A escola inteira parecia se mover em torno dele.
Leon, o alfa mais popular do segundo ano, passava pelos corredores como se fosse dono do mundo. Alto, corpo atlético, o uniforme do colégio justo nos braços musculosos e os olhos escuros sempre semicerrados, com aquele ar de perigo e provocação que fazia metade da escola suspirar.
No braço dele, como sempre, estava Helena, a garota beta mais bonita do colégio. Alta, cabelos lisos, unhas feitas, sorriso calculado. Oficialmente, eram o casal perfeito. Helena sabia disso. E Leon também.
Mas naquele dia, enquanto caminhavam em direção à sala, os olhos do alfa escorregaram discretamente para alguém mais à frente...
Theo.
O ômega mais fofinho e desejado da escola. Baixinho, pele clara, cabelo platinado um pouco ondulado, os olhos grandes como os de um coelho assustado. Sempre usava meias até o joelho, gravatinha solta no pescoço e um brilho doce no rosto que confundia todos — exceto Leon.
Porque Leon sabia o que havia por baixo daquela aparência meiga.
Theo era seu amante.
Seu segredo mais perigoso.
E naquela manhã, Theo não parecia nada inocente.
Ele estava encostado no bebedouro, chupando um pirulito vermelho com a língua passando lenta demais pela bala, como se soubesse exatamente o que aquilo causava. Os olhinhos encontraram os de Leon por menos de dois segundos... mas foram dois segundos suficientes pra incendiar algo por dentro do alfa.
E então Theo virou de costas, rebolando levemente enquanto caminhava para a sala.
Leon quase rosnou.
As aulas começaram. A professora de história falava sobre guerras antigas, mas Leon não conseguia prestar atenção. Theo estava duas fileiras à frente, e mexia no cabelo de um jeito displicente. A nuca do ômega exposta, o cheiro doce demais… intoxicante. Leon sentia o cio se acender mesmo fora de época.
Helena segurava sua mão em cima da mesa, mas ele mal sentia.
Quando o sinal do intervalo tocou, Theo saiu rápido. Não sem antes deixar cair — de propósito — um papel dobrado ao lado da mochila de Leon.
O alfa pegou. E leu.
“Banheiro do terceiro andar. Agora.”
Leon entrou no banheiro vazio, a porta batendo atrás dele com força.
— Achei que ia demorar — veio a voz doce de Theo, saindo de uma das cabines.
Mas ele não estava usando o uniforme por completo. A camisa estava desabotoada, a gravata solta. O peito exposto, arfando levemente, e os olhos brilhando como se estivesse em brasa.
Leon trancou a porta e caminhou até ele, rápido, como um predador.
— Você tá pedindo pra eu te marcar aqui mesmo, é isso?
Theo deu um sorrisinho.
— Não vai ter coragem. Vai correr pra Helena quando eu começar a gemer?
Leon agarrou o ômega pela cintura e o prensou contra a parede da cabine, a respiração pesada, a boca colada ao pescoço alheio.
— Você me provoca assim... e ainda acha que vou pegar leve?
Theo soltou um gemido curto quando Leon puxou sua gravata com força, prendendo seus braços acima da cabeça.
— Então me mostra o quanto você quer esconder esse nosso segredo — Theo sussurrou, mordendo o lábio inferior.
Leon mordeu o pescoço do ômega, deixando marcas roxas visíveis, enquanto suas mãos desciam pelo corpo dele, segurando firme suas coxas.
— Você é só meu, Theo. Meu brinquedo escondido. — O alfa rosnou, e empurrou as pernas do ômega para o lado, com brutalidade controlada.
Theo arfava, os olhos marejando de prazer. Suas mãos ainda presas pela gravata, o corpo rendido.
A calça uniforme dele foi abaixada com um puxão, e em segundos, o som abafado de suspiros e estalos ecoava pela cabine. Theo se contorcia, gemendo o nome de Leon baixinho, enquanto o alfa o preenchia fundo, possessivo, como se quisesse deixá-lo marcado por dentro também.
— Mais... mais... — o ômega sussurrava, e Leon obedeceu.
