O TRATO PERFEITO
NOS FLASH DE PÁRIS
Na passarela dourada da Paris Fashion Week, onde os flashes pareciam relâmpagos e os olhares eram tão afiados quanto lâminas de crítica, Adrien caminhava com a postura de quem dominava o mundo — mesmo sendo um ômega.
O final de mais um desfile chegou,e como sempre Adrien estava exausto
E para ajudar, sua mãe não parava de falar o quão "desastroso" foi o dia
Letícia
— Você tem noção do vexame que foi hoje, Adrien? Se não fosse por mim, aquele desfile teria sido um desastre completo. Você andava como se estivesse prestes a desmaiar!
Adrien
Mãe, eu dei o meu melhor. Eu estava cansado, foram dias de ensaio sem parar
Letícia
Cansado? Ah, por favor! Enquanto você reclamava, quem estava ali salvando sua imagem? Eu! Com um sorriso no rosto, fingindo que estava tudo sob controle, como sempre. Porque, se depender de você…
Adrien
eu preciso de um copo d'água*se senta com as pernas tremendo*
Letícia
— Um copo d’água? Que espetáculo ridículo… Você é um modelo, Adrien, não uma criança fraca pedindo colo! Está tremendo por quê? Vergonha, talvez? Porque foi isso que você fez comigo hoje: me envergonhou diante de todos.
Adrien
— Eu… eu só preciso respirar um pouco… meus olhos estão ardendo, mãe.
Letícia
— Ah, não chore. Não estrague ainda mais o pouco que resta da sua imagem. Você sabe o que todos comentavam nos bastidores? “Adrien está acabando, virou uma decepção.” E quer saber? Eles estão certos.
Ao ouvir aquilo, foi como levar um tapa seco no rosto. Adrien sentiu o coração despencar, esmagado por dentro. As palavras da mãe perfuravam seu orgulho como agulhas afiadas, e, por mais que tentasse ser forte, tudo nele gritava por socorro. Seu reflexo, sua carreira, sua dignidade... tudo parecia estar ruindo ali, na frente dela.
Letícia cruzou os braços, impaciente, e lançou um olhar de cima a baixo para o filho, como se o peso da decepção estivesse estampado em cada centímetro de sua expressão.
Letícia
Sabe o que é pior, Adrien? Nem precisa de escândalo pra arruinar sua imagem... você mesmo já está fazendo isso, só de existir nesse estado*Ela fez uma pausa, o olhar frio como gelo*
Ela deu um passo para trás, ajeitando o próprio cabelo com elegância forçada.
Letícia
Faça um favor a si mesmo. E a mim. Pare de comer. Já está difícil carregar o peso da vergonha… não preciso também carregar o peso do seu corpo em decadência.
Virou-se nos saltos e saiu, os passos firmes e o perfume caro deixando um rastro amargo no ar. Adrien permaneceu parado, engolindo o silêncio que sobrou, enquanto tudo dentro dele implodia — pela milésima vez.
esperou a sua mãe sair para entrar em colapso total
Ele abriu devagar. Lá dentro, os comprimidos que um maquiador havia lhe oferecido uma vez, “só pra relaxar”. Adrien havia recusado naquela época. Hoje, era diferente. Hoje, ele só queria desaparecer por dentro.
Adrien
Eu parei de comer… eu sorri nas fotos… desfilei machucado, com febre… aguentei tudo calado. Tudo pra ela me olhar com orgulho. Tudo pra ouvir, pelo menos uma vez, um “estou orgulhosa de você”. * Seus olhos marejaram, mas ele riu. Um riso curto, seco, quase doentio* Mas nem isso eu consegui
Ele levou um comprimido à boca com mãos trêmulas, a outra cobrindo os olhos enquanto o choro finalmente vinha, silencioso. O gosto era tão amargo quanto as palavras da mãe.
Adrien
Talvez, se eu sumir por umas horas… ela perceba que ainda existo. Ou talvez nem isso.
