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Seduzida Pelo Meu Marido de Mentira.

A Proposta Inesperada

(essa seria Amanda)

O cheiro forte de café invadia a pequena cozinha da casa que Amanda dividia com sua melhor amiga, Lily. Vestida com seu uniforme informal de todos os dias ,uma calça jeans, regata branca e um coque mal feito no alto da cabeça , Amanda terminava de revisar os últimos resumos de anatomia enquanto devorava um pão com manteiga.

Lily: Você vai chegar atrasada de novo.

Alertou Lily, espiando o relógio no micro-ondas. 

Amanda: A aula é às 07:00 e o plantão na lanchonete às duas.

Lily: Isso vai te matar.

Amanda: É isso ou largar tudo e entre pagar aluguel ou virar sem-teto, eu escolho sobreviver mais uma semana.

Amanda respondeu com um sorriso cansado, mas bem-humorado, o tipo que ela sempre dava, mesmo quando o mundo parecia ruir.

Amanda tinha apenas 20 anos, mas uma vida que faria qualquer um de 40 sentir pena. Órfã desde os 15, batalhava para se manter viva, sã e formada. Cursava Medicina numa faculdade pública, trabalhava numa lanchonete e dividia uma casa alugada com Lily em uma cidade movimentada dos Estados Unidos.

Enquanto corria para pegar sua mochila, o celular vibrou com uma notificação incomum: um e-mail de uma empresa de advocacia sofisticada. Estranhando, ela clicou,o conteúdo era curto, direto, e completamente fora da sua realidade.

E-mail:

“Senhorita Amanda Grey, seu nome foi recomendado para um contrato de natureza civil de interesse mútuo. Solicitamos sua presença para uma conversa com o Sr. Noah Carter, CEO da Carter Enterprises. Assunto: Proposta contratual confidencial. Urgente.”

Amanda franziu o cenho. Noah Carter? O nome soava familiar,um rosto começou a se formar em sua mente: o empresário milionário de 35 anos, dono de metade dos empreendimentos luxuosos da cidade, sempre nas capas de revista, sempre cercado por mulheres e eventos glamourosos.

Amanda: Só pode ser trote…murmurou.

Mas a curiosidade e um toque de desespero financeiro  falou mais alto. Após a aula, e antes do trabalho, ela decidiu ir ao endereço.

O prédio da Carter Enterprises era mais elegante do que qualquer coisa que Amanda já tivesse visto,o mármore brilhava, os seguranças pareciam saídos de filmes de ação, e a recepcionista tinha uma voz mais calma que ASMR.

Recepcionista: Senhorita Grey, o Sr. Carter a receberá agora.

O elevador subiu até o último andar e quando as portas se abriram, Amanda sentiu o mundo desacelerar por um segundo, lá estava ele. Noah Carter.

( esse seria Noah)

Moreno claro, olhos intensos e uma presença marcante que faria qualquer um esquecer como se respira. Vestia um terno cinza escuro, moderno, sem gravata, com os dois primeiros botões da camisa abertos. Seu cabelo curto estava perfeitamente penteado, e ele parecia… simpático,mas distante.

Noah: Senhorita Grey…ele disse, levantando-se da cadeira de couro com um leve aceno de cabeça. 

Noah: Obrigado por vir.

Amanda: É, digamos que eu queria ver se era uma pegadinha bem elaborada.

Ele sorriu de lado. “

Noah: Como pode ver, não é. E vai parecer ainda mais absurda quando eu explicar tudo.

Ela se sentou, cruzando os braços, defensiva. 

Amanda: Tô ouvindo.

Noah se recostou na cadeira, medindo as palavras. 

Noah: Preciso me casar,rapidamente,por motivos legais e comerciais, que não posso detalhar agora, meu conselho jurídico recomendou um casamento civil válido por, no mínimo, um ano. Em troca, ofereço um contrato financeiro generoso.

Amanda piscou. 

Amanda: Você quer que eu me case com você?

Noah: Exatamente.

Ela riu, sem acreditar. 

Amanda: Você não tem uma fila de modelos desesperadas por isso?

Noah: Tenho,mas elas vêm com complicações, já você, por outro lado, é discreta, tem um perfil limpo, sem vínculos com mídia ou escândalos, e… tem um ar confiável. Alguém sugeriu seu nome e, depois de uma breve investigação, você pareceu ideal.

