A poeira fina dançava nos feixes de luz que filtravam pelas janelas do antigo apartamento. Lívia [Lívia] passava os dedos sobre a caixa de cedro envelhecida, um presente póstumo de sua tia-avó Elisa, uma historiadora renomada cujas últimas pesquisas haviam se tornado obsessão. Dentro, um emaranhado de veludo roxo revelava um colar de prata oxidada, adornado com um único pingente: um dragão oriental entalhado em jade escura, com olhos de rubi que pareciam emitir um brilho fúnebre.
[Lívia]: "Um dragão\, tia Elisa? Que peculiar."
A joia era pesada, fria ao toque. Não era o tipo de peça que sua tia costumava colecionar. Ao lado do colar, um objeto ainda mais intrigante repousava: um dispositivo de armazenamento digital, do tamanho de um isqueiro antigo, feito de um metal desconhecido e com símbolos gravados que lembravam hieróglifos. Era óbvio que não era um pen drive comum.
Lívia, uma hacker ética de renome no submundo digital, mas com uma fachada impecável de historiadora de arte para o mundo exterior, sentiu a adrenalina começar a bombear. Seus dedos voaram sobre o teclado de seu laptop, conectando o estranho dispositivo a uma interface de leitura de dados customizada que ela mesma construíra. As linhas de código rolavam na tela, enquanto o sistema tentava decifrar a criptografia.
Minutos de tensão se passaram. De repente, um chiado agudo irrompeu dos alto-falantes, seguido de uma série de imagens fragmentadas piscando na tela: flashes de documentos antigos, cifras ilegíveis, e por um instante, uma imagem distorcida de um homem em um terno escuro, a face oculta pela sombra, mas cuja postura exalava poder. Então, a tela se estabilizou, exibindo um único arquivo de texto.
[Lívia]: "Consegui! Mas... o que é isso?"
O arquivo não era uma carta, nem um diário. Era uma série de coordenadas geográficas e datas, intercaladas com códigos numéricos e o que pareciam ser nomes de obras de arte perdidas. No final, uma única frase em latim: "Umbra draconi non dormit." (A sombra do dragão não dorme.)
Enquanto Lívia lia, um arrepio percorreu sua espinha. Não era o frio da sala. Uma sensação vívida, quase um cheiro de metal e fumaça, invadiu seus sentidos. Ela fechou os olhos, e por uma fração de segundo, viu. Uma figura imponente, envolta em escuridão, estendendo a mão para uma peça de jade idêntica à sua, mas com um rubi que parecia sangrar. O som de um grito distante e um flash de luz cegante. Lívia abriu os olhos abruptamente, o coração martelando no peito.
[Lívia]: "O que foi isso? Uma premonição... ou uma lembrança que não é minha?"
Essa não era a primeira vez. Desde a morte de sua tia, premonições sutis, flashes de eventos que pareciam sobrepujar a realidade, haviam se tornado mais frequentes. Mas esta era diferente. Mais forte, mais perturbadora, e visceralmente ligada ao colar. Era como se a joia fosse um portal.
A frase em latim e os códigos apontavam para uma conexão profunda. Sua tia Elisa não era apenas uma historiadora. Ela estava investigando algo perigoso, algo que a levou à beira do abismo. E a figura sombria... Lívia sabia que ele era a chave. A raiva começou a ferver dentro dela, misturada com uma determinação fria. Se seu parente foi envolvido ou prejudicado por isso, ela encontraria os responsáveis. E o "Senhor das Sombras" seria seu ponto de partida.
[Victor]:
A luz fraca da tela de seu tablet iluminava o perfil angular de Victor [Victor], enquanto ele revisava relatórios financeiros complexos em seu escritório penthouse. A vista da cidade abaixo, um tapete cintilante de luzes, mal registrava em sua mente. Ele era o CEO da Sterling Corp, um conglomerado global, e um dos homens mais poderosos do mundo. O controle era seu segundo nome.