A porta do camarim continuava entreaberta, deixando entrar um fio de luz do corredor. Mas ali dentro, Adrien afundava cada vez mais no escuro — tentando, de algum jeito, anestesiar a dor de nunca ter sido suficiente
O cheiro de couro novo e café forte se misturava ao som abafado do trânsito lá fora. Diego, encostado na mesa de vidro, observava os croquis com olhos famintos por algo a mais. As roupas estavam perfeitas — ousadas, sexuais, afiadas. Mas ele queria alma.
Diego Marini
— A coleção está pronta. Mas sem um rosto à altura… é só tecido caro em movimento. Eu quero fogo. Eu quero dor com elegância.
Ravi, seu sócio, cruzou os braços e se recostou no sofá, encarando Diego com um sorriso desconfiado.
ravi
— E onde você acha que vai encontrar esse alguém? No meio desses modelos artificiais que fazem pose com alma vazia?
Diego Marini
— Não. Esses aí são bonitos demais pra sentir alguma coisa de verdade.
Riu de forma rouca mostrando seu desprezo.
Ele girou um tablet na mesa, parando numa foto antiga de um desfile caótico. E ali, parado no centro da passarela, havia um rapaz com olhos vazios e postura inquebrável.
Diego Marini
Quem séria esse?
Mostrou interesse no olhar, algo naquele omega o atraía.como um feitiço seus olhos vazios e melancólicas deixava o alfa com uma certa.... tensão?
Ravi notou o brilho nos olhos de Diego. Não era só interesse profissional. Era algo mais. Algo mais... perigoso.
ravi
*arqueando uma sobrancelha, provocador*
— Tensão, é? Você sempre teve uma queda por casos complicados.
Diego Marini
*sem tirar os olhos da imagem*
— Eu gosto do que é real. E ele...
*pausa, voz mais baixa, quase um sussurro*
— Ele carrega a dor como se fosse parte da pele. E eu quero essa dor estampada nas minhas roupas
ravi
*rindo de canto*
— Vai usar o omega como musa ou como distração?
Diego Marini
*se afastando do tablet, passando a mão pelo colarinho aberto*
— Talvez os dois. Ou talvez ele só seja mais uma peça que irei usar
O silêncio pairou no ar por alguns segundos. Um silêncio pesado, carregado de desejo contido e intenções não ditas.
ravi
*se levantando, com um sorriso de desafio*
— Então vamos achá-lo. Mas lembra do que você disse, Diego...
Diego Marini
*encarando-o com aquele olhar frio *
— Que tudo que provoca medo… vende?
ravi
— Exato. Mas algumas coisas também queimam quem chega perto demais.
Diego Marini
*já caminhando até a janela, encarando a bela Espanha*
— Eu sei.
— Mas é exatamente por isso que vale a pena.
[Algumas horas depois – no mesmo escritório, luz mais baixa, ambiente mais íntimo. Ravi entra com o tablet na mão, enquanto Diego bebe um whisky, à meia-luz]
*sem olhar, girando o copo lentamente*
— Continua.
ravi
— Fiz uma pesquisa rápida, como você pediu. Adrien Moreau, 22 anos. Omega.
Começou a modelar aos 16, saiu do interior da França, e chegou em Paris com uma mala, um contrato... e nenhuma rede de apoio
ravi
— Ele e uma promessa. Mas algo aconteceu.
Sumiu depois daquele desfile, a duas semanas atrás.
Alguns dizem que entrou em colapso nervoso. Outros que foi sabotado. O certo é: ninguém viu mais ele desde então.
Diego Marini
*interessado, finalmente o encarando*
— E onde ele está agora?
ravi
*fazendo uma leve pausa, como se saboreasse a informação*
— ele mora em um apartamento de luxo bem no centro de Paris,tudo indica que foi achado no seu camarim totalmente drogado....a beira da morte
Diego Marini
*sorrindo de canto, voz baixa e carregada*
— Perfeito.
— Um fantasma que ainda respira. É tudo que eu preciso.
ravi
*cruzando os braços*
— Você vai atrás dele pessoalmente?
Diego Marini
*pegando o casaco, já indo em direção à porta*
— Claro. Se vou vesti-lo com minha arte...
— Quero ser o primeiro a despir as cicatrizes.