Amanda: Então você quer que eu finja ser sua esposa?

Noah: Não exatamente. Será um casamento legal,mas sem envolvimento emocional,cada um com sua vida,você continuará com seus estudos, seu trabalho, sua liberdade e eu terei o que preciso,só que…”

Amanda estreitou os olhos. 

Amanda: Só que…?

Noah: Não abro mão da minha vida social, saídas, festas, jantares. Preciso manter minhas aparências, e isso inclui acompanhar eventos com outras pessoas, sem compromissos sentimentais é parte do acordo.

Ela soltou um riso incrédulo. 

Amanda: Você quer uma esposa, mas continuar saindo com outras mulheres?

Noah: Não escondo isso,honestidade é o mínimo e você será muito bem recompensada.

Amanda ficou em silêncio por longos segundos,tudo aquilo era insano, um homem 15 anos mais velho, milionário, lhe oferecendo casamento por contrato,mas sem fidelidade, sem envolvimento.

Amanda: Você sabe que isso é completamente fora da realidade, né?

Noah: Sei,mas essa é a minha realidade e a sua, pelo que investiguei, também é difícil. Esse contrato pode mudar sua vida.

Ela ficou em silêncio,as palavras dele a atingiram,era a verdade. Com o dinheiro certo, ela podia largar o trabalho cansativo, se dedicar apenas à faculdade, até ajudar Lily com as contas.

Mas... se casar com um estranho? Um homem mais velho, bonito demais, e com um estilo de vida completamente incompatível com o dela?

Amanda: Não posso te responder agora…disse, levantando-se. 

Amanda: Preciso pensar.

Noah: Claro,mas pense rápido, o tempo é curto.

Naquela noite, Amanda chegou em casa em choque. Contou tudo a Lily, que reagiu como se estivessem num filme.

Lily: Você vai casar com um deus grego rico que deixa claro que não quer amor? Eu aceitaria até de olhos vendados!

Amanda: Lily! Ele quer liberdade total. E eu... nunca nem beijei alguém direito, sabe? E ainda tem essa diferença de idade... Ele vive em um mundo completamente diferente.

Lily: E você vive num mundo onde o aluguel vence na semana que vem e você mal come direito,talvez vocês precisem um do outro.

Amanda caiu no sofá, o coração acelerado. Ela não queria admitir, mas parte dela estava curiosa. Não pelo dinheiro, nem pela fantasia — mas por Noah. Ele parecia... quebrado. Como alguém que já sofreu muito.

E ela entendia isso melhor do que gostaria.

Mas aceitar aquele acordo significava abrir mão de qualquer sonho romântico, de qualquer chance real de amor.

Amanda: Será que dá pra viver um casamento onde o amor não entra na equação?...sussurrou para si mesma.

Na tela do celular, uma nova notificação apareceu: 

“Contrato disponível para leitura. Anexo: Proposta de casamento civil – Noah Carter.”

Amanda respirou fundo, com os dedos tremendo ao clicar no documento.

E naquele instante, a linha entre o que era real e o que parecia ficção começou a desaparecer.

Cláusulas egoístas

Amanda estava deitada de bruços no sofá da sala, com o celular nas mãos pronta para abrir o e-mail, quando Lily deu a ideia de lerem no notebook, então apoiou o mesmo em uma almofada e uma colherada de sorvete de chocolate derretendo na boca, o  contrato de casamento com Noah Carter estava aberto na tela, e ela já tinha lido a primeira parte três vezes.

“Cláusula 1: As partes envolvidas concordam com um casamento legal de duração mínima de doze meses, podendo ser estendido caso haja necessidade jurídica.”

Amanda: Ok, justo. Doze meses eu aguento. Já aguentei coisa pior. Tipo a anatomia patológica. 

murmurou para si mesma.

Lily, do outro lado do sofá, mexia no celular, ouvindo só metade da leitura — e completamente fascinada com tudo.

Lily: Você vai virar esposa de contrato do cara mais gostoso da cidade, é literalmente o enredo de toda fanfic que eu já li.

Amanda: E também de toda catástrofe emocional em potencial. Mas ok, prossigamos.

Amanda rolou a tela, as próximas cláusulas falavam sobre confidencialidade, divisão de tempo para eventos públicos, e a possibilidade de morar juntos “por conveniência de imagem”. Até ali, nada que ela não esperasse. Mas então seus olhos pararam na Cláusula 7.

