Me Ama no Escuro, Me Assume na Luz
CAPÍTULO 1 : "Você Lembra?"
Era para ser só mais uma festa ente amigos. Só mais uma noite regada a vinho e de risadas sinceras.
A música já estava baixa, restando apenas as vozes arrastadas dos poucos que ficaram até o final. As luzes da sala estavam no modo "pós-festa" : fracas, amarelas, com garrafas vazias e copos espalhados pelo chão.
Jimin estava largado no sofá com as pernas jogadas sobre o colo de Jungkook, rindo sozinho de alguma lembrança qualquer.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Você está bêbado, hyung. — disse ele com um sorriso bobo, os olhos vermelhos de sono... ou de vinho
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
tô não... tô relaxado. — respondeu jimin, rindo mais ainda
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Mas se eu tivesse... você cuidaria de mim,né?
Jungkook olhou para ele em silêncio por um momento. Aqueles olhos pequenos e brilhantes, os lábios vermelhos, as bochechas coradas.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Sempre cuidem. — respondeu, num tom baixo demais.
agora só havia o som dos dois respirando, e o leve toque dos dedos de Jungkook acariciando distraidamente o tornozelo exposto de Jimin.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Kook...- Jimin começou, mas hesitou.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Se eu...- ele virou o rosto, evitando o olhar do outro.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Se eu dissesse que às vezes eu queria te beijar... você ia rir de mim ?
jungkook congelou. O silêncio durou mais que devia. Mas quando respondeu, a voz saiu firme:
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Não ia rir. Ia só perguntar por que demorou tanto.
Os olhos de Jimin encontraram os dele. Havia álcool, sim. Mas também havia um desejo guardado, estalado, escondido por tempo demais.
Então jungkook se Inclinou.
O beijo foi quente, lento, profundo. Um misto de carinho e necessidade, como se os dois estivessem esperando por aquilo há anos.
Mãos se agarraram a roupas, corpos se encaixaram no sofá apertado, e as respirações ficaram descompassadas. Quando Jungkook subiu por cima, Jimin gemeu contra os lábios dele — baixo, rouco, desesperado.
Ninguém mais viu. Ninguém mais ouviu.
Foi só deles. E ninguém falou sobre isso...
CAPÍTULO 2 : "Acorda Jimin..."
O sol invadia o quarto devagar, esgueirando-se pela fresta da cortina meio aberta. O quarto estava silencioso, exceto pelo som de respiração pesada vindo da cama.
Jimin abriu os olhos devagar. A cabeça latejava levemente — não de dor, mas de confusão
um braço forte em volta da sua cintura
um corpo quente colado às suas costas.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Ah... merda.- sussurrou pra si mesmo
Lá estava ele. Jungkook. Dormindo profundamente, o rosto sereno, os lábios levemente entreabertos e os cabelos bagunçados. Um dos lençóis cobria parte do corpo dele, mas não o suficiente pra esconder as marcas roxas no pescoço… nem o fato de que os dois estavam completamente pelados
A forma como Jungkook o empurrou contra a parede, o sofá, a cama...
O som da própria voz gemendo o nome dele.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Puta que pariu... — Jimin se sentou na cama, segurando a cabeça com as mãos.
Ao lado, Jungkook começou a se mexer.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Hyung...? — ele murmurou, ainda sonolento.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Acorda, Jungkook. A gente precisa conversar. — a voz de Jimin estava baixa, quase trêmula.
Jungkook abriu os olhos, piscando várias vezes até encarar o rosto nervoso de Jimin.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
O que foi...? — ele se esticou, mas parou assim que percebeu. Olhou para o próprio corpo. Depois para o de Jimin. E então para o lençol entre eles.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
A gente... — Jungkook começou.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Aconteceu. — Jimin cortou.
Jungkook passou a mão no rosto e depois sentou-se na cama também, tentando processar. O silêncio entre eles era grosso, cheio de lembranças da noite anterior — lembranças que vinham em flashes: beijos desesperados, gemidos abafados, mãos puxando cabelo, palavras ditas no escuro...
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Você se arrepende? — Jungkook perguntou, sem olhar nos olhos dele.
Jungkook soltou uma risada amarga.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Ótimo. Porque eu não me arrependo.