[Victor]: "Anomalias. De novo?"
Sua voz era calma, mas a palavra carregava uma lâmina. No relatório, um desvio de fundos de uma conta offshore ligada a uma pequena subsidiária de sua empresa. Nada que abalasse seu império, mas o padrão irritava. Indicava um elo fraco.
[Assistente Virtual (Voz Artificial\, N.A.I.A.)]: "Sim\, senhor. Pequenos desvios em três contas\, totalizando $2.3 milhões. Rastreamos a origem para uma rede de servidores proxy altamente sofisticada\, mas o rastro termina em um endereço IP na Europa Oriental."
[Victor]: "Europeu Oriental... interessante. E as outras operações?"
Ele alternou a tela para outra comunicação. Desta vez, um aplicativo de vídeo criptografado. A voz de Victor mudou, tornando-se mais grave, levemente distorcida, com uma ressonância que faria qualquer um tremer. A tela exibia apenas uma silhueta escura, suas mãos perfeitamente enluvadas, gesticulando suavemente.
[Victor (Voz Distorcida)]: "Onde está o item 'Dragão Negro'? As informações indicavam que deveria estar em posse da família Alaric."
[Capo (Voz Ríspida\, através da tela)]: "Senhor\, houve um contratempo. A última herdeira\, uma velha historiadora\, faleceu. O item sumiu antes que pudéssemos garanti-lo. Estamos investigando a neta. Ela é uma peça-chave agora\, uma tal Lívia."
Uma pontada aguda atingiu Victor. Não era dor física. Era um flash, uma imagem rápida e desorganizada em sua mente: o pingente de jade com o dragão, e um rosto. Um rosto feminino, de olhos intensos, que ele nunca tinha visto antes, mas que irradiava uma familiaridade perturbadora. Era o mesmo rosto de seu pesadelo recorrente.
[Victor]: "A neta? O que ela tem a ver com isso? Vocês falharam em garantir um artefato crucial. Encontrem-na. Mas não toquem nela. Eu quero essa joia."
A voz distorcida ocultava a perturbação interna. O nome, Lívia, ecoava em sua mente, estranhamente familiar. O pesadelo que o assombrava há semanas — um incêndio, uma traição, e uma figura borrada que se tornava mais clara a cada vez — parecia se conectar a essa mulher. Ele fechou os olhos por um segundo, as veias em suas têmporas pulsando. Ele não entendia esses insights ou por que eles estavam se tornando mais frequentes. Era como se o tempo estivesse dobrando ao seu redor.
[Victor]: "Preparem a agenda. Preciso de um evento beneficente de alto perfil nos próximos dias. Um leilão de arte seria ideal. E quero que a lista de convidados inclua essa 'Lívia'."
O Capo do outro lado da tela pareceu hesitar, mas obedeceu. Victor cortou a comunicação, sua expressão endurecida. O dragão de jade. A neta da historiadora. O nome Lívia. Tudo se encaixava de uma forma inquietante. O "Senhor das Sombras" tinha um novo alvo, e o CEO tinha um novo interesse pessoal. O jogo havia começado.
O ar no suntuoso salão de leilões da galeria Sterling exalava opulência e poder. Cristais pendiam do teto, reverberando a luz dourada sobre ternos sob medida e vestidos de alta-costura. Lívia, impecável em um vestido azul-marinho que realçava seus olhos e a silhueta esguia, movia-se com a graça calculada de uma predadora, seus olhos varrendo a multidão não apenas em busca de arte, mas de algo mais elusivo: a conexão entre a joia de sua tia e o submundo que a ceifou.
[Lívia]: "Aonde você se esconde\, 'Senhor das Sombras'?"
Ela murmurou para si mesma, ajustando o pequeno fone invisível em seu ouvido, conectado a um discreto scanner de frequência. Seu disfarce de historiadora de arte renomada era impecável, e ela respondia a cumprimentos com um sorriso educado e um brilho perspicaz no olhar. A joia do dragão de jade estava segura em seu cofre, mas a urgência de decifrar os segredos de sua tia queimava em seu peito.