A marca da cintura, as costas suadas coladas na parede, o cheiro deles se misturando, enchendo o banheiro. Tudo era errado. Se fossem pegos, estariam ferrados. Mas o risco só deixava mais quente.
Quando saíram, dez minutos depois, Theo ajeitava os cabelos, as bochechas vermelhas demais. Leon passou direto por ele no corredor, voltando ao lado de Helena.
Mas Theo sorriu sozinho.
Porque aquela noite... era dele.
Ele ia dormir com a marca do alfa mais desejado do colégio ainda latejando entre as pernas.
E isso era só o começo.
O sinal tocou anunciando o fim do intervalo, mas o clima no colégio ainda parecia carregado de eletricidade.
Theo caminhava pelo corredor principal com aquele jeito meio despretensioso, aquela aura inocente que engana qualquer um. A gravata torta, o uniforme meio desabotoado, a mochila pendurada num ombro só — mas, principalmente, o olhar que desafiava, sutil, na direção de quem sabia exatamente o que aquilo significava.
Leon estava na sala, sentado na carteira do meio, já encarando a porta com uma mistura de impaciência e desejo. Ao ver Theo entrar, seu peito apertou de uma forma que não conseguia controlar. Aquele ômega doce e provocante era a sua fraqueza.
Helena, do lado de Leon, não fazia ideia do que acontecia por trás daquele olhar. Sua mente estava ocupada demais com o último post no Instagram para perceber que seu namorado só tinha olhos para outro.
Theo passou de um jeito calculado perto de Leon, encostando o braço na carteira dele, roçando os dedos discretamente. Um leve sorriso sacana curvou seus lábios, e Leon mal conteve um rosnado abafado.
Enquanto a professora começava a falar, Theo baixava lentamente o zíper da calça só o suficiente para deixar a marca de um dedo no tecido, quase imperceptível para os olhos alheios.
Leon sentiu um fogo crescer dentro dele. Sabia que não podia fazer nada ali, na sala cheia de gente, mas a ideia de dominar Theo mesmo assim o deixava louco.
O intervalo seguinte seria a hora da marcação.
No banheiro, como da última vez, o mundo se reduzia a eles dois. Leon não precisava de palavras, seus olhos escuros e intensos diziam tudo.
Ele agarrou Theo contra a parede, os lábios encontrando o pescoço macio do ômega. A marca deixada ali seria invisível para os outros, mas cada traço do toque carregava uma mensagem clara: "Você é meu."
Theo se entregava, gemidos abafados escapando por entre os dentes. Leon deslizou a mão por baixo da camisa dele, sentindo o coração acelerar, o corpo se curvar de desejo.
Helena, do lado de fora, ainda não desconfiava de nada. Para ela, o namoro perfeito continuava exatamente como sempre fora.
Mas para Leon e Theo, aquela dança perigosa apenas começava.
O calor dentro da sala de aula parecia mais forte que o normal. Talvez fosse o verão. Ou talvez fosse o maldito short justo que Theo estava usando naquela manhã.
Era parte do uniforme de educação física, sim. Mas ninguém jamais usava daquela forma. A barra terminava muito acima das coxas, revelando pele demais para um “ômega fofo e inocente”.
Mas era exatamente esse o truque.
A camisa do colégio estava levemente colada no corpo, com dois botões abertos. E a gravatinha frouxa fazia com que o conjunto parecesse acidental, quase como se Theo tivesse apenas se vestido às pressas — quando, na verdade, ele sabia muito bem o que estava fazendo.
Leon entrou na sala e congelou ao ver a cena.
Theo, com o cabelo meio molhado, provavelmente do banho pós-educação física, estava curvado sobre a carteira, mexendo no caderno com a bunda empinada. As meias três-quartos completavam o quadro do inferno pessoal de Leon.
Helena sorriu e beijou a bochecha do alfa, totalmente alheia à tensão no ar.
— Você tá estranho hoje — comentou ela, mexendo no celular. — Dormiu mal?
Leon grunhiu algo incompreensível. Seus olhos estavam cravados em Theo.
Durante a aula, Theo se virava para trás várias vezes, fingindo pedir borracha, apontador, o tempo, qualquer coisa — cada vez se inclinando mais, cada vez com um sorriso mais doce.
