Erik volta pra casa; mamãe não vai aguentar muito tempo. Sabe que ela pode falecer e você vai se arrepender e vai sentir remorso pelo resto de sua vida. Ingred ligou para seu irmão desesperada para que sua mãe o visse antes de partir.

Isaura Mello já estava doente há mais de 5 anos quando descobriu o câncer de mama. Fez tratamento e lutou bastante. Foi uma batalha perdida, mas mesmo assim ela não desistiu. Isaura sempre lutou muito, mas quando descobriu que seu filho era gay, infelizmente, ela não aceitou. Com apenas 16 anos, ela o pôs para fora de casa e ficou com sua única filha, Ingred ,que foi quem cuidou dela.

Isadora chamava todos os dias pelo seu filho; ela queria pedir desculpas por tudo que havia feito com ele. Ingred queria que seu irmão fosse até lá para que ela pudesse descansar em paz. Ingred era uma mulher incrível e trabalhadora, mas se casou com o traficante Kal, que era o braço direito de Tatum. Ele quem comandava o tráfico e tudo dentro da favela Morro do Alemão.

Ingred todos os dias ligava para o irmão, tentando convencê-lo a voltar para o Brasil e poder ver sua mãe. Ela não se lembrava de seu irmão, nada de sua infância. Ele foi embora de casa para morar com sua avó, Dalva, aos 16 anos, e já se passaram 10 anos desde então que eles não se viram .

Isaura era uma mulher linda, trabalhadora e criou seus filhos com sacrifício, mas quando descobriu que seu filho era gay, surtou, bateu nele e quase o matou especando. A noite em que tudo aconteceu ela o expulso de casa chovia muito nesse dia .

Quem conhece as vielas do Morro do Alemão sabe quão íngremes são e como ficam escorregadias quando chove. À noite, não era muito seguro sair de casa, mas ela não pensou nem por um instante na segurança de seu filho mais velho. E seu filho, com apenas 16 anos, saiu machucado, chorando, humilhado e sofrendo. Uma vizinha, Dona Antônia, que conhecia a família, ajudou o menino, deixando-o ficar em sua casa até que ele se recuperasse.

Assim que amanheceu, Erik pegou sua dignidade e foi atrás de seu amigo Eduardo, conhecido como Dudu.

Dudu olhou com raiva para seu amigo porque ele nunca contou que gostava de homens, e gostava logo do Tatum , um cara ruim como aquele.

— Você acha que eu queria gostar de um homem? Eu nem sei como isso aconteceu. Merda! (Erik)

— Ele vai acabar com a sua raça, cara. É melhor você ir embora daqui, eu tenho medo do que pode acontecer com você. (Dudu)

— Eu queria saber quem pegou a minha mochila e fez aquilo comigo. Ninguém sabia do meu segredo. O Bruno e só o meu amigo eu juro .(Erik)

— Cara, o seu vídeo está circulando em toda a escola. Eu não sei quem fez isso com você, mas o pai dele quer te matar. (Dudu avisa)

Erik chora, pedindo desculpas e perdão por erros cometeu , mas infelizmente tudo já estava feito e agora ele teria que ir embora da favela e nunca mais voltar. Dudu o abraçou e disse:

— Volta assim que tudo for esquecido, meu amigo, você poderá voltar.

Mas Erik sabia que nunca mais voltaria. Só que não.

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Olá, meus amores! Não vai ter muita gíria de morro ou linguagem pesada. O tema é uma história de amor LGBT. Vou demorar um pouquinho para postar. Estou meio ocupada, mas espero que gostem deste livro.

E se não der para entender, então não leiam. Muito obrigado pelo carinho de vocês!

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Ingred estava em seu quarto quando seu marido disse que ia sair pra fazer uns corre que demoraria, por isso ela não deveria sair de casa. Ela tinha dois filhos com ele: Yasmin, de 5 anos, e Yago, de 8 anos. A casa era situada dentro da comunidade, onde nada era tranquilo e sempre havia o que fazer, nem dando tempo para nada. Ela estava conversando com a mãe sobre seu irmão.

Ingred é uma mulher linda, com seus 21 anos. Ela já teve muitas brigas com seu marido. Infelizmente, ele a agredia por ser ciumenta e barraqueira, mas agora eles têm uma vida tranquila. Ela passou a ser uma mulher um pouco mais sábia, e os problemas com sua mãe a ajudaram a ser mais paciente.

Isaura teve que, muitas vezes, separar brigas e resolver os problemas da sua filha, a quem ama. Mas ela sentia muita falta de seu filho, por orgulho, vergonha ou até mesmo medo do que poderiam falar sobre sua vida. Agora, ela queria muito ver seu filho antes de morrer e pedir perdão a ele.

 Kal , assim que o marido de Ingred era chamado , era um apelido que lhe caía bem, pois ele não gostava muito de" Castro" seu nome . Ele era o braço direito do Tatum, um cara temido e sóbrio, e eram três amigos inseparáveis. Eles estão juntos há muito tempo, em um laço de mais do que apenas amizade; havia cumplicidade, companheirismo e parceria, algo mais forte que laços de sangue. Amizades que ultrapassaram barreiras e que aqui estão, fazendo o seu melhor como donos da situação.

Ingred estava na casa de sua mãe, cuidando dela. Isaura nunca quis morar com sua filha, então Ingred paga a alguém para ajudar sua mãe. Mas Isaura já estava muito debilitada, e a doença já estava em metástase.

Mais uma vez, Ingred ligou.

— Irmão, por favor, venha visitar nossa mãe. Ingred estava cansada de ligar; muitas vezes, ele nem atendia e, quando atendia, só ouvia sua irmã falando.