Ela arqueou uma sobrancelha, leu de novo e... sentou-se como se tivesse levado um choque.

Amanda: Mas que... que diabos é isso?!”

Lily arregalou os olhos. 

Lily: O quê?

Amanda leu em voz alta, com indignação crescente:

“Cláusula 7: Considerando a ausência de intimidade física no casamento, o contratante masculino se reserva o direito de manter relações sexuais com terceiros fora do vínculo conjugal, desde que de maneira discreta e sem interferência na imagem pública do casamento.”

Amanda: É ISSO MESMO QUE EU LI?

Gritou, já gesticulando como se estivesse debatendo com um júri.

Lily: Uau… murmurou Lily, sem conseguir esconder o riso. 

Lily: Isso é... específico.

Amanda: ESPECÍFICO? Isso é ofensivo! Ele basicamente me chamou de cone decorativo com aliança! Eu viro esposa dele, vou sorrir em público, fingir que estamos apaixonados, e enquanto isso ele tá por aí, ‘resolvendo suas necessidades biológicas’? COMO UM COELHO EM HOTEL CINCO ESTRELAS?”

Amanda levantou-se num pulo e começou a andar de um lado pro outro com a colher de sorvete na mão, como se fosse uma espada.

Amanda: E nem é só isso! Olha essa outra cláusula absurda aqui!

Ela rolou mais um pouco e apontou, indignada:

“Cláusula 8: A contratada compromete-se a não estabelecer vínculos afetivos ou sexuais com terceiros durante a vigência do contrato, sob pena de rescisão e devolução proporcional do valor recebido.”

Amanda: OU SEJA!  

Amanda já falava mais alto do que o necessário 

 Amanda: Ele pode viver sua novela mexicana com direito a cenas quentes nos bastidores, e eu tenho que virar freira durante um ano? E ainda devolver o dinheiro se eu beijar alguém?

Lily tentava não rir, mas era impossível.

Lily: Olha pelo lado bom: você já é virgem mesmo,não vai sentir falta de algo que nunca teve.

Amanda: ISSO NÃO AJUDA!

Amanda se jogou no sofá, cobrindo o rosto com uma almofada. A vergonha, o absurdo e a raiva estavam embolados dentro dela como um sanduíche mal montado.

Depois de alguns segundos em silêncio, ela tirou a almofada do rosto.

Amanda: Quem ele pensa que é? Christian Grey com uma pitada de Wall Street e um toque de babaca?

Lily: Um babaca muito gato.

Respondeu Lily, rindo.

Amanda: Você leu isso? Ele colocou por escrito que vai transar com outras enquanto eu fico aqui, cuidando da ‘aparência pública’ do nosso casamento fake. Tipo... o que é isso? Um desfile de hipocrisia com certificado jurídico?

Lily: E ainda sem direito a descontar a frustração com um peguete.”

Amanda suspirou e rolou os olhos. 

Amanda: Eu sabia que era uma loucura,mas agora virou novela mexicana escrita por roteirista bêbado.

No dia seguinte, Amanda marcou um novo encontro com Noah. Precisava olhar nos olhos dele e perguntar se ele realmente achava que aquele contrato era razoável, ou se ele só era muito, muito sem noção.

A sala de reuniões onde se encontraram era ampla, com janelas do chão ao teto que mostravam a cidade inteira lá fora, Noah estava sentado, com a mesma expressão serena de sempre, lendo um documento com atenção.

Amanda entrou já com a pasta em mãos.

Noah: Oi, Amanda.

Ele disse, sem parecer surpreso. 

Noah: Você leu o contrato?

Amanda: Li e tenho apenas uma palavra para você: CARA DE PAU.

Ele ergueu uma sobrancelha, mas um sorriso pequeno se formou no canto da boca.

Noah: Imagino que se refere às cláusulas “7 e 8.”

Amanda: Exatamente! Vamos começar pela número sete, que deveria vir com um alerta: ‘Contém machismo disfarçado de lógica fria.

Noah: Olha, entendo que possa parecer ofensivo, mas é só uma maneira de proteger ambas as partes. Eu estou deixando claro que não pretendo ter um relacionamento íntimo com você, o que evita expectativas equivocadas e como um homem... bem, com certas necessidades...

Amanda: Ah, por favor. 

Amanda levantou a mão.

