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A Chef Renascida e o Imperador Gourmet

Capítulo 1: O Último Suspiro

O aroma da trufa branca recém-laminada flutuava no ar, misturando-se com o perfume delicado do consommé de lagosta. Naquela cozinha de aço inoxidável e luzes LED cintilantes, Liana, a Chef Estrela do renomado restaurante 'Étoile Gastronomique', era uma figura de precisão absoluta. Suas mãos, ferramentas de uma artista, pairavam sobre o último prato da noite, delicadamente posicionando um micro-broto violeta. Um sorriso de satisfação quase perfeito curvava seus lábios. Mais um serviço impecável, ela pensou, sentindo o familiar pico de adrenalina. O sabor... é a alma de tudo.

Mas, de repente, algo não estava certo. Uma leve pontada começou na têmpora, transformando-se rapidamente em uma dor lancinante. Sua mão, que minutos antes desenhava arte com perfeição, começou a tremer incontrolavelmente. O broto violeta escorregou e caiu sobre a superfície polida.

A visão de Liana se distorceu. As luzes da cozinha se alongaram em borrões cegantes, os gritos abafados de seus chefs auxiliares soaram distantes, como ecos em um túnel. Ela levou a mão à cabeça, apertando-a com força, mas a tontura era esmagadora. Não... não agora... estou tão exausta... O chão subiu para encontrá-la. O prato perfeito, fruto de horas de trabalho, escorregou e se estilhaçou em mil pedaços, seu som abafado pela escuridão que a engolia. Não pode ser... assim...

Então, o vazio. Um silêncio opressor, apenas com murmúrios distantes e ininteligíveis. Quando Liana conseguiu, com um esforço hercúleo, abrir os olhos novamente, o mundo era... diferente.

Acima dela, um teto de madeira áspera e escura, rachado e manchado, substituía o branco impecável de sua antiga vida. Tentou mover um braço, mas sentiu uma dor aguda. Olhou para a mão que tentava levantar: era pequena, pálida, marcada por uma série de hematomas roxos e amarelados no pulso. Este... não é o meu braço. Não são minhas mãos...

Uma onda de fraqueza e dor física a atingiu. Ela estava deitada em um catre simples, coberta por um cobertor puído. Mas, mais avassalador que a dor, era o tormento emocional. Uma enxurrada de memórias e sentimentos, não seus, inundou sua mente: a humilhação constante, o desprezo da família, a profunda sensação de inutilidade e solidão. Eram as memórias de Elara, a adolescente cujo corpo ela agora ocupava, se misturando dolorosamente com as suas.

Um cheiro. Forte, mas insípido, denso e gorduroso, pairava no ar. Seus olhos focaram em uma tigela de barro, onde uma sopa amarela e sem brilho fumegava. Para o seu paladar de chef, era um insulto. Isso... isso é comida?! Não há cheiro de caldo rico, nem ervas... é apenas gordura e água. Um insulto ao paladar!

A porta rangeu, e uma mulher de meia-idade, de rosto endurecido e vestes surradas, entrou com uma jarra. Ela mal olhou para Liana. "Acordou, finalmente. Pensei que fosse morrer de vez dessa vez. Pelo menos isso nos pouparia trabalho."

Liana tentou falar, a voz fraca e rouca. "O-onde... estou...? Quem... é você...?"

A mulher soltou um suspiro de impaciência. "Onde mais? No seu quarto, é claro! E pare de bobagem. Levante-se. Temos visitas importantes amanhã. Não traga mais vergonha para a família." Ela saiu, fechando a porta com um baque seco, deixando Liana sozinha novamente.

As palavras da mulher ecoaram, misturando-se às memórias de Elara. 'Não traga mais vergonha'...? 'Inútil'...? Que tipo de mãe diz isso? Lágrimas escorreram, mas eram as lágrimas represadas de anos de negligência e dor de Elara. Liana abraçou o próprio corpo trêmulo. Essa dor... não é só a minha. Ela... ela me odeia. Este corpo... foi maltratado...

