Sob O Céu De Seul
Silêncio No Café Hanok
Três dias passaram-se desde a noite no beco. O cheiro do sangue ainda parecia grudado na pele de Seo-jin, mesmo depois de tantos banhos. A memória dos olhos arregalados do homem caído no chão, a arma tremendo na sua mão, e Ji-hoon, parado atrás dela, mudo, assistindo a tudo. Mas naquela manhã, tudo estava calmo. O Café Hanok ficava escondido entre as vielas tranquilas de Bukchon. Com os seus móveis de madeira clara e lanternas de papel, parecia um lugar retirado de outro tempo. O lugar que fazia parecer que o mundo ainda era puro.
Seo-jin observava o vapor que subia da sua xícara de chá de jasmim, como se nele houvesse respostas. Ji-hoon estava à sua frente, a cabeça baixa sobre um caderno velho. Não escrevia. Só rabiscava. Linhas tortas, sem direção.
Yun Seo-Jin
Devia estar na escola (disse ela, em tirar os olhos da fumaça)
Yun Ji-hoon
Eu devia não ter constatado o que vi
A resposta veio rápida, cortante...
Seo-jin ergueu os olhos. Ji-hoon não estava bravo. Ele só estava... quebrado. Como ela.
Yun Ji-hoon
Aquele homem… ele morreu, não foi?
Ela não respondeu. Em vez disso, deslizou a mão até tocar levemente os dedos do irmão.
Yun Seo-Jin
Confia em mim?
Yun Ji-hoon
Confiar difere de entender, noona.
O sino da porta tocou.
Ambos viraram ao mesmo tempo.
O homem que entrou era alto, com um terno escuro perfeitamente ajustado. Nenhuma expressão no rosto, exceto os olhos – frios, porém familiares
Ele caminhou até a mesa como se estivesse em casa. Parou diante deles, encarando Seo-jin
Ele caminhou até a mesa como se estivesse em casa. Parou diante deles, encarando Seo-jin.
Han Dae-Hyun
Min-jae quer la vê (disse). Só você.
Ela não disse nada. Mas o que veio foi um arrepio. Uma lembrança. A primeira vez que Dae-hyun a levou até Min-jae. A primeira vez que segurou a sua mão... e depois, a primeira vez que apontou uma arma para ela.
Yun Seo-Jin
Ele não muda, Dae-hyun.
Han Dae-Hyun
Nem você, Seo-jin.
Ji-hoon apertou o caderno com força, como se fosse uma arma.
Yun Seo-Jin
Ji-hoon • murmurou Seo-jin.
Dae-hyun encarou o garoto. Não com ameaça, mas com um tipo de respeito silencioso. Então se virou para ela.
Han Dae-Hyun
A guerra está voltando. E, desta vez… ele não vai poder ficar fora.
Um Nome No Vento
Cinco anos atrás. Era verão em Seul quando Seo-jin conheceu Kang Min-jae. Ela tinha 13. Ele, 17. Ele apareceu na porta da casa dela com uma sacola de frutas e um corte sangrando na sobrancelha. Disse ser amigo do pai. Mentiu.
Ela odiou-o de imediato. Mas algo nele a fazia querer entender.
Naquela época, o pai dos dois ainda estava por perto — oficial da polícia, dedicado, mas com segredos demais. Às vezes voltava para casa com o cheiro de cigarro e sangue. Outras, não voltava por dias.
Foi numa dessas ausências que Min-jae se aproximou.
Ensinou Ji-hoon a jogar baduk, consertou o rádio velho da sala, preparou ramyeon para os três. Era como se fosse parte da família. Seo-jin sabia que não era. Sabia que o sorriso dele escondia algo.
Na terceira semana, encontrou uma arma escondida no fundo da mochila dele
Yun Seo-Jin
O meu pai está-te protegendo ou encobrindo-te? (perguntou ela, firme).
Min-jae sorriu. Foi a primeira vez que ele a olhou como igual
Kang Min-Jae
Ele está a tentar sobreviver. Assim como eu. Assim como você.
Nessa noite, Seo-jin escutou os dois discutindo na cozinha. Sussurros duros, uma ameaça, e depois… silêncio.
O pai desapareceu três dias depois.
A polícia não deu respostas. A mãe deles já estava morta havia anos. Seo-jin, então com 14, teve que assumir tudo. Ji-hoon tinha 11 e perguntava diariamente onde o pai estava.
E Min-jae… sumiu também.
Até aparecer, um ano depois, como líder de uma pequena facção. Mais frio, mais distante. Mas os olhos — os olhos eram os mesmos.
V●ᴥ●V
No presente, sentada no banco do metrô, Seo-jin observava os prédios passarem rápido pela janela. Ji-hoon estava na escola. Pela primeira vez em dias, ela obrigara-o a ir.
Agora, ia sozinha até Itaewon.
O endereço no bilhete de Dae-hyun era simples: uma casa de fachada cinza, cortinas discretas, guarda-chuva preto encostado na parede.
Ela bateu uma vez. Duas.
A porta se abriu. E lá estava ele. Kang Min-jae.
Os olhos escuros a examinaram de cima a baixo. Nenhum sorriso. Nenhum gesto.
Yun Seo-Jin
Só porque quero respostas.
Kang Min-Jae
Respostas custam caro.
Yun Seo-Jin
E você cobra em sangue.
Ele afastou-se da porta. Deixou que ela entrasse
Na mesa da sala, documentos espalhados, mapas, nomes riscados com tinta vermelha. No centro, uma foto: o rosto de Ji-hoon, de uniforme escolar
Kang Min-Jae
Eles estão atrás dele. Porque ele é seu irmão. Porque ele é o filho de quem é. E, porque... ele está prestes a fazer algo que não entende
Yun Seo-Jin
O que fez com ele, Min-jae?
Ele aproximou-se, baixando o tom
Kang Min-Jae
Eu? Nada. Mas há algo que precisa aceitar, Seo-jin.
Kang Min-Jae
Ji-hoon não é mais só seu irmãozinho. Ele cresceu. E está se envolvendo com pessoas que nem eu consigo controlar.
O silêncio entre eles pesava como uma sentença. Lá fora, o vento batia nos varais
Seo-jin sentia aquilo que sempre tentava ignorar...
O passado estava voltando.
E Ji-hoon… estava no centro da próxima tragédia.
não tem
🦋autora divaa🦋
APRESENTAÇÕES♡˖
Yun Seo Jin
17 anos
irmã mais velha de Yun Ji Hoon, ela é muito protetora, esconde um passado misterioso...
Jihoon
14 anos
irmão mais novo da Seo Jin
Ele sabe mais do que aparenta, quem o conhece sabe que ele é gente boa, mas quem não, vai dizer que ele é um grosso...
Han Dae Hyun
25 anos
mão direita de Min Jae, ele tem um antigo romance não resolvido com Seo jin
Kang Min Jae
28 anos
Ele é o chefe de uma pequena máfia, ele tem um passado entrelaçado com Seo Jin...
Choi Na Ri
17 anos
Ela é "melhor amiga" da protagonista, ela tem ligações com a máfia rival...
🦋autora divaa🦋
Foi isso gente
🦋autora divaa🦋
até o próximo cap
🦋autora divaa🦋
Bjsss da autora mais lindaaa (*´ω`*)
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