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Fake Dating

Cap 1 — Beijos Falsos e Ódio Verdadeiro

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O barulho da cafeteria ecoava pelo corredor principal da universidade, misturado com vozes animadas e o cheiro de café recém-passado.

Nick estava encostado no balcão, mexendo no celular com um tédio visível — camisa esportiva amassada, tênis caríssimo, e o mesmo sorriso convencido de sempre.

Do outro lado do balcão, Lian servia um cappuccino com a precisão de um arquiteto e a leveza de quem já sorria antes mesmo de olhar.

Mas o sorriso sumiu assim que viu quem estava ali.

— Ah não, você de novo? — Lian resmungou, ajeitando os óculos redondos no nariz.

— Bom dia pra você também, Potter. — Nick respondeu, levantando os olhos com preguiça. — Pensei que você só aparecia nos meus pesadelos, mas olha só, virou barista agora.

— Alguns de nós trabalham de verdade, sabia?

— E outros de nós têm empresa herdada. Vida difícil, né?

Eles se encararam por dois segundos longos demais. Um desafio silencioso no ar.

Nick desviou o olhar primeiro.

— Me vê um café preto. Bem forte. Tipo o quanto eu te aguento por dia.

Lian girou nos calcanhares, murmurando um “infelizmente não vendemos paciência”.

Nick deu um meio sorriso. Por algum motivo, ele gostava da forma como Lian sempre tinha uma resposta. Como não se impressionava com nada.

Enquanto esperava, o celular de Nick vibrou com uma mensagem.

"Jantar com a família hoje. Sua mãe quer conhecer sua namorada. Ou namorado. Finalmente tomou jeito? Espero que sim. — Papai"

Nick sentiu a espinha gelar. Merda.

Ele podia muito bem inventar um nome qualquer. Mas sabia que isso não ia durar. A família dele era paranoica. Capaz de mandar investigar. Ele precisava de alguém real.

Ele olhou de novo pra Lian, que agora passava o pano no balcão, sorrindo pra outro cliente.

Ele odiava o jeito leve dele. O jeito bonito. O jeito popular. O jeito como todo mundo parecia gostar de Lian.

Mas…

Ele era convincente. Real. A última pessoa que a família dele esperaria.

— Ei, Lian… — Nick chamou.

— Hã? — Lian olhou por cima do ombro, desconfiado.

Nick se inclinou no balcão, com aquele olhar de quem tava prestes a jogar uma bomba.

— Quer fingir que é meu namorado por um tempo?

Lian piscou. Depois riu.

— Hã? Tá com febre? Ou tomou uma bolada na cabeça no treino?

Nick sorriu de lado.

— É sério. Juro que não mordo. Só preciso que minha família acredite. Uns jantares, umas fotos, uns beijinhos de mentira. Eu pago bem.

Lian cruzou os braços.

— Você quer me pagar pra aturar você?

— Você já me atura de graça. Tô te oferecendo upgrade.

Lian o encarou. A ideia era ridícula. Mas a cara de desespero de Nick…

Era quase divertida. E talvez, só talvez… ele pudesse se divertir com isso.

— Dou minha resposta depois do seu café. — ele disse, entregando a bebida. — Açúcar? Ou você já é doce demais pra sua família engolir?

Nick riu. E talvez, pela primeira vez… tenha ficado um pouco nervoso.

•••

Foi isso pessoal, é minha primeira fanfic então não liguem para erros de escrita e etc...

Capítulo 2 – A Proposta (e Outras Más Ideias)

O barulho da chuva batendo na janela era quase hipnótico. Lian estava sentado no chão do dormitório, cercado por réguas, esboços e xícaras de café pela metade. A última coisa que ele esperava era uma batida impaciente na porta.

— Se for o entregador, pode deixar aí mesmo! — ele gritou.

— Eu não entrego comida. Só decepções — a voz do outro lado respondeu.

Lian fechou os olhos. Ele conhecia aquela voz.

— O que você tá fazendo aqui, Nick?

A porta se abriu antes mesmo de ele responder.

Nick entrou como se o quarto fosse dele. Jaqueta molhada, cabelo bagunçado da chuva, e uma pasta na mão. Ele olhou em volta com uma expressão crítica, como se estivesse julgando o caos controlado do espaço.

— Você mora num canteiro de obras ou é algum tipo de ritual artístico?

— Tira o tênis, por favor. E sai.

— Mal educado. Mas tudo bem, vim por negócios.

Ele jogou a pasta em cima da cama de Lian e se sentou, ignorando o olhar mortal que recebeu.

— Olha, eu pensei bem sobre o que te pedi hoje. E, sinceramente, você é a melhor opção. A mais convincente. A mais irritante também, mas a família vai acreditar. Então… fiz uma proposta formal.

Lian arqueou a sobrancelha e abriu a pasta.

Dentro, havia um contrato. Literalmente.

“Acordo de Namoro Falso – Termos e Condições”

§1 – Beijos ocasionais em público.

§2 – Acompanhamento em jantares, festas e eventos familiares.

§3 – Fotos conjuntas para redes sociais (mínimo: 3 por semana).

§4 – Nada de sentimentos reais.

§5 – Pagamento em dinheiro, comida ou favores arquitetônicos (negociável).

Assinaturas: __________________ / __________________

Lian segurou o riso. Claro que Nick faria isso.