Diego Marini
mandei meus homens me esperarem na porta da minha residência..... iremos para Paris amanhã
DESGRAÇA
A porta se escancarou com um estrondo surdo. Angel entrou com Adrien apoiado em seu ombro, os passos arrastados, o corpo mole como se estivesse sendo carregado por dentro de um pesadelo.
Angel havia achado Adrien jogado no chão de seu camarim.totalmente apagado sem nenhuma reação.
angel
*ofegante, irritado e preocupado*
— Droga, Adrien… o que você fez com você dessa vez?
Ele o conduziu até o sofá, onde Adrien simplesmente caiu, sem resistência, os olhos vermelhos, dilatados, perdidos num vazio que Angel já conhecia — e odiava ver.
Adrien
*voz arrastada, quase sem força*
— Eu só queria... silenciar um pouco.
angel
*ajoelhando-se diante dele, segurando seu rosto com cuidado*
— Você tava jogado no chão do camarim, Adrien! Tinha gente entrando e saindo e você ali...não pensou nas consequências???
Adrien soltou uma risada seca e vazia
angel
*mais firme, olhos cheios de raiva e dor*
— Para com isso! Você quer morrer em pedaços e aos poucos? Porque tá indo bem nesse caminho.
O omega desviou o olhar, encostando a cabeça no encosto do sofá. O rosto suado, a pele fria, os lábios rachados. Mas o que mais doía em Angel era o olhar — aquele vazio profundo, cheio de dor antiga.
angel
Vamos....vamos tomar um banho*pega as coisas de Adrien levando para o quarto*
Adrien
Vá para casa,eu consigo me virar daqui*tenta se levantar*
Angel coloca o braço de Adrien em seu ombro o ajudando a levantar
angel
Eu sei que consegue*caminhando até o banheiro*Mas eu também estou aqui pôr vc ok....
Mesmo apartamento o clima ainda denso, Angel está ao lado de Adrien, sentado na cama segurando sua mão. Adrien respira com dificuldade, mas decide falar.]
Adrien
*olhos baixos, voz trêmula*
— você quer saber o motivo da bagunça que eu fiz hj?
— Porque eu tive que escuta oq eu escuto todos os dias...mais hoje foi como um...soco no estômago
Adrien
— Foi no primeiro desfile importante que eu fiz. Eu tinha 17.
— Ela estava na primeira fila… com aquele olhar dela. Frio, calculista. Quando eu saí da passarela, corri até ela, esperando ouvir... sei lá, um "você conseguiu", ou um "tô orgulhosa".
Angel manteve o silêncio, apenas ouvindo. O ar parecia mais denso agora.
Adrien
— Sabe o que ela disse?*pausou ao falar com a garganta cheia de vidros*
— “Você parecia um porco amarrado tentando parecer elegante. Pare de comer, Adrien. Você está imenso.”
angel
*em choque, murmura*
— Ela disse isso?
Adrien assentiu, os olhos vermelhos marejando.
Adrien
— Na frente de um estilista. Na frente de outros modelos.
Depois ela saiu como se tivesse acabado de jogar o lixo fora.
— E eu ainda quis que ela me amasse. Fiz tudo pra agradar. Comecei a forçar vômito,Tomava pílulas pra cortar fome. Sorria nas fotos enquanto minha alma secava.
Adrien até podia terminar de falar.....até o celular vibrar em cima da mesa
Adrien arregalou levemente os olhos. O som da vibração cortou o silêncio como uma navalha. Ele não precisava olhar. Ele sabia.
Era ela.
angel
*sussurrando*
— Não atende. Não agora, Adrien.
Mas como em um impulso automático — condicionado pela culpa, pelo medo, pela velha esperança — Adrien se levantou cambaleando e atendeu.
Adrien
*voz fraca*
📱— Alô…?
A voz da mulher do outro lado era cortante, elegante, e gélida como sempre. Quase sem emoção, mas carregada de julgamento
Letícia
📱— Finalmente atendeu. Estava ocupado demais chorando pelos cantos de novo?
Letícia
📱— Tenho uma reunião importante amanhã com o maior investidor global que quer ver seu "potencial" pessoalmente.
— Então seria inteligente você ficar de jejum. Ou prefere aparecer inchado e envergonhar o meu sobrenome de novo?