Não conseguiu tocar na sopa. A aversão era física. Arrastando-se para fora da cama, com os pés descalços tocando o chão frio de terra batida, ela cambaleou pelos corredores empoeirados da casa, um mausoléu de glória passada. A vista pela janela era desoladora.

Então, um vislumbre. Nos fundos da propriedade, escondido por arbustos e muros caídos, havia um jardim completamente abandonado. Para a maioria, ervas daninhas. Para Liana, uma revelação. Espera... isso é... Lavanda Selvagem? E aquela... é uma variante rara de Tomilho Dourado! São raras até no meu mundo!

Com um foco que há muito não sentia, Liana colheu as ervas. O aroma era limpo, puro. Talvez... talvez eu possa fazer algo com isso. De volta à cozinha rudimentar da casa, ela lutou com o fogão a lenha, com panelas de ferro pesadas, suas mãos, antes precisas, agora desajeitadas. Uma faca cega quase lhe cortou o dedo. Isso é ridículo! Minhas habilidades... não valem nada aqui! Deveria ter estudado... diplomacia? Economia? Qualquer coisa menos cozinhar!

O resultado foi um desastre cômico. Fumaça escura, uma gororoba carbonizada. Liana tossiu, o rosto sujo de fuligem, com um olhar de pura derrota. Inútil. Eu sou completamente inútil.

A porta da cozinha se abriu bruscamente. A mãe de Liana estava ali, o rosto contorcido de raiva. "O que está fazendo agora, sua inútil?! Queimando a comida? Já não basta ser um fardo, agora vai destruir o pouco que temos?!"

Liana encolheu-se, o corpo tremendo, as memórias de Elara de ser repreendida e atingida inundando-a. Ela fechou os olhos com força, uma lágrima solitária escorrendo. Eu... eu não aguento mais isso... Não há escapatória...

Capítulo 2: O Ultimato

Os dias que se seguiram àquela tentativa desastrosa na cozinha foram um borrão de humilhação e desespero para Liana. A culpa por sua aparente inutilidade neste novo mundo corroía-a por dentro. As palavras cruéis de sua "mãe" ressoavam constantemente, misturando-se com as memórias de Elara de ser chamada de "fardo" e "sem talento". Eu era uma chef renomada, Liana se lembrava com uma pontada de agonia. E agora sou... isto. Não consigo nem acender um fogo direito.

A decadência da família, outrora motivo de murmúrios discretos, tornara-se o tema principal dos salões da corte. Notícias sobre a iminente ruína financeira dos Barões de Valerius se espalhavam como fogo em palha seca. Com a voz trêmula, ouvia seus novos "pais" discutirem planos desesperados para salvaguardar o que restava de seu prestígio. A solução, eles concluíram com frieza calculista, repousava sobre os ombros magros e "inúteis" de Elara.

"Não temos outra escolha, meu caro," a Baronesa dizia ao Barão, sua voz azeda, enquanto Liana ouvia escondida atrás de uma porta lascada. "O Lorde Grimsby nos fará um favor. Ele tem terras, mesmo que sejam pantanosas, e o dote... será o suficiente para cobrir as dívidas do último ano."

Liana sentia um calafrio percorrer sua espinha ao ouvir o nome "Lorde Grimsby". As memórias de Elara sobre o homem eram vívidas e aterrorizantes: um nobre idoso, obeso, com olhos luxuriosos e uma reputação de crueldade. O desespero da Liana chef, acostumada a ter controle total sobre seu destino, colidia com o pânico paralisante da Elara adolescente. O casamento forçado era uma prisão ainda pior do que a casa decadente.

"Mas a menina... ela é tão desajeitada," o Barão suspirava, como se estivessem falando de um animal de estimação indesejável. "E sem nenhum talento para enfeitar seu dote. Ninguém a quererá."

