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CASAMENTO ÀS ESCURAS

CAPÍTULO 1

De um lado a família Os irmãos Francisco, vs irmãos Glauber. Que por muitas décadas houve muitos conflitos violentos onde pessoas inocentes morreram pela guerra provocada pelas famílias rivais. Mesmo com a rivalidade violenta a cidade cresceu, cada um mostrando serviço quando um político era eleito que representava a família franciscana e outros 4 anos um prefeito eleito sendo apoiado pela família Glauber. Os partidos políticos na época era MDB, e a antiga Arena depois passou a ser chamado de PDS. Hoje esses partidos não existem mais, mas a rivalidade política continuava acirrada, os dois patriarcas da família, embora cada um tivesse apenas três filhos cada um. Dos três dois eram casados, mas como diz a lei o caçula da família herdeva os costumes e tradições da família patriarcal. Os dois filhos casados de Armando tinham suas vidas bem encaminhada e seguiam os passos dos patriarca. Armando tinha uma filha mulher que era a caçula que estudava na Europa. Ela se chama Helena e Valdomiro o patriarca da família dos Glauber tinha um filho caçula que também estudava na Europa, ele se chamava Carlos. Os dois estudavam no mesmo país Inglaterra, os dois estudavam no mesmo colégio e havia um relacionamento entre os dois, mas os pais não sabiam que com certeza seriam contra que preferiam a morte do que ver os dois casados. Toda vez que eles vinham para a cidade visitar os pais fingiam ser inimigos mortais e que se odiavam para não levantar suspeitas de que os dois estavam juntos.

Armando e Valdomiro ambos estavam cansados dessa guerra estúpida de muitos anos, então os dois estavam dispostos acabar com essa guerra dando uma trégua porque a população já não era mais a mesma e não aceitavam mais essa briga entre duas famílias poderosas. Os dois patriarca já estavam numa idade avançada e não queriam passar o resto de suas vidas em guerra. Então milagrosamente os dois decidiram fazer um acordo.

Armando ligou para Valdomiro se encontrar na igreja sendo que o padre seria a testemunha. O padre que se chama Felipe também estava de acordo com a decisão e quando soube da notícia acreditou que suas preces foram atendidas. E finalmente esse dia chegou, o padre Felipe que também tinha a idade avançada foi testemunha das constantes brigas, mesmo ele não tendo partido, para o padre Felipe que era de origem de italiano, deu um grito de felicidade. Mamma mia! Graças à esse milagre.

De vez em quando o padre falava algumas palavras em italiano. Quando viu os dois entrando na igreja suas pernas tremeram perdendo até a voz vendo aqueles dois entrando na igreja disfarçando serem inimigos, eles não queriam que ninguém soubesse que eles estavam de boa a muito tempo. Era o orgulho dos dois que estava em jogo e não ficaria bem para ambos caso a cidade soubesse que eles estavam de boa, ainda mais que na cidade as fofocas correm solta igual raios. Os seguranças dos dois fecharam a porta da igreja e não deixaram ninguém entrar até que a reunião com o padre fosse concluída.

— O que foi padre? Parece que viu um fantasma? — Disse Armando.

— Vocês dois chegando juntos aqui na igreja?

— Não se preocupe, padre, porque nós viemos aqui e queremos fazer um acordo de paz.

— É sério que está falando? — Perguntou o padre espantado com o que estava acontecendo.

— Sim, estamos cansados dessa guerra, e queremos mudar, estamos velhos e cansados, queremos paz. — Disse Valdomiro.

— Aleluia! — Disse o padre quase não acreditando que aquele milagre estava acontecendo. Isso não é uma pegadinha né? — Perguntou mais uma vez o padre Felipe.

— É claro que não. Olha bem para a nossa cara e vê se estamos brincando com uma coisa séria? — O padre sentiu firmeza.

— É, estou vendo que estão falando sério, mas o que fizeram mudar de ideia? — Essa pergunta deixou os dois patriarca sem paciência.

— Padre, o senhor com todo respeito está fazendo perguntas demais?

— Me perdoa, acontece que eu sou testemunha de muitas brigas entre vocês que fica difícil acreditar.

— Eu sei padre, nós sabemos disso, mas eu estou cansado da guerra, e queremos paz em nossas vidas. — O padre estava cada vez mais espantado ouvindo da boca dos dois patriarca durões e orgulhosos admitir que não queriam mais viver em guerra, seria um milagre acontecendo naquela paróquia?

— Eu confesso que rezei muito para que esse dia chegasse e finalmente chegou, mas a propósito como vão convencer a população que vocês realmente não querem mais guerra?