Entre os sussurros e os lances, uma figura dominou o ambiente. Victor entrou no salão, não com um passo apressado, mas com a calma de alguém que sabe ser o centro de gravidade. Sua presença era magnética, silenciosamente exigente. A cabeça da maioria das pessoas se virou. Lívia sentiu a tensão no ar antes mesmo de seus olhos o encontrarem. Ele vestia um terno grafite impecável que moldava seu físico atlético, e seu cabelo escuro estava perfeitamente penteado para trás, revelando traços que eram ao mesmo tempo fortes e elegantemente esculpidos.
[Lívia]: "É ele. Não pode ser."
Uma onda de deja vu a atingiu, tão forte que ela cambaleou minimamente. Não era apenas uma memória de um lugar ou uma premonição. Era a sensação opressora da presença que ela havia experimentado em sua visão, a mesma aura de poder e perigo que o "Senhor das Sombras" emanava. Era como se as duas identidades — o CEO e a sombra — se fundissem em uma névoa densa ao redor dele. O ar pareceu ficar mais pesado, a temperatura subir. Um cheiro sutil de couro e um perfume amadeirado e masculino, que não estavam ali um segundo antes, a envolveu, enviando um arrepio pela sua pele.
Victor, como se guiado por uma força invisível, virou a cabeça e seus olhos escuros encontraram os dela. Por um instante, o tempo pareceu parar. O burburinho do salão desapareceu. O olhar dele era penetrante, avaliador, e carregava uma intensidade que fez o coração de Lívia acelerar. Não era apenas curiosidade; era uma forma de reconhecimento, quase de posse. Ela sentiu uma atração proibida e perigosa puxá-la, ao mesmo tempo em que um instinto primal gritava para ela correr.
[Victor]: "Senhorita Alaric\, presumo?"
Sua voz era profunda, um tom que parecia acariciar e ordenar ao mesmo tempo. Ele se aproximou, e Lívia sentiu cada fibra de seu ser vibrar. Sua mão se estendeu para ela, um gesto formal que, para ela, parecia carregado de uma intenção oculta.
[Lívia]: "Senhor Sterling. É um prazer."
Ela apertou sua mão. O toque foi elétrico. O calor da palma dele se espalhou, e naquele instante, Lívia teve outro flash: não de violência ou perigo, mas de intimidade. Um vislumbre de um quarto escuro, a pele dele contra a sua, a respiração ofegante e a mesma fragrância amadeirada que agora a envolvia. Era perturbadoramente real, um futuro que ela não sabia se desejava ou temia. Ela puxou a mão de volta, o rubor colorindo suas maçãs do rosto.
Victor pareceu notar a reação dela, um sorriso sutil e quase imperceptível curvando seus lábios. Seus olhos não a deixavam. Ele se inclinou ligeiramente, sua voz um sussurro rouco que só ela podia ouvir acima da multidão.
[Victor]: "Sua reputação como historiadora precede você\, senhorita Alaric. E sua família... digamos\, tem um histórico interessante com certos artefatos. Curioso."
A menção à sua família e aos "artefatos" fez o sangue de Lívia gelar. Ele sabia. Ou, no mínimo, suspeitava. A fachada de CEO impecável vacilou por um milésimo de segundo, revelando um lampejo de astúcia e poder que a lembrou do "Senhor das Sombras".
[Lívia]: "Minha família sempre teve apreço pela arte\, senhor Sterling. Nada mais." Ela conseguiu manter a voz firme\, mas o jogo havia começado.
[Victor]: "Ah\, mas é nos 'nada mais' que os maiores segredos se escondem\, não concorda? Tenho uma vasta coleção particular que precisaria de um olhar tão perspicaz quanto o seu. Estaria disposta a uma consultoria?"