Uma ideia surgiu então, nas discussões de seus pais, uma última e humilhante cartada: levá-la à capital, apresentá-la na corte. Não para casá-la com um grande lorde, mas para "despachá-la" em alguma posição menor no palácio, ou quem sabe, impressionar algum nobre de menor escalão, usando-a como uma moeda de troca, por mais insignificante que fosse. Seria uma exibição de seu "fardo", uma tentativa desesperada de "se livrar" dela de forma honrosa.

A viagem à Capital Imperial foi um choque sensorial para Liana. A cidade era um redemoinho de cores, sons e uma energia vibrante que ela não via desde sua vida anterior. Mercados repletos de produtos estranhos, embora o cheiro de carne crua e especiarias desconhecidas ainda fosse, para ela, uma cacofonia desorganizada. Tanta matéria-prima desperdiçada, pensava ela, com seus olhos de chef esquadrinhando cada barraca, notando a ausência de técnicas de conservação e preparo adequadas.

Seus pais, contudo, estavam mais preocupados em mantê-la na linha. Liana era constantemente repreendida por sua "falta de modos" e por olhar demais ao redor. "Não estrague isso, Elara," sua mãe sibilou em um ponto, puxando-a pelo braço. "Sua única utilidade é não nos envergonhar mais do que já estamos." As palavras eram farpas que se alojavam nas feridas abertas de Elara, e Liana sentia cada pontada.

A imponência do Palácio Imperial a sobrecarregou. Torres de pedra branca que pareciam tocar o céu, jardins meticulosamente cuidados (embora sem o encanto selvagem do seu refúgio secreto), portões adornados com ouro. Era um mundo de luxo e poder, completamente alheio à miséria da maioria do reino, e à sua própria, recente, condição.

A culinária da capital, embora mais elaborada que a de sua casa, ainda era decepcionante. Liana viu banquetes opulentos com pratos visualmente grandiosos, mas que, ela sabia instintivamente, eram insossos e pesados. Não havia equilíbrio, finesse, nem a alma que ela sempre buscou na comida. O Imperador Theron, um jovem monarca de semblante entediado, era famoso por sua exigência gastronômica. Um paladar que nunca foi realmente desafiado, Liana observava, com uma pontada de desprezo profissional.

O dia da audiência chegou. A grande sala do trono era uma tapeçaria de cores e joias, cheia de nobres sussurrantes e intrigantes. Liana, em um vestido simples e desbotado que mal disfarçava sua magreza, foi puxada para frente de seus pais. O coração de Elara batia descontroladamente, enquanto Liana sentia uma estranha calma, como a que precedia o serviço de um grande jantar. Ela ergueu os olhos.

Lá estava ele. O Imperador Theron. Jovem, de fato, talvez pouco mais velho que Liana. Seus olhos, de um tom incomum de ônix, transmitiam uma melancolia profunda, um tédio quase palpável que irradiava de sua postura reclinada no trono. Ele parecia ver o mundo como uma série de obrigações tediosas.

Seus pais começaram a falar, suas vozes carregadas de desespero e falsa humildade, lamentando a "falta de virtudes" de sua filha. "Vossa Majestade, ela é... uma jovem de poucas qualidades óbvias," a Baronesa gaguejava, com a voz esganiçada. "Sem aptidão para a magia... para a esgrima... e na corte, ela... bom, ela é um fardo, Vossa Majestade."

Um murmúrio de desaprovação percorreu a corte. Um nobre espiava para Liana, com um sorriso de escárnio. Humilhante, a mente de Liana gritava, sentindo as bochechas de Elara queimarem.

De repente, os olhos do Imperador Theron pousaram sobre ela. Não com desprezo, mas com uma curiosidade inesperada. Seus lábios se moveram. A voz dele era baixa, mas ressoou em todo o salão silencioso, carregada de um tédio que fazia Liana ranger os dentes.

"Então," o Imperador começou, endireitando-se ligeiramente no trono, seus olhos fixos nos dela. "É como seus pais dizem? Você não tem nenhum talento digno de nota?"