— Você realmente imprimiu um contrato.

— E encadernei. Profissionalismo é tudo.

Lian o encarou por um segundo. Depois, foi até a escrivaninha, pegou uma caneta, rabiscou uma sexta cláusula:

§6 – Você não pode me chamar de “Potter” durante o acordo.

— Inaceitável — Nick respondeu.

— Então sem acordo.

— Tá, tá bom. Mas vou pensar em um apelido novo.

Lian assinou primeiro, só pra ver até onde isso ia. Nick assinou em seguida, com um sorriso vitorioso.

— Primeiro evento é hoje. Jantar na casa dos meus pais.

— Oi? Hoje? Você me dá um contrato e quer entrega imediata?

— Bem-vindo ao capitalismo, docinho.

— Acabei de lembrar que odeio você.

— Isso vai tornar tudo mais divertido.

---

Duas horas depois, eles estavam em frente à mansão dos Moreau.

Lian, de camisa social emprestada e cara de “que erro enorme eu cometi”. Nick, impecável, como se não tivesse acabado de arrastar um quase-inimigo pra sua própria vida.

Antes de tocarem a campainha, Nick parou.

— Precisa parecer real. Eles não podem suspeitar.

— Então age como se gostasse de mim.

Nick respirou fundo, depois se virou e segurou o rosto de Lian com as duas mãos.

— Tenta não se apaixonar, tá?

E antes que Lian pudesse xingar, Nick encostou os lábios nos dele. Rápido. Preciso. Quase ensaiado.

Mas o calor ficou.

Lian piscou, atordoado.

— Isso… isso foi só pra cena?

— Claro. Cena.

Nick sorriu. Tocou a campainha. E sussurrou:

— Entra no personagem, amorzinho.

A porta se abriu.

•••

Fim do capítulo!

Capítulo 3 — Jantar com os Moreau ou sobreviver ao Inferno de Gravata

A porta da mansão se abriu com um estalo grave, como se até a arquitetura estivesse julgando.

Uma empregada elegante, com uniforme impecável, deu um leve sorriso e fez sinal para entrarem.

Nick atravessou a entrada com naturalidade. Lian, por outro lado, se sentia como se estivesse invadindo um museu — cada lustre valia mais que um semestre da faculdade, e ele nem sabia se podia pisar no tapete.

— É só uma casa, Lian. Não vai te morder — Nick sussurrou, com um olhar divertido.

— Ela já mordeu meu senso de classe.

Nick soltou um risinho, mas logo os dois se calaram quando a mãe dele apareceu.

Ela era a imagem da elegância fria: vestido sob medida, colar de pérolas, e um olhar que te despia com um sorriso.

— Nicholas. — Ela o beijou na bochecha. Depois, virou-se para Lian. — E você deve ser o… namorado?

— Lian. Prazer. — Ele estendeu a mão. Ela apertou como quem segura algo frágil demais.

— Encantador — ela disse, mas seus olhos diziam “estou te analisando em 0.3 segundos”.

O pai de Nick chegou logo depois. Mais imponente ainda. Terno escuro, expressão dura. Parecia o tipo de homem que usava gravata até pra dormir.

— Hm. Então é verdade — ele disse, sem cerimônia.

— Eu avisei por mensagem — Nick respondeu.

— Mensagem não é anúncio oficial, Nicholas. Isso é sério. Sua vida, sua imagem.

Lian respirou fundo, tentando manter o sorriso social.

— Prometo que não vou arranhar a imagem da empresa. Nem morder. A menos que o jantar peça.

Silêncio. Então, surpreendentemente, a mãe riu. Um pouco.

— Ele tem humor, pelo menos. — Ela disse, sentando-se à mesa.

...

Durante o jantar, Lian tentou acompanhar a conversa formal e cheia de nomes de gente rica que ele nunca ouviu falar.

Nick, por outro lado, parecia um robô treinado. Sorria na hora certa. Respondia com o tom exato. Mas seus olhos… estavam sempre escapando pra Lian, como se pedissem ajuda.

E Lian, mesmo não querendo admitir, começou a jogar junto.

— Como vocês se conheceram? — perguntou o pai.

Nick hesitou por um segundo.

— Na faculdade. Eu tropecei nele no corredor.

— Literalmente — Lian completou. — Ele caiu em cima de mim. Foi… estranho.

— Romântico — disse a mãe, arqueando a sobrancelha. — E como começaram a namorar?

Outro momento de silêncio.

Nick olhou pra Lian.

— Ele me odiava no início.

— Ainda odeio — Lian sorriu. — Mas odeio com afeto agora.

A mãe deu uma risadinha. O pai não.

— O que você estuda mesmo?

— Arquitetura.

— Pelo menos você pensa num futuro, já o meu filho é um inconsequente que só quer jogar uma bola e pretende ter futuro com isso! — Disse o pai de Nick

— Estou satisfeito, com licença! — Nick se levanta e estende a mão para Lian ir com ele.

— Deixe o garoto terminar de comer!

— Acredito que ele prefira ficar com o namorado dele! Vamos Lian...

Lian aceitou e seguiu Nick, não perguntou nem falou mais nada.

•••

Sou preguiçosa, então por hoje é só!

Mas me digam o que estão achando, o que acha que eu poderia mudar na história. Bye bye! 😽

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