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A Grávida Abandonada e o CEO Bilionário

A dor da descoberta...

Noite fria e chuvosa, fora abandonada grávida de gêmeos, com fome, dormia desconfortavelmente em banco de praça.

A garoa fina e gelada de Julho, caía sem parar sobre a cidade de São Paulo. Na Praça da Sé, o chão de pedras portuguesas brilhava, molhado, como um imenso espelho cinzento. Para Lisandra Vichi, sentada num banco de madeira igualmente frio, aquele cenário era o retrato exato do que sentia por dentro. Aos 27 anos, ela carregava uma vida inteira, no ventre de sete meses, e não eram apenas o casal de gêmeos. Carregava também, o peso de um mundo que desabara completamente, em apenas 72 horas.

O frio do banco, parecia atravessar o tecido fino do seu casaco e entrar em seus ossos, fazendo- a tremer sem controle. Mas o tremor maior vinha dos soluços silenciosos que ela tentava engolir.

As palavras dele voltavam à sua mente, nítidas e cruéis:

- "Você não passa de um fardo, Lisandra. Um fardo que eu não quero mais carregar".

A lembrança era de três dias atrás, mas a dor era tão presente que parecia ter acontecido há poucos minutos. Foi quando ela descobriu tudo.

Vinícius, o homem com quem dividiu a vida e a cama por cinco longos anos, o homem que dizia amá- la, tinha outra família. Uma esposa oficial e duas filhas pequenas em Caieiras.

Os fins de semana em que ele dizia estar viajando a trabalho, na verdade, ele passava em sua outra casa, vivendo sua outra vida!

A revelação veio da pior forma possível, quando a verdadeira esposa apareceu na porta do apartamento que Lisandra acreditava ser seu lar.

— Quem é você? A mulher perguntou, com uma expressão confusa.

Lisandra, com a barriga já grande, sentiu o chão desaparecer sob seus pés. Em poucas horas, descobriu que o apartamento nunca esteve em seu nome. Às contas, o carro que ele a fizera comprar com o dinheiro deixado por seus pais, tudo pertencia a Vinícius.

Ele a mantinha numa bolha, isolada de tudo e de os poucos amigos que ela tinha, foram se afastando com o tempo, cansados do ciúme doentio e das desculpas que ela sempre dava para o comportamento controlador dele.

Agora, ela estava completamente sozinha.

Orfã desde os 16 anos, não havia um parente para quem pudesse ligar, um ombro amigo onde pudesse chorar.

Sua única companhia era uma mochila azul desbotada, onde guardava suas poucas posses, algumas peças de roupa, uma foto amarelada dos pais sorrindo num dia de sol e o pouco, era tudo o que restava do seu passado.

Uma pontada mais forte na parte de baixo da barriga, a fez curvar-se para a frente com um gemido baixo. As contrações irregulares que começaram pela manhã estavam ficando mais frequentes. Instintivamente, ela levou as duas mãos ao ventre, como se pudesse proteger seus bebês do mundo cruel que os esperava aqui fora.

Eram as únicas pessoas que ela tinha e as únicas que importavam. Ela fechou os olhos e sussurrou para eles, a voz trêmula e embargada pelo choro contido: "Calma, meus amores, calma. A mamãe vai dar um jeito, a gente vai encontrar um lugar seguro, eu prometo"!

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Capítulo 2

Uma lágrima quente finalmente escapou e desceu por seu rosto frio. Ela a limpou rapidamente, olhando ao redor. A praça estava quase vazia àquela hora da noite, algumas pessoas passavam apressadas, encolhidas sob seus guarda-chuvas, sem nem olhar para a figura encolhida no banco. Para eles, ela era invisível. Apenas mais uma pessoa desabrigada na cidade grande.

De repente uma contração, um alerta do que ela temia acontecer nas condições em que estava, os seus pequenos iriam chegar. Ela respirou fundo, tentando controlar a dor e o pânico que ameaçava tomar conta de tudo, não podia se desesperar, não ali onde ninguém a via, encharcada pela chuva, precisava buscar ajuda.

Tentou caminhar, os passos lentos não indo muito longe, intercalando com a dor que sentia. Precisava ser forte por eles.

- Deus, por favor, o Senhor não nos abandonou, não é? Por favor, mostre-me um caminho. Me dê um Qualquer coisa! Ela murmurou, a voz chorosa, baixinha em meio ao barulho suave da chuva.

Apertou a foto dos pais dentro do bolso do casaco. Imaginou o que eles diriam se a vissem naquela situação. Sua mãe, com seu abraço quente, diria que tudo ficaria bem. Seu pai, com seu jeito prático, já estaria traçando um. Mas eles se foram há muito tempo. E a única coisa que restava era a memória e a sensação avassaladora de abandono.