— Boa pergunta? É por isso que procuramos o senhor, conversamos muito a respeito da decisão que estávamos pensando em fazer, e nada melhor que ter o senhor padre como testemunha do acordo de paz. Tenho três filhos, dois estão casados, e meu filho mais novo está estudando na Europa, assim como a filha do senhor Armando. Para selar a paz para as futuras gerações nada melhor que unirmos os nossos filhos!

— Como assim? — Perguntou o padre Felipe com o que ouviu da boca de Valdomiro.

— É isso mesmo que o senhor padre ouviu. Nossa ideia é casar os nossos filhos caçula para unir as famílias, eles casando acaba de vez com a guerra entre as famílias.

— Sim, eu entendi, mas o que faz vocês pensarem que os filhos de vocês vão aceitar casar com pessoas que eles odeiam, sim pelo que sei eles se odeiam um ao outro?

— Padre, nós sabemos disso, mas nós temos um plano!

— Plano! E que plano é esse? — Perguntou o padre Felipe.

— Vamos fingir que estamos entre a vida e a morte, vamos pedir que eles se casam com a pessoa que escolhemos, só que eles não sabem quem é a pessoa, por isso padre precisamos de sua discrição!

— Como assim?

— É isso mesmo que o senhor padre ouviu. O senhor será o responsável por casar os nossos filhos.

— E como vai ser? Acha mesmo que eles vão aceitar essa idéia maluca? — Disse o padre Felipe espantado com a ideia dos dois que ficavam rindo do jeito do padre falando sozinho com palavras Italiano.

“Mamma mia! Eu sendo cúmplice dessas mentiras”.

CAPÍTULO 2

O padre não tinha escolha, ele mais do que ninguém queria o acordo de paz entre as duas famílias mais poderosas da cidade e também da região, e ele como ninguém sabia que o fato daqueles dois querer a paz era um milagre que estava acontecendo. Em seus sermões nas missas aos domingos nunca perdia a oportunidade de interpretar alguns textos bíblicos para dar uma indireta aos patriarca das duas famílias. Por que embora os patriarcas que viviam em pé de guerra, mas que isso não impedia deles frequentar a igreja todos os domingos, eles eram católicos e tinham as suas crenças. Às vezes nas confissões eles perguntavam se um dia eles podiam ser perdoados pelos seus pecados?

— Porque está me fazendo essa pergunta? — Perguntava o padre Felipe para ambos que tinham os mesmos questionamentos.

— Padre, meus pecados são tantos que acredito que nunca serão perdoados.

— Por que está dizendo isso? — Perguntou padre Felipe, olhando nos olhos dele. Vendo angústia e amargura no no olhar, não tinham mais como fugir com uma certeza que estivesse se condenando pelo que os dois fizeram no passado, principalmente na juventude em que estavam marcados pelas brigas, traições, as armadilhas preparadas para os adversários que foram mortos em emboscada, os votos comprados dos agricultores iludidos com a promessa de vida melhor, a corrupção, tudo isso pesava agora na mente dos dois. Eles mesmos estavam se condenando. Então para tentar aliviar o que sentiam. Então o padre dizia: "o que é impossível para homem, mas nada é impossível para Deus".

Para sensibilizar os dois o padre Felipe usava sermões nas missas aos domingos, um desses textos bíblicos ele usava a seguinte frase.

— Havia um homem que levava seu rebanho para o campo quando de repente uma ovelha se perdeu, então o pastor deixou as 99 ovelhas no lugar e foi à procura da ovelha perdida, ao encontrar a ovelha perdida ele ficou tão feliz, tão feliz que agradeceu a Deus por ter encontrado!

— Padre, mas o que isso tem haver?

— Quero dizer que se um homem pecador se converter ele será recebido com festa pelos anjos nos reino dos céus.

— Mas eu acho que para nós não há mais salvação padre.

— E porque não? — Perguntou padre Felipe.

— Porque é impossível sermos perdoados por tantas coisas ruins que cometemos.

— Como eu disse, o que é impossível para o homem, mas que tudo é possível para Deus. Vocês nunca ouviram falar de Paulo?

— Ouvimos dizer que ele é o maior apóstolo de Cristo, mas o que tem haver com Paulo com a nossa vida?

— Pois então. Antes de ser o apóstolo Paulo, ele foi Saulo.

— Saulo? Quem é Saulo? — Perguntou Armando curioso. — Deixando o padre sem paciência com tanta falta de conhecimento bíblico, mas não estava disposto abrir mão pela luta de tentar converter os dois patriarca cabeça dura.