O silêncio foi absoluto. Os pais de Liana prenderam a respiração, tensos. Liana sentiu o peso de centenas de olhos sobre ela. A dor das memórias de Elara, a vergonha, a sensação de ser uma completa inútil, tudo a sufocava. Mas então, a mente de Liana, a chef, assumiu o controle. Uma pequena faísca de desafio acendeu-se nela. Ela havia prometido a si mesma que não seria mais o fardo. Que não se curvaria.

O Imperador continuou, com uma nota de impaciência em sua voz, mas também com um brilho quase divertido em seus olhos de ônix. "Se não tem nenhum talento, então mostre-me do que é capaz, garota. Qualquer coisa. Se não puder nem isso, então não há lugar para você em minha corte, ou em qualquer outra."

As palavras do Imperador, embora frias, eram um desafio direto. Um convite. Liana sentiu um turbilhão de emoções: medo do fracasso, pânico pela vida de Elara, mas, acima de tudo, uma súbita e ardente inspiração. Seus olhos percorreram o salão, o ar, sentindo os aromas e a energia. Podia ser um inferno de culinária, mas era ainda culinária. Ela podia fazer isso. Ela tinha que fazer.

Capítulo 3: A Nova Chef e as Sombras do Palácio

O desafio do Imperador Theron ecoou na grande sala do trono, silenciando os sussurros da corte. "Mostre-me do que é capaz." Para a maioria, era uma sentença humilhante. Para Liana, contudo, foi um relâmpago de clareza, a única linguagem que ela verdadeiramente compreendia. A culinária. Seu propósito, mesmo neste mundo desolado, ainda a chamava.

Um aceno do Imperador, e Liana foi conduzida por um ajudante pálido e apressado para uma área adjacente ao salão do trono: uma cozinha menor, de emergência, utilizada para refeições rápidas da realeza. Era mais limpa que a de sua casa, mas ainda assim primitiva pelos seus padrões. Uma bancada de madeira gasta, um fogão a lenha fumegante e algumas panelas de ferro pesadas.

Ingredientes, sua mente de chef berrou, ignorando o pânico da Elara adolescente. Eu preciso de ingredientes.

O ajudante, ainda tremendo ligeiramente, apontou para uma cesta com alguns itens básicos: batatas marrons, cebolas murchas, um punhado de ovos, um pão duro e um pequeno pedaço de queijo. Nada mais. Liana sentiu um aperto no estômago. Sem especiarias? Sem ervas frescas? Nem um bom azeite? Como eu vou...? A dúvida, a autodepreciação ("Deveria ter estudado outra coisa!") ameaçaram tomar conta. Mas então, os olhos gélidos do Imperador Theron reapareceram em sua mente. Ele está entediado. Ele precisa de algo inesperado. Algo que o choque.

Ela pegou uma batata, sentindo sua aspereza. Ovos. O pão. Ingredientes humildes, mas honestos. A chave era a transformação. Não a abundância, mas a técnica. Um flash de memória de um café da manhã simples que sua avó fazia na infância, com ovos perfeitamente mexidos e pão torrado. Algo básico, mas feito com alma.

Com as mãos que antes eram desajeitadas, mas agora se moviam com uma nova, embora ainda incerta, destreza, Liana começou a trabalhar. Ela rasgou o pão em pedaços, umedecendo-o levemente. Bateu os ovos com força, incorporando ar até que estivessem leves e quase espumosos – uma técnica que parecia mágica neste mundo. Usou o queijo, que era de qualidade questionável, para adicionar um toque de salinidade e gordura. No fogão a lenha, que ela conseguiu controlar com uma persistência teimosa, aqueceu uma das panelas de ferro até o ponto certo. A fumaça ainda era um problema, mas ela se concentrou no que podia controlar.

O cheiro começou a se espalhar. Não era o aroma complexo de um prato gourmet, mas um cheiro reconfortante, de pão quente e ovos. O ajudante, que antes a observava com ceticismo, ergueu uma sobrancelha, intrigado.