A proposta. Era a chance perfeita para Lívia se infiltrar. Mas o convite não era inocente. Era uma teia sendo tecida. Victor não estava apenas interessado em arte; ele estava interessado nela.
[Lívia]: "Seria uma honra\, senhor Sterling. Estou sempre aberta a desafios que envolvam verdadeiras obras de arte." Sua resposta foi um desafio velado\, um piscar de olhos à complexidade que ela sabia que viria.
[Victor]: "Excelente. Minha assistente entrará em contato para agendar nossa primeira reunião. Tenho certeza de que será... esclarecedora."
Seu olhar se demorou nela por mais um segundo, um calor perigoso se misturando à intensidade. Ele deu um passo para trás, virando-se para cumprimentar outro convidado, mas Lívia sentiu que sua atenção permanecia nela, uma sombra observadora em meio à luz do salão. A premonição do quarto escuro piscou novamente em sua mente. O cheiro amadeirado. O toque. Ela sabia que estava entrando na boca do lobo, e estranhamente, parte dela estava excitada com o perigo. O jogo de dominação já havia começado.
Os dias que se seguiram ao leilão foram uma dança calculada de expectativas e subterfúgios para Lívia. Victor não demorou a agir. Duas manhãs depois, seu assistente pessoal, um homem impecável chamado Sr. Chen, com a precisão de um relógio suíço, ligou para agendar a primeira "consultoria" dela na Sterling Corp.
[Sr. Chen]: "Senhorita Alaric\, o senhor Sterling aguarda-a amanhã\, às nove da manhã\, em seu escritório na sede da Sterling. Traje formal."
Lívia anotou a informação, um sorriso de canto nos lábios. O jogo estava oficialmente em curso. Ela passou a noite revisando tudo sobre a Sterling Corp, mergulhando nos relatórios públicos e, secretamente, sondando os vulneráveis pontos digitais que pudesse encontrar. A joia do dragão de jade permanecia em seu cofre, mas a presença dela, Lívia sentia, era um imã que a puxava para mais perto do perigo.
Na manhã seguinte, o lobby da Sterling Corp era um testemunho silencioso do poder. Mármore polido, obras de arte contemporâneas e uma equipe de segurança discreta, mas onipresente. Lívia manteve sua postura de historiadora de arte, observando cada detalhe como se estivesse catalogando uma nova peça.
[Recepcionista]: "Senhorita Alaric? O Sr. Chen a aguarda."
Ela foi conduzida por corredores amplos até uma sala de reunião envidraçada no topo do arranha-céu. A vista era espetacular, mas os olhos de Lívia foram imediatamente para Victor, que estava de pé, observando a cidade. Ele se virou quando ela entrou, seu olhar encontrando o dela com a mesma intensidade do leilão.
[Victor]: "Senhorita Alaric. Pontual como sempre. Aprecio isso."
Sua voz era mais suave do que no leilão, mas ainda carregava um tom de autoridade. Lívia sentiu a familiar eletricidade no ar.
[Lívia]: "Obrigada\, senhor Sterling. Estou ansiosa para ver sua coleção."
Ele gesticulou para a mesa e os projetos de arte espalhados. A coleção era vasta, e Victor parecia genuinamente interessado em discutir as peças. Lívia demonstrou seu conhecimento, sua paixão genuína por arte se misturando ao seu objetivo de infiltração. Ele a observava, atento a cada gesto, cada nuance de sua expressão. Era como se ele estivesse analisando uma obra de arte rara, buscando suas rachaduras e segredos.
A tensão no escritório era palpável, não apenas pelo trabalho, mas pela atração inegável que pairava entre eles. Em um momento, enquanto Victor mostrava um antigo mapa com rotas comerciais marítimas, seus dedos roçaram os dela sobre a superfície polida da mesa.
[Victor]: "Essas linhas... elas contam uma história de poder e influência que transcende séculos."
