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"Khar’Eth Sulum – A União Proibida" Parte 1

Personagens

✦ Aparência:

Rayhna tem pele clara com um brilho sutil, como se absorvesse a luz ao seu redor. Seus olhos são caramelo avermelhados, intensos e hipnóticos, parecendo arder com segredos antigos. Os cabelos são longos, negros como a noite, lisos com leves ondulações nas pontas, e caem até a cintura. Ela é alta, de postura elegante e ao mesmo tempo selvagem — uma presença que impõe silêncio e desejo ao mesmo tempo.

Sempre aparece vestida de preto, com tecidos que se movem como sombras, e usa um colar com o símbolo da maldição marcada em seu peito.

✦ Idade aparente:

Cerca de 28 anos, mas seu olhar carrega séculos.

✦ Personalidade:

Silenciosa, firme, extremamente inteligente e estrategista. Ela é direta, intensa, e guarda emoções sob um controle quase sobrenatural. Tem um lado ferido, mas jamais fraco. Prefere observar antes de agir, mas quando fala, é como uma lâmina afiada: precisa, fria, porém profundamente verdadeira.

✦ Poderes e habilidades:

Controle da mente e dos sentidos (atração, hipnose, dominação emocional)

Magia ancestral ligada ao sangue

Visões do passado e do futuro durante a lua de sangue

Resistente a quase tudo, exceto à própria maldição.

Durante o eclipse, se torna praticamente indestrutível.

✦ Segredos e passado:

Foi marcada com o símbolo proibido de Khar’eth Sulum aos 19 anos, durante um ritual que deu errado.

Carrega a maldição de ter amado alguém do clã inimigo (Lucien).

Já foi humana — e isso ainda dói mais do que qualquer feitiço.

✦ Relações:

Lucien Solvek: seu antigo amor. A lembrança dele a enfraquece e fortalece ao mesmo tempo.

Nyx: antiga aliada, agora rival incerta. Nyx a ensinou magia, mas também escondeu segredos profundos dela.

🩸 Lucien Solvek – O Guardião Quebrado

✦ Aparência:

Lucien tem cerca de 1,90m de altura, corpo forte, marcado por batalhas e feitiços antigos. Seu rosto tem traços fortes, maxilar definido, barba rala, e olhos intensos, cinzentos com reflexos escuros, como se guardassem tempestades.

Seus cabelos são castanho-escuros, levemente ondulados, até a altura dos ombros, quase sempre soltos e desalinhados, como se o tempo não ousasse tocá-lo. A pele é pálida, mas não fraca — parece feita de pedra fria.

Usa roupas escuras, de couro reforçado, e um manto com símbolos arcanos gravados no forro, herdado de seu clã.

✦ Idade:

Aparenta cerca de 30 anos, mas já viveu o suficiente para enterrar várias versões de si mesmo.

✦ Personalidade:

Lucien é frio por fora, em conflito por dentro. Fala pouco, mas seus olhos dizem tudo.

Tem uma lealdade dividida entre a honra que carrega e o amor que o destruiu. Ele não confia facilmente, mas quando ama, ama com a alma toda — até o fim. Carrega culpa, cicatrizes emocionais e um orgulho que o impede de se render… mesmo quando Rayhna está diante dele.

✦ Habilidades:

Mestre em combate corpo a corpo e com lâminas encantadas

Conhecedor de magias de selo, proteção e contenção

Sua presença neutraliza parte dos poderes de Rayhna — por causa de um antigo vínculo de sangue entre os dois

Enxerga nas sombras (dom herdado de seu pai)

Coração marcado com o Símbolo da Desunião, o oposto de Khar’eth Sulum — o que o impede de se unir a Rayhna sem condená-los

✦ Passado e Segredos:

Lucien foi o responsável por trair Rayhna no passado, mas não por escolha: foi enfeitiçado por Nyx, que escondeu uma verdade cruel para separá-los.

Descendente direto dos Guardiões do Véu, que tinham a missão de impedir que a união entre sangue puro (Rayhna) e sangue amaldiçoado (ele) ocorresse.

Sabe algo que pode quebrar a maldição de Rayhna, mas teme que o preço seja a vida dela.

✦ Relação com Rayhna:

Ela o odeia, mas sente. Ele a evita, mas sangra por dentro.

O vínculo entre eles não é só emocional, é mágico: ambos sentem a presença um do outro mesmo distantes.

Quando ela o chama em pensamento, ele escuta. E isso o enfraquece.

Continuação dos personagens

🕯️ Nyx – A Que Anda Entre Mundos

✦ Aparência:

Nyx tem uma beleza sombria e exótica. Seus cabelos são longos, negros como a noite, com leves reflexos roxos ou azulados quando a luz toca, e quase sempre estão soltos, flutuando como se tivessem vida própria.