Adrien sentiu o estômago virar. Não era surpresa. Era um déjà vu doloroso. A mesma frieza. A mesma humilhação disfarçada de "orientação".
Adrien
*com a voz embargada*
📱— Eu... não sou mais uma criança, mãe.
Letícia
*rindo baixinho, sarcástica*
📱— Não, você é um adulto frustrado, dependente, e com uma beleza que já está... se apagando
— Se não for útil pra mim, Adrien, será útil pra quem?
Angel se levantou em silêncio e fez um gesto para que Adrien desligasse. Mas Adrien estava congelado.
Letícia
📱— Jejum até as 18h. Pele limpa. Nada de olheiras. E, por favor... não apareça com essa sua cara de mártir fracassado. Você me dá náuseas quando finge ser frágil.
Cliq.
Ela desligou sem sequer esperar uma resposta.
Adrien permaneceu parado, o celular ainda colado ao ouvido, mesmo com a ligação encerrada. Os olhos marejados, o corpo tremendo.
angel
*se aproximando, firme e furioso*
— Ela não é sua mãe. Ela é uma maldição.
Adrien deixou o celular cair no chão.
Adrien
— E mesmo assim... parte de mim ainda queria que ela me dissesse que me ama.
angel
Eu... sinto muito my baby
Adrien
Não sinta...eu já estou acostumado... a final essa será a condenação de vida que eu tenho...a solução e morrer jovem assim o cadáver será lindo hahahaha
angel
não.....não diga isso você irá viver longos anos
Angel foi para casa com muita insistência da parte de Adrien..fez com que ele prometesse que não iria se drogar novamente,e que iria se alimentar
Deito-se na cama, fechando os olhos, esperança que amanhã acordasse MORTØ
Manhã fria em Paris – saguão da empresa VOLTAGE. O som dos saltos ecoa, firme. A mãe de Adrien entra imponente, como se o prédio fosse dela.
Adrien andava com elegância — o vestido moldava sua silhueta com perfeição, mas os olhos… não brilhavam. O sorriso ainda estava ali, como uma máscara feita de ferro.
Letícia
— O vestido está bom. Mostra o suficiente sem parecer vulgar.
— Mas por favor... tente parecer menos derrotado. Você está representando minha imagem.
Adrien
sempre foi pela sua imagem "maman"*força um sorriso*
Eles atravessaram o saguão de vidro e aço. Os funcionários desviavam os olhos, percebendo o clima hostil mesmo envolto em luxo.
Ao chegarem à porta da sala de reuniões, a mãe de Adrien deu um último toque nos ombros dele, endireitando o sobretudo como se estivesse ajustando uma vitrine.
Letícia
voz baixa*
— Postura, Adrien. Não se esqueça: você é o reflexo da minha criação. E um reflexo não tem permissão pra pensar por conta própria.
:Sala de reuniões, mesa de mármore claro, janelas amplas, Diego e Ravi aguardam ao fundo sentando na cadeira do centro Diego, sentando ao seu lado ravi
Diego, ao ver Adrien entrar, ficou imóvel por um segundo. O omega com aquele vestido preto colado, os ombros cobertos, os olhos tristes escondidos por um sorriso mecânico… parecia uma obra de arte quebrada. Bonito demais para estar inteiro.
Ravi, ao lado, trocou um rápido olhar com Diego, percebendo o impacto.
Diego Marini
ainda encarando Adrien, sem se levantar*
— um prazer te conhecer...
se levantou caminhando até Adrien, FICANDO frente a frente com o menor
Adrien
O prazer e todo meu*olhando nos seus olhos com um vazio,mais sorrindo*
Diego Marini
*vontando para o seu assento*
— Parece que alguém aqui aprendeu a sorrir sem sentir.
Letícia
*com um riso discreto*
— É o mínimo que se espera de alguém que foi criado com padrão.
