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O sol da manhã mal despontava no horizonte do Rio de Janeiro, pintando o céu de tons alaranjados e rosados, mas Camila já estava de pé. Seus sete anos não a impediam de ter uma rotina definida, mesmo vivendo nas ruas.

Enquanto a maioria das crianças da sua idade sonhava com brinquedos e desenhos animados, a mente de Camila fervilhava com observações e cálculos. Seu QI, notavelmente alto para a idade, a fazia ver o mundo de uma forma que poucos adultos conseguiam.

Naquela manhã, seu "escritório" improvisado era um banco de praça próximo à Marina da Glória, um lugar que frequentava não apenas pela sombra fresca das árvores, mas pela proximidade com o mundo dos "grandes" que tanto a intrigava.

Os iates luxuosos balançavam suavemente na água, um contraste gritante com a sua realidade, mas ela os estudava, com a mesma curiosidade com que desvendava um quebra-cabeça complexo.

Foi então que seus olhos aguçados notaram algo incomum.

Na noite anterior, enquanto a cidade dormia e ela se abrigava sob um toldo rasgado, figuras sombrias haviam se movimentado ao redor de um dos maiores iates, o "Sea Serpent", pertencente a ninguém menos que Miguel Albuquerque.

Miguel, o bilionário do ramo de hotelaria, era seu anjo da guarda particular. Sempre que a encontrava, garantia que ela tivesse uma refeição quente e algumas horas de conversa, tratando-a com um respeito que raramente recebia.

Camila franziu a testa, as lembranças da noite anterior se encaixando como peças de um dominó... Sons abafados, lanternas piscando e um cheiro metálico que ela não conseguiu identificar na escuridão.

Parecia uma orquestra desafinada de sussurros e movimentos furtivos. Ela não era uma detetive, mas sua intuição, aguçada pela sobrevivência, gritava que algo estava muito errado.

E foi aí que o viu. Miguel, elegantemente vestido como sempre, caminhava em direção ao "Sea Serpent", o celular no ouvido, um sorriso cansado no rosto.

Ele parecia alheio a qualquer perigo, absorto em suas preocupações empresariais.

Um nó se formou na garganta de Camila. Ela precisava agir, e rápido. Seu coração batia descompassado enquanto ela reunia todas as suas forças e corria em direção a ele, ignorando os olhares curiosos dos poucos transeuntes matutinos.

- Tio... Tio por favor, não entre no iate! ela gritou, a voz fina, mas cheia de uma urgência que surpreendeu até a si mesma.

Miguel parou e se agachou, confuso, e virou-se para a pequena figura correndo em sua direção.

O sorriso cansado, se transformou em uma expressão de preocupação, ao ver o pânico nos olhos dela.

- Ele vai explodir! Eu vi.. eu vi eles mexendo essa noite... Camila ofegava, os pequenos pulmões ardendo, apontando para o iate com um dedo trêmulo.

Suas palavras, embora chocantes, carregavam a certeza de quem havia presenciado algo terrível.

Miguel, acostumado com a inteligência peculiar da menina, sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

Aquele não era um aviso qualquer!!

A visão de Camila apontando para o iate, o rosto miúdo contorcido em desespero, fez o sangue de Miguel gelar.

A mente lógica do empresário, acostumada a lidar com números e estratégias, demorou um instante para processar a magnitude do alerta da garota.

Mas a urgência em seus olhos e o tom inabalável da sua voz não deixavam dúvidas: ela não estava brincando!!

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Tenso hein?! O que será que vem por aí?

Já, já próximo capítulo! 📝💻

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Bjooos no coração ❤️

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A visão de Camila apontando para o iate, o rosto miúdo contorcido em desespero, fez o sangue de Miguel gelar.

A mente lógica do empresário, acostumada a lidar com números e estratégias, demorou um instante para processar a magnitude do alerta da garota.

Mas a urgência em seus olhos e o tom inabalável da sua voz não deixavam dúvidas: ela não estava brincando.

O problema era que, lá no convés do "Sea Serpent", sua família já o aguardava.

Sua esposa, Ana Clara, acenava com um sorriso, ajeitando os cabelos soltos pelo vento. Seus dois filhos, Pedro e Sofia, de nove e seis anos, respectivamente, corriam animados de um lado para o outro, já fantasiando com o mergulho em alto mar e o pôr do sol espetacular que os aguardava.