O contato foi breve, mas o suficiente para acionar outro flash em Lívia. Não era uma premonição nítida, mas uma sensação perturbadora de aprisionamento, de uma teia invisível sendo tecida em torno dela. Ela viu por um instante um reflexo distorcido de si mesma, envolvida em correntes douradas, com os olhos de Victor a observando das sombras. A fragrância amadeirada dele se intensificou, quase inebriante. Ela se forçou a quebrar o contato, o coração batendo forte no peito.
[Lívia]: "De fato\, senhor Sterling. As rotas nem sempre levam apenas ao ouro. Às vezes\, levam a segredos mais valiosos."
A resposta dela foi um desafio sutil, e um lampejo de satisfação cruzou o rosto de Victor. Ele gostava do jogo.
[Victor]: "Estou certo de que\, com seu talento\, desvendaremos muitos desses segredos."
A reunião se estendeu por horas. Victor demonstrou ser um negociador implacável, mesmo na apreciação de arte. No final, ele fez uma proposta concreta: Lívia seria sua consultora exclusiva para um novo projeto de digitalização e catalogação de sua coleção particular, com acesso a algumas de suas residências.
[Victor]: "Começaremos com a biblioteca da minha propriedade em Long Island. Há algumas peças particularmente desafiadoras lá. E\, claro\, a confidencialidade é primordial."
Lívia sentiu um arrepio. A biblioteca. Provavelmente um dos locais mais seguros e cheios de segredos dele. Era exatamente o que ela queria. Era a porta de entrada para seu mundo.
[Lívia]: "Aceito\, senhor Sterling. E garanto minha discrição."
[Victor]: "Não duvido."
Seu olhar se demorou na boca dela por um segundo a mais do que o profissionalismo exigia, um silêncio carregado de promessas não ditas. Lívia sentiu o calor subir ao seu pescoço. Ela estava se aproximando do predador, e ele estava se aproximando dela. A teia estava montada.
[Victor]: ......
Victor observou Lívia sair, a porta se fechando suavemente atrás dela. Um sorriso quase imperceptível se formou em seus lábios. Ela era mais do que esperava. Inteligente, linda, e com um fogo em seus olhos que ele raramente via. E aquele pequeno rubor...
Ele sentou-se à sua mesa, ativando uma tela oculta em sua lateral. A imagem do dragão de jade de Elisa Alaric apareceu.
[Victor (Voz Distorcida\, para si mesmo)]: "Ela é a neta. Interessante."
Seu insight anterior, o rosto feminino em seu pesadelo, estava cada vez mais nítido. Quando Lívia estava perto, a sensação de um futuro caótico, mas estranhamente desejável, se tornava quase insuportável. Era como se ela fosse o elo perdido para a paz que ele inconscientemente buscava, e o perigo que ele deveria evitar. Ele podia sentir as camadas de segredos que ela carregava, a determinação sob a fachada de historiadora. Ela era um enigma que ele precisava resolver.
[Victor (Voz Distorcida)]: "Senhor Chen\, prepare a propriedade em Long Island. E aumente a segurança. Quero tudo em ordem para a senhorita Alaric."
[Sr. Chen (Voz Calma\, através do intercomunicador)]: "Compreendido\, senhor. Há algo mais?"
[Victor (Voz Distorcida)]: "Sim. Quero um relatório detalhado sobre Lívia Alaric. Cada passo\, cada contato. E não a assustem."
Ele desligou, recostando-se na cadeira. Seus olhos se fixaram na cidade lá fora. A mulher que carregava a peça-chave de um mistério antigo, e que agora trabalharia em seu domínio. Ela era uma intrusa em seu mundo cuidadosamente compartimentado. Mas, ao mesmo tempo, ele sentia uma atração que transcendia a lógica. O toque dela. Aquele flash de um quarto escuro em sua mente. Ele sabia que o jogo de dominação seria mais complexo do que ele imaginava. Não seria apenas sobre controle, mas sobre a rendição de ambos. E ele mal podia esperar.
Para mais, baixe o APP de MangaToon!