Seus olhos são violetas profundos, brilhando como pedras mágicas — quem encara demais, sente-se afundar. A pele é pálida, como porcelana gélida, mas com um toque sobrenatural.

Usa vestidos fluidos, etéreos, que parecem feitos de neblina, sombras e véus de outro plano, com detalhes que mudam de cor sutilmente conforme sua emoção.

Tem tatuagens arcanas no pescoço, ombros e mãos — vivas, pulsando como parte de sua magia.

✦ Idade aparente:

Entre 30 e 35 anos, mas sua alma é milenar. Nyx não envelhece como os outros.

✦ Personalidade:

Imprevisível. Intensa. Perigosa.

Nyx é como o vento em noite de eclipse: não se controla, não se prende, só se sente.

Tem um sarcasmo elegante e um jeito debochado de expor verdades dolorosas.

Manipula com palavras e presença, mas nem sempre por maldade — às vezes, só porque pode.

Ama e odeia com a mesma facilidade. É difícil saber se está protegendo ou preparando alguém para a queda.

✦ Poderes e habilidades:

Magia arcana poderosa: dom de atravessar planos, controlar memórias, invocar ilusões e manipular a mente.

Sente o que os outros escondem — suas dores, vontades, medos e desejos.

Fala com os mortos (e eles respondem).

Pode se transformar em névoa, corvo ou sombra.

Tem domínio sobre magia do tempo parado — um truque que só ela ousa usar.

✦ Relação com Rayhna:

Já foram irmãs de magia e alma, até que um segredo separou as duas.

Nyx escondeu de Rayhna a verdade sobre Lucien e o ritual do Khar’eth Sulum.

Existe ódio, mágoa, mas também um elo profundo entre elas, que nem a morte pode apagar.

Ela sabe mais sobre Rayhna do que a própria Rayhna.

✦ Relação com Lucien:

Dupla tensão: Nyx já sentiu algo por ele, mas o vê como uma fraqueza de Rayhna.

Gosta de provocar, de ferir com verdades que ele evita encarar.

Ele não confia nela — e está certo em não confiar.

✦ Segredos:

Nyx não é totalmente viva nem totalmente morta.

Ela carrega um fragmento da maldição original e está ligada à origem do símbolo proibido.

Sabe como quebrar o pacto… mas o preço seria alto demais.

Nyx – A que não escolhe lados

Nyx não pertence ao mundo dos vivos. Mas também não morreu.

Ela é o espaço entre.

Entre o que se lembra e o que foi esquecido.

Entre a sombra e a luz.

Entre o nome e o silêncio.

Seus olhos são completamente brancos — não por falta de visão, mas por excesso de saber.

Ela vê sem piscar, sente sem tocar, e conhece verdades que nem os próprios deuses ousam pronunciar.

Rayhna já foi sua amiga.

Talvez ainda seja.

Mas amizade, para Nyx, é uma linha tênue entre aliança e julgamento.

Ela surgiu nas visões primeiro.

Depois, nos espelhos.

E agora, caminha pelos limites da realidade, como um aviso de que o tempo está ruindo.

Não impede.

Não salva.

Ela observa.

Como uma guardiã neutra de uma balança antiga demais para se lembrar de que lado começou a pender.

Nyx carrega marcas no corpo que ninguém vê, e palavras na língua que nunca devem ser ditas.

Ela sabe o nome proibido.

Mas não ousa dizê-lo.

Porque se o disser…

o mundo ouvirá.

Khar’eth Sulum – A União Proibida

Nevaris, a vila que esqueceu o tempo

A névoa parecia respirar.

Descia das colinas em silêncio, como se tivesse memória. Como se soubesse exatamente por onde caminhar para encontrar o que restou de um tempo esquecido. Era espessa e lenta, cobrindo as pedras da estrada e engolindo aos poucos os portões de madeira carcomida que marcavam a entrada de Nevaris.

O mundo parecia suspenso ali.

As casas mantinham as mesmas janelas de madeira torta, telhas de barro negro cobertas de musgo, varais onde nunca se viam roupas. O tempo não envelhecia aquela vila — apenas a mantinha adormecida, presa entre o que foi e o que não devia mais ser tocado. Quem passava por Nevaris não olhava para trás. E quem morava ali… fingia que nunca teve para onde fugir.

Mas naquela manhã sem sol, alguém cruzou o limite do que ainda se podia considerar humano.

Rayhna.