Mas seus olhos brilhavam de malícia.
Leon estava no limite. As unhas pressionadas contra a madeira da carteira, os dentes cerrados. Ele precisava sair dali. Ou ia fazer uma loucura.
Quando o sinal do segundo intervalo tocou, Theo levantou rápido e saiu da sala, caminhando pelo corredor com passinhos leves.
Leon foi atrás.
Mas não pro refeitório. Não pro pátio. Ele conhecia aquele joguinho. Sabia onde Theo estava indo.
**
O depósito de materiais do andar de baixo estava vazio. Silencioso. Trancado por fora — mas Theo já tinha destravado a maçaneta.
Quando Leon entrou, trancou a porta atrás de si com um estalo.
— Você tá me testando — rosnou, se aproximando como uma fera.
Theo estava encostado na parede entre caixas de livros, com a camisa levemente suada grudando no peito. Os olhos grandes e inocentes… e a boca vermelha demais.
— Eu? — disse ele, com a voz mansa. — Tô só com calor. É verão, né?
— Você quer ser marcado aqui mesmo?
— Você teria coragem?
Leon não respondeu. Ele avançou.
Em segundos, Theo estava prensado contra as caixas, os braços erguidos acima da cabeça, presos pelos pulsos firmes do alfa. Leon colou o corpo contra o dele, sentindo o calor, o cheiro doce do ômega, o perfume frutado misturado com o suor.
— Tá tão suado… — Leon lambeu o pescoço dele, sentindo o corpo do menor se arrepiar. — Veio aqui me provocar só pra ser fodido?
— Talvez… — Theo sussurrou, arfando.
Leon mordeu o pescoço dele, deixando marcas roxas. As mãos deslizaram por baixo do short curto, apertando as coxas macias.
— De joelhos. Agora.
Theo se ajoelhou, ofegante, e abriu o cinto de Leon com os dentes, os olhos cheios de malícia. O som do zíper baixando ecoou pelo depósito abafado.
— Vai com calma — Leon rosnou. — Ou eu vou gozar antes de te marcar.
Theo riu baixinho, e envolveu a base com a boca quente, sugando com vontade. Leon gemeu, os dedos afundando nos fios platinados.
— Maldito… — ele sussurrou, a cabeça batendo contra a parede. — Você faz isso melhor do que qualquer beta.
— Porque eu sou seu — Theo murmurou entre uma lambida e outra, os olhos brilhando.
Leon o puxou de volta, virando-o de costas contra as caixas, puxando o short e a cueca para baixo de uma vez só. Theo arfou alto, os joelhos tremendo.
— Tá pronto pra mim, hein? Sempre tão molhadinho.
Leon entrou de uma vez, sem aviso, fundo. Theo gritou abafado, os dentes cravando no próprio pulso pra não gemer alto demais.
— Shhh… — Leon murmurava, metendo fundo, firme, com raiva, com fome. — É isso que você queria?
Theo choramingava, o corpo inteiro se rendendo.
— Sim… marca… marca logo…
Leon cravou os dentes na nuca dele, gemendo forte, sentindo o gosto do sangue, o vínculo se formar. Theo arqueou, o corpo tremendo inteiro com o impacto da marcação.
E quando os dois chegaram ao clímax, quase ao mesmo tempo, o calor parecia ferver dentro da pequena sala abafada.
Minutos depois, Theo limpava o canto da boca com o dedo e ria baixinho, as pernas ainda tremendo. Leon arrumava o cabelo no reflexo da janela suja.
— Tá ferrado, agora — Theo disse. — Me mordeu mesmo.
— Você provocou. Vai andar com essa marca até o fim do semestre.
— E a Helena?
Leon suspirou.
— Vai achar que eu tô estressado por causa das provas. Como sempre.
Naquele dia, Helena perguntou se Leon estava resfriado.
— Você tá suando, amor — disse ela. — Tá com febre?
Leon olhou para Theo, que passou correndo no corredor, usando o mesmo short safado.
— Deve ser o calor — respondeu o alfa, com a voz rouca.
Mas ninguém precisava saber que o calor vinha de outro lugar.
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