Ele estava magoado e já havia até se esquecido de que um dia teve mãe ou irmã. Embora soubesse que a sua irmã não tinha culpa, ele preferiu se isolar no seu próprio mundo. Ele ficou focado na sua carreira, e a sua vida pessoal incluía um namorado.

Ingred tinha um salão de cabeleireiro dentro da comunidade e todos a conheciam; frequentavam seu salão. Ela tinha uma amiga, Katharine, madrinha de sua filha Yasmin.

Karine perguntou a Ingred se o irmão dela viria ver a mãe.

— Ele nem atende, e quando atende, não diz uma palavra — contou Ingred.

— Que droga! Então esqueça ele, amiga, deixa ele que quem vai sofrer é ele, depois que ela morrer vai vir o remorso— disse Katharine.

— Eu sei, mas ele também sofreu demais e tenho certeza de que a vida dele não foi fácil. Meu irmão passou muita vergonha aqui; imagina tudo que passou na cabeça dele, ainda jovem, que humilhação — respondeu Ingred.

— Eu sei, amiga, mas já passou. Estamos no século XXI; todo mundo já esqueceu. — retrucou Katharine.

— Será? Bem, eu sei que não lembro de nada, e tem muitas pessoas que também não lembram; afinal, já se passaram 10 anos — disse Ingred.

Logo, Ingred foi para casa ver a sua mãe, e lá estava ela, sentada na sala, onde havia deixado a mochila dele, que ele nunca buscou. Era uma mochila cheia de roupas, da qual ele nunca pegou, saindo apenas com a roupa do corpo e uma pasta de documentos. A mochila tá no canto há 10 anos ninguém podia tirar dali ela sempre pensou que ele viria buscar.

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Eu sou o Erick, que tanto minha irmã fala. Sim, este sou eu. Sei que você deve estar pensando que sou um cara egoísta e filho da puta por não perdoar a minha mãe. Eu posso até ser egoísta e um babaca, mas tudo aconteceu muito rápido na minha vida. Um dia eu tinha mãe, e no outro fui jogado fora. Eu não tenho que perdoar a minha mãe; ela fez o que todos os pais fazem, e, com o tempo, eles aceita e nos g perdoamos. Mas eu nunca voltei porque tenho medo de um dia o diabo ou capeta me atormentar. Eu tenho pavor, medo, horror dele.

Ser gay nessa vida não é fácil. Puta merda, é sempre altos e baixos. Os heteros acham que só eles sofrem traição, mas, infelizmente, em nosso meio também sofremos pra cacete, sem contar as brigas constantes por ciúmes. Se a mulher sofre abusos, nós também sofremos. Não está fácil pra ninguém. Eu já passei por cada coisa que dá pra cair o c@pra bunda. Hahaha.

Quando eu saí da casa da minha mãe, vim morar com a minha avó fora do país, que não foi nada legal comigo. Passei o pão que o diabo amassou, pisou, esfaqueou e deixou apodrecer, e depois eu comi. A velha era maldita. Eu tinha tios que eram só chatos e aproveitadores. Eu sobrevivi no meio do caos; tios abusivos e aproveitadores. Mas eu fui embora com 18 anos e nunca mais voltei pra casa da minha avó.

Erick sempre foi um sobrevivente. Ele sofreu abusos por ser gay, trabalhou incansavelmente só pra mostrar que era homem. Eles tinham vergonha dele, e assim ele foi embora. Ele foi morar com um amigo que se tornou seu namorado; com o tempo, Guto terminou com ele. Isso ensinou a Erick que nada é para sempre.

Guto era mais velho que Erick, que era um jovem de 18 anos. Claro que um jovem é imaturo. Ele passou por um processo difícil de morar com um homem e, com tudo isso, fez muita besteira. Erros faziam parte da rotina de Erick.

Mas Guto era maduro, inteligente e apaixonado por um jovem cheio de vitalidade e disposição. No entanto, a relação deles ficou cansativa, com brigas constantes e ciúmes por parte de Erick, que era imaturo. Então, Guto resolveu deixar seu amor depois de 2 anos de relacionamento. Guto foi transferido de trabalho para o hospital na Alemanha e não levou seu namorado. Que ficou nos Estados Unidos.

Erick sofreu muito com a separação, mas focou no trabalho. Com o tempo, o que era amor virou saudade, e depois só lembrança. Ele entendeu que realmente sufocava e sabotava seu próprio relacionamento, mas ele sabia que era jovem e agora mais maduro passou a comandar sua vida. Hoje ele trabalha como designer de interiores, é um excelente profissional e reconhecido.

Ele mora com uma amiga, Patrícia, uma verdadeira amiga em seus momentos mais difíceis. Ela é quem segurava sua cabeça e sua vida pra não se afundar na depressão ou em seus problemas emocionais. Infelizmente, Erick sempre tentou se encaixar na sociedade, mas agora ele terá que decidir o que fazer daqui pra frente.(Paty e trâns) ela não retirou o pênis) Vou pôr explicação depois.

Pai Afonso Silva

mãe ; Isadora Mello

Mãe de Erick e Ingred

Ela está doente ela veio visitar o Brasil e se apaixonou por morreu em um acidente de carro deixando ela sozinha.

 Nome Erick Mello

Idade 26 anos

Profissão designer de interiores

 nome Patrícia Smith

Idade 27 anos

Profissão Arquiteta

Fez transição de gênero só não retirou o pênis mas é tão pequeno que nem dá pra ver sua mãe pedir pra não retirar ela respirou sua mãe que tanto amava

( a mãe dela faleceu).

Nome Ingred Mello

Idade 21 anos

Profissão Dona de um salão de beleza.

 Os filhos de Ingred com Kal.

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