Jimin virou de frente pra ele, irritado.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Isso não devia ter acontecido, Jungkook! Somos amigos. Membros do mesmo grupo. Isso complica tudo!
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Então me diz que você não sentiu nada. Me diz que foi só o vinho. Que não significou porra nenhuma pra você. — disse, com os olhos cravados nos dele.
Jungkook levantou, pegando uma calça no chão.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
A gente não vai fingir que nada aconteceu. — disse, vestindo a calça sem tirar os olhos de Jimin. — Porque você tremeu nos meus braços. Porque eu ouvi você gemendo meu nome como se fosse meu. E porque, hyung... eu não quero fingir.
Antes de sair do quarto, ele se virou.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Eu vou estar no estúdio. Se você quiser fingir que nada aconteceu, pode continuar aqui. Mas se quiser me beijar de novo... me encontra lá.
A porta se fechou atrás dele.
E Jimin ficou parado, nu, no meio da confusão.
Entre o medo… e a vontade de repetir tudo de novo.
CAPÍTULO 3 : " Grave com Tesão, Mas Não Mostre"
O estúdio estava silencioso quando Jimin chegou.
Ele parou na porta por alguns segundos, observando pela janela de vidro: Jungkook estava com os fones no pescoço, sentado no banco, de cabeça baixa, rabiscando algo em um caderno de letras.
Parecia concentrado... mas o maxilar tenso denunciava que ele também estava esperando.
Jimin respirou fundo, empurrou a porta e entrou.
Jungkook não levantou os olhos imediatamente. Continuou escrevendo, mas a voz saiu firme:
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Pensei que ia fingir que nada aconteceu.
Jimin se aproximou, fechando a porta atrás de si.
O estúdio era pequeno, abafado, e o cheiro de madeira e perfume masculino parecia mais forte do que deveria.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Eu pensei também. — ele respondeu, parando atrás de Jungkook. — Mas não consegui.
Jungkook largou o lápis. Virou-se devagar. Os olhos estavam escuros, intensos, e seu corpo... tenso demais.
Jimin mordeu o lábio, hesitando.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Porque... toda vez que eu fecho os olhos, eu lembro do seu corpo em cima do meu. Do jeito que você me beijou. Do jeito que eu pedi mais.
E então os dois estavam cara a cara.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Você não tem ideia do quanto eu me segurei pra não te beijar agora. — Jungkook murmurou, com a voz baixa e rouca.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
E por que não beija?
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
— Porque você ainda tá com medo. E eu não quero só o seu corpo, hyung. Eu quero você inteiro. A parte que geme meu nome... e a parte que finge que não sente nada quando olha pra mim no palco.
O coração dele batia rápido demais, como se quisesse pular pela boca. Ele deu um passo à frente, tão perto que podia sentir a respiração de Jungkook em seu rosto.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Você quer... eu?
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Eu sempre quis.
Um silêncio quente preencheu o espaço.
Mas, dessa vez, Jimin foi quem se moveu primeiro.
Ele se inclinou, os lábios quase encostando nos de Jungkook.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Então me mostra... no microfone. — sussurrou. — Me mostra como é sentir tesão por mim… sem tirar a roupa.
Jungkook sorriu de lado, provocador.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
Isso vai ficar na demo pra sempre, hyung.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Ótimo. Quero ouvir depois.
Jungkook se afastou, pegou os fones, ligou o microfone e entrou na cabine.
Jimin sentou-se na cadeira, os olhos fixos nele como se estivessem se despindo com o olhar.
A batida começou a tocar.
Mas não era só uma música.
As palavras eram sensuais, diretas, cheias de duplo sentido. Sua voz arrastada, carregada de desejo, parecia sussurrar direto no ouvido de Jimin.
𝐉𝐞𝐨𝐧 𝐉𝐮𝐧𝐠𝐤𝐨𝐨𝐤
“Eu te tive ontem
Mas hoje eu quero de novo
Me diz que sentiu
Me diz que ficou louco…”
A voz dele invadia tudo.
A mente.
A pele.
A vontade.
No fim da música, Jungkook tirou os fones e saiu da cabine devagar.
Se aproximou de Jimin, parando na frente dele.
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Agora você vem comigo
𝐏𝐚𝐫𝐤 𝐉𝐢𝐦𝐢𝐧
Pra um lugar onde a gente não vai precisar de microfone pra gemer.
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