Sala de reuniões – os quatro agora estão sentados à mesa. Adrien está em silêncio, entre a mãe e Diego. O clima é elegante, mas tenso
Letícia
*cruzando as pernas com precisão cirúrgica*
— Bem, acredito que podemos começar. Estou ansiosa para saber como pretendem usar Adrien nessa nova campanha — ele é extremamente versátil, apesar da… instabilidade emocional que certos ambientes,mais eu saberei colocar ele na linha hahaha
Diego Marini
*com os olhos em Adrien, mas falando com ela*
— A ideia inicial era algo cru. Intenso. Nada polido demais. Eu quero o real, a cicatriz, o que sangra bonito.
Letícia
*interrompendo com um sorriso*
— Entendo. Mas é justamente aí que entra o meu papel. Adrien tem um lado... digamos... inconstante. E é por isso que eu cuido de todas as decisões. Roupas, horários, entrevistas. Se deixarem nas mãos dele, o projeto pode afundar
Adrien
*murmura quase inaudível*
— Eu só falhei quando tentei ser o que você queria...
Letícia
*vira a cabeça em direção a Adrien*
Disse algo querido?
Letícia
— Não se vitimize, Adrien. Estamos falando de negócios. Sentimentos não pagam campanhas.
ravi
*tom mais direto*
— E controle absoluto paga? Porque, sinceramente, o que você está descrevendo parece mais uma marionete do que um mode
Letícia
*sorrindo com veneno*
— Ravi, querido. No mundo da moda, todos são marionetes. Alguns apenas fingem ter voz. Eu prefiro ser honesta
Diego Marini
— E eu prefiro ser verdadeiro com o que quero mostrar. Adrien não vai ser só uma imagem. Ele será o centro emocional da campanha. Preciso da verdade dele. Não da sua versão fabricada.
Adrien
*um leve sorriso observando a cena*
Diego Marini
*Olha*bom.....
Letícia
*ríspida*
— Isso é arriscado. A verdade dele... é instável. Autodestrutivo, às vezes.
Diego Marini
*encarando Adrien com suavidade*
— E mesmo assim, mais interessante do que qualquer máscara perfeita
— Se ele falhar, falha comigo. Mas pelo menos será por ser ele mesmo — não por viver dentro da sua sombra.
Adrien
*com a voz embargada,como um sussurro*
— Ninguém nunca me pediu pra ser eu… só pra ser útil.
Silêncio. Um silêncio denso, pesado. Ravi trocou um olhar breve com Diego, como se dissesse: "Vai explodir."
Letícia
*com tédio*
— Isso está ficando melodramático demais. Se for esse o tipo de campanha que estão idealizando, com esse negócio de sentimentos, talvez Adrien não seja o nome certo. Posso apresentar outro perfil da minha agência.
Diego Marini
*sem tirar os olhos de Adrien*
— Não. Eu quero ele.
— Mas sem você.
Letícia
*gelando por um segundo*
— Perdão?
Diego Marini
*claro e direto*
— A proposta está de pé — mas Adrien precisa ter autonomia. Criativa. Emocional. Pessoal.
— Se ele for meu modelo, ele será... meu. Com suas escolhas, sua imagem, sua verdade. Sem supervisão materna
ravi
*com um meio sorriso*
— E se ele falhar, vamos deixar que ele falhe como um homem. Não como um reflexo.cascavel(◍•ᴗ•◍)❤
O rosto da mãe de Adrien endureceu. Seus olhos giraram lentamente em direção ao filho, que agora estava parado, silencioso, mas com a expressão nua — sem sorrisos, sem filtros. Apenas ele.
Letícia
*baixa e ameaçadora*
— Pense bem, Adrien. Esse é o momento em que você escolhe entre disciplina... e desgraça.
Adrien
*calmo, ainda frágil, mas firme*
— Talvez... eu esteja pronto pra descobrir o que tem depois da desgraça
PRONTO
Sala de reuniões – o silêncio que veio após a fala de Adrien é quase ensurdecedor. A tensão pesa no ar como uma tempestade prestes a estourar.]
Mãe de Adrien empalideceu por um instante. Depois, como se uma máscara tivesse se partido, seu rosto se contorceu em desprezo.
Letícia
*erguendo a voz, fria e venenosa*
— Então é isso? Vai cuspir na mão que te moldou? Vai trocar anos de esforço por um capricho de adolescente quebrado?