O vento frio soprou mais forte, trazendo consigo um cheiro de asfalto molhado e solidão. Lisandra se encolheu ainda mais, abraçando a barriga com toda a força que tinha. Os bebês se mexeram como se respondessem ao seu toque, ao seu desespero. E naquele pequeno movimento, ela encontrou um pingo de esperança, ela não estava totalmente sozinha. Tinha eles. E por eles, ela precisava sobreviver. Precisava enfrentar aquela tempestade, tanto a que caía do céu quanto a que devastava sua alma, e encontrar um novo amanhecer.

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Não muito longe dali, há alguns quarteirões da Praça da Sé, Luidi Tavares caminhava pelo largo São Francisco, afrouxando o nó da gravata italiana.

O ar da noite, pesado de umidade, era um alívio depois do ambiente abafado da recepção para investidores. O evento na cobertura de um prédio na Avenida Paulista tinha sido, como sempre, um sucesso Contratos fechados, apertos de mão firmes, sorrisos de milhões de reais.

Ele era bom naquilo. Aos 37 anos, construíra um império, a Tavares Holding, e possuía praticamente tudo que o dinheiro poderia comprar. Iates, carros de luxo, apartamentos em três continentes diferentes. Mas, enquanto caminhava pelas ruas de São Paulo, a cidade que o viu crescer sentia o mesmo vazio familiar no peito. Um vazio que nenhuma transação financeira conseguia preencher. Faltava propósito. Faltava algo real.

. E aí minha gente, como será esse encontro?

Confesso que estou ansiosa pelos próximos capítulos...

Me perdoem mas, esta será uma história curta, pois ainda estou me adaptando e aprendendo a escrever aqui!

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Se puder, me avalie e diga nos comentários como estou me saindo, será um grande incentivo pra eu continuar, ou não!

Capítulo 03 Sua verdadeira missão está ali...

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Andando, envolto num turbilhão de pensamentos, ele levantou o olhar em direção à praça. Foi então que ele avistou...

Do outro lado da rua, sob a luz amarelada e fraca de um poste, a figura de uma mulher encolhida num banco de praça.

Mesmo à distância, ele notou a barriga proeminente de uma gravidez avançada. Ela tremia, abraçando o próprio corpo numa tentativa inútil de se aquecer.

Naquele instante, algo poderoso e inexplicável aconteceu dentro de Luidi.

Todo o cansaço do dia, toda a futilidade da recepção da qual acabara de sair, tudo desapareceu. O barulho dos poucos carros que passavam, o som da chuva, tudo ficou em silêncio...

Havia apenas ela!

Era como se uma força maior, algo que ele não compreendia, estivesse a apontar naquela direção e dizendo, a sua missão verdadeira está ali! Ele parou de andar, observando por um momento.

- Mas o que está acontecendo comigo? Luidi se perguntou, tentando entender o conflito interno.

Seu primeiro instinto, condicionado por anos vivendo numa cidade grande e perigosa, foi o da cautela. Mas o impulso de ajudar era mais forte. Muito mais forte.

Ele atravessou a rua, desviando das poças d'água, o som de seus sapatos caros quase silencioso no asfalto molhado.

Aproximou- se devagar, com cuidado para não assustá- la. Quando chegou perto, seu coração se apertou...

O rosto dela estava manchado de lágrimas, os olhos inchados de tanto chorar. Ela parecia tão jovem, tão perdida.

Com licença?!, — ele disse, a voz saindo mais suave e calma do que o normal, um contraste com o tom firme de comando que usava nos negócios.

Lisandra ergueu a cabeça num sobressalto, o corpo enrijecendo de medo. Viu um lindo homem alto, elegante, vestindo um terno que provavelmente custava mais do que ela ganhara no último ano.

(O encontro de almas aconteceu....)

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A primeira coisa que pensou foi em perigo.

— Senhora, me desculpe incomodar — continuou Luidi, mantendo uma distância respeitosa.

— Eu vi que a senhora está aqui na chuva. E notei que está grávida. Não pode ficar neste frio!

Lisandra apenas o encarava, desconfiada, o coração batendo rápido demais.

— O que um homem como aquele queria com ela? Ela pensou...

Ele pareceu entender seu silêncio.

— Eu não quero assustá- la, de verdade. Meu nome é Luidi. Eu... eu... Eu quero ajudar!

Por favor, me deixe pagar um lugar para a senhora passar a noite. Um lugar quente.

Os olhos dela examinaram o rosto dele, procurando qualquer sinal de malícia, de segundas intenções.

Mas não encontrou nada! O que viu foi uma preocupação genuína, uma bondade que a deixou completamente surpresa!!

Algo que ela não via no olhar de um homem há muito, muito tempo.

— Por quê? — foi o que ela conseguiu perguntar, a voz saindo fraca e rouca.

— Você nem me conhece!

— Eu sei! - ele respondeu com um pequeno sorriso triste.

— Mas ninguém merece passar por uma situação assim. Principalmente você, esperando um bebê. Ou bebês. Ele olhou para o tamanho da barriga dela...

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. O que acharam da história até aqui?

Como estou me saindo??

Deixe sua curtida e seu comentário ... Me avaliem, pls!

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