Em poucos minutos, ela tinha seu prato. Um montinho dourado de ovos cremosos, repousando sobre pedaços de pão ligeiramente tostados, com o queijo derretido. Simples. Mas a textura, o ponto de cocção, o aroma... Era tudo que a culinária daquele mundo não era. Pura. Honesta. Confortante.

Liana pegou a tigela de barro, que parecia inadequada para a pequena obra-prima, e a levou de volta ao salão do trono, as mãos firmes apesar do coração batendo forte. A corte inteira parecia ter parado de respirar.

Ela se ajoelhou diante do trono, estendendo a tigela. "Vossa Majestade," sua voz, agora mais clara e confiante do que jamais fora como Elara, "um desjejum simples. Mas feito com o que pude encontrar, e com o coração."

Theron, que até então mantivera uma expressão de tédio inabalável, olhou para o prato. Seus olhos de ônix, antes opacos, mostraram uma faísca de interesse. Ele pegou a colher, hesitou por um momento, e então levou a primeira porção à boca.

O silêncio na sala era tão denso que se podia cortar com uma faca. Os olhos de Theron se arregalaram. Seus músculos faciais, antes relaxados em uma máscara de indiferença, contraíram-se em uma mistura de surpresa, deleite e pura, inebriante, alegria. Um tremor quase imperceptível percorreu seu corpo. Ele mastigou lentamente, saboreando cada migalha, como se estivesse desvendando um segredo milenar.

Este sabor... ele pensou, e o pensamento de Theron se expandiu para a corte através de sua aura alterada. O sabor de ovos, mas não apenas ovos. Era cremosidade aveludada, um toque de sal na medida certa, a maciez do pão absorvendo cada gota de sabor. Era algo familiar, mas ao mesmo tempo revolucionário. Era vida.

Ele pegou outra colherada. E outra. Sua máscara de tédio havia desaparecido completamente, substituída por uma euforia quase infantil. Os nobres murmuravam, descrentes. Seus pais, congelados, alternavam olhares de choque e confusão.

Theron limpou os lábios com as costas da mão, um gesto incomum para um Imperador. Ele fixou os olhos em Liana. Não havia mais tédio neles, apenas uma intensidade que a fez tremer.

"Você..." a voz de Theron era rouca, ainda sob o efeito do sabor. "Quem... quem te ensinou a fazer isso?"

Liana hesitou por um momento. As memórias de Elara, de ser castigada por mentir, colidiam com a sua própria necessidade de proteger seus segredos. "Ninguém, Vossa Majestade. Apenas... observações. E a paixão pelo que é bom."

Um sorriso lento e enigmático surgiu nos lábios de Theron, o primeiro que Liana vira. "Paixão, você diz. Uma paixão que pode criar tal milagre com ingredientes tão humildes." Ele se levantou do trono, uma ação rara. "Que assim seja. Você não é 'sem talento', Lady Elara. É um tesouro. Está nomeada chef pessoal da Cozinha Imperial, com efeito imediato."

Um burburinho ensurdecedor irrompeu na corte. Inveja, choque, fúria e confusão dançavam nos rostos dos nobres. Os pais de Liana caíram de joelhos, divididos entre o alívio e a incompreensão. Liana sentiu uma onda de exaustão, mas também um triunfo agridoce. Sua maldição se tornara sua salvação. O jogo havia mudado. E ela estava bem no centro dele.

Os dias seguintes foram um turbilhão. Liana foi instalada em aposentos luxuosos, um contraste absurdo com a decadência de sua antiga casa. Mas a sensação de ser uma figura estranha, um ET em seu novo mundo, persistia. Ela tinha um Imperador a alimentar e uma cozinha inteira de inimigos para enfrentar. A batalha pela culinária e pelo seu lugar no mundo apenas começava. Ela ainda sentia o peso das memórias de Elara, a insegurança, o medo de não ser o suficiente, mas a vitória, mesmo que pequena, a impulsionava. Ela seria uma Chef neste mundo, não importasse o quão primitivo ele fosse.

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