Adrien
*sem desviar o olhar*
— Eu só quero respirar... pela primeira vez.
Letícia
*levantando-se, furiosa*
— Você é um ingrato, Adrien. Um omega patético, histérico, que sempre precisou de mim pra não desmoronar!
*pisando firme até a porta*
— Quer cair? Então caia. Mas saiba: eu não estendo mais a mão. Nem pra te levantar, nem pra esconder seus fracassos.
Ela se virou para Diego, cuspindo as palavras com raiva controlada
Letícia
— Boa sorte com ele. Quando te arrastar pro fundo com a dor que carrega, não diga que eu não avisei
Ela saiu da sala batendo a porta com força, os saltos ecoando no corredor como uma sentença final.
Ravi, que assistia tudo com os braços cruzados, soltou um leve suspiro e se virou para Diego, depois para Adrien — que permanecia sentado, olhos baixos, sem mais o sorriso forçado… mas agora também sem medo.
ravi
*em tom leve, mas sério*
— Acho que vocês dois precisam de uns minutos.
Ele caminhou até a porta e, antes de sair, parou e olhou para Adrien com gentileza.
ravi
— Você já começou a quebrar a corrente. Isso assusta… mas também liberta.
(sorri de canto)
— Aproveita.
ravi
*Tropica*aí porra, bem na minha frase de efeito
Ravi sai e fecha a porta desastrada mente. Agora estão apenas Diego e Adrien, frente a frente
O silêncio ali agora é diferente. Intenso, íntimo. Diego permanece de pé, encarando Adrien como quem observa uma obra prestes a revelar sua alma.
Diego Marini
*(voz baixa, firme*
— Você ainda tá tremendo
Adrien
*erguendo os olhos devagar*
— Ela sempre faz isso comigo. Me quebra... e depois me culpa pelos cacos.
Diego Marini
*se aproximando devagar, sentando à frente dele*
— Eu não quero seus cacos.
— Quero você inteiro… mesmo que isso leve tempo. Mesmo que seja aos pedaços.
Adrien
*num sussurro*
— Você nem me conhece.
Diego Marini
*com um meio sorriso*
— Mas eu reconheço alguém que sobreviveu calado. Eu vejo isso... porque eu também fui assim.
Adrien respirou fundo, os olhos marejando discretamente. Pela primeira vez, havia algo diferente ali. Não era medo. Era a possibilidade de recomeço.
Diego Marini
*direto, com firmeza*
— Vamos iniciar a campanha principal da nova coleção na Espanha. Girona, especificamente.
— O projeto dura no mínimo três semanas. Estúdio fechado, equipe reduzida, locações externas.
— E você, Adrien… será o rosto da narrativa.
Adrien
Adrien *surpreso*
— Espanha?
Diego Marini
— Sim. Eu prefiro criar longe de Paris. Lá, o ar pesa menos.
— Só que tem uma condição: você vem como você. Sem gerenciadores. Sem vozes por trás. Sem sua mãe.
Adrien abaixa os olhos por um segundo. O convite soa como liberdade — mas também como um salto sem rede.
Adrien
*depois de uma pausa, hesitante*
— E... se eu pedisse pra levar alguém comigo?
Diego Marini
"franze levemente o cenho, curioso*
— Alguém… como?
Adrien
— Um amigo. Angel.
— Ele... me conhece de verdade. É a única pessoa que não tenta me modificar.Eu confio nele. E acho que, se for pra me encontrar de verdade, eu... vou precisar dele por perto.
Diego Marini
*sem hesitar, assentindo*
— Tudo bem.
— Se ele é seu chão agora, leve. Contanto que ele entenda que você estará lá pra trabalhar — e se expor. Em todos os sentidos.
Adrien
*um pouco surpreso com a resposta rápida*
— Você não vai tentar controlar isso?
Diego Marini
*olhando diretamente pra ele*
— Adrien, eu quero o melhor de você.
— E se isso significa ter alguém ao seu lado pra te lembrar quem você é… não vou impedir.
— Só não deixe que ninguém — nem mesmo ele — decida por você.
Adrien assentiu, respirando mais fundo. Pela primeira vez em dias, parecia que seu corpo relaxava minimamente.