— Saulo era um homem pecador, um perseguidor implacável contra os cristãos depois da ressurreição de Cristo. Ele trabalhava para Pilatos governador romano naquela época. Até que um dia abriu-se uma nuvem e de lá ele ouviu uma voz que dizia. Saulo, Saulo, porque me persegue? E nisso com o clarão das nuvens Saulo ficou cego, quando a parti daquele momento ele passou acreditar em Deus e em Jesus, assim ele se tornou o maior apóstolo de Cristo até os dias de hoje.

A partir daquele momento os dois patriarca não tiravam aquela palavra sobre o que aconteceu com Saulo tornando-se Paulo. Começaram a ler a Bíblia, mas não queriam que ninguém soubesse que eles estavam pensando em mudar de vida. O coração ardia dentro do peito como se estivessem desesperados esperando pelo perdão. Não tinham mais aquela disposição de quando eram jovens que agiam acima da lei. Naquele momento eles sentiam remorsos pelos crimes cometidos na juventude em que colocavam ambição, vaidade e arrogância acima de tudo. Estavam dispostos a tudo para aliviar a culpa que carregavam, até que certo dia Armando tomou iniciativa de ligar para seu maior rival e inimigo político.

— Alô! — Do outro linha Valdomiro atendeu.

— Quem é?

— Sou eu Armando!

— Armando?

— Sim, sou eu.

— Afinal o que quer comigo?

— Gostaria de fazer um acordo de paz!

— Acordo?

— Sim, um acordo!

— Que tipo de acordo você quer? Sabendo que nunca fizemos acordo algum?

— Eu gostaria de conversar pessoalmente!

— Isso é uma armadilha?

— É claro que não, não imagina como está sendo difícil para mim ter que admitir que estou cansado dessa guerra estúpida.

— Está falando sério?

— É claro que sim, posso ser a pessoa que você mais odeia na face da terra, mas sabe que a nossa guerra sempre não foi por causa do poder e sempre jogamos limpo, frente a frente, somos adversários, e inimigos, também sei disso. O que ninguém sabe nessa cidade que a nossa guerra é pessoal por causa de uma mulher que já está morta há mais de 30 anos, e convenhamos que uma é uma guerra inútil em que ninguém perdeu e nem ganhou, é bem verdade que a cidade cresceu, que um fiscalizou o outro, e tudo que é hoje é graça as nossas batalhas, só que eu acho que ninguém mais liga para isso, você não acha?

— Pensando bem, você está certo, mas onde quer que eu te encontre?

— Estava pensando em passar aí no seu escritório, desde que ninguém nos veja.

— Está certo, estarei aguardando. — Meia hora depois, Armando estava no escritório de Valdomiro sem que ninguém a visse. Chegando lá Valdomiro recebeu bem como se fosse amigos a muito tempo. Tudo era estranho para os dois que passaram 30 anos em guerra por qualquer pedaço de terra, até mesmo terreno para construção dentro da cidade. E agora estavam um diante do outro querendo dar um fim naquela guerra.

— Então você está disposto a fazer um acordo de paz? — perguntou Valdomiro.

— Estou, cheguei a conclusão que não vale apena ficar guerreando por mais nada.

— Tem certeza que é isso mesmo que você quer? E como vamos fazer esse acordo?

— Estava pensando em casar nossos filhos caçula. A minha filha com seu filho.

— O que faz pensar que eles vão aceitar?

— Tenho um plano, se estiver de acordo vamos conversar com o padre Felipe ser a testemunha.

CAPÍTULO 3

Enquanto os pais de Helena e Carlos estavam arrumando uma forma de dar um fim na guerra entre as famílias. Eles estavam juntos há muito tempo, mesmo estudando, a paixão deles aconteceu ainda quando eram adolescentes que namoravam às escondidas porque sabiam que era um amor proibido. Os pais nunca permitiriam que eles ficassem juntos. Quando pensavam que era apenas uma atração que não duraria muito tempo, mas foram surpreendidos por uma paixão avassaladora que não conseguiam mais viver um sem o outro. E para o desespero deles não tinham como ficar juntos o tempo todo. Porque era o que eles mais queriam e no colégio tinham que fingir que se odiavam para não levantar suspeitas de que estavam apaixonados a cada dia que passava não conseguiam esconder o que sentiam um pelo outro. Até que Carlos teve a ideia de estudar fora do país no mesmo país sem levantar suspeitas. Cada um pedindo para seus pais que queriam estudar fora do país, para estranheza de Armando pai de Helena como Valdomiro pai de Carlos, na mesma hora que os dois pediam para seus pais estudarem na Inglaterra. As mesmas perguntas para os dois.

