NovelToon NovelToon

Um Romance Proibido {Vampiro X Humano}

O Encontro na Chuva

Um Romance Proibido
Um relacionamento proibido entre Humano e Vampiro
Era uma noite fria e chuvosa em Seul, as ruas, molhadas pela garoa constante, refletiam as luzes trêmulas dos postes como se a cidade chorasse em silêncio.
Manuel caminhava com pressa, o casaco colado ao corpo, os olhos fixos na calçada, desviando dos olhares de estranhos. Ele estava atrasado para o trabalho no bar de jazz onde era garçom, mas, naquela noite, o destino queria que ele se atrasasse um pouco mais.
Em uma viela pouco iluminada, ele ouviu um barulho — algo entre um sussurro e uma respiração contida. Parou. Seus olhos tentaram se acostumar à escuridão, e então ele o viu.
Um homem alto, pálido como a lua e com olhos vermelhos, estava encostado na parede de tijolos molhados, como se fizesse parte da noite.
Ele usava roupas escuras, elegantes, como alguém tirado de outra época. Mas o que mais chamou a atenção de Manuel foi o sangue escorrendo do canto da boca do estranhos.
Manuel
Manuel
Está tudo bem?
Manuel perguntou, com a sua voz tremendo entre a coragem e o medo.
O homem o olhou, e naquele momento, algo dentro de Manuel estremeceu — não sou de medo, mas do que um desejo estranho e inexplicável.
Hwang
Hwang
Você consegue me ver?*perguntou surpreso*
Manuel
Manuel
Claro que consigo. Você... está machucando?
O estranho sorriu de lado, limpando a boca com o dorso da mão.
Hwang
Hwang
Não. Mas talvez você esteja.
Respondeu Hwang, se aproximando devagar, os passos tão silenciosos que mal tocavam o chão.
Manuel deu um passo para trás.
Manuel
Manuel
Quem é você?
Hwang
Hwang
Hwang. E você, Manuel.
Manuel
Manuel
Como sabe meu nome?
Hwang
Hwang
Eu o escuto. Nos pensamentos das pessoas.
Hwang
Hwang
Nos murmúrios noturnos desta cidade podre.
Hwang
Hwang
Eu o vi antes... e desde então, eu não consigo parar de pensar em você.
Manuel prendeu a respiração. Aquela figura era perigosa, ele sabia.
Mas também havia algo magnetizante nele. Uma tristeza profunda por trás daquele olhar vermelho, como se Hwang carregasse séculos de solidão.
Manuel
Manuel
Você é um... vampiro?
Ele perguntou num tom frio na voz.
Hwang não respondeu de imediato. Apenas se aproximou mais, até estar poucos centímetros dele.
Hwang
Hwang
E se eu for? Você fugiria?
Hwang
Hwang
Ou deixaria que eu te tocasse... te conhecesse?
Manuel sentiu o coração disparar. Ele sabia que deveria correr, mas em vez disso, ficou parado, hipnotizado por aquele olhar.
Manuel
Manuel
Eu não sei...*Respondeu honestamente*
Hwang
Hwang
Então me deixe mostrar quem eu sou.
Sussurrou Hwang, erguendo a mão e encostando levemente os dedos no rosto de Manuel.
O toque era frio, mais suave. O tempo pareceu parar.
Manuel
Manuel
Por que eu?*Perguntou ofegante *
Hwang
Hwang
Porque Manuel...
A voz de Hwang soou como uma canção esquecida.
Hwang
Hwang
Porque você é a primeira luz que vi em trezentos anos.
Continua.