Diego Marini
*abrindo um leve sorriso*
— Mas aviso logo: se Angel tiver mau gosto musical, vai ficar difícil dividir playlists no estúdio.
Adrien
*com um meio sorriso sincero*
— Ele ouve Lana Del Rey no repeat e chora em silêncio. Acho que vocês vão se entender.
Diego Marini
*rindo de leve*
— Perfeito. Então temos um acordo.
— Três dias. Voo às 10h. Você, e quem te mantém de pé.
Adrien
*mais firme agora*
— Estaremos lá.
Aeroporto de Paris – Terminal Internacional, três dias depois. Terminal mais calmo, com janelas altas e vista para a pista privada. Adrien e Angel aguardam sentados, observando os aviões à distância
Adrien cruzava as pernas, vestindo um conjunto de alfaiataria preto com transparência leve na camisa. Óculos escuros escondiam parte do nervosismo. Angel, casual e irreverente como sempre, mexia no celular ouvindo música por um lado só do fone
angel
*olhando de canto, tom brincalhão*
— Última chance pra fugir. Eu ouvi dizer que tem um ônibus indo pra Suíça. Podemos abrir uma cafeteria vegana. Ninguém vai saber.
Adrien
*sem olhar pra ele*
— Eu sou alérgico a montanha e você odeia silêncio. Ia durar dois dias.
angel
*sorri*
— Verdade. Mas pelo menos teria menos expectativa.
Um homem de terno preto e aparência impecável se aproxima. Ele usa crachá com o logo da VOLTAGE. Postura reta, voz firme, mas educada.
segurança
— Sr. Adrien Roche?
Adrien
*levantando-se com leveza*
— Sou eu.
segurança
*olha para Angel*
— E o Sr. Angel Durand?
angel
*ergue uma sobrancelha com charme fingido*
— Em carne, osso e deboche.
segurança
*sem se abalar*
— Ótimo. As bagagens foram recebidas. Estou aqui para acompanhá-los até o embarque. O jatinho particular do Sr. Delgado já está preparado no hangar três. Decolagem em trinta minutos. A bordo, vocês terão serviço completo e... privacidade.
Adrien
*surpreso*
— Jatinho? Tipo… daqueles com tapete vermelho e champanhe?
segurança
— Exatamente.
— O Sr. Delgado preza pelo conforto de quem trabalha com ele
angel
*cutucando Adrien*
— Melhor que o metrô lotado e uma garrafa térmica com café queimado, né?
Adrien
*meio sorrindo, meio pálido*
— Isso tá começando a parecer mais um sonho febril do que um trabalho.
Os dois seguem o segurança até um carro privado que os leva discretamente até a pista. O jatinho os espera, reluzente sob o céu nublado. Subindo a escada metálica, Adrien engole seco — Angel, por outro lado, já entra animado
Interior do jatinho – luxuoso, moderno, com luzes suaves, bancos de couro claro e uma pequena mesa com garrafas de espumante. Tudo silencioso, cheiroso, surreal
angel
*jogando a bolsa da Balenciaga em um dos bancos, animado*
— Eu vou fingir que nasci aqui. Ninguém me tira desse avião agora.
Adrien
*olhando em volta, impressionado*
— Isso é sério? Tem espumante? E isso é... caviar?
angel
O cara e podre de rico hahahahah
angel
— Se você não beber isso tudo comigo, vou fingir que você é só um figurante.
[O segurança, agora mais discreto, acena de longe e fecha a porta da cabine. A decolagem começa suave. Alguns minutos depois, o avião estabiliza e o comissário aparece com duas taças.]
angel
*brindando com Adrien*
— A você... sobrevivente da própria mãe e agora passageiro oficial de um drama internacional.
— Que comece a temporada dois da sua vida. Com champanhe.
Adrien
*sorrindo de verdade dessa vez*
— Com champanhe... e sem coleira.