- Camila, o que você está dizendo? ,Miguel perguntou, sua voz baixa, quase um sussurro, enquanto se abaixava para ficar na altura da menina.

Tentava manter a calma, mas um frio na barriga o alertava.

Ele sabia que Camila não era uma criança qualquer. Ela era uma observadora aguçada, com uma memória fotográfica e uma capacidade de raciocínio que muitas vezes o surpreendia.

- Tio, eu juro! Eu vi pessoas estranhas se mexendo lá a noite toda. Eles estavam com umas caixas... e o iate fez uns barulhos esquisitos. Tiiio, eu acho que é uma bomba! Camila sussurrava de volta, os olhos arregalados, fixos no iate. Ela não se importava se parecia louca. Precisava salvá-lo. E, mais importante, precisava salvar a família dele.

Miguel olhou para o iate, depois para Camila, e então para sua família.

O tempo estava se esgotando. Ele não podia simplesmente ignorar o aviso, nem podia causar um pânico generalizado na Marina. Precisava ser rápido e discreto.

- Pai que aconteceu? Pedro gritou do iate, percebendo a demora do pai.

Miguel forçou um sorriso, tentando soar casual.

- Só um probleminha no meu celular, filho! Já estou indo!

Ele pegou a mão de Camila, um gesto que normalmente seria de carinho, mas agora era de urgência.

- Camila, você tem certeza absoluta do que viu? ele perguntou novamente, olhando-a nos olhos.

- Absoluta, tio! Eles estavam de preto, e tinham uns rádios... E um cheiro... de metal queimado!, ela detalhou, a voz embargada.

O cheiro de metal queimado. Aquilo acendeu um alerta ainda maior em Miguel.

Ele era um empresário perspicaz, e tinha contatos em vários setores, incluindo segurança.

- Ok, Camila. Você foi muito corajosa. Agora, preciso que você confie em mim, certo? Está vendo até aquele café ali? ele apontou para um quiosque movimentado, do outro lado da rua...

Tentando parecer calmo, continuou:

- E peça um suco de laranja bem gelado. Eu já te encontro, certo?

Camila hesitou, seus olhos grandes ainda fixos no iate.

- Mas e o iate, tio?

- Eu vou resolver. Mas preciso que você esteja em segurança. É importante! ele disse, apertando sua mão.

A menina, compreendendo a gravidade da situação, mas também a confiança que Miguel depositava nela, assentiu. Ela correu na direção do café, mas seus olhos continuavam fixos no iate.

Miguel virou-se para o "Sea Serpent". Ele não podia esperar pela polícia.

Ligou para seu chefe de segurança, um ex-agente da Swat chamado Marco, enquanto caminhava rapidamente em direção ao iate, tentando parecer despreocupado.

- Marco, preciso de você agora. Máxima urgência. Encontre-me no meu iate na Marina da Glória. E traga todos os equipamentos de varredura que puder. Suspeita de explosivos! Miguel sussurrou ao telefone, a voz firme, mas com uma tensão palpável.

Ao se aproximar do convés, Ana Clara sorriu. "Que demora, amor! As crianças estão impacientes para ver o pôr do sol."

- Estou com uma pequena dor de cabeça, Ana. Acho que vou adiar o passeio por hoje... Miguel improvisou, mantendo o sorriso, mas com os olhos fixos na escotilha do porão.

Ele não sabia o que encontraria, mas tinha certeza de uma coisa: o pôr do sol teria que esperar.

E a vida da sua família dependia da sua capacidade de agir rapidamente.

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Tenso hein,?!

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Obrigada por estarem comigo ❤️🙏✨️

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Bjooos 😘

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Miguel subiu a bordo do "Sea Serpent" com uma calma forçada, o sorriso colado ao rosto, enquanto Ana Clara e as crianças o cumprimentavam.

- Que pena, papai! Eu queria tanto ver o pôr do sol no mar... lamentou Sofia, os olhos azuis espelhando a desilusão.

- Teremos muitas outras chances, meu amor... Miguel respondeu, beijando o topo da cabeça da filha.