— Porque você quer estudar fora do país quando aqui tem os melhores colégios?

— Pai, porque não suporto ver a cara da rapariga que estuda comigo no mesmo colégio!

— De qual rapariga você está falando meu filho?

— Pai, o senhor sabe de quem eu estou falando!

— Não vai me dizer que é a filha do carcamano?

— É essa mesma papai que eu estou falando.

— Você tem certeza que é ódio que sente dela?

— O que o senhor está insinuando?

— Nada filho, apenas estou me lembrando de histórias parecidas que aconteceram como essas de você com a filha do Armando.

— Não papai, eu odeio ela mesmo, então por isso que eu quero estudar fora do país, eu quero ser importante na vida, não quero ficar dependendo do Senhor

— Você tem certeza que quer estudar fora do país, meu filho?

— Tenho papai, absolutamente!

— Bom meu filho, se realmente é isso que você quer, quem sou eu para duvidar, até porque eu acho importante mesmo que você fique longe dessa rapariga porque coisas piores podem acontecer. O que o senhor está querendo dizer com isso meu pai?

— Esse seu ódio dela pode ser uma paixão escondida, e você não quer admitir.

— Da onde o senhor tirou essa ideia, papai?

— Vale lembrar que o ódio e o amor anda de mãos dadas.

— Quer dizer que o senhor já viveu uma história parecida igual a essa papai?

— Filho, não mude de assunto, você vai ter suas passagens tudo que você precisar, só me diz o dia que você vai partir?

— O quanto antes Papai, estou com pressa. — No escritório de Armando acontecia a mesmo discussão entre a filha Helena com seu pai que fazia as mesmas perguntas que Valdomiro fez para seu filho Carlos e ela repetiu as mesmas palavras de que sentia ódio. E por incrível que pareça a estratégia deu certo, porque não conseguia mais ficar longe um do outro.

Os dois viajaram juntos sem ninguém suspeitar de que estavam juntos a muito tempo. Eles até ter a certeza que não havia ninguém conhecido da cidade agiam como duas pessoas estranhas para não cair nos ouvidos de seus pais, se não o plano ia por água abaixo. Não foi fácil para os dois ter que viajar em poltronas separadas e fingir que não se conheciam. Quando desembarcaram do avião pegaram o mesmo táxi que levava os dois para o mesmo hotel. O difícil foi quando chegaram no hotel já que as reservas estavam reservadas por Valdomiro e Armando que reservou para sua filha Helena encontrar algum apartamento para ela morar até completar seus estudos, então precisavam fingir que não se conheciam e tudo tinha que ser secretamente porque temiam que seus pais pudessem ter mandado algum espião para espionar seus filhos se realmente eles estavam mesmo estudando. Até porque tanto Valdomiro quanto Armando, eles dois eram muito desconfiados sempre com aquela sensação de que alguém pudesse estar traindo até os próprios filhos não tinha confiança. Helena e Carlos sabiam disso. Então todo cuidado era pouco sem saber que eles estavam juntos há muito tempo isso seria uma traição, uma traição que ele jamais a perdoaria. Tanto Helena quanto Carlos tinham consciência disso, ele amava seus pais apesar de não concordar com seu gesto, eles também não conseguiam viver um sem o outro. Era inexplicável que um sentia pelo outro. Quando eles dois tinham a certeza que estavam longe de serem alvos dos pais alugaram um apartamento. Invés deles pagaram as diárias de hotel os dois dividiam aluguel e o que sobrava eles guardavam esse dinheiro para investir em seus estudos, mesmo apaixonados um pelo outro eles pensavam no futuro. No inconsciente eles sabiam que cedo ou tarde eles teriam que revelar toda a verdade para seus pais, e com certeza seriam expulsos pela família. Só de pensar nessa possibilidade deixava eles mais dispostos a estudar e construir suas carreiras. Um apoiando o outro tomava uma união mais forte.

— Eu não sei o que vai ser de mim quando chegar as férias! — Disse Carlos.

— Como assim? Em que sentido está se referindo?

— Nas férias não temos como ficar aqui, vamos ter que viajar para a nossa cidade.

— Eu também já pensei nisso, não consigo imaginar ficar uma noite longe de você imagina três meses.

— Vai ser uma tortura fingir que somos inimigos por causa dos nossos pais, o que nós temos haver com a guerra deles?

— Boa pergunta? Eu amo meus pais, mas não consigo imaginar a minha vida sem você, tentei gostar de outras para não desapontar meus pais, mas não consegui, você é a mulher da minha vida que eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado.

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