A música ambiente toca baixinho. Angel conecta o celular no bluetooth do sistema do avião e coloca Lana Del Rey. Os dois riem. Adrien se permite dançar um pouco, apenas com os ombros, soltando a tensão. Angel o acompanha, exagerado, divertido. Por um instante, eles parecem dois adolescentes que fugiram da realidade — e encontraram liberdade a 10 mil metros do chão
Interior do jatinho – luz baixa, o avião já está em altitude de cruzeiro. Adrien e Angel continuam rindo e dançando em volta da pequena mesa central. Música toca suavemente
angel
rebolando exagerado ao som de Lana Del Rey*
— Vai, Adrien, me dá drama! Mostra o que é sofrer com elegância
Adrien
*rindo de verdade*
— A gente vai ser expulso desse jatinho e deportado em menos de 24h.
angel
*brindando outra vez*
— Se for pra ser deportado, que seja com estilo!
O que eles não sabem é que, em uma pequena tela no estúdio da VOLTAGE em Girona, Diego observa em silêncio
[Cenário paralelo: Estúdio VOLTAGE – Girona, Espanha. Ambiente amplo, com fundo branco montado, refletores, racks de roupas e painéis de inspiração espalhados pelas paredes. Diego está sozinho em uma sala anexa, de pé, assistindo a transmissão ao vivo de uma câmera discreta no jatinho
Na tela: Adrien gargalhando, jogando a cabeça pra trás, o vestido de tecido leve se movendo enquanto ele dança com Angel
Diego Marini
*sorri levemente, falando sozinho*
— É… então você sorri mesmo.
— Quando ninguém tá olhando… ou julgando.
[Ravi entra pela porta sem bater, segurando uma xícara de café.]
ravi
— Eles já estão quase pousando. Preparado?
Diego Marini
*ainda olhando a tela*
— Ele tá diferente. Mais solto.
— Aquilo ali… é o Adrien que eu quero na campanha.
ravi
*olhando por cima do ombro, vendo a tela por um instante*
— Então é melhor capturar isso antes que ele se feche de novo.
Aeroporto privado de Girona – o jatinho pousa suavemente. Uma van preta de luxo os aguarda
Adrien e Angel descem a escada. O vento quente espanhol sopra levemente o cabelo de Adrien. Ele tira os óculos escuros e respira fundo.
angel
*encarando a paisagem*
— Ok… isso aqui já parece uma vibe de filme indie premiado.
Adrien
*tentando controlar o nervosismo*
— Ou um daqueles reality shows onde omegas desabam emocionalmente por doze episódios.
A van os leva por cerca de 20 minutos até o estúdio.]
Estúdio VOLTAGE – Girona. Portões se abrem. A van para em frente ao prédio preto enorme a sua frente.
o segurança leva eles até a sala dos chefes(ravi e braço direito de Diego)agora de frente para os dois,angel tinha um colapso interno, Adriel estava com o coração duvidoso
Diego está de calça social preta, camisa branca dobrada nos antebraços e um relógio escuro. Ravi usa camiseta básica e jeans, tomando café.
angel
*sussurrando enquanto olhava para os dois*
— Ok, os chefões são mais bonito de perto. Isso não é justo.
Adrien
*sem tirar os olhos de Diego*
— Não olha muito. Ele vê tudo.
Adrien desce. Quando seus olhos encontram os de Diego, algo muda. A tensão volta. Mas agora… é diferente. Diego o encara firme, com calma, como quem já viu algo que Adrien ainda não sabe que mostrou
Diego Marini
*sem sorrir, mas com voz firme*
— Bem-vindo, Adriel....e angel e claro
Adrien
*tentando manter a postura*
— Obrigado... por confiar.
ravi
*se aproximando de Angel e apertando sua mão com leve simpatia*
— E você deve ser o Angel.
— A bagunça emocional da viagem foi sua culpa ou do champanhe?
angel
*com um sorriso debochado*
— Culpa dos dois. Mas eu também sou a parte que faz ele não pular da janela. Pode me agradecer depois.
Diego Marini
*olhando para Adrien*
— Vamos começar devagar. Hoje só ambientação. Amanhã... você entra na frente da lente.
Adrien
*respirando fundo*
— Estou pronto.
Diego Marini
*com um olhar firme, quase provocador*
— Veremos.
o filha da puta por favor não me machuca eu só quero te comer 🤍🥰
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