- Hoje, o mar não parece muito convidativo para um longo passeio. E estou com uma leve indisposição. Falou coçando a testa, ansioso e inquieto. Ana Clara percebeu.

Ele sabia que suas desculpas eram fracas, mas precisava tirar a família dali, antes que Marco chegasse e a situação se tornasse incontrolável.

- Mas o céu está tão lindo, Miguel... Ana Clara observou, estranhando a relutância do marido, que amava navegar.

- Sim meu amor, está lindo, mas as ondas estão... estão um pouco agitadas demais lá fora... ele improvisou novamente, gesticulando para um mar que estava, na verdade, perfeitamente calmo.

- Que tal um almoço especial em terra hoje? Podemos ir naquele restaurante novo que você queria conhecer, Ana!! sugeriu.

A menção do restaurante favorito de Ana Clara, conseguiu desviar a atenção dela e as crianças temporariamente, com a promessa de uma pizza gigante, logo se animaram.

Miguel deu um suspiro de alívio, observando sua família desembarcar. Ele ficou para trás, inventando que precisava resolver um problema com a tripulação.

Mal sua família se afastou o suficiente, o celular de Miguel vibrou. Era Marco.

- Cheguei, chefe. Onde está você?, a voz grave do segurança soou do outro lado da linha.

- Estou no iate. Venha discreto, traga a equipe de varredura e os equipamentos. RÁPIDO!!!! Miguel instruiu, sua voz ganhando uma urgência que ele havia contido diante da família.

Minutos depois, Marco, um homem corpulento com cicatrizes de batalhas passadas e um olhar penetrante, subiu a bordo com dois de seus homens.

Eles carregavam maletas discretas, mas cheias de tecnologia de ponta.

- Qual é a situação, chefe? A garota estava muito assustada quando passou por mim... Marco perguntou, os olhos atentos varrendo o convés.

Miguel explicou rapidamente o relato de Camila, a tensão voltando a tomar conta de seu corpo.

- Ela viu uma movimentação estranha à noite, disse que mexeram no iate e sentiu cheiro de metal queimado. Eu confio nela, Marco. O QI da Camila é impressionante, ela percebe coisas que ninguém mais vê!!

Marco assentiu, sem questionar.

Ele conhecia a fama de Camila e a capacidade de Miguel de identificar pessoas fora do comum.

- OK!

- Homens, sem tempo a perder. Dividam-se. Um no convés, outro na sala de máquinas e eu no porão. Prioridade total para qualquer coisa que pareça fora do lugar. Procurem por dispositivos, fios, qualquer alteração na estrutura. E CUIDADO EXTREMO!!

Os três homens se espalharam, o silêncio do iate sendo preenchido apenas pelos bipes sutis dos equipamentos de varredura.

Miguel acompanhava Marco, a cada passo sentindo seu coração apertar. A imagem de seus filhos correndo alegres no convés, alheios ao perigo iminente, ainda assombrava seus pensamentos.

De repente, um som abafado de interferência ecoou do equipamento de Marco. Ele parou, o olhar fixo em um dos painéis de controle no porão.

- BINGO! ele sussurrou, a voz tensa.

- Parece que a garota estava certa!

O dispositivo de varredura apitava com mais intensidade, indicando a presença de material explosivo.

Miguel sentiu um calafrio percorrer a espinha.

O perigo era real. E estava bem ali, sob seus pés!

O apito agudo do detector de Marco perfurou o silêncio tenso do porão. Miguel sentiu o ar rarear em seus pulmões.

- CHEFE AQUI!!.. encontrei algo!

- Onde, Marco? Exatamente onde? perguntou, a voz quase inaudível, os olhos fixos no painel onde o aparelho apontava.

Marco moveu a mão com precisão, revelando um compartimento oculto atrás de algumas tubulações.

E ali, presa de forma engenhosa à estrutura do iate, estava uma caixa metálica escura com fios expostos e, para o horror de Miguel, um pequeno visor digital que exibia números em contagem regressiva.

00:09:47

E contando... ⏰️

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Capítulo tenso hein?! Será que vai dar tempo sair?? Ai, ai, ai...

Nos vemos no próximo capítulo!! ❤️

Obrigada por estarem aqui!!

Bjooos 😘😘