 Amanda: Não venha com esse papo de ‘necessidades biológicas’,isso não é Discovery Channel e por que eu não posso ter minhas... ‘necessidades’, também?

Noah: Porque, neste contrato, você representa minha esposa, uma imagem que preciso manter e para isso, sua descrição pública importa.

Ela cruzou os braços, fulminando-o com o olhar

Amanda: Ou seja, você pode transar com o elenco de O Lobo de Wall Street, e eu mal posso dar ‘oi’ pro entregador da pizza?

Noah: Exagero seu. 

Amanda: É a realidade do contrato! Se eu beijar um rapaz, qualquer um, já tô cometendo ‘violação contratual’ e devolvendo dinheiro!

Noah respirou fundo. Por um momento, seus olhos pareceram menos frios. Quase... humanos.

Noah: Eu entendo que não seja fácil aceitar essas condições, mas, Amanda, isso é um acordo comercial, não é amor,não é romance é sobrevivência.

Ela encarou o chão por um segundo,ele tinha razão e ela sabia disso. Mas ainda assim, sentia que estava prestes a vender não só seu tempo, mas uma parte do que ela acreditava ser justo.

Amanda: Você tem muitos defeitos, Sr. Carter, mas pelo menos é honesto sobre eles.

Noah: Você ainda está considerando?

Ela mordeu o lábio, pensativa. 

Amanda: Não sei. Mas... você vai ter que negociar essas cláusulas se quiser minha assinatura.

Noah sorriu pela primeira vez de verdade. 

Noah: Você é bem mais difícil do que eu pensei.

Amanda: E você é bem mais descarado do que eu imaginei.

Eles ficaram se encarando por um segundo e por algum motivo que Amanda não conseguiu explicar... a ideia de estar casada com ele deixou de parecer só absurda.

Agora, também parecia perigosa.

E estranhamente... divertida.

Discutindo sobre a cláusula

Amanda estava sentada com as pernas cruzadas, encarando Noah como quem encara um professor que se recusa a arredondar nota, o contrato, agora todo rabiscado com marcações vermelhas e anotações indignadas, estava estendido sobre a mesa.

Amanda: Você vai ter que tirar essa cláusula de ‘monogamia unilateral’,ou então me dá uma carta branca pra sair por aí com o primeiro residente bonito que eu cruzar na faculdade.”

Noah, sentado à sua frente com a elegância irritante de quem nunca suou a camisa, girava a caneta entre os dedos, analisando o papel com calma, muita calma.

Noah: Já disse que você está levando isso para o lado emocional.

Amanda: É um contrato de casamento, Noah, se isso não for pessoal, o que é? Um formulário de matrícula na academia?

Ele abriu um meio sorriso, prestes a responder, quando a porta da sala de reuniões se abriu sem nenhum aviso.

Sophia: Desculpe interromper, Sr. Carter, mas eu queria saber se você prefere que eu envie os relatórios do trimestre para o seu e-mail ou...

A voz melosa e arrastada veio antes mesmo da figura surgir completamente, Amanda virou o rosto e viu uma mulher alta, loira, com um tailleur tão justo que parecia ter sido costurado diretamente no corpo, sapatos de salto que fariam uma ginasta tremer, e um olhar que pingava intenções nada corporativas.

Amanda: Ah... desculpa.

Disse Amanda, com uma sobrancelha arqueada. 

Amanda: Você quer que eu saia da sala pra vocês terminarem o... relatório?

Sophia nem olhou pra ela. Ignorou sua existência como se Amanda fosse uma planta no canto da sala.

Sophia: Sr. Carter... você tem uma reunião às quatro, mas... se quiser, posso cancelar e ficar aqui pra... auxiliar.

O tom da última palavra era suficiente pra fazer um padre suar.

Noah manteve o olhar firme, mas agora visivelmente incomodado.

Noah: Sophia, estou em uma reunião particular com a srta Amanda, por favor se retire e depois conversamos.

O ar na sala mudou, a loira congelou, como se tivesse levado um tapa invisível com luva de veludo, Amanda, por sua vez, tossiu o café imaginário que nem tinha bebido.

Amanda: Oi? 

Disse ela,pois a atitude do mesmo foi muito grossa. 

Sophia arregalou os olhos, finalmente se dignando a encarar Amanda de verdade, pela expressão dela, parecia que alguém tinha acabado de anunciar que a máquina de café da empresa seria substituída por um tanque de água de chuchu.

