
Valentina:
“Agora... o fogo dança comigo.”
Ela respira fundo.
A chama que antes flutuava no centro agora está dentro dela — parte do seu ser.
Sua pele não brilha, mas pulsa discretamente.
Ela abre os olhos. Os mesmos olhos em brasa… agora calmos.
Controlados.
“Um mês se passou ali dentro.
Mas não senti fome. Nem cansaço.
O tempo molda... quando o corpo é só um recipiente.”
Valentina sai lentamente da caverna.
A porta de madeira se abre sozinha.
A luz do mundo real entra ofuscante.
Ela cobre os olhos com a mão por um instante.
Valentina encontra um bilhete deixado à mão, com a caligrafia precisa do Ancião Igor.
Bilhete:
“O resto do caminho, você trilha sozinha.
Agora é você quem guia os que virão.
Não me procure.”
Ela lê. Respira fundo.
Nenhuma lágrima.
Apenas entendimento.
Ela dobra o bilhete e guarda com cuidado dentro do uniforme.
Valentina (pensamento):
“Então está na hora…
de voltar ao mundo real.”
.
Valentina atravessa o longo corredor iluminado por tochas flutuantes.
Cada passo dela é firme, calculado.
As paredes estão cheias de símbolos flamejantes que reagem discretamente à sua presença.
O bordado prateado em forma de chama em seu peito reflete a luz como se estivesse vivo.
Narração (Valentina):
“A arena… o lugar onde eles vão parar de fingir que não me notam.”
A arena é circular, de pedra antiga, cercada por arquibancadas cheias de alunos de diferentes divisões — cada um com uniforme próprio, todos observando.
Narrador mágico (voz oculta, do sistema arcano da escola):
“Próximo duelo: VALENTINA, classe não atribuída... contra oponente a ser revelado.”
O solo brilha brevemente ao contato com seus pés.
Runas douradas se acendem, reconhecendo sua energia.
Silêncio.
Todos a observam.
Alguns alunos murmuram, tentando lembrar de onde ela veio.
Outros apenas sentem o peso da presença dela.
Um professor sussurra para o outro:
“Essa energia... ela é da Linhagem Ardente?”
“Impossível. Estão extintos.”
As runas no chão brilham em vermelho e azul.
Uma voz profunda, impessoal e arcana ecoa por toda a arena:
Narrador mágico (voz oculta):
“Quem duelará contra Valentina… é a filha da família Luchi.
Classe Safira AYLA.”
Ela olha de lado, entediada. A mão encosta de leve na cintura, relaxada.
Valentina (resmungando):
“Aff... tinha que ser uma dessas patricinhas…”
“Pelo menos vou me divertir.”
O brilho da íris aumenta por um instante.
O cheiro do tecido da maldição volta à mente.
Ela reconhece.
Valentina (pensamento):
“Foi ela que colocou aquela maldição.
Eles têm o mesmo cheiro…”
Ela estala o pescoço levemente, relaxa os ombros.
Ao fundo, Ayla se aproxima da arena com pompa, gestos teatrais, criando cristais flutuantes ao seu redor.
Valentina (pensamento):
“Devo agradecer a ela…
Do jeito que ela merece.”
O uniforme dela brilha, coberto de feitiços defensivos.
Ela sorri para o público — e olha para Valentina com desdém.
Ayla:
“Espero que sua roupa esteja funcionando agora, querida.”
Valentina (seca):
“Tava. Mas você vai rasgar ela toda.”
O campo de proteção é ativado.
As armas são liberadas — Ayla conjura uma lança feita de cristal azulado que pulsa com magia.
Valentina apenas gira um dos dedos e fios prateados em chamas começam a se formar ao redor dela.
Contador de histórias mágico:
“Duelo iniciado.
Nível liberado: Avançado.
Barreiras de contenção ativas.
Registro espiritual em andamento.”
As duas avançam ao mesmo tempo.
Fogo e cristal.
Velocidade e arrogância.
Uma dança prestes a começar.
Ayla avança primeiro.
Ela gira sua lança de cristal no ar e a finca no chão.
Dezenas de espinhos de cristal explodem em linha reta, indo em direção a Valentina.
Efeitos sonoros: SHHHH-KRRRRKK!
Valentina desvia com leveza
Ela gira o corpo em um movimento dançado, os espinhos passando rente ao seu cabelo flamejante.