Seus passos não faziam som, mesmo ao pisar em folhas secas ou gravetos partidos. A floresta recuava com sua presença. As sombras pareciam se deitar aos seus pés. Usava preto dos ombros até o chão — um vestido de tecido denso e fluido, como se fosse feito da própria noite. Os cabelos negros caíam soltos até a cintura. E os olhos… não pertenciam mais a este mundo.

Caramelo.

Suaves e intensos, como âmbar aquecido, cintilavam sob a névoa. Olhos que carregavam silêncio, memória e algo inexplicável. Era o tom que ela mantinha quando o mundo ainda não a havia ferido. Quando o controle estava intacto.

Mas não duravam assim por muito tempo.

Nevaris estremeceu quando ela voltou.

A primeira janela que rangeu, rangeu por medo. O sino velho da igreja — abandonado desde o último ritual de luto — vibrou levemente, sem vento algum para tocá-lo. O chão absorvia o eco de seu andar como se reconhecesse quem retornava. Como se soubesse que não poderia resistir.

Rayhna não olhava para os lados. Conhecia aquelas ruas. Não com os olhos. Com a alma. Cada pedra, cada ruína, cada rachadura no portão do antigo castro no alto da colina — tudo já vivia nela.

Mas agora ela era outra.

Não era mais a menina que fugiu coberta de sangue e promessas. Não era a aprendiz de Nyx. Não era a mulher que amou Lucien Solvek como se amar fosse viver.

Agora ela era o resultado do que todos eles quebraram.

Parou diante da antiga estalagem. Ainda estava ali, como uma cicatriz na paisagem. Madeira apodrecida, letreiro caído no chão. Não precisava entrar. Ali foi onde ouviu a primeira mentira. Onde disseram que ele não voltaria. Onde ela acreditou.

O céu escurecia, embora ainda fosse cedo. Nevaris vivia em um estado eterno de quase-noite. Como se a luz do dia não tivesse mais força para atravessar as muralhas invisíveis que cercavam a vila. Era proteção. E era prisão.

Rayhna seguiu. Passou pelas pedras do antigo altar onde os caçadores de sombras selavam seus pactos. Tocou o sangue seco no tronco partido da árvore do meio-dia. Sentiu a lembrança que ainda latejava sob sua pele. Tudo ali carregava o cheiro do que nunca foi resolvido.

Chegou ao centro da vila.

Um círculo de pedra negra, marcado com runas que só os olhos dela ainda conseguiam ler. No meio, o símbolo apagado do Khar’eth Sulum. O pacto proibido. A marca da união que não deveria existir. Tantos tentaram destruí-lo com fogo, magia e sal. Mas ela ainda o via. Ainda o sentia. Como se nunca tivesse saído de dentro dela.

Rayhna ajoelhou-se no centro.

O frio não a incomodava. A poeira, o silêncio, as vozes que sussurravam entre as ruínas… eram todos velhos conhecidos. Ela pousou a palma da mão sobre a pedra mais escura e fechou os olhos.

Um vento soprou do nada. Mas era um vento que trazia nomes. E um deles era o que ela mais temia.

Lucien.

Ela o sentiu.

Não com os sentidos comuns — mas com aquela parte esquecida do corpo, onde as almas se reconhecem antes do toque, antes da fala. Ele estava vivo. Não perto. Não longe. Mas presente. Como uma lâmina enterrada que nunca foi removida.

Seus olhos abriram devagar.

Agora não eram mais caramelo.

Vermelho sangue.

A cor surgia quando algo dentro dela mudava. Quando o passado voltava. Quando o instinto acordava. Quando o nome dele era pronunciado mesmo sem som.

Rayhna não chorava mais.

Já havia chorado o suficiente quando acreditou que ele a amava. Quando implorou por respostas. Quando perdeu o que nunca chegou a segurar nos braços. Agora, o que existia era outro tipo de dor — aquela que transforma amor em arma.

Ela se levantou.

Atrás dela, a névoa começou a girar lentamente, como se dançasse ao som de algo antigo. A vila assistia em silêncio. Mesmo os corvos estavam calados.

— Eu voltei — disse ela, não para alguém, mas para a própria terra.

Seu tom era calmo, mas carregava o som do que quebra sem estalar. Era a voz de quem já morreu por dentro, e voltou mesmo assim. Não para pedir. Mas para fazer lembrar.

Rayhna passou os dedos sobre o símbolo apagado do chão.

Sussurrou algo em uma língua esquecida.

A pedra tremeu. A marca brilhou.

Mesmo morta há tanto tempo, Nevaris respondeu.

E em algum lugar distante, muito além da vila adormecida, Lucien ergueu os olhos com o coração em guerra.

Ele a sentiu.

E soube: a escuridão que esqueceram de vigiar, estava de volta.

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