O Convidado da Noite

Manuel não foi trabalhar naquela noite.
Hwang insistiu para que ele entrasse em sua casa — ou melhor, em seu refúgio — uma antiga residência escondida entre as ruas esquecidas de Seul.
Onde o tempo parecia ter parado no século XIX. A porta de madeira rangia ao abrir, e o interior era repleto de livros antigos, cortinas pesadas, móveis escuros e uma lareira acesa que estalava em um tom reconfortante.
Nada fazia sentido, mas, estranhamente, Manuel sentia que pertencia àquele lugar.
Manuel
Manuel
Você vive aqui sozinho?
Respondeu Manuel, olhando ao redor, os olhos absorvendo cada detalhe.
Hwang
Hwang
Sempre vivi só... é mais seguro assim.
Respondeu Hwang, enquanto servia uma taça de vinho — ou, pelo menos, o que Manuel pensava ser vinho.
Manuel hesitou ao aceitar, mas bebeu mesmo assim.
O gosto era doce, denso, e provocou um calor na garganta. Hwang o observava com atenção, como se cada movimento do humano fosse uma obra de arte prestes a desaparecer.
Manuel
Manuel
Por que me trouxe aqui?
Hwang sentou-se à frente dele, as mãos juntas, os olhos intensos.
Hwang
Hwang
Eu disse que você é luz. E não menti.
Hwang
Hwang
Desde que me tornei o que sou... nunca mais vontade de me aproximar de ninguém.
Hwang
Hwang
Nunca desejei... me permitir sentir.
Hwang
Hwang
Mas você apareceu, feito tempestade, e destruiu minha maldita calma.
Manuel
Manuel
E isso é ruim?
Respondeu Manuel, tentando entender o medo por trás daquela confissão.
Hwang
Hwang
É perigoso. Porque eu não sou humano.
Hwang
Hwang
E você não sabe o que eu sou capaz de fazer com quem amo...
Um silêncio pesado caiu sobre a sala. A lareira lançava sombras que dançavam nas paredes.
Hwang parecia lutar contra algo dentro de si. Manuel, apesar do medo, deu um passo a frente.
Manuel
Manuel
Você sempre está com medo de me machucar?
Hwang
Hwang
Sempre.
Manuel
Manuel
Mas você não me machucou. Nem tentou.
Hwang
Hwang
Ainda não.
A voz de Hwang quebrou como vidro.
Hwang
Hwang
Mas a sede... a sede sempre volta.
Hwang
Hwang
E eu não quero ferir você. Não você.
Manuel se aproximou, agora muito perto. Seu coração batia forte, mas havia algo em Hwang que o chamava. Um vazio que gritava por companhia.
Manuel
Manuel
Então não lute sozinho. *Sussurrou*
Foi quando Hwang o olhou de forma diferente.
Não com fome. Mas com um desejo que ultrapassava séculos de solidão.
Ele ergueu a mão e tocou o pescoço de Manuel, onde ele pulsava forte.
Mas, em vez de morder, a penas encostou os lábios, fechando os olhos como se respirasse vida pela primeira vez em muitos tempo.
Hwang
Hwang
Eu não vou te machucar.*disse baixo*Mas se ficar... sua vida nunca mais será a mesma.
Manuel sorriu leve.
Manuel
Manuel
Talvez seja isso que eu estaja procurando.
Continua

A sede e o Beijo

Naquela noite, Manuel dormiu no sofá da casa de Hwang.
Pela primeira vez em muito tempo, o vampiro não saiu para caçar.
Em vez disso, ele ficou observando o humano adormecer, sentado numa poltrona antiga, os olhos escuros brilhando na penumbra. O som da respiração de Manuel era como música para ele - viva, ritmada, humana.
Tão frágil, tão irresistível.
Hwang lutava contra o instinto a cada segundo. O sangue de Manuel chamava por ele como uma melodia doce e cruel. Mas o que mais o atormentava não era a sede.
Era o medo de se apegar. E de perdê-lo.
Na manhã seguinte, Manuel acordou com uma manta sobre o corpo e uma xícara de chá quente ao lado.
O cheiro suave de ervas preenchia o ar. Ele se sentou devagar, notando que Hwang estava de pé, à janela, observando a chuva fina cair.
Manuel
Manuel
Você não dorme, né?
Hwang
Hwang
Vampiros não precisam dormir, apenas lembrar.
Manuel
Manuel
Lembrar do quê?
Hwang o encarnou por alguns segundos. Depois caminhou até ele e sentou-se ao lado, sem tocar, mas perto o suficiente para que Manuel sentisse a presença intensa e gélida dele.
Hwang
Hwang
Lembrar do que perdemos.
Manuel observou o olhar de Hwang se perder em algum lugar distante, em algum tempo muito longe dali.
Manuel
Manuel
Você amou alguém antes?
Manuel perguntou, num tum suave. Hwang assentiu lentamente.
Hwang
Hwang
Sim. Há trezentos anos.
Hwang
Hwang
Ela era humana, como você.
Hwang
Hwang
Linda, viva, cheia de fogo... e por minha causa, ela morreu.
Manuel
Manuel
Você a matou?
Hwang
Hwang
Não. Mas a sede me fez sair. E quando voltei, outros vieram.
Hwang
Hwang
Vampiros como eu, mais selvagens. Eles a encontraram, e a usaram como moeda. Como punição.
Hwang abaixou os olhos, a dor ainda fresca em sua voz.
Hwang
Hwang
Desde então, nunca mais me permitir amar ninguém.
Manuel em silêncio, estendeu a mão e tocou a de Hwang.
A pele fria, mas Manuel não se afastou.
Manuel
Manuel
Eu não sou ela, e não estou aqui para repitir o passado.
Hwang
Hwang
Mas você está em perigo só por estar perto de mim, Manuel.
Hwang
Hwang
Eles vão sentir o cheiro do meu desejo, e quando souberem que me importo com você, vão vir atrás de nós.
Manuel respirou fundo. Estava com medo. Mas também sabia que aquele medo era o mesmo que sentia sempre que acordava sozinho. A solidão dele também era um monstro.
Manuel
Manuel
Então lute por mim. Ou me deixe lutar ao seu lado.
Hwang olhou fundo em seus olhos. Algo dentro dele finalmente se partiu. Ou talvez se curou.
E, então, ele o beijou.
Foi um beijo profundo, lento, cheio de séculos de vazio se desfazendo em um toque.
O frio do vampiro se misturou ao calor do humano, criando algo novo, algo proibido e lindo.
Mas, do lado de fora, nas sombras da rua... dois olhos vermelhos observavam a cena. E uma voz sussurrou, cheia de raiva.
Seojin
Seojin
Ele quebrou a Regra. Vamos arrancar o coração desse desgraçado e beber o sangue do humano que ousou despertá-lo.
Continua.

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!