Seus fios prateados em chamas se esticam no ar — respondem ao movimento como serpentes treinadas.
Valentina (pensamento):
“Rápida. Mas óbvia.”
Valentina estala os dedos.
Seus fios se projetam em alta velocidade em três direções, forçando Ayla a se defender.
Ayla levanta um escudo de cristal ao redor de si, que forma uma cúpula reluzente.
Efeitos sonoros: CLANG! CLANG! FZZZZZ!
Ayla sorri confiante, mas começa a suar.
As bordas do escudo estão ficando vermelhas. Derretendo.
Ayla (pensamento):
“Esse calor… está corroendo meus cristais?!”
Valentina salta com um giro elegante.
Os fios se estendem como asas flamejantes.
Ao mesmo tempo, o símbolo em sua perna brilha intensamente, gerando uma onda de pressão.
Valentina (calma, faz sinais):
“Você acha que pode me conter com vidraria decorada?”
Valentina gira no ar e arremessa os fios como chicotes em cruz.
Eles cortam o escudo cristalino de Ayla em quatro partes perfeitas.
Ayla se protege com o braço, mas a explosão a joga para trás.
Efeitos sonoros: CRACK—BUM!
Ela está ajoelhada, respirando com dificuldade.
A armadura brilhante está lascada.
Os cristais ao redor começam a se desfazer como gelo ao sol.
Valentina (descendo lentamente):
“Você deveria cuidar melhor do que veste.
A próxima vez podem não sobrar nem as joias.”
Todos observam.
A multidão de alunos está muda.
Até os professores mantêm os olhos fixos nela — alguns com medo. Outros... com interesse perigoso.
As runas da arena brilham em vermelho puro — o selo de vitória absoluta.
Contador de histórias mágico:
“Vitória de Valentina.
Classificação: Superior Ardente.
Promoção direta: Unidade VERMELHA.”
Ela não sorri.
Apenas se vira e sai da arena.
A chama no seu peito ainda brilha — e a marca na perna continua acesa.
Valentina (em pensamento):
“A guerra real ainda nem começou.”
Valentina caminha sozinha por um dos corredores externos da escola, onde jardins floridos disfarçam a energia mágica que circula sob o solo.
Tudo parece calmo.
Mas o ar… não está normal.
Valentina (pensamento):
“Silêncio demais. Até para cá.”
Algo distorce a realidade. Do lado direito do corredor, uma estátua treme levemente — como se estivesse fora de foco.
O chão sob ela se deforma, como um espelho líquido.
Pétalas de flores flutuam… e depois queimam no ar sem motivo.
Efeitos sonoros: ZZZZZZZH—KRRRK
Seus olhos brilham.
A marca na perna acende como fogo pressionando a pele.
Ela sente antes de ver.
Valentina (pensamento):
“Não. Aqui não.
Aqui é sagrado...”
A realidade rasga em uma rachadura vertical, flutuante, com bordas tremeluzentes e negras, como vidro quebrado no espaço.
De dentro, uma sombra começa a sair rastejando, sem forma definida — apenas fome.
Narração:
“O Véu… rompeu.”
Dois alunos percebem tarde demais.
Um deles tenta conjurar um escudo, mas o feitiço se distorce, e a energia vira contra ele mesmo.
Gritando.
Pânico.
Ela dá dois passos à frente.
Estala os dedos.
Fios flamejantes surgem como chicotes da ponta dos dedos, e ela os lança para prender a rachadura.
Valentina (em voz baixa):
“Não enquanto eu estiver aqui.”
A criatura do Véu ataca com velocidade e sons indecifráveis, mas Valentina gira no ar, desviando com precisão, dançando entre ataques invisíveis.
Ela finca os fios na fenda e os puxa, selando temporariamente.
A fenda range, lutando para ficar aberta
Efeitos sonoros: CHRRRRRRRR—KKRRAAAAK
A rachadura vibra.
O chão ao redor racha.
Mas Valentina empurra com os dois braços cruzados, ativando o segundo selo — o da sua marca no ombro, que começa a brilhar agora também.
Valentina (gritando):
"FECHA"
A fenda se fecha com uma explosão de energia inversa.
O ar volta ao normal.
Folhas caem. Os alunos ainda estão paralisados.
Valentina está de pé no centro — em silêncio, respirando devagar.
Narração:
“Nem o sagrado é seguro.
O Véu já não respeita limites.”
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