“Claro, senhor”, disse a loira, com a voz agora mais fina que papel de seda. “Desculpe, não sabia que... esta reunião era tão importante.

Ela lançou um último olhar desconfiado para Amanda, virou nos saltos e saiu da sala com a mesma pose exagerada com que entrou.

O silêncio se instalou.

Amanda virou-se lentamente para Noah, com uma expressão entre o choque e a comédia.

Amanda: É sério que isso acabou de acontecer? Porque eu juro por todos os bisturis da medicina que eu acabei de presenciar uma cena de novela da tarde.

Noah: Ela é minha secretária há anos. Um pouco... invasiva, às vezes.

Amanda arregalou os olhos. 

Amanda: IN-VA-SI-VA? Ela basicamente entrou aqui com um banner escrito ‘me pega no café da sala ao lado’! E você, com a maior naturalidade, simplesmente solta ‘se retire’ na maior naturalidade como quem fala ‘meu Uber chegou’.”

Noah riu, genuinamente divertido. 

Amanda: Você é ótima. Sério, isso tudo é bem mais... interessante com você aqui.

Amanda: Interessante? Olha, se isso for sua definição de entretenimento, tenho medo do que você faz nas festas de fim de ano da empresa.

( esse seria Logan)

Nesse momento, a porta se abriu novamente. Amanda se virou com os olhos já preparados para mais uma cena de circo, mas o que entrou foi um homem com um sorriso sincero e um ar bem mais amigável. Moreno, alto, um pouco mais descontraído,vestia camisa social com as mangas dobradas e sem terno e uma energia mais leve do que qualquer outro naquele prédio.

Logan: Noah! Achei que você ainda estivesse na reunião com o advogado... opa.

Ele parou ao ver Amanda, curioso.

Noah: Logan, essa é Amanda Grey, a minha futura esposa.

Logan arregalou os olhos. 

Logan: Então você finalmente achou alguém que topasse?

Amanda levantou a mão. 

Amanda: Calma aí, ainda não topei! Estou aqui tentando entender como alguém tem a audácia de colocar cláusulas de motel no contrato e ainda me chamar de noiva na frente de um homem que não conheço bem.

Logan deu uma gargalhada e olhou para Noah. 

Logan: Cara, ela é maravilhosa, onde você estava escondendo ela?

Amanda sorriu, cruzando os braços. 

Amanda: Lutando pela sobrevivência entre plantões e provas de histologia, obrigada.

Noah se levantou e estendeu a mão entre os dois. 

Noah: Logan é meu melhor amigo e braço direito na empresa e ele é o único que sabe de tudo.

Logan apertou a mão dela com simpatia. 

Logan: Se precisar de socorro, me manda um sinal. Tipo um post-it com a palavra ‘fugir’ ou algo assim.

Amanda: Vou considerar,mas antes vou tentar mudar esse contrato ridículo.

Noah: Ela já está negociando pesado

Comentou Noah, se sentando novamente. 

Noah:Especialmente a cláusula sete.

Logan: Opa... cláusula sete? Aquela dos... encontros extraconjugais?

Perguntou Logan, erguendo as sobrancelhas.

Amanda revirou os olhos. 

Amanda: Ah, ótimo! Até o melhor amigo dele sabe das aventuras sexuais liberadas! Isso aqui tá virando um clube de swing, só que com advogado.

Logan riu ainda mais. 

Logan: Você vai dar muito trabalho pra ele, tô adorando isso.

Amanda jogou o contrato de volta na mesa. 

Amanda: Se é pra casar de mentira, que seja pelo menos com dignidade, ok? Sem cláusulas absurdas e sem secretárias querendo saltar por cima da mesa. Esse contrato vai mudar, ou eu vou embora e deixo vocês com o elenco de ‘As Apimentadas – Versão Executiva’.

Noah levantou as mãos em sinal de rendição. “Ok. Vamos revisar tudo. Item por item. Com Amanda’s Rules.

Amanda sorriu, vitoriosa. 

Amanda: Aí sim começamos a falar a minha língua.

E pela primeira vez desde o início daquela loucura, Noah percebeu que talvez... só talvez... essa garota que usa calça jeans e regata, que ria das próprias tragédias e enfrentava milionários como se estivesse em um show de stand-up, fosse exatamente o que ele precisava.

Mesmo que ainda não soubesse disso.

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